Olá, visitante

AGENDA CULTURAL

Claudio Tobinaga, Jimson Vilela e Yoko Nishio

29/abr

Na quinta e última semana da “Seleção de obras de arte” nas páginas digitais da galeria Simone Cadinelli Arte Contemporânea, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ, o público verá trabalhos dos artistas Jimson Vilela, Yoko Nishio e Claudio Tobinaga.

 

As obras desta semana de 27 de abril a 1º de maio são: “Sem título” (“Distorção”), 2019, de Jimson Vilela; “Vista Pitoresca de Bertillon 2” (2019), de Yoko Nishio e “Viva Melhor” (2018), de Claudio Tobinaga.

 

“O sentido de deslocamento do que entendemos como realidade pode ser observado nas três obras selecionadas”, comenta Érika Nascimento, gestora artística da galeria. Em “Distorção” o papel do livro em branco na biblioteca, “Viva Melhor” com uma paisagem “bugada”, e “Vista Pitoresca de Bertillon”, onde o objeto capacete torna-se protagonista, ao invés do indivíduo.

 

São partes fundamentais da poética de Jimson Vilela a palavra, a linguagem e a gramática. Da mesma forma, os suportes que utiliza – o livro e o papel – integram sua pesquisa. “Distorção” – impressão com pigmento mineral sobre papel Photo Rag Baryta 315 – é uma relação direta com as folhas de papéis em branco de um livro, inseridas em seu ambiente usual de leitura.

 

A série de aquarelas “Vista Pitoresca de Bertillon”, de 40 x 30 cm, de Yoko Nishio, reverte o procedimento criado em 1879 por Alphonse Bertillon (1853-1914) – o Sistema de Identificação Criminal, que padronizou a imagem e ficha fotográfica policial – em que é o capacete o personagem ameaçador.

 

Na pintura em óleo sobre tela, de 140 x 100 cm, Claudio Tobinaga faz uma das raras paisagens em sua produção, em que usa elementos do cotidiano carioca. Em “Viva Melhor” (2018), estão presentes as listras, uma constante em seus trabalhos, que representam o “glitch” (erro) da imagem, uma paisagem em processamento, “bugada, como as falhas das imagens das barras de rolagem das redes sociais, em estado de quase desaparecimento”.


Live com curadores/ Fundação Iberê

22/abr

 

Live na fundação Iberê Camargo

 

No próximo sábado (25), às 11h, a Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre, RS, faz live no Instagram com Denise Mattar, curadora da próxima exposição “O Fio de Ariadne”. O bate-papo será conduzido por Gustavo Possamai, responsável pelo acervo da Fundação e co-curador da mostra. Até julho, estão previstas lives quinzenais sobre outros temas abordados no catálogo da exposição pelas professoras Blanca Brites, Maria Amelia Bulhões, Paula Ramos e Andrea Giunta.

 

Neste sábado, Denise abordará a produção de tapeçarias na arte ocidental desde suas origens até a contemporaneidade, com atenção especial às realizadas pelo Artesanato Guanabara, ateliê do Rio de Janeiro que produziu as de Iberê Camargo.

 

A primeira tapeçaria de Iberê foi confeccionada em 1975 e hoje integra a coleção Roberto Marinho. Outra, que chegou recentemente de Portugal para a exposição, decorava o consultório da Clínica Odontológica De Luca, no Rio de Janeiro, da qual Iberê foi cliente.Também participa da mostra a tapeçaria que reproduz um dos estudos para o painel monumental de 49 metros quadrados realizado por Iberê para a sede da Organização Mundial da Saúde, em Genebra.

 

Exposição inédita – Durante as décadas de 1960 e 1970, além de sua intensa produção em pintura, desenho e gravura, Iberê Camargo realizou trabalhos em cerâmica e tapeçaria. Eles respondiam a uma demanda do circuito de arte, herdada da utopia modernista, que preconizava o conceito de síntese das artes; uma colaboração estreita entre arte, arquitetura e artesanato.

 

Com assessoria técnica das ceramistas Luiza Prado e Marianita Linck, Iberê realizou, nos anos 1960, um conjunto de pinturas em porcelana, com resultados surpreendentes. Na década seguinte selecionou um conjunto de cartões, que foram transformados por Maria Angela Magalhães em impactantes tapeçarias.

