Brasileiros em Miami

28/nov

A galeria brasileira Athena Contemporânea, que tem à frente o marchand Filipe Masini, participa da Context ArtMiami, USA. A cidade de Miami, que se tornou um dos principais pólos de arte contemporânea, por conta da grande Art Miami Basel, que começa no dia 4, hoje conta com outras feiras de arte paralelas a este evento que reúne visitantes de várias partes do mundo. Filipe Masini leva artistas da galeria, como Alexandre Mury, Débora Bolsoni, Vanderlei Lopes e o artista urbano Zezão.

 

 

De 02 a 07 de dezembro.

A arte de TOZ na Galeria Movimento

O marchand Ricardo Kimaid, à frente da Galeria Movimento, Copacabana, Rio de Janeiro, RJ, inovou no mercado de arte carioca e, em 2006, se tornou um dos primeiros representantes brasileiros de artistas de street art. Hoje Ricardo trabalha com artistas consagrados no cenário da arte contemporânea como Toz, Titi Freak, Tinho, Herbert Baglione, Ramon Martins,  Arthur Arnold, Paulo Vieira, Thais Beltrame, entre outros..

 

Oito anos depois o galerista dobra o espaço da galeria Movimento (passa a ter 140 m2) e, para acompanhar as comemorações, inaugurou a exposição “UM por todos e todos por UM”, na qual o artista Toz (Tomás Viana), com quem Ricardo trabalha desde o início de sua carreira, apresentará pela primeira vez múltiplos de seu Toy Art.

 

Dois dos principais personagens da história artística de Toz, Nina e Shimu, estarão expostos em versão Toy Art, obras de vinil, com 15 cm de comprimento. A mostra dá continuidade ao projeto que teve início na Art Rua, sucesso com recorde de venda, e sold out dos prints de Toz, antes mesmo de abrir a feira, com preços mais flexíveis, fazendo com que mais pessoas possam ter uma obra de Toz em casa. Além dos Toy Art, Toz vai expor três fine art inéditos e duas gravuras também nunca expostas, produzidas especialmente para esta exposição.

 

 

Sobre a Galeria Movimento

 

Ricardo Kimaid tem como  exemplo de aposta certeira o artista Tomás Viana, mais conhecido como Toz, que se tornou hoje um dos maiores artistas urbanos do país. Os holofotes aos trabalhos de Toz vieram com o talento do artista e seu grande parceiro e galerista Ricardo, que apostou e acreditou nele desde o início da representação de seus trabalhos. Toz já conquistou uma série de colecionadores, críticos, foi indicado ao Prêmio Pipa 2014, fez uma exposição individual no Centro Municipal de Arte Helio Oiticica, lançou o livro Toz – Traço e Trajetória, entre outras conquistas. Ricardo também representa outros artistas de peso, como o Tinho, que foi colocado como o segundo lugar do Prêmio Pipa on line 2012, tem acervo na Pinacoteca do Estado de São Paulo, e também está entre os grandes artistas urbanos do país. Sem falar em Arthur Arnold , Mateu Velasco, que já participou de coletiva em Budapeste e ainda montou uma individual em Paris.

 

O marchand tem como ponto de vista que, os artistas urbanos, a partir do momento em que entram na galeria não são mais grafiteiros e sim artistas plásticos “Aqui são produzidas obras de arte. O grafite fica na rua. Para produzir uma tela, o artista tem que parar, pensar, tem que ter tempo e dedicação. É diferente”, finaliza. A Galeria Movimento realiza anualmente quatro exposições, sempre alinhadas à curadorias e textos críticos de nomes importantes como Daniela Name, Isabel Portella e Felipe Scovino, além de sempre inovar na criatividade dos cenários de suas aberturas.

 

 

Até 30 de dezembro.

O pop Ron English no Brasil

21/out

A exposição denominada “Ron English – Do estúdio para a rua” apresenta 110 obras do polêmico artista contemporâneo, que definiu seu estilo como POPaganda, na Caixa Cultural, Galerias 2 e 3, Centro, Rio de Janeiro, RJ. Misturando referências do cenário pop, da história da arte, da propaganda, dos quadrinhos e da música, a mostra expõe pôsteres, quadros, murais e fotografias do americano, além de um documentário.

 

Conhecido por suas intervenções em outdoors e suas obras provocativas que misturam publicidade com cultura pop americana, Ron é um dos três grandes nomes do Surrealismo Pop, ao lado de Robert Williams e Mark Ryden, e um dos mais importantes da arte contemporânea. É considerado um dos criadores da street art e das intervenções urbanas.

 

O artista criou uma obra especialmente para a exposição brasileira. Trata-se da imagem de uma borboleta sul-americana, que expressa sua admiração pelos valores e belezas do ecossistema do continente e como ele afeta todo o planeta. O trabalho faz referência ao “efeito borboleta”, fenômeno sobre grandes consequências causadas por pequenas mudanças.

