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AGENDA CULTURAL

A geometria de Weissmann

09/dez

 

Geometria, cor e cidade se entrelaçam na obra de Franz Weissmann. O escultor, pintor e desenhista Franz Weissmann (1911-2005) ganha uma exposição de três andares no Itaú Cultural, Avenida Paulista, São Paulo, SP. Com curadoria de Felipe Scovino, “Franz Weissmann: o Vazio como Forma” traz um olhar panorâmico sobre a produção do artista, apresentando várias fases de sua criação, e abrange, além de esculturas, 50 desenhos inéditos. Como diz o texto curatorial, a mostra “… é um passeio por tamanhos, formas e cores”.

 

“Franz Weissmann: o Vazio como Forma” também expõe no Parque Prefeito Mário Covas, em São Paulo, a obra “Cubo Azul”. O artista sempre se interessou por ter suas criações no espaço público, de modo a expandir a possibilidade de contato das pessoas com a arte e modificar sua relação com a cidade. Saindo do Itaú Cultural, o parque fica a cerca de duas estações de metrô, na Avenida Paulista, 1853.

 

Nascido na Áustria, Franz Weissmann, veio ao Brasil em 1921. De 1939 a 1941, fez cursos de arquitetura, escultura, pintura e desenho na Escola Nacional de Belas Artes (Enba). Já de 1942 a 1944, estudou desenho, escultura, modelagem e fundição com o escultor August Zamoyski (1893-1970). Tornou-se professor na Escola Guignard em 1947.

 

Sua obra, inicialmente figurativa, na década de 1950 toma uma direção construtivista – marcada pelas formas geométricas e pelo uso de materiais como chapas de ferro, fios de aço e alumínio em verga ou folha. Em 1955, compõe o Grupo Frente e, em 1959, torna-se cofundador do Grupo Neoconcreto nos anos 1960, aproxima-se do informalismo – sendo exemplo disso a série Amassados, chapas de zinco ou de alumínio trabalhadas a martelo, porrete e instrumentos de corte. Depois, retorna ao construtivo,

 

Até 09 de fevereiro de 2020.

Onze artistas na Casa Roberto Marinho

04/dez

A exposição de obras múltiplas criadas por onze artistas contemporâneos e suas concepções específicas sobre o tema “Jardim”, é o atual cartaz da Casa Roberto Marinho, Cosme Velho, Rio de Janeiro, RJ. Em exibição obras assinadas por Maria Bonomi, Carlos Carvalhosa, Angelo Venosa, Vânia Mignone, Paulo Climachauska, Hilal Sami Hilal, Suzana Queiroga, Iole de Freitas, Regina Silveira, Luciano Figueiredo e Beatriz Milhazes.

 

A palavra do curador

 

O Instituto Casa Roberto Marinho, centro de referência do modernismo brasileiro, estrutura-se no tripé casa, coleção e jardim. No ano de sua abertura como espaço cultural, em 2018, dez artistas contemporâneos foram convidados para realizar impressões sobre o tema “Casa”. Em 2019, onze artistas criaram múltiplos sobre o jardim, nesta exposição que ora apresentamos.

 

Stella e Roberto Marinho dedicaram especial atenção ao parque vegetal em torno da residência. Uma versão, parcialmente executada, foi a de Attilio Corrêa Lima – expoente moderno, precocemente desaparecido em acidente aéreo na inauguração de sua estupenda Estação de Hidroaviões, hoje sede do Clube da Aeronáutica. O projeto definitivo do Jardim do Cosme Velho é de Roberto Burle Marx, numa das primeiras obras em terrenos particulares de sua autoria. A área verde, situada em uma franja da Floresta da Tijuca, funciona como transição da mata, sem pretensão de submetê-la a um ordenamento rígido. Trata-se de um jardim para ser vivenciado, e não apenas olhado como ornamento. O paisagista utilizou ali espécies nativas, as quais, até então, eram relegadas aos quintais nos fundos das residências. A Casa do Cosme Velho é, nesse sentido, um exemplo precoce e bem-sucedido do paisagismo tropical, que viria a notabilizar nosso expoente maior. Nos anos 1980, Isabel Duprat conduziu a renovação da área verde seguindo, em sua quase totalidade, os registros de Burle Marx.

 

Os múltiplos aqui expostos, além da qualidade artística intrínseca, trazem o interesse das concepções específicas de nossos convidados sobre o tema “Jardim”: lugar de memória, afirmação do homem sobre a natureza, referências literárias, oníricas, local da infância, afetos ou das representações da arte ao longo dos tempos… O espectador encontrará objetos, xilogravuras e serigrafias individualmente interferidas, assim como as matrizes, registros do processo e das reflexões de cada artista. Um mergulho nos jardins concretos e imaginários de cada um.