 

Há algum tempo a Fundação Iberê Camargo vinha estudando essa faceta da produção do artista e a oportunidade de apresentá-la surgiu paralelamente à realização, pela primeira vez nas dependências da instituição, da Bienal do Mercosul. A conjuntura feminina que permeou a produção dessas tapeçarias e cerâmicas revelou grande afinidade com o conceito geral da 12ª edição.

 

Convidada pelo centro cultural a desenvolver esse projeto, a curadora Denise Mattar, juntamente com Gustavo Possamai, expandiu essa percepção inicial, revelando o fio de Ariadne: a urdidura feminina que apoiou o trabalho de Iberê Camargo ao longo de sua história.

 

Prevista para abril de 2020, a abertura da exposição foi adiada por tempo indeterminado em colaboração às medidas de controle da propagação do novo Coronavírus (Covid-19).

 

Galeria Nara Roesler

17/abr

Agenda on line
Sáb 18/04 às 12h (hora de Brasília) @ Nara Roesler: Conversa ao vivo no YouTube com o curador Luis Pérez-Oramas e a artista Sheila Hicks https://www.youtube.com/user/galerianararoesler 
Até 25/04 Coletiva online “Dentro”, com Alexandre Arrechea, Brígida Baltar, Cao Guimarães, Cao Guimarães & Rivane Neuenschwander, Cristina Canale, Daniel Senise, Fabio Miguez, Lucia Koch, Raul Mourão, Virginia de Medeiros https://bit.ly/gnr_Dentro

Mul.ti.plo em tempos de covid

16/abr

 

Conversas com artistas 

 

Atendendo às orientações das autoridades de saúde com vistas ao combate à Covid-19, a Mul.ti.plo Espaço Arte preparou uma série de atividades online. A cada semana, a galeria promoverá conversas com artistas por meio de suas redes sociais. Os eventos começaram na terça-feira, dia 14 de abril, com uma conversa entre o crítico de arte Paulo Sergio Duarte e o artista Carlos Vergara, ao vivo, pelo Instagram. Na quinta, Paulo Sergio Duarte conversa com a artista Iole de Freitas, também pelo Instagram. Na sexta, a galeria inaugura seu canal no YouTube, com uma conversa entre Paulo Sergio Duarte e Ronaldo Brito sobre a obra do artista Eduardo Sued.

 

Durante o período de isolamento social, a Mul.ti.plo oferece, ainda, a possibilidade de visitas exclusivas ao acervo e às exposições das galerias no Leblon e em Itaipava, que serão realizadas com base nas normas de proteção individual contra o Covid-19. Basta agendar com antecedência.

 

No Leblon, está em cartaz a exposição do artista argentino Juan Melé (1923–2012), um dos pioneiros da arte concreta na América Latina. A mostra contempla 20 obras entre os clássicos gofrados (gravura em metal e relevo), objetos e pintura. Juan Melé pertenceu à associação “Arte Concreta – Invenção” e foi cofundador do “Grupo Arte Nuevo”, ambos eventos inaugurais do Movimento Madí.

 

No Vale das Videiras, em Itaipava, a galeria apresenta a exposição “Lygia”, que comemora os 100 anos da artista Lygia Clark, com réplicas de obras emblemáticas como objetos criados com fins artísticos e sensoriais, exemplares da série “Bichos”, esculturas geométricas e interativas, o Livro-obra, entre outras.

 

SERVIÇO

 

Conversa com artista: Paulo Sergio Duarte e Iole de Freitas

 

Dia: 16 de abril (quinta-feira)

Hora: 19h

Local: Instagram

Entre no perfil da @multiploespacoarte e clique no logo da galeria, onde estará escrito “live”.

 

Lançamento do Canal Mul.ti.plo no YouTube

 

Paulo Sergio Duarte e Ronaldo Brito conversam sobre Eduardo Sued

 

Dia: 17 de abril (sexta-feira)

Mira Schendel | Live sexta às 16h com Thiago Gomide e Henry Allsopp

 

BERGAMIN & GOMIDE

 

 

Olá

 

Esperamos que você e sua família estejam bem.

 

Dando seguimento à série de lives que estamos realizando semanalmente em nosso perfil no Instagram, na próxima sexta-feira, dia 17 de abril, às 16h (horário de Brasília), o sócio-diretor da galeria Thiago Gomide entrevistará o diretor da galeria Hauser & Wirth Londres, Henry Allsopp. A conversa será sobre o mercado de arte latino-americano e a artista Mira Schendel (1919-1988).

