Diálogo espacial no MON

15/jul

 

 

O MON, Curitiba, PR, promove a exposição coletiva “Ópera Citoplasmática”, com a participação de vinte três artistas e cerca de setenta obras, ocupando o espaço do Olho. A curadoria é de Diego Mauro e Luana Fortes. A curadoria adjunta e concepção é de João GG.

 

“Ópera Citoplasmática” propõe um diálogo com o próprio espaço expositivo do Olho, fazendo com que a sua especificidade arquitetônica participe do projeto. A luminosidade controlada do local possibilita um desenho expográfico e uma ambientação experimental, incorporando a curvatura do teto e o vidro escuro das janelas imensas como elementos importantes.

 

A seleção dos artistas considerou a multiplicidade de linguagens, que inclui desde as mais tradicionais pintura e escultura, passando por instalações, vídeos, projeções de texto, intervenções sonoras feitas especialmente para a exposição e interferências espaciais.

 

Os participantes são Boto, Darks Miranda, Fernanda Galvão, Gabriel Pessoto, Giulia Puntel, Hugo Mendes, Iagor Peres, Ilê Sartuzi, Janaína Wagner, João GG, Juan Parada, Juliana Cerqueira Leite, Luiz Roque, Mariana Manhães, Marina Weffort, Maya Weishof, Miguel Bakun, Motta & Lima, Paola Ribeiro, Rafael RG, Renato Pera, Rodrigo Evangelista e Wisrah Villefort.

 

Exposição protesto na Carpintaria

08/jul

 

 

A Carpintaria, Jardim Botânico, Rio de Janeiro, RJ, apresenta de 09 de julho até 20 de agosto a exposição coletiva “A sua estupidez”.

 

Apropriando-se da expressão “reserva de valor”, chavão do mercado financeiro por vezes usada para definir o investimento na compra de uma obra de arte, aplica-se aqui uma interpretação mais subjetiva. A obra de arte é de fato reserva de valor, é um objeto no qual o artista depositou imensas cargas de valores, é uma coisa continente que preserva em si valores caros ao artista, valores muitas vezes ameaçados mundo afora. A arte é a experiência dos valores encarnados nos objetos, valores que são ativados em nossa relação com a obra.

 

As 26 obras integrantes dessa exposição coletiva disparam vivências de valores e princípios diversos, porém não divergentes. Mesmo tendo sido criados em tempos e ambientes distintos, ao serem expostos juntas agora, todos os trabalhos convergem para o campo sociopolítico atual. Um conjunto se forma ocupando esse campo com força e fisicalidade, ressoando um valor comum: o valor do protesto. Há pouco mais de dois meses para a eleição presidencial que poderá nos aliviar do nosso martírio nacional, esse protesto em forma de exposição de arte vem nos empurrar para o sentido de urgência. “A Sua Estupidez” torna-se então uma mensagem direta remetida coletivamente ao inominável que nos governa. “A Sua Estupidez” é a expressão da denúncia, a encarnação da revolta, a manifestação da liberdade de negar o que se despreza, a representação do que não nos representa.

 

A exposição se desdobra como um percurso de epifanias possíveis. Cabe ao visitante tomar para si os elementos disparadores, absorvê-los, traduzi-los em sensações e pensamentos. De cara, a transposição das estrelas outrora presentes na colorida bandeira brasileira para a seda preta na obra de Iran do Espírito Santo. Em frente, o vídeo “Terremoto Santo” de Bárbara Wagner & Benjamin de Burca (atualmente também em cartaz no New Museum de Nova York), retrata uma comunidade de fiéis crentes cantadores de Gospel no território Brasilis. Na sequência, as fotos-performance de Ivens Machado, seu corpo atado com gaze, tensão e pressão em plena ditadura militar.  Sua escultura de cacos de vidro encrustados em cimento pesa sobre o olhar, assim como pesa a escultura imagética de Espírito Santo, na forma de uma janela reflexiva de granito preto. Nas pinturas de Gokula Stoffel e Cabelo, seres delineados em vermelho parecem pressionados por pinceladas grossas e intensas que adensam o ambiente compositivo. A figura de Exu em forma de escultura serve de suporte para “Luz com Trevas”, videoclipe de Cabelo que se apropria de trechos de filmes do cinema marginal – como “O Bandido da Luz Vermelha”, de Rogério Sganzerla – para convocar à união dos povos por liberdade e direitos.

 

O relevo de bronze de Erika Verzutti se nomina em forma e título: “Demônio!”. Também nominal e direta, a “Hydra Pantanal” de Rivane Neuenschwander reinterpreta um inferno Dantesco na era capitalista. As fotos de Mauro Restiffe estabelecem o contraste dos empossamentos em Brasilia, a capital dos desmandos atuais. Tiago Carneiro da Cunha, em pintura e escultura, nos apresenta personagens arquétipos da perdição, ao mesmo tempo assustados e assustadores. Rodrigo Cass, em uma escultura e um vídeo, trata da instabilidade e da ruptura, de armas brancas que rompem corpos frágeis, de quebras. Márcia Falcão nos obriga a encarar a dor do corpo feminino violentado, o sangue na matéria da tinta. Lenora de Barros protesta o silêncio com marteladas ruidosas, violentas. A violência que também se encarna nos relevos pictóricos de Yuli Yamagata, de onde saltam olhos esbugalhados e mãos tesas, como num filme B de terror. Ao fim, como uma mensagem de rádio para o futuro próximo, a escultura de Barrão acena com uma bandeira branca, um gesto de amor, um apelo.

