Design brasileiro em Paris

07/jul

Prezados amigos,

anunciamos – com o maior prazer – que o leilão “Design do Brasil” será realizado no próximo dia 07 de julho, em Paris, formando uma parceria com a casa de leilão PIASA, 118 rue du Faubourg Saint-Honoré.

 

Trata-se do primeiro evento de caráter internacional que promovemos contando com a equipe que formamos ao longo do tempo para ajudar na divulgação internacional do design brasileiro. Estamos certos que a união e o espírito de equipe que norteou esse trabalho, será nossa força tanto hoje como em futuros projetos. Entre os nomes anunciados, encontram-se peças assinadas dentre outros por por Oscar Niemayer, Roberto Burle Marx, Helio Oiticica, Lygia Clark, Abraham Palatnik, Lina Bo Bardi, Raymundo Colares, Jorge Zalszupin, Irmãos Campana, Joaquim Tenreiro, Zanine Caldas, Geraldo de Barros e Athos Bulcão.

 

Acreditando no grande valor do design brasileiro é que estimamos este momento como o de reconhecimento público – e internacional -, do qual é merecedor.

 

Fotos: Ruy Teixeira.

 

Acesse: http://www.piasa.fr/pdf/catalogue/Catalogue_%20DO_BRASIL.pdf

Bolsa de Arte, 45 anos

10/maio

Ao longo de seus 45 anos de história, a Bolsa de Arte do Rio de Janeiro manteve contato com os grandes artistas brasileiros, modernos e contemporâneos, sem descuidar a nova geração emergente. Realizou dentre outras, algumas exposições individuais como as de Antônio Dias, Alfredo Ceschiatti, Iberê Camargo, Joaquim Tenreiro, Mira Schendel e Roberto Burle-Marx.

 

Quando foi criada, em 1971, a Bolsa de Arte do Rio de Janeiro apresentou uma inovação para a época: corpo de conselheiros formado por colecionadores, entre eles, José Carvalho, o fundador, e Antônio Salgado, Gilberto Chateaubriand, Hélio Beltrão, Jean Boghicci, João Condé, José Thomaz Nabuco e José Coimbra à frente da equipe. Realizou seu primeiro leilão no Copacabana Palace. Naquela ocasião o Jornal do Brasil de 28 e abril de 1971 registrou em suas páginas: “…No melhor estilo dos grandes leilões europeus, a Bolsa de Arte pretende chegar ao ponto de equilíbrio entre a criação artística e o seu valor no mercado.” Na mesma edição assinala que “…o leilão inaugural será dia 3 de maio, no Copacabana Palace. Serão oferecidas 82 obras, entre as quais diversas peças de Portinari, Manabu Mabe, Krajcberg, Darel, Antônio Bandeira, Djanira, Jenner Augusto, Di Cavalcânti, Pancetti, Volpi, Guignard, Visconti, Goeldi, Scliar, Tarsila do Amaral, Lasar Segall e Raimundo de Oliveira.” Nesse período, havia um pequeno grupo de galerias profissionais em atividade no Rio de Janeiro, o qual era formado pela Petite Galerie, mais Bonino, Ipanema e Relevo.

 

A Bolsa de Arte do Rio de Janeiro, como casa leiloeira, opera desde sua criação, especialmente em leilões de arte moderna e contemporânea, ocupando, a partir de então, o posto de agente propulsor do mercado de arte brasileiro no eixo Rio/São Paulo. Inovou no setor com a edição de catálogos, tornando-os itens de coleção. Realiza pesquisas, avaliações patrimoniais e particulares, catalogação de coleções e obras avulsas, restaurações e edições de arte. Outras de suas atribuições é a divulgação de obras de artistas nacionais dentro e fora do país, e a participação em feiras de arte. Sediada em Ipanema, Rio de Janeiro, mantém escritório nos Jardins, em São Paulo, onde realiza leilões com periodicidade e considerados pioneiros porque estabeleceram categorias específicas como os leilões de Fotografias, Design, Arte Contemporânea e Street Art. Sendo norteada por uma seleção rigorosa de obras de arte, os leilões da Bolsa de Arte do Rio de Janeiro balizam o setor. Em 1985 Jones Bergamin assume a presidência da Bolsa de Arte. Atualmente encontra-se sediada, desde 2001, nos Jardins, passando a atuar de modo efetivo também em São Paulo.