 

Convidamos também você a assistir a série de cinco vídeos que a Bergamin & Gomide realizou em 2018 na ocasião da exposição individual Mira Schendel: Sarrafos e Pretos e Brancos. Mira, que nasceu na Suíça, mudou-se para o Brasil em 1949 e se estabeleceu em São Paulo em 1953.

 

Transitando entre a pintura, o desenho, a gravura e a escultura, a prolífica produção de Schendel mudou paradigmas na arte. A delicadeza e a potência do seu traço na série de monotipias sobre papel de arroz e as investigações com a linguagem escrita, borra as fronteiras entre significado e significante, e explorando a forma da letra sobre o papel, são exemplos que marcam a originalidade de seu trabalho. Tal aspecto levou-a a conquistar um espaço especial entre os maiores artistas brasileiros do século XX, contando com retrospectivas em importantes instituições como o MoMA, Tate Modern e a Pinacoteca do Estado de São Paulo.

 

Henry Allsopp, nosso convidado, é diretor da Hauser & Wirth em Londres com foco em Arte Latino Americana e mercado secundário. Anteriormente, trabalhou por oito anos na casa de leilão Phillips, onde fundou o departamento de Arte Latino Americana e foi diretor sênior do departamento de Arte Contemporânea. Allsopp começou a sua carreira em meados dos anos 1990 nas galerias Annely Juda Fine Arts e White Cube. Em 1997, mudou-se para Nova Iorque e trabalhou para o departamento de Arte Contemporânea da Christie’s e para a Dickinson Roundell como marchand particular. Em 2003, volta para Londres e cria a sua própria galeria focada em artistas emergentes.

 

Através deste link, você pode encontrar uma seleção de obras de Mira Schendel.

 

Para mais informações, entre em contato conosco.

 

Obrigado e até breve,

 

Equipe Bergamin & Gomide

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Hello,

 

We hope this e-mail finds you well.

 

Continuing with the series of live sessions we are conducting in our Instagram profile, next Friday, April 10th, at 4 pm (BRT), Thiago Gomide, our Director, will interview Hauser & Wirth London director Henry Allsopp. The discussion will focus on Latin American market and the artist Mira Schendel (1919-1988).

 

Additionally, we invite you to watch the series of videos that Bergamin & Gomide produced in 2018 for the individual exhibition Mira Schendel: Sarrafos and Black and White Works. Born in Switzerland, Mira moved to Brazil in 1949 and ultimately settled in São Paulo in 1953. Moving between painting, drawing, engraving and sculpture, Schendel’s prolific body of works shifted paradigms in art. The delicacy and potency of her trace in the series of monotypes on rice paper and her investigations with written language, blurring the boundaries between signified and signifier and exploring the shape of the letter on paper, are examples that highlight the uniqueness of her work. This aspect conducted her to conquer a special space among the greatest Brazilian artists of the 20th century, with retrospective exhibitions in important institutions such as MoMA, Tate Modern and Pinacoteca do Estado de São Paulo.

 

Henry Allsopp is a director at Hauser & Wirth London focused on Latin America Art and Secondary Market.  Previously he worked for eight years at Phillips Auction House where he founded the Latin American Art department and was senior director of the Contemporary Art department.  He started his career in the mid 1990s, at Annely Juda Fine Arts and White Cube galleries. In 1997, Allsopp moved to New York and worked for Christie’s Contemporary Art department and for Dickinson Roundell as a private dealer. In 2003, returned to London where opened his own gallery focusing on emerging artist.

 

Through this link, you can find a selection of works by Mira Schendel. For more information, please feel free to contact us.

 

We hope to see you soon,

 

Bergamin & Gomide team

 

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ASSISTA TODOS OS EPISÓDIOS DO DOCUMENTÁRIO DE MIRA SCHENDEL:
Mira Schendel 2/5 Mira Schendel 2/5 Mira Schendel 2/5 Mira Schendel 3/5
Mira Schendel 4/5 Mira Schendel 4/5 Mira Schendel 5/5 Mira Schendel 5/5

 

Fundação Iberê: live com curadores

09/abr

 

No próximo sábado (11), às 11h, a Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre, RS,  faz live no Instagram com Denise Mattar, curadora da próxima exposição “O Fio de Ariadne”, prevista para inaugurar após a quarentena. O bate-papo será conduzido por Gustavo Possamai, responsável pelo acervo da Fundação e co-curador da mostra.