 

Porque, afinal, isso tem que mudar.

Porque, como bem disse a canção, a sua estupidez não é normal!

Artistas participantes

 

Bárbara Wagner & Benjamin de Burca | Barrão | Cabelo | Erika Verzutti | Gokula Stoffel | Iran do Espírito Santo | Ivens Machado | Lenora de Barros | Márcia Falcão | Mauro Restiffe | Rivane Neuenschwander | Rodrigo Cass | Tiago Carneiro da Cunha | Yuli Yamagata.

 

 

Cinco artistas contemporâneos em Maricá

07/jul

 

 

A Prefeitura de Maricá, RJ, por meio da Secretaria de Cultura, apresenta a exposição “Canto porque Resisto”, que comemora o centenário da Semana de Arte Moderna permanecendo em cartaz até 30 de julho, na Casa de Cultura de Maricá, no Centro. A mostra, com curadoria de Luiz Guilherme Vergara, reúne 27 obras contemporâneas e experimentais de cinco artistas consagrados, moradores da cidade, cujas carreiras foram sucesso dentro e fora do Brasil em importantes museus e galerias.

 

“Depois de uma longa paralisação das atividades, a Casa de Cultura e o Museu Histórico de Maricá reabrem suas portas em grande estilo. “Canto porque Resisto” é iluminadora, como uma fábula de imagens explosivas instaladas no coração da Vila de Santa Maria, nossa praça central, onde o imaginário habita o inconsciente coletivo do povo maricaense contra forças destrutivas. A exposição está magnífica”, comentou Sady Bianchin, ressaltando que a mostra é realizada pela Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar), com apoio da Secretaria de Promoção e Projetos Especiais.

 

Os trabalhos de Bill Lundberg (dez obras, sendo fotografias de 63cm x 76cm cada e uma projeção de 2mx2m), Edmilson Nunes (cinco, entre pintura, desenho e instalação), Jarbas Lopes (uma escultura e uma instalação cinematográfica), Marcos Cardoso (uma instalação) e Regina Vater (nove, sendo instalação, fotografia e vídeo arte) ocuparão não somente os ambientes da Casa de Cultura (1841) – patrimônio tombado e de extrema importância para a história local -, como também sua fachada e entorno, compondo um projeto inaugural de arte contemporânea para a cidade.

 

“Expor aqui é fundamental para mostrar minhas obras aos moradores e visitantes da cidade que escolhi para viver. Digo isso com muita felicidade de participar desta mostra de arte contemporânea que apresenta um pouco do nosso trabalho”, comentou o artista Jarbas Lopes, morador de São José do Imbassai.

 

A artista visual Lina Ponzi, que veio de Niterói para apreciar a exposição, parabenizou os responsáveis pela bela iniciativa. “Aqui temos artistas conhecidos mundialmente e podemos visitar com entrada franca. A arte é magnífica e ser mostrada à população por dois meses é maravilhoso! Esta mostra está fantástica!”, comentou.

 

Sobre os artistas

 

Bill Lundberg – Albany, EUA, 1942

 

Um pioneiro no campo da performance, filme e vídeo instalação, Lundberg se envolveu em investigações estéticas que antecedem as de seus contemporâneos mais notáveis, incluindo Gary Hill, Bill Viola e Tony Oursler. Por mais de 40 anos, Lundberg integrou as qualidades formais da pintura, performance e filme para falar sobre a condição humana.

 

Edmilson Nunes – Campos dos Goytacazes, 1964

 

Estudou Arquitetura e Urbanismo na UFRJ, onde teve seu primeiro contato com arte, conhecendo Celeida Tostes e Lygia Pape, entre 1985 e 1990. Em 1992, estudou no núcleo de aprofundamento da Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Em 1993, fez sua primeira individual na Galeria Anna Maria Niemeyer. Em 2007, abriu outra mostra individual no Paço Imperial RJ. Desde 2002, faz a direção artística da escola de samba mirim “Pimpolhos da Grande Rio”. Foi professor nas oficinas do Museu do Ingá, de 2003 a 2008. Em 2013, foi convidado para ocupar a varanda do MAC Niterói com a exposição “A Felicidade às vezes mora aqui”, que reuniu importantes artistas, parte de sua trajetória como professor de novas gerações.

 

Jarbas Lopes – Nova Iguaçu, 1964

 

Concluiu seus estudos sobre escultura em 1992, na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio Janeiro. A sua produção reúne esculturas, desenhos, instalações e performances. Também desenvolve projetos conceituais que operam à margem da lógica capitalista, valorizando o pensamento artesanal e a participação do espectador. Na série “A paisano”, por exemplo, ele recupera a prática popular do trançado para construir com tramas multicoloridas imagens que situam-se entre a pintura e a escultura.