 

Lauro Cavalcanti

Diretor-Executivo
Instituto Casa Roberto Marinho

 

Artistas GLC

03/dez

Luciana Caravello Arte Contemporânea, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ, apresenta, a partir do dia 02 de dezembro, a exposição “Artistas GLC”, que reúne cerca de 50 obras, recentes e inéditas, dos 29 artistas representados pela galeria: Adrianna Eu, Afonso Tostes, Alan Fontes, Alexandre Mazza, Alexandre Serqueira, Almandrade, Armando Queiroz, Bruno Miguel, Daniel Escobar, Daniel Lannes, Delson Uchôa, Eduardo Kac, Élle de Bernardini, Fernando Lindote, Gê Orthof, Gisele Camargo, Güler Ates, Igor Vidor, Ivan Grilo, JeaneteMusatti, João Louro, Lucas Simões, Marcelo Macedo, Marcelo Solá, Marina Camargo, Nazareno, Pedro Varela, Ricardo Villa e Sergio Allevato.

 

Em exibição trabalhos em diversos suportes, como pintura, colagem, desenho, fotografia, vídeo, escultura e instalação. Muitas obras nesta mostra são inéditas, como é o caso da pintura “Sundae Ilusões”, de Daniel Lannes, que, de acordo com o artista, mostra que “…o amor colado às costas da musa garante ou não a ilusão da promessa afetiva”.

 

Outras obras de igual ineditismo são “Todos os nossos desejos”, de Daniel Escobar, série de colagens onde confetes recortados de cartazes publicitários proporcionam uma paisagem pictórica de ilusórios fogos de artificio, e uma nova obra da série “Pseudônimo”, de Bruno Miguel, pintura onde o artista questiona os dogmas da linguagem a partir da substituição dos elementos tradicionais e históricos da pintura por processos, materiais e ferramentas de um mundo pós-industrializado, globalizado e conectado.

 

Recesso entre 21 de dezembro de 2018 e 05 de janeiro de 2020.

Até 01 de fevereiro de 2020.

 

Dois na Galeria Evandro Carneiro

28/nov

A Galeria Evandro Carneiro Arte, Gávea, Rio de Janeiro, RJ, apresenta de 30 de novembro de 2019 a 04 de janeiro de 2020 a “Exposição Ira Etz e Uziel”. A mostra reúne 15 telas e 43 objetos de ambos os artistas.

 

Ira Etz e Uziel

 

Ira e Uziel são dois artistas talentosos na sua expressão, cada qual com as suas características. Assim os apresentamos, como unidades heterogêneas, mantendo as suas diferenças, mas evidenciando aproximações. A curadoria da exposição, mérito de Evandro Carneiro, escolheu as peças em meio ao conjunto da obra de cada artista e, ao mesmo tempo, pensando uma composição harmônica no todo porque, de alguma maneira, há um diálogo entre eles. Por isso, a mim coube resgatar uma metodologia historiadora sugerida por Walter Benjamin: a “dialética sem síntese” para organizar esse texto.

 

Ira Etz nasceu em 1937, no coração de Ipanema, Rio de Janeiro. Filha e neta de alemães, sua família inteira era afeita às artes, destacando-se o avô materno Arthur Kaufmann, pintor importante do expressionismo alemão e professor da Academia de Belas Artes de Düsseldorf até 1933. Judeu, Kaufmann migrou com o filho e a esposa para os EUA nos anos de ascensão nazista na Europa, ali refazendo sua vida e desenvolvendo uma exitosa carreira artística. Enquanto sua filha, mãe de Ira, já era casada e escolheu o Brasil para viver, juntamente com o marido. Assim, seus pais vieram morar no bucólico Arpoador, onde Ira cresceu com a brisa da praia sempre a lhe inspirar e a liberdade da criação afetuosa e vanguardista de uma família alemã, boêmia e amiga de intelectuais e artistas frequentadores de Ipanema. Essa marca libertária se expressa na sua identidade e no seu trabalho artístico.

 

Ira começou a experimentar a arte com a fotografia. Desde muito jovem fotografava e, ao casar-se, montou um estúdio com o marido que também se dedicava ao hobby. Até hoje o casal está junto e ela segue fotografando. Porém, tornou-se também pintora após a perda de seu filho querido. A dor dilacerante que sentiu fez o tempo parar no ano 1988 e ela precisou reinventar-se. Sua catarse foi a tinta jogada e trabalhada na tela, as cores fortes e expressivas, carregadas de emoção. Sublimação na arte, foi assim que surgiu essa artista corajosa e livre que foi organizando a sua linha de trabalho e procurando, então, aperfeiçoar sua técnica, primeiramente com Arthur Kaufmann, pintor importante do expressionismo alemão e professor da Academia de Belas Artes de Düsseldorf até 1933. Hoje, com 82 anos, Ira é pura potência e está no auge de sua carreira, em plena produção e em fase de expansão, como ela mesma diz (entrevista oral, 2019). Observemos esse percurso em suas obras aqui apresentadas, sendo nove telas e 23 objetos de diferentes momentos de sua trajetória.