 

“O Fio de Ariadne” reunirá cerca de 30 cerâmicas, sete tapeçarias de grandes dimensões e cartões pintados por Iberê, e gravuras. A exposição será complementada por uma cronologia ilustrada, reunindo fotos e depoimentos de algumas das mulheres que marcaram presença na vida de Iberê. Entre elas, a esposa Maria Coussirat Camargo, a artista Djanira, as ceramistas Luiza Prado e Marianita Linck, as artistas Regina Silveira e Maria Tomaselli, a tapeceira Maria Angela Magalhães, a gravadora Anna Letycia, a escritora Clarice Lispector, as gravadoras Anico Herskovits e Marta Loguércio, a produtora cultural Evelyn Ioschpe, a cantora Adriana Calcanhotto e a atriz Fernanda Montenegro.

 

Exposição inédita – Durante as décadas de 1960 e 1970, além de sua intensa produção em pintura, desenho e gravura, Iberê Camargo realizou trabalhos em cerâmica e tapeçaria. Eles respondiam a uma demanda do circuito de arte, herdada da utopia modernista, que preconizava o conceito de síntese das artes; uma colaboração estreita entre arte, arquitetura e artesanato.

 

Com assessoria técnica das ceramistas Luiza Prado e Marianita Linck, Iberê realizou, nos anos 1960, um conjunto de pinturas em porcelana, com resultados surpreendentes. Na década seguinte selecionou um conjunto de cartões, que foram transformados por Maria Angela Magalhães em impactantes tapeçarias.

 

Há algum tempo a Fundação Iberê Camargo vinha estudando essa faceta da produção do artista e a oportunidade de apresentá-la surgiu paralelamente à realização, pela primeira vez nas dependências da instituição, da Bienal do Mercosul. A conjuntura feminina que permeou a produção dessas apeçarias e cerâmicas revelou grande afinidade com o conceito geral da 12ª Bienal. Convidada pelo centro cultural a desenvolver esse projeto, a curadora Denise Mattar, juntamente com Gustavo Possamai, expandiu essa percepção inicial, revelando o fio de Ariadne: a urdidura feminina que apoiou o trabalho de Iberê Camargo ao longo de sua história.

 

Prevista para inaugurar paralelamente à Bienal do Mercosul, em 18 de abril, a abertura da exposição foi adiada por tempo indeterminado, em colaboração às medidas de controle da propagação do novo Coronavírus (Covid-19).

 

Sobre a curadora

 

Denise Mattar foi curadora do Museu da Casa Brasileira de São Paulo (1985 a 1987), do Museu de Arte Moderna de São Paulo (1987 a 1989) e do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (1990 a 1997). Como curadora independente realizou mostras retrospectivas de artistas, como Di Cavalcanti, Flávio de Carvalho (Prêmio APCA), Ismael Nery (Prêmios APCA e ABCA), Pancetti, Anita Malfatti, Samson Flexor (Prêmio APCA), Maria Tomaselli, Norberto Nicola, Alfredo Volpi, Guignard, entre outras. Em 2019, recebeu novamente o Prêmio APCA pela retrospectiva de Yutaka Toyota, apresentada no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Museu de Arte Brasileira da FAAP, São Paulo e Museu Nacional.

 

Sobre Gustavo Possamai

 

É responsável pelo Acervo da Fundação Iberê Camargo, pela parceria com o Google Arts & Culture e pelo Projeto Digitalização e Disponibilização dos Acervos que, em 2015, apresentou ao público o maior volume de documentos e de obras de Iberê já reunidos em todos os tempos. Graduado em Artes Visuais pela UFRGS (2009) e em Comunicação Social pela PUCRS (2003), foi pesquisador no Projeto de Catalogação da obra completa de Iberê Camargo; co-curador das exposições “Iberê Camargo: Visões da Redenção”(Fundação Iberê, 2019), “Iberê Camargo: NO DRAMA” (Fundação Iberê, 2017; Centro Cultural Marcantonio Vilaça, 2019) e “Iberê Camargo: Sombras no Sol” (Fundação Iberê, 2017), entre outras.