 

Em paralelo à mostra, será exibido o documentário “POPaganda: The Art and Crimes of Ron English”, dirigido pelo espanhol Pedro Carvajal. O filme exibe o processo criativo do artista e mostra como são instaladas suas obras em outdoors não autorizados. O documentário explora, também, a paixão de Ron English em fazer com que as pessoas pensem mais sobre a relação entre a sociedade e o consumo.

 

 

De 21 de outubro a 21 de dezembro.

Homenagem mural

07/jul

Registro de instalação da pintura “Lou Tarsimona”, mural de Ozi para o novo muro do Instituto Rubens Gerchman, Barra da Tiuca, Rio de Janeiro, RJ. O artista realizou uma fusão de imagens icônicas dos artistas Rubens Gerchman (Mona Lou) e Tarsila do Amaral (A Negra). Clara Gerchman (filha do pintor Rubens Gerchman) e o curador Marco Antonio Teobaldo estiveram na coordenação do projeto.

Tinho na Galeria Movimento

12/maio

A partir do dia 16 de maio o público carioca poderá apreciar dez telas que envolvem o cotidiano urbano e todo o caos proporcionado pela metrópole no trabalho de um dos precursores e um dos nomes mais conceituados da arte urbana no Brasil: Walter Tada Nomura, o TINHO. Na mostra “Reflexão”, que acontecerá na Galeria Movimento, Shopping Cassino Atlântico, Copacabana, Rio de Janeiro, RJ, representante das obras do artista que reside e trabalha em São Paulo.

 

As questões sociais, econômicas e urbanas foram sempre seu objeto de pesquisa. Suas pinturas despertam o pensar. Procuram estabelecer uma comunicação com o espectador de forma a levantar e discutir questões contemporâneas do cotidiano. Dessa necessidade surgiram os personagens, tão emblemáticos em sua arte. Crianças interiores, tristes e sombrias, que trazem no olhar as marcas da sociedade em que vivem. Sua solidão reflete todos os problemas a que estão expostas diariamente e falam mais do que mil palavras. Bastante freqüente também, em sua obra, é a temática dos automóveis batidos. Pesadelos geraram imagens que falam de uma viagem interrompida. Uma forma de censura que impede de chegar ao objetivo final.

 

Tinho mantém paralelamente o contato com o universo da arte urbana e com o meio acadêmico, colaborando com teses de graduação, mestrado e doutorado sobre as relações entre a arte e a cidade. É convidado a participar de discussões e palestras regularmente, como aconteceu na VII Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, em 2007. Acumula em seu currículo participações em mostras coletivas de instituições como Centro Cultural São Paulo, Paço das Artes, MIS, Caixa Cultural, Santander Cultural, Memorial da América Latina e Pavilhão das Culturas Brasileiras, assim como nas bienais de Havana, 2009 e Vento Sul, Curitiba, 2009. Realizou exposições individuais em diversas galerias privadas ao redor do mundo e, a convite do Itamaraty, expôs em Londres e em Moscou.

 

Em 2006 foi convidado a produzir um painel gigante como preparativo para a Copa FIFA 2006, em Berlin, e também participou de exposições em Grenoble e Hossegor, na Franca, Gold Coast, Melbourne e Torquay, na Australia, Beijing e Shangai, na China, Barcelona, na Espanha, Rotterdam, Holanda, Moscou, Russia, Zurich, Suíça, Berlin e Munique, na Alemanha, Varsóvia, Polonia, Milão, Itália, Buenos Aires, Argentina e Santiago, no Chile.

 

Embora tenha a pintura como principal linguagem, Tinho também fotografa, cria objetos tridimensionais, monta instalações, faz colagens, performances, site-specifics. e transforma em arte aquilo que encontra pelos lugares por onde circula.  Em seu trabalho, a vida urbana, os problemas sociais e políticos são questões que se relacionam de forma estética e conceitual. Suas telas muito contribuíram para o reconhecimento do Brasil como um dos principais produtores de arte urbana. Ao se apropriar do que foi refugado, do que pertence a todos e a ninguém, Tinho cria esse delicado jogo entre encenação e realidade. Faz nada mais que arte, recriando continuamente o mundo. “Eu procuro com o meu trabalho estabelecer uma comunicação com o espectador, de forma a levantar e discutir questões contemporâneas que fazem parte do nosso cotidiano. Como um ser metropolitano, minhas questões giram em torno dessa vida urbana, dos problemas sociais a que estamos expostos diariamente e as questões políticas e econômicas que acabam por refletir em todo o nosso viver. Em meu trabalho, essas questões se relacionam de forma estética e conceitual”, finaliza Tinho.