 

Entre suas realizações destaca-se em 2005, “Leilão de mobiliário do Copacabana Palace Hotel” ; exposição coletiva “Modernismo na Fotografia Brasileira”, sob a curadoria de Iatã Canabrava ; em 2008 o primeiro “Leilão de Fotografias”, com curadoria de Isabel Amado; em 2009, lançamento de novo segmento de atuação, o primeiro “Leilão de Design, Arte Contemporânea e Fotografia”, organizado por Thiago Gomide; “Leilão beneficente para a Fundação Eva Klabin”; Leilão beneficente para restabelecimento do produtor cultural Duncan Lindsay. Em 2013, “Superfície Moldulada Nº 4”, obra de Lygia Clark, tornou-se recorde de artista brasileiro vendida em leilão; colaborou com a exposição retrospectiva de Mira Schendel na Tate Gallery, Londres. Organizou em 2014 o leilão de fotografias “Paraty em Foco”; colaborou com a exposição retrospectiva “The Abandonment of Art, 1948-1988” de Lygia Clark no MoMA, NY. Realizou leilão beneficente durante a realização da ArtRio para o Hospital Pró-cardíaco no MAM e organizou, – em 2015 – , o “Leilão da Coleção Nelson Diz” em São Paulo. A obra “Vaso de flores”, de Guignard, alcança novo recorde de artista brasileiro vendida na história em leilão. Realizou leilão em benefício da Sociedade Viva Cazuza, no MAM-Rio, durante a feira ArtRio.

Performance

04/maio

Neste sábado, 07 de maio, o artista Stephan Doitschinoff realiza a performance “Marcha ao Cvlto do Fvtvrv”, que se relaciona com as três obras inéditas que apresenta na mostra “Educação como matéria-prima”, em cartaz no Museu de Arte Moderna de São Paulo, que discute processos pedagógicos na arte. Com a ação aberta ao público, o paulista junto com os membros do Cvlto do Fvtvrv aprofunda sua pesquisa sobre apropriação de estruturas simbólicas e instituições conservadoras como o exército e a igreja, por exemplo, sempre presentes na sua obra.

 

O percurso do trajeto começa às 15 horas na entrada do Museu de Arte Contemporânea (MAC), o antigo prédio do Detran. Os participantes e o público seguem em cortejo pela Passarela Ciccillo Matarazzo, atravessando por cima das movimentadas pistas da Avenida Pedro Alvares Cabral, entrando no Parque Ibirapuera pelo portão 3 e caminhando até o MAM. No auditório do museu, o artista junta-se a convidados especiais para apresentar o Hino dos Três Planetas e o Hino dos Fantasmas Neoliberais, ambos criados pelo artista em parceria com a cantora Lia Paris e a dupla Mixhell, formada por Iggor Cavalera e Laima Leyton.

 

Depois da apresentação, os membros do Cvlto e o artista convidam o público para participar do Balcão de Adesão, em que divulgam mais informações sobre a organização, além de exibir os Hinários, a Pirâmide, o Elucidário. “A obra desdobra-se em diferentes vertentes que incluem pintura, instalações, arte pública, vídeo, música e performance. Nessas abordagens, o trabalho é permeado pela linguagem criptografada e simbólica”, explica o artista, que realiza uma marcha por ano, sempre com atrações inéditas e diferentes, aberta ao público e com muitas adesões.

 

Para participar da ala frontal do cortejo e receber um broche do Cvlto do Fvtvrv, é necessário chegar no ponto de encontro com 30 minutos de antecedência vestindo camisa social branca fechada até o colarinho, calças e sapatos pretos. Para seguir a marcha e entoar os cânticos, a participação é livre.