 

Paralelamente a esta história, igualmente nos anos 1930, uma outra família europeia chegou ao Brasil fugindo do Nazismo. Os judeus poloneses Rozenwajn instalaram-se primeiramente em Natal – RN, onde chegaram com uma carta de recomendação para trabalhar com os Palatnik, em empreendimento comercial. Ali Uziel nasceu, em 1945. Porém, mudaram-se para Belo Horizonte cinco anos depois. Lá ele se criou e estudou arquitetura na UFMG. Ainda na faculdade iniciou seus desenhos com guache e nanquim e, ao final do curso, já tendo participado de alguns salões universitários, foi fazer uma residência em Haifa, Israel. Nesse tempo, produziu bastante e realizou a sua primeira exposição individual (Dany Art Gallery, 1972). No retorno ao Brasil, um ano depois, Uziel passou a se dedicar à arquitetura em escritórios e no serviço público. Contudo, jamais deixou de desenhar e aos poucos foi substituindo o nanquim pelo lápis de cor e incluindo o pastel oleoso no seu repertório.

 

Uziel mudou-se para Ouro Preto e começou a pintar suas telas com tinta acrílica, sempre tendo a linha e o traçado arquitetônico como referências, fosse no cálculo, fosse na estruturação das composições ou mesmo na técnica que usava a “régua T” e espátulas para raspar texturas, numa determinada ocasião. Nessa charmosa cidade mineira, conheceu vários artistas e quadros da cultura que o encorajaram a pintar mais e mais: Carlos Bracher, Scliar, Angelo Oswaldo, Murilo Marcondes… Foi se afirmando artisticamente e desenvolvendo seu estilo, chegando a expor individualmente na Galeria Bonino (1992), dentre outras mostras individuais e coletivas presentes em seu currículo. Mas o grande pulo do gato para a sua arte foi o ano de 2015, quando se aposentou como arquiteto da Federal de Ouro Preto. Libertou-se, então, de uma dicotomia inconsciente que o atrapalhava a liberdade artística. Enfim podia viver de sua arte! Porém, curiosamente ficou dois anos sem pintar, embora maquinasse outro tipo de construção criativa. Em um Festival de Inverno da cidade, apresentou suas novas criações: objetos feitos em metal e madeira que aproveitavam miçangas, ripas e materiais afins para criar espécies de bonecos “feiticeiros” como ele denominou inicialmente e não à toa. Embora tenha me contado (entrevista oral, 2019) que as referências por trás dos objetos sejam intuitivas, é evidente uma ancestralidade africana, indígena e oriental nessas montagens, conforme se pode observar nos seus 20 objetos que compõem esta mostra. Quanto às suas seis telas expostas na Galeria, me parece que por trás das composições harmônicas há sempre o traço do arquiteto, alinhavando com cores e cálculos as suas construções de equilíbrio espontâneo. Assim, lembrei-me da frase de Paul Klee sobre sua própria obra: “a linha aparece como elemento pictórico autônomo.” Ou seja, ela está ali o tempo todo, traçada, mas se supera dialeticamente pela autonomia da composição em si.

 

Ira e Uziel, dois artistas singulares que não se conheciam até esta exposição, mas que começaram a trocar experiências desde que os apresentamos e resolvemos expor seus trabalhos conjuntamente. O que os une, além da origem europeia, é certamente a qualidade artística, notada por Evandro Carneiro que, pela ousadia de seu notório saber, resolveu reunir diferentes. Tal como propôs Walter Benjamin, nem sempre há a necessidade da síntese para pensarmos aproximações.

 

Laura Olivieri Carneiro
Novembro 2019

O Grupo de Bagé na Fundação Iberê Camargo

Ocupando dois andares da Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre, RS, estarão na mostra “Os 4 – Grupo de Bagé”, desde 30 de novembro até 01 de março de 2010, cerca de 180 trabalhos oriundos de 24 instituições e acervos particulares. Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli (Porto Alegre), Pinacoteca Aldo Locatelli da Prefeitura de Porto Alegre, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu da Gravura Brasileira/FAT/Urcamp (Bagé) e Instituto Carlos Scliar (Cabo Frio, RJ) são algumas das instituições a emprestarem obras; além de peças do espólio de Danúbio Gonçalves, Glênio Bianchetti e Glauco Rodrigues, emprestadas por suas famílias. Esta é a constituição da grande mostra retrospectiva, feita a partir de uma ampla pesquisa de documentação, reportagens de jornais e cartas que, tanto o grande público, quanto os entusiastas e conhecedores do Grupo serão agraciados com uma nova e generosa visão sobre o tema.