 

A Fundação Iberê tem o patrocínio de Itaú, Grupo GPS, Renner Herrmann S/A e Lojas Renner, OleoPlan, Banco Safra, e apoio de Ventos do Sul, BTG Pactual, Grendene, Unifertil, Nardoni Nasi, DLL Group, Instituto Federal do Rio Grande do Sul, Tecnopuc e Plaza São Rafael, com realização e financiamento da Secretaria Especial da Cultura – Ministério da Cidadania / Governo Federal. O Programa Educativo/ Iberê nas Escolas tem o patrocínio de CMPC – Celulose Riograndense e Dufrio, com realização e financiamento da Secretaria Estadual de Cultura/ Pró-Cultura RS, Secretaria da Educação – Prefeitura de Porto Alegre, Secretaria de Educação – Prefeitura de Guaíba e Viação Ouro e Prata.

Live com Antonia Bergamin e Felipe Scovino

 

Esperamos que você e sua família estejam bem.

 

A fim de nos mantermos unidos e em contato, estamos realizando lives semanais no nosso perfil no Instagram. Na próxima sexta-feira, dia 10 de abril, às 16h (horário de Brasília), a sócia-diretora da galeria Antonia Bergamin entrevistará o curador, crítico de arte e pesquisador Felipe Scovino, para uma conversa sobre Paulo Roberto Leal (1946 -1991).

 

Convidamos também você a assistir o documentário que a Bergamin & Gomide realizou em 2018 para a exposição individual do artista, a quem também dedicamos o projeto Kabinett na Art Basel Miami Beach 2018.

 

Funcionário do Banco Central desde 1967, Leal realiza os primeiros trabalhos como designer em 1969, fazendo catálogos de exposições no Rio de Janeiro. É na década de 1970 que inicia a sua produção artística, utilizando-se de materiais ligados a seu trabalho no banco, como bobinas de papel, para explorar as possibilidades plásticas desse suporte. Muito impactado pelos movimentos Concreto e Neoconcreto, em meados de 1970, Leal cria a série de Entretelas nas quais linhas costuradas (e não riscadas) definem espaços modulares e simétricos que resultam em obras silenciosas e delicadas. Ao final da década, elas passam a flutuar sobre outras bases: Armaduras anteveem o possível colapso da superfície.

 

Felipe Scovino, nosso convidado, é Professor Associado do Departamento de História e Teoria da Arte e do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da UFRJ. Foi curador de diversas exposições, entre elas: Atributos do silêncio (Bergamin & Gomide, SP, 2015), Franz Weissmann: o Vazio como Forma (Itaú Cultural, SP, 2019) e, em parceria com Paulo Sergio Duarte, Lygia Clark: uma retrospectiva (Itaú Cultural, SP, 2012). Scovino escreve regularmente para a Artforum, onde publicou, na edição de abril de 2019, um belo texto sobre a exposição de Paulo Roberto Leal na galeria. Nele, o pesquisador fala sobre o legado geométrico do neoconcretismo, das obras expostas e de outras curiosidades.

 

Através deste link, você pode encontrar uma seleção de obras de Paulo Roberto Leal. Para mais informações, entre em contato conosco.

 

Obrigado e até breve,

 

Equipe Bergamin & Gomide

 

 

Hello,

 

We hope this e-mail finds you well.

 

In order to stay connected with you, we are conducting a series of live sessions in our Instagram profile. Next Friday, April 10th, at 4 pm (EDT), Antonia Bergamin, our Director, will interview curator, art critic and researcher Felipe Scovino to discuss artist Paulo Roberto Leal (1946-1991).

 

Additionally, we invite you to watch the short documentary that Bergamin & Gomide produced in 2018 for the artist individual exhibition at the gallery, to whom we also dedicated our Kabinett project during Art Basel Miami Beach 2018.

 

Leal was an employee of the Central Bank from 1967 onwards and he starts working a visual designer in 1969, making exhibition catalogs in Rio de Janeiro. It was in the 1970s that he began his artistic production, using materials linked to his work at the bank, such as paper spools, to explore the plastic possibilities of this support. Highly impacted by the Concrete and Neoconcrete movements, in the mid-1970s, Leal created a series entitled Entretelas, in which sewn (and not drawn) lines define modular and symmetrical spaces, thus resulting in silent and delicate works. At the end of the decade, they began to float on other bases: Armaduras anticipate the possible collapse of the surface.

 

Felipe Scovino, our guest, is a Professor of Art History at the School of Fine Arts at Federal University of Rio de Janeiro. He has curated several exhibitions like Attributes of Silence (Bergamin & Gomide, SP, 2015), Franz Weissmann: Emptiness as Form (Itaú Cultural, SP, 2019) and, in partnership with Paulo Sergio Duarte, Lygia Clark: a retrospective (Itaú Cultural, SP, 2012). Scovino writes regularly for Artforum, where he published, in the April 2019 edition, a beautiful text about Paulo Roberto Leal’s exhibition at the gallery. In it, Scovino talks about the geometric legacy of Neoconcretism, the works exhibited and other curiosities.