 

Sobre o artista

Artista revelação pela Associação Paulista de Críticos de Arte, Stephan Doitschinoff realiza ações e exposições em espaços institucionais como o Museu de Arte Contemporânea de San Diego (EUA), a Fondacion Cartier (FRA), além de MAM, MASP, Museu Afro Brasil e o Centro Cultural Vergueiro. Atualmente, é representado pela galeria Jonathan Levine em NY, pela galeria LJ em Paris e está presente na coleção The Isabel and Agustin Coppel, no México. Doitschinoff tem dois livros publicados pela editora alemã Gestalten – CALMA: The Art of Stephan Doitschinoff (2008) e CRAS (2012), além do documentário TEMPORAL (2008).

 

SERVIÇO :

07 de maio (sábado)

Horário: das 15h às 17h30

Ponto de Encontro: em frente ao MAC Ibirapuera (antigo DETRAN)
Concentração, distribuição de broches e adereços : 14h30
Saída da Marcha: 15h
Chegada ao MAM : 15h30
Início do culto no Auditório MAM: 16h
Balcão de Adesão:16h30

Projeto “Metrópolis”

18/abr

Depois de passar por Veneza, Berlim, Munique e São Paulo, “Metrópolis” desembarca em solo porto-alegrense. Em cartaz no Museu do Trabalho, Centro Histórico, Porto Alegre, RS, esse projeto internacional culminou na criação de um excepcional livro de artista, realizado em cooperação com o Centro Internazionale della Grafica, de Veneza. “Metrópolis” é uma metáfora para o verdadeiro tema do livro: a cidade, o espaço urbano, a convivência de muitas pessoas e um lugar que se torna um ponto de comunicação e trocas. Para fazer esse mapeamento, 303 artistas de todo o mundo abordaram o tema, tendo um único pré-requisito: os trabalhos tinham que ser feitos no formato 20cm x 20cm.

 
As obras foram produzidas em todas as técnicas gráficas que permitam uma tiragem: xilogravura, linoleogravura, litografia, serigrafia, gravura em metal e tipografia. Os participantes são de diversos países, entre eles Austrália, Japão, Estados Unidos, Itália, Alemanha, Rússia, Polônia, Hungria, Inglaterra, França, Espanha, Tunísia, Canadá, México e Brasil.

 

O resultado desse trabalho é um livro de artista em formato leporello, que se alonga por cerca de sessenta metros de comprimento, juntando 303 peças gráficas, encadernado nas oficinas do Centro Internazionale della Grafica. A sequência dos trabalhos, obedece a critérios artísticos e estéticos decididos pelo idealizador e curador do projeto Andreas Kramer.

 

Colaboraram com a organização da exposição em Porto Alegre os artistas Francisco Maringelli e Ottjörg A.C., com apoio de BD Divulgação e Goethe-Institut Porto Alegre.

 

Até 15 de maio.

Recorde

07/abr

Uma tela da pintora Beatriz Milhazes é o recorde nacional de preço alcançado por um trabalho de artista brasileiro. O fato aconteceu na noite de abertura da 16ª edição da Feira SP-Arte atingindo a soma de R$ 16 milhões.

CONVITE

06/abr

A Bolsa de Arte do Rio de Janeiro, Rua Rio Preto, 63, sede Jardins, São Paulo, SP, convida para a abertura da exposição do Estúdio Mameluca.

 

A exposição contará com as duas últimas coleções de design “Colecionável”. Em 2014, a Coleção “Pu#a Inspiração”, resultado de um exercício do estúdio em repensar a obra de Lygia Clark a partir do design. Em 2015, o estúdio abriu os estudos focados no movimento “Tropicalista”, contando com referências das artes visuais, representadas por Helio Oiticica, e outras de origens musicais e filosóficas.

 

Abertura : 06 de abril às 11hs.

Duração da exposição : de 06 a 23 de abril de 2016.

Coquetel : 07 de abril a partir das 15 hs.

 

 

Aguardamos vocês.