 

A palavra da curadoria

 

Uma espontânea, mas bem executada mistura de temas universais e modernos, elaborados a partir da experiência e da representação de aspectos regionais, é o que caracteriza e une o trabalho dos quatro artistas, que, mais por sua proximidade e camaradagem, do que propriamente por um desejo de formar um movimento com uniformidade estética, ficou conhecido como Grupo de Bagé. Um grupo de pessoas muito talentosas que o acaso uniu, criou um trabalho tão sólido que a passagem do tempo apenas renova seu interesse.

 

Na Bagé da metade da década de 1940, longe do agito dos principais centros urbanos, os jovens amigos Glauco Rodrigues e Glênio Bianchetti descobriram uma atividade diferente para passar o tempo nas férias de verão. Começaram ali seus exercícios de pintura e desenho e, a partir de 1948, junto com o já iniciado nas artes Danúbio Gonçalves, e outros curiosos, como Clóvis Chagas, Deny Bonorino e Julio Meirelles, passaram a aprofundar seus interesses nas técnicas e teorias clássicas. Na cidade, ainda morava Pedro Wayne, escritor politicamente engajado, que desde os anos 1930 produzia romances, poemas, peças de teatro e folhetins em formato moderno. Wayne se correspondia com Erico Verissimo e Jorge Amado, além de ter relações com o pintor moderno José Moraes e, por conta disso, tornou-se o mentor intelectual daqueles tão interessados meninos. O círculo se fechou com a chegada de Carlos Scliar, que voltava de sua estada na Europa e participação na II Guerra Mundial, com uma recheada bagagem intelectual e contatos de artistas atuantes no conturbado cenário mundial.

 

O mais importante e profícuo contato de Scliar foi com Leopoldo Mendez, do Taller de Grafica Popular (TGP) do México, cujo trabalho influenciou o grupo de Bagé, especialmente na divulgação de causas políticas a favor da paz, da liberdade, dos direitos dos trabalhadores e da justa distribuição das riquezas. As técnicas de gravura, que facilitam a reprodução em grande escala, possibilitaram que as obras chegassem ao público de maneiras distintas, seja na forma de ilustração de artigos na revista Horizonte, ou em materiais publicitários e panfletos do Partido Comunista. Por outro lado, a produção do grupo complementava a obra de Wayne, ilustrando as descrições das condições miseráveis nas quais viviam – e as humilhações a que eram submetidos os trabalhadores da região, nas estâncias, charqueadas e nas minas de carvão. A junção desses dois aspectos fez com que o trabalho do Grupo delineasse características estéticas e temáticas próprias bastante particulares, que impedem ainda hoje sua classificação dentro de categorias como o Realismo Socialista, por exemplo.

 

Na década de 1950, foram criados o Clube de Gravura de Porto Alegre (1950) e o Clube de Gravura de Bagé (1951), os quais mais tarde se uniram e criaram um importante e independente sistema de divulgação dos artistas regionais, tomado como modelo até a atualidade. A participação nos clubes foi essencial para a consolidação da carreira dos quatro artistas, criando oportunidades que acabaram por separá-los. No ano de 1956, com o encerramento das atividades dos clubes, cada um seguiu uma trajetória distinta, porém, sempre carregaram características de seus anos de formação, na produção de material gráfico e ilustrações para a Revista Senhor (no caso de Carlos Scliar e Glauco Rodrigues), e na constante volta aos temas regionais, em sua maior parte com um viés de crítica social. Em 1976, os quatro artistas voltaram a produzir juntos em Bagé, em um encontro que resultou na criação do Museu da Gravura Brasileira e em obras que retomaram a temática regional, porém refletindo as mudanças e diferentes caminhos que cada um deles traçara após a separação.

 

Contar essa história é o objetivo principal da exposição Os quatro; mas com uma nova e ampliada abordagem. Novas leituras e percepções acerca do trabalho do Grupo, frutos de estudos e documentários realizados por diversos pesquisadores em nosso Estado, estarão refletidos no cenário da exposição. Não apenas trabalhos de Scliar, Danúbio, Glauco e Glênio estarão expostos, mas nomes como Lila Ripoll, Pedro Wayne e Clovis Assumpção aparecerão para contar mais sobre a trajetória e influências desses artistas de Bagé. Nas paredes da FIC, não haverá apenas gravuras, mas quadros, aquarelas e capas de revistas, que mostrarão a versatilidade e rica produção dos quatro artistas.

 

Carolina Grippa e Caroline Hädrich

 

Curadoras

 

Imagem: da esquerda para a direita Glênio Bianchetti, Glauco Rodrigues, Carlos Scliar e Danúbio Gonçalves.