 

 

Sobre o artista

 

Tinho iniciou o desenvolvimento de seu trabalho em atelier estudando na FAAP, se formando em Artes no ano de 1997. Lecionou na rede pública estadual e iniciou sua pesquisa formal procurando entender os relacionamentos humanos dentro da metrópole, assim como a relação dos habitantes com o meio onde vivem. Desde então explora o espaço urbano em busca de um contato íntimo com sua geografia, arquitetura e superfície. Através de um posicionamento social e político, acumula informações das ruas, recolhendo seus restos e selecionando seus conteúdos. Essa pesquisa carrega um aspecto documental e histórico da cidade, principalmente de São Paulo, em meio a vivência particular do artista.

 

 

De 16 de maio a 7 de junho.

Toz expõe no Hélio Oiticica

11/mar

O traçado inconfundível de um dos artistas urbanos mais atuantes do Rio de Janeiro, Tomaz Viana, conhecido como Toz, estampa e projeta alegria e cores na cidade desde a década de 90. O artista, que adotou o Rio como cidade do coração, que vem assinando sua arte impactante pelas paredes e muros, incluindo um de 30 metros na Rua Sacadura Cabral, transpôs sua obra para telas, papéis, objetos e tecidos. Toz já realizou uma série de exposições individuais. Em 2013, além de ter participado da sua primeira feira de arte internacional, a Brazilian Art Fair, em Miami, também lançou um livro compilando seus principais trabalhos. Toz é representado pela Galeria Movimento e agora parte para mais um grande passo em sua carreira: sua primeira exposição institucional. Não só a primeira de Toz, mas a primeira individual de um artista urbano no Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica, Centro, Rio de Janeiro, RJ, com curadoria de Isabel Portella, que acompanha a carreira do artista desde 2010.

 

Em “Metamorfose”, Toz ocupará três salas divididas em quatro ambientes do Centro Cultural, somando 300 m2. Nelas apresentará uma instalação rica em detalhes onde, pela primeira vez, dois importantes personagens do artista estarão na mesma exposição: o “Insonia” e o “Vendedor de Alegrias”, que mostram, ineditamente, ser a mesma figura na passagem da noite para o dia. O “Insonia”, que se mostra místico e carrega uma cartela de cores sombrias e escuras, inspirado nas noites perdidas, se transforma no “Vendedor de Alegrias”, uma realidade ensolarada, alegre e cheia de vida e alto astral. O objetivo é fazer com que as pessoas visitem o cotidiano dos personagens, transitem por uma passagem que inspira filosofia e mudança e entenda esta troca de vibrações, onde estarão espalhadas fotografias, objetos, instalações, tudo representando o mundo de seus personagens e selecionado criteriosamente pelo artista. A trilha sonora é assinada pelos experts Rafael Droors e Jonas Rocha.

 

No primeiro momento o público irá se deparar com a instalação, quase um labirinto filosófico, e começará a percorrer o caminho da imaginação de Toz, sendo levado primeiramente a um universo noturno, através da reconstituição do quarto de devotos do Insonia, guardião dos notívagos, cheio de detalhes e referências à entidade da noite. Mais à frente começa o processo de metamorfose. O público enfrentará uma instalação do Insonia de 1,90 m, suspenso no meio do ambiente, cujas paredes serão pintadas em tons escuros, para recriar uma atmosfera noturna. Depois da escuridão, chega-se à luz. Nesta ocasião, o expectador vai entrar em uma sala cheia de bolas de vinil coloridas e encontrar o outro personagem, o “Vendedor de Alegria”, de 1,90m, levitando no meio delas.

 

Na terceira sala estarão expostas 14 telas inéditas expressando esta metamorfose. Os trabalhos virão acompanhados de fotografias de personalidades que mostrarão fazer parte deste mundo Insonia / Vendedor de alegria, assim como todos nós. Nessas seis obras, artistas como Bruno Gagliasso, Giovanna Ewbank, Marcelo D2 e sua filha Maria Joana, entre outros, foram fotografados pela lente de Fernando Young, que já captou imagens de artistas como Caetano Veloso, Fernanda Montenegro, Gilberto Gil, entre outros grandes. Com interferências artísticas de Toz, os trabalhos mostrarão o que a exposição “Metamorfose” quer passar para o público, fazendo um link com o universo dos personagens: “Todas as pessoas têm os dois lados, as trevas e uma vibe mais tranquila e serena, e as fases fazem parte do nosso dia a dia. Posso dizer ainda que o Insonia e o Vendedor de Alegria me representam também, eu sou apenas mais um”, finaliza Toz.