ARCO, 35 anos

19/fev

A edição comemorativa da ARCO Madrid, Espanha, também tem como estratégia renovar e impulsionar a feira como uma importante plataforma do mercado de arte. Por isso, além da participação de grandes galerias internacionais – algumas, pela primeira

 

vez, a 35ª edição da feira apresenta também 98 propostas dedicadas a um ou dois artistas, fazendo com que a feira assuma um papel de referência para o descobrimento e a investigação de novos artistas.

 

Participam desta edição 221 galerias de 27 países, abarcando desde as vanguardas históricas, os clássicos contemporâneos e a arte contemporânea, 71% das quais são estrangeiras, com notável presença de 47 galerias de 10 países latino-americanos, o que representa 26% de seu segmento internacional. As galerias se dividem nos setores Geral, Solo Projects, Openings e #35aniversário. Pela primeira vez, cerca de 90 galerias vão expor apenas obras de um ou dois artistas.

 

 

Galerias brasileiras

 

No total, 12 galerias brasileiras participam da feira, quatro delas como convidadas para o programa especial comemorativo #35aniversário. No setor Geral estão: Anita Schwartz, Baró, Casa Triângulo, Dan Galeria, Jaqueline Martins, Leme, Luciana Brito, Marilia Razuk, Mendes Wood DM e Vermelho (com obras de Marcelo Cidade e Angela Detanico / Rafael Lain). As quatro galerias participantes do #35aniversario são Casa Triângulo, Fortes Vilaça, Luciana Brito e Luisa Strina.

 

 

A feira acontece em Madrid, Espanha, entre 24 e 28 de fevereiro.

Clube dos Colecionadores 2016

04/fev


Com o objetivo de incentivar o colecionismo da arte contemporânea brasileira, o Museu de Arte Moderna de São Paulo apresenta a lista de artistas selecionados para a edição 2016 dos Clubes de Colecionadores, iniciativa anual que atrai interessados em iniciar ou ampliar a coleção com a aquisição de obras que se valorizam ao longo do tempo. Nos Clubes de Colecionadores do MAM, os sócios recebem, a cada ano, cinco obras especialmente criadas por nomes prestigiados, selecionados pelos curadores responsáveis em conjunto com a curadoria do museu, o que confere credibilidade à aquisição. Os curadores Eder Chiodetto, do Clube de Fotografia, e Cauê Alves, do Clube de Gravura, apresentam nomes relevantes no cenário nacional para apresentar as obras do ano.

 

Em 2016, as obras são selecionadas por curadores renomados nas áreas de Gravura e Fotografia. No ano em que o Clube de Colecionadores de Gravura completa 30 anos – e contará com uma mostra no segundo semestre em homenagem ao aniversário -, o curador Cauê Alves escolheu artistas de peso no cenário nacional como Lenora de Barros, Nelson Felix, Cristiano Lenhardt, Brígida Baltar, além do argentino Jorge Macchi.

 

Para o Clube de Colecionadores de Fotografia, o curador Eder Chiodetto apostou em nomes com sólido reconhecimento na área como o expoente Geraldo de Barros (já falecido) e em artistas em plena produção como Miguel Rio Branco, Yuri Firmeza, Luiza Baldan e Walda Marques. As obras são produzidas em tiragens de 100 exemplares, que são entregues aos sócios com certificado de autenticidade.

 

Para participar dos clubes, os interessados se associam anualmente a um deles e, no final do ano, recebem as cinco gravuras ou as cinco fotografias. A edição é de 117 obras numeradas, das quais cem são distribuídas aos associados, duas são doadas ao acervo do MAM, três são destinadas ao Clube de Colecionadores, além de dez entregues ao artista e duas aos curadores dos clubes.

 

 

Histórico

 

No MAM, os Clubes começaram em 1986, com o Clube de Gravura, fundado dentro do extinto Departamento de Artes Gráficas do museu. Em 2000, com a institucionalização da fotografia e a valorização como peça de arte nos acervos dos museus mais importantes do país, foi criado o Clube de Colecionadores de Fotografia.