 

 

Ernesto Neto no MALBA, Buenos Aires

25/nov

A amostra de “Soplo”, em exibição no MALBA, Buenos Aires, Argentina, de 29 de novembro de 2019 até 16 de fevereiro de 2020, reúne sessenta peças de Ernesto Neto (Rio de Janeiro, 1964) produzidas do final dos anos 1980 até o presente. Trabalhos em papel, fotografias e grandes instalações imersivas, que dialogam com o espaço expositivo e com o corpo do visitante, ativando todos os sentidos.

 

“Desde o início de sua carreira, Ernesto Neto explora e expande radicalmente os princípios da escultura. Gravidade e equilíbrio, solidez e opacidade, textura, cor e luz, simbolismo e abstração são a base de sua prática artística, um exercício contínuo no corpo coletivo e individual, no equilíbrio e na construção da comunidade ”, observa o curador Jochen Volz.

 

Na exposição, a carreira do artista é apresentada sob dois aspectos: por um lado, as obras que invocam os sentidos do observador e desafiam seu corpo a participar e até mergulhar na escultura; por outro, as obras que solicitam a ativação do espectador e apontam para uma noção de corpo coletivo, estimulando, de maneira lúdica, o contato e a convivência.

 

A dimensão ritual que a prática do artista vem adquirindo nos últimos anos demonstra como suas esculturas criaram e exploraram dimensões sociais cada vez mais complexas. Em um momento marcado pelo colapso entre seres humanos e natureza, Ernesto Neto propõe que a arte seja uma ponte para a reconexão humana com esferas mais sutis. “O artista é uma espécie de xamã. Ele lida com o subjetivo, o inexplicável, o que acontece entre o céu e a terra, com o invisível. A partir daí, ele consegue transportar coisas”, conclui Neto.

 

A exposição Ernesto Neto.

 

“Soplo” é uma realização da Pinacoteca de São Paulo com curadoria de Valeria Piccoli e Jochen Vol.

Bergamin & Gomide no Miami Beach Convention Center

 

A Bergamin & Gomide tem o prazer de anunciar sua 6ª participação na Art Basel Miami Beach 2019, que acontece de 04 a 08 de dezembro, no Miami Beach Convention Center, em Miami Beach.

 

Além das obras raras e históricas apresentadas no estande D4, mais de 15 pinturas do artista Amadeo Luciano Lorenzato serão destaque no projeto Kabinett, que consiste em exposições selecionadas por uma cuidadosa curadoria, com foco em artistas relevantes no contexto da história da arte.

 

Amadeo Luciano Lorenzato foi um pintor autodidata de Minas Gerais, Brasil. Sua inspiração vem de cenas cotidianas, e o conjunto de sua obra é marcado pela rica paleta com pigmentos que ele mesmo produziu e por suas texturas densas (criadas com o uso de pincéis, pentes e garfos). A sucessão de curvas e suas formas orgânicas dão vida às pinturas, mas o artista vai além, refletindo ainda sobre abstração. O curador Rodrigo Moura o define como um artista moderno e popular, com um poder raro de síntese.

 

Lorenzato inicialmente teve uma enorme influência sobre seus colegas de diversas gerações, todos marcados pela liberdade que o artista tinha ao produzir: “Não há distinção entre elementos populares e eruditos. Ele é um artista que não pertencia a qualquer movimento, e que pintou o que queria pintar, como ele mesmo diria. Um artista com integridade e conhecimento de sua própria produção artística”, definiram seus conterrâneos Rivane Neuenschwander e Alexandre da Cunha.
Esperamos sua visita no estande D4!

 

Bergamin & Gomide has the pleasure to announce its sixth participation at Art Basel Miami Beach 2019, which will happen from December 4th to 8th, at Miami Beach Convention Center, in Miami Beach.

 

In addition to the rare and historical works that will be showcased at booth D4, over 15 paintings by the artist Amadeo Luciano Lorenzato will also be highlighted at the Kabinett sector, which concisely curated exhibitions, focused on artists with a particular emphasis on their historical relevance.

 

Amadeo Luciano Lorenzato was a self-taught painter from Minas Gerais, Brazil. His inspiration comes from everyday scenes, and his body of work is striking by the rich palette of pigments he produced and his dense textures (that he achieved through the use of brushes, combs, and forks). The succession of curves and the organic forms give life to the paintings, but the artist goes beyond, reflecting also on abstraction. Curator Rodrigo Moura defines Lorenzato as a modern and popular artist, with a rare power of synthesis.

 

Lorenzato initially had an enormous influence over his colleagues of many generations, all marked by the freedom that he had to produce: “There is no distinction between popular and erudite elements. He is an artist who did not belong to any movements and who painted what he wanted to paint, as he himself would say. An artist with integrity and cognizant of his own artistic output”, as defined by the artists Rivane Neuenschwander and Alexandre da Cunha.
We will be waiting for your visit at booth D4!