 

Through this link, you can find a selection of works by Paulo Roberto Leal. For more information, please feel free to contact us.

 

We hope to see you soon,

 

Bergamin & Gomide team

Antologia de Arte e Arquitetura

04/abr

Bergamin & Gomide

As galerias Bergamin & Gomide e Fortes D’Aloia & Gabriel têm o prazer de apresentar a exposição coletiva AAA – Antologia de Arte e Arquitetura em formato inédito: exclusivamente online.

 

Com vídeos, fotos, áudios e textos, o conteúdo convida os espectadores a vivenciarem digitalmente as mais de 100 obras de artistas, arquitetos e designers brasileiros da exposição com curadoria de Sol Camacho, que atualmente ocupam o Galpão Fortes D’Aloia & Gabriel, em São Paulo.

 

A experiência tem início com um vídeo que retrata a exposição pelos olhos de um visitante caminhando pelo espaço físico onde as obras estão dispostas. Fotos e descrição das obras completam o trajeto.

 


 

Bergamin & Gomide and Fortes D’Aloia & Gabriel galleries are pleased to present the group exhibition AAA – Anthology of Art and Architecture in an unprecedented format: exclusively online.

 

Featuring videos, photos, audios and texts, the content invites viewers to experience digitally more than 100 works of Brazilian artists, architects and designers of the exhibition curated by Sol Camacho, that currently occupy the Galpão Fortes D’Aloia & Gabriel, in São Paulo.

 

The experience begins with a video that presents the exhibition through the eyes of a visitor walking through the exhibition space where the works are showcased. Photos and description of the works complete the journey.

 

Novo espaço na Simone Cadinelli

13/mar

Quando abriu a exposição “A vulnerabilidade da solidez”, com uma instalação inédita da artista carioca Isabela Sá Roriz, em uma edificação que estava desocupada ao lado, Simone Cadinelli Arte Contemporânea passa a ocupar mais um espaço – o terceiro – na vila situada na Rua Aníbal de Mendonça, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ.

 

Apostando na relação entre arte/arquitetura/urbanismo, e assim reverberando as discussões provocadas pela escolha da UNESCO de o Rio de Janeiro, este ano, ser a Capital Mundial da Arquitetura – por conta da realização em julho do Congresso Mundial de Arquitetura – Simone Cadinelli convidou Isabela Sá Roriz para fazer esta intervenção. Com materiais compostos por polímeros (macromoléculas) de diferentes densidades, como cera – principalmente de abelha – látex e silicone, a artista investiga estratégias de potência e intensidade dos corpos, diante das tentativas de controle das percepções.

 

“Já que nossa sociedade é uma construção disforme, e que passamos por vários processos autoritários de formatação, quis apresentar distorções de corpos, fluxos, insubordinações de materiais, o disforme enquanto potência, em contraposição e tensão, às contenções geométricas e aos processos de formatação”, explica Isabela Sá Roriz. A artista quis propor uma diferente relação do corpo e a espacialidade, “com potência e intensidade”. “A cera, com uma densidade diferente, um sólido maleável, geométrico, apresenta uma estrutura de formatação, mas ao mesmo tempo é um material que está contido, na imanência de derreter, de sair, escorrer. É, portanto, uma solidez temporária, capaz de ser transformada”, diz.

 

O trabalho parte de um questionamento da artista: “Como resistir à autoridade das formas?” Ela se interessa em discutir “a borda entre corpo e espaço e a permanente troca e produção de conhecimento entre eles”. “Portamos os espaços que habitamos no corpo, na carne, assim seus processos de formação seguem conosco”.

 

O crítico João Paulo Quintela, no texto que acompanha a exposição, afirma que “a melhor das pretensões é a instabilidade”. “A escultura não funciona aqui como categoria mas como um estado. Desimpedido, solto e escorrido. A reiteração de um estado frugal dos sólidos. O molde não serve à artista como ferramenta de compressão mas sim de transbordamento. Se por um lado o molde oferece ao material um lugar para acoplar-se, por outro a dinâmica proposta pela artista favorece a superação do espaço ofertado. A forma se dá em relação com o molde e não por determinação dele”, observa.