 

Para a curadora Isabel Portella, Toz, ao nomear sua próxima exposição – “Metamorfose”, certamente quis ir além das mudanças da noite para o dia, da escuridão para a luz e as cores. “Insônia e o Vendedor de Alegria nos dizem muito mais do que isso. Falam, assim como o escritor Kafka, de solidão, de procura, mas também da euforia e da liberdade. É preciso a noite para que se faça o dia. É necessário um período intermediário para que se possa realizar a beleza da transformação, dessa metamorfose que se faz no recolhimento do casulo. Insônia nasceu para contar das noites sem dormir, das criaturas que povoam essas horas, do que acontece quando tudo fica escuro. Dois anos depois Toz nos surpreendeu  com o Vendedor de Alegria, com o excesso de cores e a leveza dos balões de gás. Foi o tempo necessário para a mutação, para que se desse a metamorfose que vai nos levar a múltiplas leituras”, termina Isabel.

 

 

De 15 de março a 08 de maio.

Smael, mostra em Paris

18/set

Acontece na Galerie Brugier-Rigail, Paris, a exposição “Le Voyage Imaginaire du Cirque Fantastique – A Viagem Imaginária do Circo Fantástico” do artista carioca Smael. É o grafite brasileiro ganhando espaço na Cidade-Luz. Jovem artista conhecido por seus grafites cheios de cores vibrantes, Smael exibe 16 pinturas e 5 desenhos  de sua mais recente produção com os mais diversos personagens circenses e assim apresentado: De la joie, du rêve, du fantastique au service de l’imagerie populaire brésilienne. Ces images créées par Ismaël Wagner de la Serna, aka Smaël, puisent leur inspiration dans la joie et la nature brésilienne, mais aussi dans la vision des enjeux sociaux politiques du Brésil au sein de l’Amérique du sud. Toute la culture cosmopolite de Rio de Janeiro, terre de contraste, permet à l’artiste de se maintenir dans cette bipolarité permanente.

Thiago Toes na Reserva+

18/dez

Thiago Toes

O artista plástico Thiago Toes realiza sua primeira exposição individual em terras cariocas. A mostra “Uma Luz que Nunca se Apaga” reúne cinco telas e três desenhos, e está em cartaz na galeria Reserva +, Copacabana, Rio de janeiro, RJ.

 

Entre as obras expostas e inéditas, está a pintura “Desejando Milagres”, uma tela geométrica com tinta acrílica e aquarela, que compõem grande parte de seus trabalhos. “Essa pintura tem tudo a ver com o título. Um milagre é uma forma de luz, de fazer isso acontecer. Quero despertar a fé nas pessoas, fazer com que elas acreditem em um bem maior”, afirma o artista.

 

É deste conceito que surgiu o nome da exposição, com a premissa de que deve sempre existir uma luz que nunca se apaga, que representa nossas esperanças. As cores presentes nas telas também transmitem essa ideia e falam por si só, como, por exemplo, as cores claras que representam espasmos de sonhos; as escuras refletem o universo interior; enquanto as quentes demonstram sentimentos. A paleta de cores estimula esse desejo de conforto, luz e busca por calmaria e reflexão interior.

 

Seus desenhos são marcados pelos traços geométricos, a arte abstrata, o cubismo e o surrealismo. Além de tudo, os trabalhos refletem poesias, como um salto no vazio, nos sonhos, no universo paralelo e particular do artista. Em grande parte dos desenhos, um personagem surge em meio às cores e cria então seu próprio habitat íntimo e excepcional. Mistérios e inquietudes são retratados através de cores gélidas, que em algumas ocasiões ganham um toque forte de vida, com tons de magenta, laranja, lilás, azul, branco e cinza.

 

Sobre o artista

 

Thiago Henrique, ou Toes, como é conhecido, descobriu o graffiti na adolescência e fez as primeiras experimentações aos 15 anos. Hoje faz parte da nova geração de grafiteiros de São Paulo, estado onde cresceu e mora.

 

O artista já realizou trabalhos em Miami (Projeto Wynwood Walls), Los Angeles e, junto com a dupla Osgemeos, realizou alguns trabalhos, como um mural para o festival Indie Hip Hop (Sesc). Em outubro de 2010 ganhou patrocínio da marca de roupas RVCA e foi o único artista da empresa a expor seu trabalho para o projeto Design For Humanity (Billabong). Em março de 2011, recebeu o convite para ser um dos artistas do festival Risadaria, com curadoria d’Osgemeos, e expos seu trabalho na Bienal de São Paulo.

 

A percepção de arte e a naturalidade com que lida com os tons e contrastes se encarregaram, com o tempo e com a sua vontade, de transpor os aspectos visuais do graffiti. Hoje e cada vez mais Thiago se dedica à pintura de telas com o uso de pincel, aquarela, pastel, óleo e até mesmo spray e látex.

 

Até 04 de janeiro de 2013.