Paula Klien, obras inéditas

O Centro Cultural Correios, Centro, Rio de Janeiro, apresenta, de 03 de dezembro de 2019 a 26 de janeiro de 2020 a exposição “FLUVIUS”, de Paula Klien, com curadoria de Denise Mattar. A mostra reúne mais de 50 trabalhos recentes da artista cuja produção se caracteriza pela utilização incomum do nanquim.

 

“FLUVIUS” exibe um conjunto das novas pesquisas de Paula Klien ao lado de algumas obras produzidas anteriormente. São pinturas, digigrafias e um vídeo performance da artista pintando telas e papéis dentro de um rio. Além disso, “Fluvius” apresenta duas exuberantes raízes que segundo a artista “servem para proteger o rio das erosões e segurar a terra, evitando que o rio seja soterrado, deixando a água fluir”.
“Simbioticamente unidas, águas e raízes refletem bem esse momento do trabalho de Paula Klien, instável, sutil e delicado, mas também denso, intenso e profundo. São as águas mansas de um rio turbulento”, complementa Denise Mattar.

 

As pinturas expressivas que brotam do mergulho de Paula Klien no seu mundo interior, mantém a espontaneidade do gesto que as criou, produzindo uma variação monocromática de extrema riqueza. Mais do que a presença material da tinta, o que está em curso é a intimidade imersiva da artista revelando a verdade universal da relação de cada homem consigo mesmo, do eu confrontado com a luta entre a constância e a impermanência, e a transcendência metafísica necessária para absorver o axioma irrefutável do “continuum” do universo, do planeta, do ser humano – e o contraste com a complexa vida que construímos baseados na ilusão da permanência.

 

Por esse substrato, o trabalho de Paula Klien, classificado em princípio, como expressionismo abstrato, na senda de artistas como Hans Hartung ou Soulages, se revela na verdade muito mais próximo de Gao Xingjian, ou Zeng Chongbin, artistas contemporâneos chineses que hoje impressionam o circuito internacional.

 

Desde 2017 a artista vem realizando exposições no exterior. Entre elas, na AquabitArt Gallery, no Deustsche Bank e na Positions Art Fair em Berlim. Solo Booth organizado pela Saatchi Art Gallery em Londres e na ArtBA em Buenos Aires. No Brasil participou, em 2018 da exposição “Pincel Oriental” no Centro Cultural Correios, expôs na ArtRio e realizou a individual “Extremos Líquidos” na Casa de Cultura Laura Alvim, com curadoria de Marcus Lontra.

 

Sobre Paula Klien por Denise Mattar

 

Paula Klien revelou seu interesse pelas artes visuais desde cedo, e surpreendia a família com a acuidade de seus retratos. Jovem adulta fez cursos livres no Parque Lage, estudou história da arte, mas também se deteve na música e na dança. A intensidade inerente à sua personalidade fez com que cada uma dessas águas fosse bebida com sofreguidão, num mergulho vertical nessas fontes. A partir da década de 2000 ela integrou todos esses conhecimentos a serviço da fotografia. Realizou campanhas e editorais de moda, que se caracterizaram pela excelência técnica, pela dinâmica perfeita entre modelo e roupa, mas tudo criado a partir de um olhar inusitado, de um certo desafio às convenções, permeado de humor inteligente. Dentro desse espírito apresentou em 2007 a exposição “Gatos e Sapatos”, uma sátira aos homens, revelando alguns de seus defeitos específicos, especialmente aqueles que incomodam as mulheres.

 

Em 2010, se debruçou sobre outro ângulo do universo masculino no livro “It’s Raining Men”. Sensualidade, descontração e novamente o humor. Na exposição “Edible”, 2012, Paula reuniu homens e mulheres, famosos e não famosos, sob o desafio: “Você tem fome de quê?”. O resultado surpreende pela multiplicidade de situações inusitadas criadas a partir da junção improvável entre elementos simples como peixes, bolas de sabão ou guimbas de cigarro, e o despojamento de corpos desnudados, sem couraças, totalmente desprotegidos no confronto com suas próprias escolhas.

 

Seu último livro de fotografias, lançado em 2014, tem o sugestivo título de “Pessoas me interessam”. Na abordagem proposta pela artista a atitude dos fotografados era o foco, o ponto de partida que determinava o caminho do ensaio e de sua edição. Em texto para a publicação, Alexandre Murucci observa “a qualidade e o refinamento das fotos e a retomada da investigação das possibilidades sociológicas e estéticas do portrait como testemunho de uma época”. Marcus Lontra, no mesmo livro fala sobre a “transcendência e a poesia que supera o limite do real e se afirma no território das coisas misteriosas e belas”.

 

Um outro olhar sobre a produção fotográfica de Paula Klien, mostra que, paralelamente há um contínuo exercício do corpo como paisagem: extensas superfícies de pele, cascatas de cabelos, dorsos arqueados como montanhas. Há ainda uma explícita preferência pelo preto e branco, que, excluindo a cor, adensa a mensagem, intensifica a forma, concentra o olhar.