 

Marcos Cardoso – Paraty, 1960

 

Formado pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), 1992, frequentou a Oficina de Gravura do Ingá, de 1988 a 1990, e a Escola de Artes Visuais do Parque Lage, em 1991. Foi aluno e amigo de Lygia Pape, que fez o seguinte relato do artista: “Marcos Cardoso metamorfozeou-se pelo mito do Carnaval e suas máquinas: reciclou pó e pano em palácios e castelos, faz-de-conta sem fim, hoje pura linguagem nobre, mergulhada no sensível, no sonho do alquimista que engendra transtornados objetos arfantes”.

 

Regina Vater – Rio de Janeiro, 1943

 

Em pesquisa que abrange as relações entre sociedade, natureza e tecnologia, Regina Vater desenvolve, ao longo das últimas quatro décadas, um corpo de trabalho complexo e sofisticado que contribui de maneira expressiva para o debate sobre a emergência de uma ecologia midiática nos âmbitos da arte e da vida contemporânea. A natureza poética, ativista e ecológica de sua obra foi sempre tecida em impulsos transmidiáticos, em que a linguagem de cada trabalho se apresenta como mais um desdobramento de seus interesses.

 

 

Primeira individual européia

06/jun

 

 

O artista brasileiro Mundano exibe novas criações na Galeria Kogan Amaro, Zurich, de 11 de junho até  22 de outubro. Mundano é um artista e ativista cultural brasileiro cujas obras têm sido vistas tanto nas ruas como em museus e galerias. As obras em “Made in Brazil”, sua primeira exposição individual na Europa, parecem a princípio ser sedutoras e mordedoras. Uma série de pinturas retrata cenas de floresta nebulosa, enquanto várias esculturas aparecem, em inspeção próxima, para representar bifes de carne. Mas o verdadeiro tema destas obras altamente carregadas é tudo menos divertido: o corte claro e a queima de vastas faixas da floresta tropical amazônica, para criar terras de pastagem para gado cujas carcaças abatidas serão enviadas ao redor do mundo.

 

“Esta exposição é a prova de um crime”, diz o artista. “A população bovina do Brasil é mais do que sua população humana, e nós exportamos 80% da carne”.

 

Com energia incansável, Mundano dedicou-se a uma missão de vida de criar um legado ambiental e social com sua arte – uma missão que o levou, nos últimos quinze anos, a dar palestras, montar exposições e encenar intervenções em mais de quarenta cidades ao redor do mundo, incluindo o Brasil. Considerado pela Much-awarded na área de arte pública, direitos humanos, criatividade e inovação digital, Mundano é um TED Fellow e fundador da ONG Pimp My Carroça, que leva seu nome de um corpo de trabalho de Mundano iniciado em 2007, quando o artista começou a usar suas habilidades de pintura para embelezar os carrinhos de madeira e metal, cenouras, usados por catadores de lixo no Brasil para transportar lixo e recicláveis como os carrinhos usados por pessoas de rua em todo o mundo, mas raramente notados de forma comemorativa.

 

A arte e o ativismo de Mundano são construídos sobre uma grande tradição avançada por uma geração de artistas conceituais dos anos 80 e 90, cuja fúria sobre os males sociais os inspirou e os capacitou a fazer obras de arte revolucionárias. Hoje, o século XXI enfrenta uma crise ainda mais maciça – como abordar a própria saúde do Planeta Terra? – e uma nova geração de artistas está enfurecida e engajada. Essencial para o DNA da arte de Mundano é o engajamento comunitário, que promove a transmissão de conhecimento, insights, práticas e sabedoria para nossos semelhantes mortais. Qual deve ser nosso legado, pergunta Mundano através de seu trabalho, e como todos nós podemos praticar uma melhor administração de nosso amado mundo?

 

Simon Watson

 

Sobre o artista

 

Utilizando a arte para marcar seu posicionamento social, ambiental e político, o paulistano MUNDANO há mais de 15 anos exerce efetivamente o artivismo como ferramenta de transformação social. Defensor de causas ambientais e dos direitos humanos universais, fundou em 2012 a ONG Pimp My Carroça, e o aplicativo Cataki, ambos voltados para a conexão entre geradores de resíduos e os catadores de material reciclável. O resultado do seu trabalho abriu portas para replicar essas ações artivistas mundo afora – mais de 20 países visitados realizando murais, exposições, graffiti, palestras, parcerias e integrando programas globais como o TED Fellows. Nos últimos anos, vem desenvolvendo uma intensa pesquisa de materiais, coletando resíduos dos maiores crimes ambientais da história do país, criando assim seus próprios insumos a partir desses dejetos:   lama tóxica, cinzas das queimadas das florestas e óleo derramado nas praias do nordeste. Esses resíduos se transformam em obras de denúncia, seja por meio do graffiti, em esculturas, telas ou nas empenas de prédios. Sua última obra, com mais de 1000m2, homenageia os brigadistas das florestas que apagam os incêndios criminosos – em uma releitura da obra “O Lavrador de Café” de Cândido Portinari, Mundano usa cinzas das queimadas de 4 biomas brasileiros: Floresta Amazônica, Mata Atlântica, Cerrado e Pantanal para criar essa gigantesca pintura como um símbolo contra o desmatamento ilegal.