 

 

 

Adesões

 

Preço: anuidade de R$ 5.080,00 por Clube (pagamento à vista com 5% de desconto) Onde: pelo e-mail clubes@mam.org.br, (11) 5085-1406 ou na sala dos Clubes no Museu de Arte Moderna de São Paulo, de 2ª a 6ª feira, das 10 às18h

 

 

Endereço: Parque do Ibirapuera, Avenida Pedro Álvares Cabral, s/nº – Portão 3

Silêncio impuro

02/dez

A Anita Schwartz Galeria de Arte, Gávea, Rio de Janeiro, RJ, exibe a exposição “Silêncio impuro”, com 16 obras dos artistas Artur Lescher, Cadu, Carla Guagliardi, Nuno Ramos, Otavio Schipper, Tatiana Blass e Waltercio Caldas. Com curadoria de Felipe Scovino, a ideia da mostra é que o público imagine o som que há por trás das obras de arte. “O que existe, ou melhor, aquilo que se expande pelo espaço é a imagem do som, isto é, as mais distintas suposições que podemos ter sobre qual som poderia ser ouvido se finalmente aquilo que o impede (uma amarra, uma solda, ou ainda o livre entendimento de que a obra possa ser compreendida também como uma partitura) fosse revelado ou reinterpretado”, explica o curador Felipe Scovino.

 

 

 

No texto que acompanha a exposição, o curador comenta que “as obras aqui reunidas não afirmam um significado último e derradeiro para o silêncio; ao contrário: mostram sua abertura, complexidade e multiplicidade e apontam finalmente para o fato de que silêncio e som estão em constante mutação e interpenetração”.

 

 

 

 

A seguir, Felipe Scovino detalha as obras selecionadas para a exposição:

 

 

 

Da artista Carla Guagliardi estarão as esculturas “O lugar do ar” (2015), e “Partitura” (2012), em que “a escolha dos materiais (borracha, madeira, espuma) envolve um repertório de fragilidades e um equilíbrio precário”. “Tudo parece ruir ou estar prestes a desabar, mas por outro lado as obras evidenciam uma dinâmica que é própria da natureza do som: querem o ar”, diz o curador, que vê uma ligação direta desses trabalhos com as fotografias da série “Partitura” (2010), de Artur Lescher: “Estão lá o ruído, o som, a música, mas acima de tudo o silêncio como vibração”.

 

 

 

Ele vê esta mesma ligação com o trabalho “Hemisférios” (2015), de Cadu, onde “a condição de partitura também se faz presente”. Esta obra é composta por pequenos blocos de papel vegetal que são expostos ao ambiente, onde uma lupa direciona a luz do sol para uma certa área, deixando marcas do tempo. “Não há som, apenas o seu caráter indicial e o processo de excluir ou escavar a matéria para revelar uma outra possibilidade de aparecimento ou ação poética da obra”, conta. Esta situação é semelhante à obra da série “Pagão” (2010), de Nuno Ramos, em que objetos musicais estão fixados no meio de uma pedra-sabão. “Não existe a possibilidade de atingi-los, fazer uso das suas propriedades sonoras. O que se tem é desejo, pois se os alcançássemos e os libertássemos poderíamos fazer uso das suas qualidades e seríamos surpreendidos e encantados por sua natureza poética”, diz Scovino.

 

 

 

Também estará na exposição o relevo sobre papel “Für Elise” (2006), de Cadu. Como explica o artista, ele criou “um sistema para a produção de uma imagem baseado nas características mecânicas da caixinha que contém essa melodia. A reprodução desta para o mecanismo da caixinha ocorre através de um ‘garfo’ com dezoito pontas em diferentes afinações por onde um cilindro contendo as marcações de tempo aciona separadamente cada um de seus dentes em momentos específicos. As marcações neste cilindro foram escritas em uma folha de papel milimetrado transformando-se na planificação deste processo. Adicionando um novo tempo para cada nota musical, da esquerda para direita, surgiu um padrão em formato de cascata, que repetido dezoito vezes, gera sua escrita em negativo. Os intervalos de tempo na melodia, inicialmente brancos, são preenchidos por tantas notas que ao final apresentaram-se negros”.