 

Em 2016 esses elementos prenunciam uma necessidade interior: a busca do silêncio e da introspecção. Num retorno às artes plásticas Paula fez uma residência na escola de artes visuais Kunstgut, em Berlim. Produziu pouco na oficina, mas achou um caminho. O encontro com a tinta nanquim foi uma descoberta, um divisor de águas, e nunca a expressão foi tão literalmente adequada para o processo que Paula viria a desenvolver no Brasil.

 

De um só fôlego Paula cria um método próprio. As pinturas expressivas que brotam do mergulho de Paula Klien no seu mundo interior, mantém a espontaneidade do gesto que as criou, produzindo uma variação monocromática de extrema riqueza. Mais do que a presença material da tinta, o que está em curso é a intimidade imersiva da artista revelando a verdade universal da relação de cada homem consigo mesmo, do eu confrontado com a luta entre a constância e a impermanência, e a transcendência metafísica necessária para absorver o axioma irrefutável do “continuum” do universo, do planeta, do ser humano – e o contraste com a complexa vida que construímos baseados na ilusão da permanência.

 

Por esse substrato, o trabalho de Paula Klien, classificado em princípio, como expressionismo abstrato, na senda de artistas como Hans Hartung ou Soulages, se revela na verdade muito mais próximo de Gao Xingjian, ou Zeng Chongbin, artistas contemporâneos chineses que hoje impressionam o circuito internacional.

 

Exatamente por atingir essa mesma essência, que hoje fascina o Ocidente, seu trabalho teve imediata aceitação na Europa, desdobrando-se num intenso período de exposições. Não por acaso foi a única artista brasileira convidada a participar da mostra Pincel Oriental, no Centro Cultural Correios-RJ, em 2018.

 

Nove artistas em Niterói

22/nov

No mês em que o palácio dos Correios completa 105 anos e o Espaço Cultural Correios Niterói, RJ, comemora cinco anos de funcionamento, nove artistas mulheres vão ocupar os espaços comuns do local com a exposição “Nas águas que se escondem”, que será inaugurada no dia 30 de novembro.

 

“Queremos brindar o público com esta grande exposição de arte contemporânea para que as pessoas percebam a importância do palácio como espaço para a arte, afirma Denise Anne, diretora dos Correios Niterói.
Carolina Kaastrup, Edna Kauss, Fátima Pedro, Ivani Pedrosa, Myriam Glatt, Roberta Paiva, Talita Tunala, Vanessa Rocha e Yoko Nishio irão apresentar obras in situ, instalações, objetos, postais e vídeos que dialogam com a arquitetura eclética do palácio dos Correios, com sua função originária (como a troca de cartas e postais), com a localização e a paisagem que envolve o edifício e a história de Niterói, única cidade fundada por índios. “Água que se esconde”, que inspira e dá título à exposição, é uma das possíveis traduções do nome tupi da cidade de ‘Niterói (outrora “Nictheroy” ou “Nitheroy”).

 

Segundo a curadora, Marisa Flórido, “a exposição, ‘Nas águas que se escondem’, revolve, como fazem as ondas e as marés, as camadas de memórias esquecidas, de histórias submersas, de trocas perdidas e atualizadas, de paisagens desveladas.

 

“O carteiro é o ponto de partida da coletiva, retratado na obra “s/ título”, composta por diversas camisetas produzidas pela artista Carolina Kaastrup, que trazem as formas geométricas e as cores do uniforme, dispostas na fachada do palácio. Entre o corpo do prédio e o do público, flâmulas flutuam ao vento, em fragilidades e persistências.
No centro das escadas, do 2º andar ao térreo, vindo na claraboia, Edna Kauss instala “Tempestas”, obra nas cores azul, amarelo e verde, composta por tubos de poliuretano e cabos de luminosidade contínua. Tempestas do latim, de onde vem a palavra “tempestade”, significa “tempo entre dois momentos”, como um raio que divide o céu, como um signo de advertência.

 

Em uma mesa fica a obra “Voa depressa”, da artista Fátima Pedro. Em alusão às cápsulas colocadas nos pés dos pombos-correio, a obra é composta por desenhos sobre papel, em forma de cilindro, com imagens de fragmentos do corpo de um pombo.

 

Já Ivani Pedrosa ocupa as balaustradas internas do varandão localizado no primeiro andar, com a obra “Ao Léu IV”, uma instalação composta por letras cortadas em PVC com as cores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e as palavras “SIM” (amarelo) e “NÃO” (azul), além de bolas de isopor com tamanhos variados. A intenção da artista é subverter a telegrafia ao convidar o público para escrever sua palavra de ordem nas bolas de isopor, bem como resgatar o objetivo dos Correios: a escrita à mão de mensagens e missivas.