 

Sobre o curador

 

Nascido no Canadá e criado entre a Inglaterra e os Estados Unidos, Simon Watson é um curador independente e educador artístico baseado em Nova York e São Paulo. Veterano de trinta e cinco anos no cenário cultural em três continentes, Watson concebeu a curadoria de mais de 300 exposições para galerias e museus e consultou programas de coleção de arte para inúmeros clientes institucionais e privados. Durante as últimas três décadas, Watson trabalhou com artistas emergentes e pouco conhecidos, trazendo-os à atenção de novos públicos. Sua área de especialização curatorial está identificando artistas visuais com potencial excepcional, muitos dos quais são agora reconhecidos internacionalmente na categoria blue-chip e são representados por algumas das galerias mais famosas e respeitadas do mundo.

 

 

Símbolos nacionais

 

 

No ano em que se comemora o bicentenário da Independência do Brasil, a Galeria Movimento, Gávea, Rio de Janeiro, RJ,  apresenta a partir do dia 09 de junho, das 18h às 21h, a exposição “Re-Utopya”, primeira grande individual do artista Hal Wildson, nascido em 1991 no Vale do Araguaia, região de fronteira entre Goiás e Mato Grosso, com obras em diferentes suportes que fazem uma revisão crítica da história de nosso país. Os trabalhos, recentes e inéditos, mostram as várias séries que compõem a pesquisa poética a que o artista se dedica, onde memória, esquecimento, identidade e a palavra são suas ferramentas para pensar em um futuro possível para o país, e para o povo brasileiro, “ainda em formação”. Símbolos nacionais, máquina de escrever, digitais, primeiros registros históricos do povo brasileiro são usados nas obras em exposição, que tem texto crítico do artista e curador Divino Sobral.

 

Atualmente morando em São Paulo, Hal Wildson é conhecido principalmente por seu trabalho com imagens criadas a partir de uma datilografia extrema, e sua obra “República da Desigualdade – Meritocracia seja Louvada” (2018-2020) foi vista em rede nacional na abertura do documentário especial “Mães do Brasil”, produzido pela Favela Filmes e KondZilla Filmes, com direção de  Kelly Castilho e John Oliveira, e exibida pela Globo em dezembro. Naquele trabalho, imagens de arquivos nacionais de trabalhadores brasileiros, fotografias autoriais e registros da infância do artista são plasmadas em notas de “zero real”.

 

Um vídeo poético, feito durante o processo de criação da obra “Singularidades” (2020/2022), viralizou, e alcançou a marca de mais de cinco milhões de visualizações no Instagram, sendo compartilhado também por artistas, como Vik Muniz.

 

A diversidade artística africana hoje

30/maio

 

 

O curso inaugural da Escola do MAB apresenta um panorama contemporâneo do trabalho de oito artistas mulheres, originárias de distintas regiões do continente africano – Magdalena Odundo (Quênia), Julie Mehretu (Etiópia), Sue Williamson (África do Sul), Jane Alexander (África do Sul), Ghada Amer (Egito), Toyin Ojih Odutola (Nigéria), Colette Omogbai (Nigéria) e Peju Laiywola (Nigéria).

 

Da cerâmica à pintura, da performance à instalação, da fotografia ao vídeo, suas obras abarcam múltiplas linguagens e revelam a diversidade da produção artística africana hoje. Ao longo de oito aulas, iremos comentar os trabalhos dessas artistas, sempre amparadas pelos seus contextos histórico e sociais de produção.

 

Será emitido certificado.

Ministrantes

Emi Koide, Sabrina Moura e Sandra Salles.

Coordenação: Sabrina Moura.

Investimento

Curso completo: R$ 240,00

Descontos: estudantes, professores e maiores de 60 anos têm 10% de desconto.

Período

De 30/05 a 18/07 das 19h às 21h.

Duração de cada aula: 2h

Duração total do curso: 12h

​Modalidade: online – Plataforma Zoom

 

Anna Maria Maiolino – psssiiiuuu…

10/maio

 

 

 

Mostra antológica traz vida-obra de uma das mais relevantes artistas contemporâneas. A exposição inédita de Anna Maria Maiolino – inaugurada no mês em que a artista completa 80 anos – ocupa, com cerca de 300 obras, todas as três grandes salas do andar superior do Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, SP, espaço só antes dedicado às individuais de Yayoi Kusama e Louise Bourgeois. O curador Paulo Miyada esteve nos últimos três anos ao lado de Anna Maria Maiolino para juntos desenharem a exposição, construída a partir de muitas horas de conversa que resultaram, além de um ensaio aprofundado do curador sobre a produção da artista, em maquetes que dispõem meticulosamente cada obra selecionada.

A mostra antológica, uma vez que traz momentos, obras e acontecimentos significativos na “vida-obra” da artista, como ela mesma nomeou, traz pinturas, desenhos, xilogravuras, esculturas, fotografias, filmes, vídeos, peças de áudio e instalações.  Segundo Paulo Miyada, Anna Maria Maiolino – psssiiiuuu… (onomatopeia que pode ser assobio, chamado, flerte, pedido de silêncio, segredo, sinal) foi concebida como uma espiral que circula entre todas as fases e suportes da carreira da artista. A analogia com a espiral se refere à maneira de voltar e ir adiante ao invés de seguir uma cronologia linear. “Vai-se adiante para se reencontrar o princípio, consome-se energia para devolver as coisas ao que sempre foram”, destaca o curador.

