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AGENDA CULTURAL

Pinturas de Lucia Laguna no MASP

14/dez

Entra em exibição noMASP, Paulista, São Paulo, SP, exposição individual de pinturas de Lucia Laguna. A paisagem é o ponto de partida para as pinturas da  artista nascida em 1941, em Campos dos Goytacazes, RJ. Atualmente Lucia Laguna vive no Rio de Janeiro. Dos arredores de seu ateliê, no bairro de São Francisco Xavier, subúrbio do Rio de Janeiro, a artista extrai o vocabulário de formas, de cores e de imagens que vão compor suas pinturas. Laguna passou a dedicar-se à pintura depois de se aposentar como professora de literatura portuguesa e latina, e frequentar os cursos da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro, nos anos 1990. A artista buscou na janela de sua casa-ateliê – com vista para o morro da Mangueira – a paisagem, os modos de construção e a arquitetura do subúrbio para definir sua maneira de pintar.

 
Esta exposição reúne 21 obras da produção recente da artista realizadas entre 2012 e 2018, e dos três principais temas trabalhados por ela: Jardins, Paisagens e Estúdios. Parte desta mostra é composta pelas “Paisagens” que Lucia Laguna realizou tendo como tema bairros da Zona Norte do Rio de Janeiro. Com essas obras, a artista propõe outro imaginário do subúrbio carioca, incorporando sua experiência e memória. Nesta série, a artista expande sua “vizinhança” para o espaço do museu: em uma tela realizada especialmente para esta mostra – Paisagem nº114 (MASP) (2018) -, a artista absorve os objetos de seu ateliê, as plantas do jardim de sua residência, elementos arquitetônicos do edifício do MASP e das obras da coleção do museu.

 

Ao visitar o ateliê de Lucia Laguna percebe-se uma extensa lista de artistas fixada em uma das paredes, na qual constam nomes canônicos da história da arte ocidental, como Paolo Uccello, William Turner, Paul Cézanne, Henri Matisse, Pablo Picasso, mas também artistas contemporâneas como Beatriz Milhazes e Paula Rego. Ao definir esses artistas como sua “família artística” e viver diariamente com essas referências em seu ateliê, Laguna os traz para o convívio com o morro da Mangueira, com o barulho do trem, com os muros de contenção dispostos nos “pés” da favela, com a trepadeira que cresce no jardim e invade o estúdio, com os passarinhos que entram pela janela – enfim, com toda essa simultaneidade de camadas que compõem o subúrbio e a natureza do quadro de Lucia Laguna. A exposição “Lucia Laguna: vizinhança” tem curadoria de Isabella Rjeille, assistente curatorial do MASP.

 

 

Até 10 de março de 2019.

Tratando as diferenças

13/dez

A Galeria Pretos Novos de Arte Contemporânea, Gamboa, Rio de Janeiro, RJ, exibe a exposição “Cabeças” de Antonio Sérgio Moreira, a última de sua programação encerrando o calendário de 2018 sob a curadoria de Marco Antônio Teobaldo.

 

A partir de uma visita do artista à construtora de uma amiga, em 2016, nela encontrou dezenas de capacetes de trabalhadores que seriam descartados, Antonio Sérgio Moreira viu naquele material, separado por diferentes cores de acordo com a função dos operários (seguindo normas da ABNT), um grande potencial para trabalhar algumas idéias sobre e seu papel de resistência no espaço que ocupa no contexto além da sua jornada de trabalho. Rostos foram pintados sobre a superfície de cada um dos 110 capacetes exibidos na instalação “Insólitos construtores”.

 

Outra série, iniciada em 1992, chamada de “Tétes” (cabeças, em francês), são, segundo o artista, “…aminha visão como os afro-ameríndios lêem a si mesmos, e como os outros afros se lêem.” Ele questiona e aponta: “…qual é a face da nossa identidade? As diferentes expressões de cada uma dessas cabeças são na verdade, como podemos ser estranhos um para o outro. A inserção na religiosidade Nagô me fez refletir mais sobre o valor da cabeça num âmbito maior da ancestralidade. O ori (cabeça em Iorubá) é mais importante do que a própria divindade ancestral.”

 

O curador da exposição, Marco Antonio Teobaldo, revela que “…a exposição “Cabeças” será composta por mais de 200 obras, a grande maioria formada por inéditas, dentre objetos, telas e papéis, que tecem uma trama sobre a memória do indivíduo negro e de seus antepassados, no contexto da Diáspora Africana, que é amplificada quando exibida sobre o sítio arqueológico do Cemitério dos Pretos Novos.”