 

Myriam Glatt apresenta placas de papelões pintados em cores tonais e em dimensões variáveis, ao redor dos seis conjuntos de colunas do pavimento térreo. A obra “Imoscapos” intervém na arquitetura do palácio de 1914, no encontro de um material efêmero como o papelão e as colunas centenárias. “O real e o imaginário se unem nesse abraço, dando ao espectador que transita a experiência do convívio direto com a obra e o convidando a circular ao seu redor”, explica a artista.

 

“Abape ende?”, em tupi antigo, significa “Quem és tu?”. Título da instalação de Roberta Paiva, composta por três puçás (rede em cone para pesca), contendo espelhos de bolsa com a pergunta “Abape ende?”, que poderão ser retirados e levados pelo público. Roberta pretende devolver espelhos – objetos que eram dados aos índios pelos portugueses em troca de madeira – ao visitante não como um souvenir, mas como uma reflexão e uma interrogação a ser respondida: ‘Afinal, quem és tu? O que trazes dos povos que aqui habitaram?’

 

Em alusão à “Revolta das Barcas”, ocorrida em 1959 na estação das barcas e que levou ao protesto da população contra um serviço alternativo e ineficiente, Talita Tunala traz “Opus magnum”, instalação composta por um barco desgastado de fibra de vidro de 1,35m x 3m, que a artista recupera para uso, e no qual ela intervém com desenhos, acompanhado de uma narrativa fabular que mistura história, ação e ficção. A obra se apresenta como um instante suspenso de uma ação que só será concluída posteriormente, após o encerramento da exposição, com o retorno do barco ao mar.

No térreo, no hall entre a escada e o elevador, a artista Vanessa Rocha apresenta “S/ título”, um conjunto de aquarelas, no formato de postais (10cm x 15cm) dispostos em um display, que remetem a um tempo suspenso e abordam a precariedade da memória, da comunicação e das relações.

 

Com “Mirantes”, a artista Yoko Nishio reenquadra os dispositivos de segurança do edifício por meio duas estratégias: duas pequenas pinturas de câmeras de vigilância localizadas próximas às câmeras reais; e a colocação no piso do hall da entrada de quatro pequenos tablados circulares. Posicionados sob a mira das câmeras de segurança presentes no local, esses tablados convidam o espectador a pisar na sua superfície e a devolver a mirada, criando um jogo imaginário com os enquadramentos produzidos por tais dispositivos de vigilância.

 

De 30 de novembro até 18 de janeiro de 2020.

 

Bechara lança livro na Lurixs

21/nov

No próximo dia 26 de novembro de 2019, às 19h, será lançado na Lurixs: Arte Contemporânea, Leblon, Rio de Janeiro, RJ, o livro “José Bechara – Território Oscilante”, com selo da Barléu Edições. O livro será distribuído para as principais livrarias de todo o país. José Bechara é um artista ativo no circuito nacional e internacional da arte contemporânea, e este livro reúne sua produção de 2010 a 2019. Três críticos de arte e curadores de diferentes países que acompanharam seu trabalho na última década são os autores dos textos: António Pinto Ribeiro (Lisboa, 1956), Beate Reifenscheid (Gelsenkirchen, Alemanha, 1961) e David Barro (Ferrol, Espanha, 1974). O editor Carlos Leal, que já publicou mais de 50 livros dedicados à arte, desde que criou a Barléu em 2002, comemora: “Este é sem dúvida o mais bonito!”. “É o único em que usei a quinta cor, que vai trazer um grande impacto visual ao leitor”, afirma. “O livro é gostoso de ler, e as esculturas, pinturas e instalações de José Bechara são belíssimas, e bem destacadas na publicação”. O livro tem capa dura, 240 páginas e trilíngue (português/inglês/espanhol) – foi mantido o idioma original de cada texto: em alemão, espanhol e português -, projeto gráfico de Rico Lins, formato: 26 x 27cm e tiragem de dois mil exemplares.

 

Neste momento, trabalhos de José Bechara podem ser vistos em exposições em várias partes do planeta: na coletiva “Walking Through Walls”, que celebra os 30 anos da queda do Muro de Berlim, com curadoria de Sam Bardaouil e Till Fellrath, na Gropius Bau, na capital alemã (até 19 janeiro 2020); na Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra – A Terceira Margem, com curadoria de Agnaldo Farias, Lígia Afonso e Nuno de Brito Rocha, em Portugal (até 29 de dezembro de 2019); e na edição da BIENALSUR 2019 realizada no Museu Nacional de Riyadh, Arábia Saudita, com a coletiva “Recovering Stories, Recovering Fantasies”, em curadoria de Diana Wechsler (até 5 de dezembro de 2019). Até o próximo dia 15 de dezembro está em cartaz na Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, “José Bechara – Território Oscilante”, uma grande mostra dedicada a sua obra, com curadoria de Luiz Camillo Osorio.

 

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