 

Até 24 de julho.

 

Hipocampo, individual de Silvia Velludo

 

 

A Galeria Marcelo Guarnieri, Jardins, apresenta, entre os dias 14 de maio e 25 de junho, “Hipocampo”, segunda exposição individual de Silvia Velludo no endereço de São Paulo. Além das pinturas da série “Hipocampo”, realizadas entre 2016 e 2022, a mostra reúne algumas das obras produzidas pela artista durante a década de 2000, como as pinturas das séries “Penumbras” (2003-2004), “Divisas” (2007-2012), o livro-objeto em letreiro digital “Ida” (2012) e a videoinstalação “Projeto de Aurora” (2002). A exposição conta com texto assinado por Fernando Cocchiarale.

 

 

Formada por mais de 300 pinturas, a série “Hipocampo” dá continuidade à investigação de Silvia Velludo sobre a produção e a reprodução de imagens através da pintura. A artista faz uso de um extenso acervo de fotografias de celular, de notícias de jornal, cenas de filmes e posts de redes sociais para refletir sobre a aparente banalidade dessas imagens e o ritmo acelerado em que são difundidas, traduzindo os códigos da linguagem fotográfica digital para a linguagem pictórica. O título remete à estrutura cerebral responsável pelo armazenamento da memória e faz uma alusão ao registro involuntário que fazemos das imagens que nos rodeiam e as infinitas associações inconscientes que podem ser estabelecidas entre elas. O conjunto de pinturas de tamanhos variados é distribuído por toda a extensão das paredes da galeria, formando um grande painel diagramático de retratos do cotidiano, intercalados ora com telas recobertas por pigmentos metálicos, ora com placas reflexivas de aço, bronze, cobre e latão que, ao espelharem a imagem do espectador, interrompem o fluxo do “scrolling” visual e servem como zonas de respiro.

 

 

“A visão panorâmica de tantas imagens em fluxo nos conecta diretamente à experiência de navegação digital nas telas dos celulares e nas redes sociais, profusão que nos chega diariamente produzindo histórias descontínuas e quebras de narrativa. A dinâmica das imagens digitais já não nos permite saber a origem e a história de cada momento, local ou encontro, em seus respectivos tempos e lugares, diante da acelerada produção, difusão e consumo de informações pelas redes. O panorama de cenas de Silvia Velludo propõe uma reflexão em torno da saturação de imagens nos meios digitais e a busca por permanência e sentido que uma obra artística idealmente almeja em sua essência.”, observa o crítico Fernando Cocchiarale.

 

 

A reapresentação das séries “Penumbras” (2003-2004) e “Divisas” (2007-2012) propicia ao público um reencontro com as origens da pesquisa de Silvia Velludo sobre a formação da imagem através da pintura. Ao longo da década de 2000, a artista estava menos interessada pela imagem como representação figurativa do que por sua constituição enquanto fenômeno físico. Em “Penumbras” a artista trabalha a dispersão da luz através do embate entre pequenos pontos de cor, formando, em cada tela, estruturas reticuladas que podem remeter à imagem granulada dos televisores de tubo. Se nessa série Silvia Velludo explora efeitos ópticos através do uso da tinta acrílica e das diferentes combinações e tonalidades possíveis de serem alcançadas pelo material, em “Divisas” ela escolhe trabalhar com as propriedades inerentes das contas de vidro. O caráter cintilante do vidro colorido é intensificado nestas pinturas pelo agrupamento de uma grande quantidade de pequenas esferas coladas em uma superfície de 4m², causando aos olhos a impressão de que há uma desintegração da cor em milhares de pontos de luz. Anterior a essa investigação desenvolvida por Silvia Velludo através da pintura sobre a formação da imagem como um fenômeno óptico, é a sua produção de videoinstalações. A videoprojeção surgia para a artista como uma linguagem que lhe permitia trabalhar com a materialidade da própria luz, explorando a variação de cores, formas e palavras a partir dos recursos da imagem em movimento. “Projeto de Aurora” (2002) consiste em uma sequência de cores projetadas em uma superfície quadrada formada por cerca de 30 kg de sal grosso. Similar ao interesse de Silvia Velludo pela incidência da luz na matéria vítrea é o interesse pela incidência luminosa na estrutura cristalina do sal e sua alta capacidade de reflexão. As cores projetadas fazem referência às cores produzidas pelas Auroras Polares, fenômenos físico-químicos que resultam de interações entre o campo magnético terrestre e o plasma solar e que podem ser observados pela emissão de luzes coloridas que se movem pelo céu.