 

Para Simone Cadinelli, “as intervenções urbanas e a arquitetura proporcionam mudanças significativas e renovação de espaços em diversas escalas nas ruas, bairros e cidades”. Com a iniciativa, ela pretende “dar um novo sentido, experimentar algo que proporcione uma mudança positiva, assim como a arte tem o poder de se manifestar”.

 

Sobre a artista

 

Isabela Sá Roriz nasceu em 1982, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha. Artista visual, mestre em Linguagens Visuais pela UFRJ (2012), onde por quatro anos foi professora temporária no curso de Artes Visuais/Escultura da Escola de Belas Artes. Ganhou o primeiro lugar na XX Bienal de Santa Cruz de La Sierra, em 2016, e foi finalista do III Prêmio Reynaldo Roels Jr., em 2018, e selecionada para o programa de imersões artísticas, ambos na EAV Parque Lage, em 2019. Participou do Programa Incubadora Furnas Sociocultural, que abrigou e investiu em artistas plásticos emergentes. A artista participou de mostras no Brasil e no exterior em importantes espaços culturais, como: Fundação Eugênio de Almeida, em Évora, Portugal, Museu de Arte Contemporânea de Niterói, Solar dos Abacaxis, Museo de Arte Contemporáneo de Santa Cruz de La Sierra, Bolívia, e Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. A construção de alguns de seus trabalhos evoca instabilidades físicas para desestabilizações ideológicas, propõem uma ação confrontadora diante de perspectivas dominantes e resignações pessoais, construindo pequenos “ataques” subjetivos, apontamentos poéticos, entendendo também a impermanência de sua temporalidade. Assim, “a instância política é poética, e entendo o espaço como uma categoria produtiva, um acontecimento, o local das transformações sociais e não um fundo à priori homogêneo ou heterogêneo, onde as ações se estabelecem”. Ganhou as bolsas de pesquisa Formação Deformação – Qualquer Direção fora do centro, na EAV Parque Lage, 2018; Capes (Mestrado), 2011; e Iniciação Artística e Cultural, UFRJ (Graduação), 2006 e 2007.

 

A exposição fica em cartaz até o dia 04 de abril.

 

Eleonore Koch / Alfredo Volpi

A Galeria Marcelo Guarnieri, Jardim Paulista, São Paulo, SP, apresenta até 09 de abril a primeira exposição do ano, que reúne obras de Eleonore Koch e Alfredo Volpi. Pinturas produzidas por Volpi nas décadas de 1950 e 1970 dividem o espaço das duas salas da galeria com pinturas que Eleonore Koch produziu nas mesmas épocas. Além destas, um dos cadernos de desenho da artista elaborado entre as décadas de 1950 e 1980 e um farto conjunto de estudos em gravura, pintura e desenho produzidos por ela entre as décadas de 1970 e 1990 também integram a mostra. O diálogo entre Volpi e Eleonore Koch nesta exposição ressoa a importante relação de trocas que tiveram ao longo dos anos – inicialmente como professor e aluna e depois como amigos e parceiros de profissão – dando continuidade ao programa iniciado pela galeria em 2019, que apresenta de maneira simultânea obras de artistas que possuíram um diálogo durante a sua trajetória ou que podem ser lidas a partir de aproximações conceituais e poéticas.

 

Naturezas-mortas, jardins ingleses, ambientes domésticos, marinhas e desertos. Ao longo de sua produção, Eleonore Koch (Berlim – Alemanha, 1926) explorou, através destes temas, o manejo de cores e formas que materiais como a têmpera, o pastel, o óleo, o grafite e o carvão lhe permitiam. Os campos de cores que preenchem os elementos de suas composições evidenciam sua estrutura através das pinceladas ou dos traços em paralelo que os compõem, transparência de um fazer que se traduz também no uso da perspectiva – quando a representação de alguns objetos mostra-se fiel a um ponto de fuga ao mesmo tempo em que a de outros ignora-o completamente, reduzindo-os a formas geométricas planificadas. Koch permite aos seus jarros de flores que flutuem no espaço e que o chão e o teto se distingam apenas pela cor. Seus estudos em grafite nos mostram que sua preocupação não centrava-se somente na cor, mas também no arranjo das geometrias – das linhas e superfícies – e no balanceamento de tons que o lápis lhe permitia explorar através das intensidades do traçado.