 

 

 

Da artista Tatiana Blass estará o vídeo “Metade da fala no chão – Piano surdo” (2010), no qual o piano é coberto por uma mistura de cera e vaselina que vai impedindo, progressivamente, que ele produza sons.

 

 

 

Já a instalação “Lá dentro” (2010), de Waltercio Caldas, feita com aço inox, granito, vinil e fios de lã, “vai na contramão do espetáculo, segue uma via distinta daquela do ruído diário que absorve as grandes cidades”, afirma o curador. “Como os intervalos de uma partitura, ele constrói silêncios, dita ritmos, auxilia na compreensão da vibração. O vazio constrói lugares, age sobre a estrutura dos sólidos e produz um leve timbre sobre aquelas superfícies. Sua obra também é musical. Reduzida ao necessário para que possamos perceber semitons ou o mais discreto e preciso som, a sua obra, e em particular nesse caso, rege ou conduz os nossos ouvidos para um lugar distante daquele em que o ruído do mundo parece habitar”.

 

 

 

Do artista Otavio Schipper estarão quatro trabalhos em bronze da série “Empty Voices” (2011). “A obra de Schipper, em especial, assim como a de Guagliardi, pertencem ao ar, porque é nesse lugar que se constrói uma superfície vibrátil, virtual e potente. As obras da exposição revelam uma potência sem igual: um inesperado sussurro que não para de vibrar em suas estruturas”, diz o curador.

 

 

 

 

Até 06 de fevereiro de 2016.

Exposição “Zeitgeist” em BH

19/nov

A exposição “Zeitgeist – Arte da nova Berlim”  reúne, pela primeira vez no Brasil, no CCBB de Belo Horizonte, MG, um panorama consistente da respeitada comunidade artística de Berlim, traduzindo o espírito de uma época marcada por contradições e reinvenções. A mostra reúne pintura, fotografia, videoarte, performance, instalação e a cultura dos clubs berlinenses, na visão de 29 renomados artistas.

 

A exposição tem curadoria assinada por Alfons Hug e foi idealizada pelo Goethe-Institut. Participam os artistas Christian Jankowski / Cyprien Gaillard / Frank ThielFranz Ac kermann /Friederike von  Rauch / Julian Rosefeldt/Julius von Bismarck & Julian Charrière / Kitty Kraus/Marc Brandenburg / Marcel Dettmann / Marcellvs L/Mark Formanek / Martin Eberle / Michael Wesely/Norbert Bisky / Reynold    Reynolds / Sergej JensenSven Marquardt / Thomas Florschuetz / Thomas/Rentmeister / Thomas Scheibitz / Tobias Zielony/Sala Clube Berlim / Heiko Hoffmann/DJs em Soundtube: Rødhåd / Head High/Massimiliano Pagliara / Answer Code Request/Tale Of Us / David August e Modeselektor

 

Marcada por duas guerras mundiais e dividida pelo Muro durante quase três décadas, a capital da Alemanha se reergueu das cinzas.  Da vida improvisada dos anos 1990, as contradições que caracterizaram a cidade, reinventada a partir de dois mundos, acabaram por formar, pouco a pouco, o Zeitgeist – espírito de uma época, a partir do qual a arte, a cultura e as relações humanas evoluem – que hoje projeta sua influência muito além da Europa Central e atrai artistas do mundo todo com seu magnetismo.O percurso concebido para a mostra “Zeitgeist” é uma oportunidade de vivenciar alguns dos aspectos que fazem de Berlim um lugar encantado entre extremos, e que são recorrentes no modo de existir da metrópole. Como observadores atentos da vida da cidade, do mesmo modo que o pintor Adolph von Menzel (1815-1905), um dos maiores representantes do realismo alemão, os artistas da mostra exibem aspectos marcantes da capital da Alemanha.

 

No dia 27 de novembro, haverá o evento Clube Berlim na Sala Multiuso.

 

Até 11 de janeiro de 2016.