 

 

“Ida” (2012) é um livro-objeto em formato de letreiro digital que reúne diversos escritos produzidos pela artista ao longo de doze anos a partir daquilo que ocorria ao seu redor – em espaços públicos, privados ou mesmo na televisão. O trabalho foi apresentado pela primeira vez na exposição “Há mais de um poema em cada fotograma” em 2012, onde a artista ocupou todas as paredes da galeria com centenas de detalhes ampliados de fotografias realizadas durante dez anos em uma operação similar, registrando excessivamente as imagens de seu entorno. Se em “Ida” a artista escolhe a palavra como ferramenta para dar conta desse registro e em “Há mais de um poema em cada fotograma” ela escolhe a fotografia digital, em “Hipocampo” Velludo executa um procedimento já iniciado em sua exposição anterior “Autorretrato com Iphone 5C”, traduzindo o registro fotográfico para a linguagem da pintura. A noção de velocidade é uma questão que perpassa todos esses trabalhos, tanto no embate entre o ritmo ágil de uma escrita de observação baseada na associação livre e a leitura regulada pela lentidão do letreiro, como no embate entre a rapidez da captação da fotografia e o moroso feitio de uma pintura figurativa.

 

 

Fernando Cocchiarale

 

Março de 2022

 

 

A crescente presença dos meios digitais em nossa era definiu novas práticas e questões aos artistas que se utilizam das imagens como meio de criação poética. Como uma contraposição crítica à natureza funcional e pragmática da economia da imagem, muitos artistas têm buscado diferentes modos de refletir sobre a sociedade tecnológica contemporânea. Embora a origem artesanal da imagem tenha sido gradualmente substituída por meios técnicos como a fotografia, com a expressividade da mão cedendo lugar à objetividade das lentes e à rapidez e acessibilidade das câmeras, a reprodução manual de imagens de origem fotográfica ou digital em pintura é uma operação que investiga e reavalia de modo amplo o processo evolutivo dos meios técnicos e tecnológicos e suas possíveis rearticulações. A reunião de pinturas que Silvia Velludo apresenta nesta exposição tem por origem a coleção de inúmeros arquivos de imagem de internet e fotos digitais de celular que a artista seleciona e reproduz em suas obras como repertório visual para o seu fazer poético. Silvia se utiliza da mídia digital como um caderno de notas em que pessoas, lugares e momentos a serem lembrados são guardados em imagem e posteriormente trabalhados em tinta sobre tela. Suas pinturas retratam cenas e acontecimentos que espelham um panorama imagético próprio do universo da cultura digital e da dinâmica das redes sociais em sua profusão de temas, recortes e registros, situando-se entre o memorável e o comum, o admirável e o banal, o insólito e o corriqueiro. As pinturas a partir de arquivos de imagens digitais remontam à última exposição individual realizada por Silvia, Autorretrato com iPhone 5c, em 2016, quando voltou a se dedicar à pintura de observação. As múltiplas cenas do trabalho atual resultam das constantes temporadas de viagem de Silvia Velludo entre sua cidade natal, Ribeirão Preto, e São Paulo, onde também reside e trabalha, e outras localidades em que, acompanhada de pincéis, tintas e telas portáteis, a artista registra suas pinturas diretamente em cada lugar de estadia, justificando a escala diminuta de suas obras. As 295 pinturas realizadas por Silvia Velludo ao longo de seguidas temporadas de viagem estão dispostas por todas as paredes do espaço de maneira a compor uma extensa rede de campos visuais em frações irregulares. Com o aspecto de um diagrama descontínuo, suas cenas deslizam visualmente em séries horizontais, verticais e diagonais que, também em saltos, se remetem a outras cenas por proximidade, semelhança ou oposição, um fluxo de imagens que forma narrativas sequenciais, cruzadas ou aleatórias em associação direta com a observação do espectador. Silvia articula diferentes níveis de significação para as suas imagens. Entre formas e cores sortidas de centenas de pequenas telas de pintura figurativa esmerada, um visitante atento notará a presença de retratos e olhares que parecem dialogar em silêncio com o observador, formando uma narrativa paralela; em outro momento, cenas frugais de crianças e animais de estimação se impõem pela força afetiva, doméstica e familiar que evocam, ainda que seja a intimidade anônima e distante das imagens da internet. Cenas de peixes nadando em círculos parecem estar em ação, como se a pintura guardasse a memória do movimento e capturasse a atenção do espectador. Bonecas, brinquedos e obras de arte se alternam entre paisagens, fruteiras e personagens obscuros das redes sociais e do noticiário em busca de uma contextualização plausível e de sentidos inteligíveis. As pinturas aqui reunidas por Silvia Velludo adquirem sentido pela noção de conjunto que toda coleção estabelece. As diversas situações pintadas sobre tela se interpõem enquanto campos espaciais e planos figurativos, condição aberta que possibilita inúmeras combinações narrativas por justaposição, deslocamento e associação livre. O passeio visual que este dispositivo pictórico propõe reconstitui uma dimensão temporal fílmica da imagem, tanto pela sugestão de movimento contínuo das cenas pintadas – peixes em círculos, olhos em órbita -, como pela ação do próprio olhar que percorre as superfícies das pinturas à procura de novos estímulos e significações. Estas pinturas parecem propor, repetidas vezes, um jogo de adivinhação em torno da identificação das cenas escolhidas pela artista. Como em um desafio ou charada, tentamos reconhecer quais entre aquelas imagens referem-se a notícias, personagens e momentos que lembramos – ou ignoramos. Ou como estas cenas se recombinam em histórias particulares, eventos públicos ou acontecimentos desprovidos de informação alguma enquanto somos levados a imaginar situações, relações e desfechos entre os episódios retratados. Diante desta grande reunião de pinturas somos tomados por um labirinto narrativo de notas cifradas, imagens privadas e públicas, todas fadadas à efemeridade de postagens perdidas e noticiários esvaziados. A visão panorâmica que Silvia nos propõe para estas imagens aponta para uma solução original. A plural diversidade de assuntos exibidos se entrelaça com as inúmeras associações possíveis formadas pelos encadeamentos das cenas como campos de leitura. À maneira de um jogo de palavras-cruzadas composto por imagens em desdobramento visual contínuo, nosso olhar é levado a rastrear superfícies, identificar sinais e construir nexos a partir de um caleidoscópio de fragmentos da realidade. A disposição das telas é alternada por quadros metálicos luminosos e brilhantes em aço, bronze, cobre e latão que provocam um rebatimento do olhar imersivo da pintura e emprestam ritmo ao intenso fluxo de imagens. Como zonas de respiro e contemplação, abrem um intervalo de tempo que parece condensar as vivências imagéticas em um plano de emanações reluzentes e silenciosas. A ágil circulação das imagens digitais nas mídias eletrônicas desvela, por sua vez, sua natureza temporal efêmera que as conduz tanto ao desaparecimento quanto à obsolescência. Em seu pensamento poético, Silvia apropria-se de cenas cotidianas aparentemente comuns e as transfere do meio digital ao suporte material, artesanal e analógico da pintura, meio que empresta um sentido de permanência e duração às imagens. A visão panorâmica de tantas imagens em fluxo nos conecta diretamente à experiência de navegação digital nas telas dos celulares e nas redes sociais, profusão que nos chega diariamente produzindo histórias descontínuas e quebras de narrativa. A dinâmica das imagens digitais já não nos permite saber a origem e a história de cada momento, local ou encontro, em seus respectivos tempos e lugares, diante da acelerada produção, difusão e consumo de informações pelas redes. O panorama de cenas de Silvia Velludo propõe uma reflexão em torno da saturação de imagens nos meios digitais e a busca por permanência e sentido que uma obra artística idealmente almeja em sua essência. O jogo poético firmado entre o universo particular de suas imagens e as notícias e postagens das redes sociais tensiona a nossa percepção do real. Tal qual um dispositivo expositor de memórias e lembranças, somos seduzidos pela curiosidade e pelo espírito imaginativo que tantas imagens reunidas são capazes de estimular. A instalação de pinturas de Silvia revela-se, assim, um inventário de vivências a serem reconstituídas que, como cápsulas de tempo, retém uma dimensão existencial que as imagens resistem em desvelar. A proposição artística de Silvia Velludo nos proporciona, assim, uma experiência contrária àquela celebrada pelo frenesi do mundo digital: a desaceleração intuitiva que reestabelece correlações poéticas entre o real e suas representações a partir da apropriação afetiva e artesanal das imagens. A contemporaneidade de suas pinturas e questões entrecruza-se com a dominante e frágil onipresença das imagens digitais em nosso cotidiano.