 

Frequentemente mencionada como discípula de Volpi, Eleonore Koch possuiu uma formação bastante diversa, através de professores artistas como Yolanda Mohalyi, Samson Flexor, Bruno Giorgi, Elisabeth Nobiling e Arpad Szenes e também de suas temporadas de estudo e trabalho fora do Brasil, em Paris entre 1949 e 1951 e em Londres entre 1968 e 1989. A maioria dos estudos e pinturas que integram a exposição foram produzidas justamente durante os vinte anos que viveu na Inglaterra, onde admitiu ter sofrido grande influência da pop art britânica, através do trabalho de artistas como David Hockney. Estão reunidos na mostra alguns conjuntos de estudos que permitem ao público observar o desenvolvimento de uma pintura ou de um pastel a partir de pequenas variações dos elementos que as compõem – como a composição de uma mesa e cadeira que em uma das versões se apresenta somente em traços esquemáticos e em outra já se soma outra cadeira à frente de um fundo negro em carvão, variando em mais três versões. O trabalho com texturas, presente no emprego da têmpera e do carvão, se completa no uso da colagem de papel cartão e papel jornal que dão forma e cor aos vasos, árvores, pétalas e até mesmo aos degraus das escadas dos seus jardins. Recortes do que parecem ser listas telefônicas dos residentes da cidade de Londres dão profundidade e ritmo às frondosas copas das árvores através dos grafismos dos números e das letras que os compõem.

 

Pertencente a uma geração anterior de imigrantes europeus que fixaram residência no Brasil, Alfredo Volpi (Lucca – Itália, 1896) estabelece-se em São Paulo ainda mais jovem que Eleonore, com apenas um ano de idade. O encontro com Koch se daria dali a 56 anos, em 1953, em seu ateliê no bairro do Cambuci, por intermediação do colecionador, crítico e psicanalista Theon Spanudis. Naquele mesmo ano, Volpi receberia o prêmio de Melhor Pintor Nacional conferido pela Bienal de São Paulo, onde havia apresentado suas “Casas”, representações de fachadas de casas populares sintetizadas em formas geométricas. A década de 1950 marcava um momento de maturação da pesquisa de Volpi sobre a simplificação formal de suas composições. Já distanciada de um certo figurativismo que havia guiado sua produção até então, empenhava-se na construção de um vocabulário de formas elementares que surgiam das portas, janelas, arcos e bandeirinhas que faziam parte de seu cotidiano e que lhe serviram para explorar as possibilidades da técnica e da composição.

 

Volpi inicia seu contato com a pintura em 1911, trabalhando como pintor decorativo de paredes, ofício que mantém até pelo menos a década de 1940. Sua expertise artesanal também lhe deu suporte quando trocou a tinta a óleo pela têmpera, indo na contramão do imaginário industrial da década de 1950. Foi com Volpi que Eleonore Koch aprendeu as técnicas de uso e preparo da têmpera e de pigmentos feitos a partir de terras naturais, e foi também a partir dali que passou a adotá-las frequentemente em suas pinturas, definindo seu estilo. Os debates figuração vs. abstração, formalismo vs. informalismo eram bastante intensos naqueles anos que Koch passou com Volpi em seu ateliê, entre os anos de 1953 e 1956.

 

Em 1953 o MAM/RJ organiza em Petrópolis a 1ª Exposição Nacional de Arte Abstrata, reunindo diversas tendências do abstracionismo no Brasil, do lírico ao geométrico, e em 1956 o grupo Ruptura organiza a I exposição Nacional de Arte Concreta no MAM/SP, que já explicitava divergências dentro do próprio movimento concreto. Apesar de ter sido um dos participantes desta última mostra – que também ocorreu no Rio de Janeiro no ano seguinte -, Volpi preferia abdicar da associação a grupos ou movimentos, optando pela liberdade de poder incorporar em suas obras elementos plásticos de variadas ordens. Tal posicionamento pode ser explicitado não somente pelos afrescos que produziu na capela de Nossa Senhora de Fátima em Brasília, mas também pela pintura da década de 1950 apresentada nesta exposição, na qual figura um anjo humanóide sobre um fundo de losangos verdes e azuis. Essa fluidez entre a figuração e a abstração ou entre o formal e o informal também pode ser encontrada nas pinturas da década de 1970, como “Fitas e Mastros”, por exemplo. Neste caso, a obra transita entre uns e outros através de uma composição ritmada formada pelo intercalamento de cores em uma malha geométrica irregular.

 

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