 

 

Ecoart no Farol Santander

09/maio

 

 

Uma exposição que propõe uma viagem pelos principais biomas brasileiros e alerta para a preservação ambiental é a mostra imersiva “ECOARt” que será apresentada no Farol Santander Porto Alegre e na Plataforma ZYX, com imagens da Amazônia, Pantanal, Mata Atlântica, Pampas, Cerrado e Caatinga. Os principais biomas brasileiros – Amazônia, Pantanal, Mata Atlântica, Pampas, Cerrado e Caatinga – serão apresentados na instalação “ECOARt”, que será inaugurada no dia 10 de maio, simultaneamente no Farol Santander Porto Alegre e na Plataforma ZYX (www.zyx.solutions). Idealizada pelo artista multimídia Ricardo Nauenberg, utilizando tecnologia de última geração, a exposição é composta por uma grande instalação imersiva, que mostra a beleza dos biomas brasileiros e alerta para a importância da preservação ambiental.

 

“Acredito que a melhor forma de se sensibilizar o público em uma mensagem pró-preservação é pela beleza e não pela destruição… Um passeio imersivo pela diversidade  da natureza, com suas paisagens espetaculares, e alertando que se providências e cuidados não forem tomadas, essas ‘joias’ irão desaparecer, é um alerta bastante forte feito de forma positiva e lúdica”, ressalta Ricardo Nauenberg. A instalação é composta por totens monumentais, em formato cilíndrico, com tamanhos que chegam a 8 metros de diâmetro por 6 metros de altura, onde serão projetados filmes de cada bioma, feitos a partir da animação de imagens de importantes fotógrafos, como Araquém Alcântara (Amazônia e Pantanal), Cássio Vasconcellos (Mata Atlântica), Tadeu Vilani (Pampas) e André Dib (Cerrado e a Caatinga). Completando a experiência imersiva, o público poderá caminhar por estes espaços, andando sobre um chão coberto de folhas secas, sentido os barulhos, texturas e cheiros.

 

Na exposição, QR codes levarão o público à plataforma ZYX, com textos e vídeos sobre cada bioma, com narração e comentários do biólogo Gustavo Martineli, Doutor em Ecologia pela University of St.Andrews, Reino Unido. A mostra também poderá ser vista através da plataforma ZYX, de forma 3D, ampliando a experiência e tornando-a acessível a pessoas em qualquer parte do mundo, ecoando a mensagem de preservação de forma universal. A instalação, diferentemente de outras, acontece em “dois ecossistemas”, de igual peso e importância: a física, construída dentro do Farol Santander, e a digital, na plataforma ZYX, que aprofunda o tema e transforma a instalação em um projeto sem fronteiras, uma vez que pode ser integralmente visitado em qualquer local do Brasil ou do planeta. As iniciativas são complementares. Dentro da plataforma ZYX o conteúdo é veiculado dentro de um canal sobre sustentabilidade, também chamado ECOARt

 

www.midiarte.net

 

(https://www.zyx.solutions/cópia-canais-zyx-3), onde o conteúdo ficará disponível permanentemente, e que colecionará novos conteúdos ao longo do tempo. O nome da exposição faz uma analogia entre as palavras eco (ecossistema) e arte, que, juntas, formam a palavra ecoar, passando uma ideia de preservação ambiental através da arte, ecoando uma mensagem de preservação do planeta.

 

 

Sobre o idealizador

 

Ricardo Nauenberg é artista multimídia, com atuações no cinema, videoarte, instalações e fotografia, tendo começado na pintura, estudando com Ivan Serpa no Centro de Arte Bruno Tausz. A partir da técnica de colagens onde precisava achar ou produzir imagens para inserção nas pinturas, aconteceu o primeiro contato com a fotografia. Aos 13 anos foi estagiar no famoso Estúdio Plug, de Antônio Guerreiro e David Zingg, onde se aproximou da fotografia de moda e publicidade. Três anos mais tarde, montou um estúdio próprio trabalhando para as principais revistas do mercado, como Vogue, jornais, como O Globo, e agências de publicidade, com fortes influências de um grafismo minimalista, coerentes com sua formação na pintura de arte.

 

Ex-diretor da Rede Globo, onde trabalhou inicialmente como Diretor de Arte e posteriormente como Diretor de Programas por 12 anos, seus trabalhos lhe renderam prêmios internacionais nos Festivais de Nova York e no Projeto Leonardo em Milão.

 

No mesmo período fundou sua produtora, a Indústria Imaginária, com a qual produziu e dirigiu filmes longas-metragens, séries de TV, documentários, além de ter desenhado exposições de arte e publicado livros de fotografia.

 

Apesar do cinema e da televisão serem suas principais atividades, desenvolve trabalhos com fotografia com o projeto “Entre Terra”, que resultou em uma exposição individual no Centro Cultural dos Correios e um livro de arte. Em 2020, concluiu “Superfícies”, um ensaio sobre o deserto do Arizona e Utah. As instalações são também uma forma de sua expressão, onde a montagem é sempre a criação de uma escultura para apresentar conteúdos fortes muitas vezes homenageando a expressão de  outros artistas… ECOARt é um exemplo desse conceito.

 

 

Até 24 de julho.

 

Projeto Educativo da 13ª Bienal do Mercosul

06/maio

 

 

Você se lembra do seu último sonho? Já imaginou transformá-lo em um filme?

 

Em uma parceria inédita, o Instituto Ling, Porto Alegre, RS, será o grande apresentador do Projeto Educativo da 13ª Bienal do Mercosul, e também um dos palcos de sua programação, reunindo uma série de atividades gratuitas, como oficinas, seminários e debates.

 

 

Abrindo a programação, apresentamos o projeto Hypnopedia – enciclopédia audiovisual de sonhos, de autoria do artista visual mexicano Pedro Reyes. A ideia parte de um dos três temas-chaves desta edição da “Bienal: Trauma, Sonho e Fuga”.

 

 

Buscamos sonhadoras e sonhadores que queiram transformar suas memórias oníricas em vídeos curtos, utilizando a linguagem audiovisual que acharem mais interessante para isso. Você será narrador(a) e diretor(a) deste vídeo, e poderá também atuar, animar, desenhar ou montar seu sonho da forma que quiser.

 

 

O projeto oferecerá encontros online e oficinas presenciais para discussão de ideias ou, ainda, para auxiliar tecnicamente na criação do material. Que tal participar dessa construção coletiva enviando suas memórias em vídeos de até um minuto? Quem quiser ajuda para colocar a ideia em prática pode participar do encontro que acontecerá no dia 9, às 19h, em formato virtual. Na data, a equipe da Bienal estará disponível para discutir e auxiliar tecnicamente na criação do material.

 

 

As inscrições são gratuitas.

 

 

Os vídeos selecionados serão divulgados nas redes sociais do projeto e farão parte da obra final de Pedro Reyes, filme que será exibido em um espaço expositivo da 13ª Bienal do Mercosul, com exposição de setembro a novembro deste ano em Porto Alegre, RS.