 

O Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos – IPN, é o responsável pela preservação do sítio arqueológico da maior necrópole deste gênero, de africanos escravizados das Américas, e tem sido o guardião da memória deste episódio monstruoso na historio do Brasil, no qual, estima-se, mais de 50 mil corpos foram sepultados sem qualquer tipo de ritual fúnebre ou dignidade com os seus restos mortais.

 

 

Até 09 de fevereiro de 2019.

Ao Quadrado no MARGS

O Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli, Porto Alegre, RS, apresenta a galeria Iberê Camargo, a exposição “Ao Quadrado”, da artista Beth Turkieniez. Beth Turkieniez já soma mais de 40 anos de dedicação diária ao seu trabalho em artes plásticas: experimentando, reciclando e mergulhando em processos ao encontro de novos conceitos e novos olhares. A mostra “Ao Quadrado” compõe-se de 50 pinturas em formato quadrado, dispostas na sala de exposição em dois projetos que se fundem. São obras que apresentam técnicas e suportes diferentes, convidando o expectador, junto com a artista, a propor continuamente um novo significado aos trabalhos expostos. Beth também utiliza pigmentos indianos, com tintas que ela mesma produz. Os tons são trabalhados incansavelmente até se obter a intensidade e a opacidade que cada pintura requer, possibilitando uma série em conversa sem fim, entre as múltiplas composições possíveis, construindo e reconstruindo o grande quadrado.

 

 

A palavra da artista

 

“É importante para mim voltar a expor em Porto Alegre: primeiro, por ter sido o lugar onde nasci, onde construí muito da minha vida profissional, onde estudei com Iberê Camargo, Paulo Porcella, Stockinger, Tenius, Ado Malagoli e muitos outros. Onde cresci e amadureci, onde me tornei mãe, mulher e artista. Ao sair de Porto Alegre, enfrentei desafios: o começar de novo e de novo em uma cidade grande, onde a aspereza é a predominância, lidar com a solidão frequente, com o experimentar constante na arte e na utilização de novas técnicas, fazem realmente crescer… Fiz varias mostras individuais e coletivas, tanto no exterior quanto no Brasil, participei de muitas feiras de arte, ganhei prêmios no exterior e no meu país, mas só agora tenho novamente a oportunidade de mostrar o meu trabalho atual em Porto Alegre.”

 

 

Sobre a artista

 

Nasceu em 1950, em Porto Alegre, RS, vive e trabalha em São Paulo desde 1989. Estudou desenho no Atelier Livre de Porto Alegre com Paulo Peres e xilogravura com Danúbio Gonçalves. Também foi aluna em pintura de Ado Malagoli e Iberê Camargo, e dos escultores Sonia Ebling, Vasco Prado, Xico Stockinger e Carlos Tenius. Graduada em Artes Plásticas e Arquitetura pela UFRGS, onde desenvolveu pesquisas no campo da linguagem visual, bi e tridimensional. Realizou exposições individuais na Galeria Monica Filgueiras (São Paulo), 2017/2018 Ajoelhou tem que rezar (3 artistas), e “2018 200 anos dos direitos Humanos – artigo 30” e em coletivas na Pinacoteca de São Paulo, 2017 “Resistir é preciso”, mostra itinerante; Centro Cultural do Banco do Brasil São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, 2017/ 2018. Possui obras em acervos públicos como o Museu de Arte do Rio Grande do Sul – MARGS (Porto Alegre) Museu Kanagawa (Japão) Pinacoteca Aldo Locatelli (Porto Alegre) Palácio Dos Bandeirantes, “Galeria Dos Direitos Humanos” (São Paulo) Museu da Organização Pan-Americana de Saúde Pública (Washington) Galeria Sincromoart (Paris). Recebeu premiação em 1989 – 1.º Prix Canson d’art sur papier – Prêmio de Viagem | França.

 

 

Até 27 de janeiro de 2019.

25 anos de trajetória

12/dez

 

 

Livro reúne pesquisa da artista sobre dobras e vincos em diferentes suportes e mídias. Artista visual conceituada, com importante currículo de exposições no Brasil e no exterior, Valéria Costa Pinto reúne em livro 25 anos de sua trajetória na arte contemporânea brasileira. Com tiragem limitada, tradução em inglês e acabamento de luxo, a edição de arte comemorativa reúne a instigante obra da artista com base em esculturas flexíveis nos mais diferentes suportes – papel, tecido, fotografias, persianas –, além de vasto trabalho em vídeo. Um texto inédito de Luiza Interlenghi percorre a obra artística de Valéria, de 1991 até 2016. Textos de renomados críticos brasileiros mergulham em cada fase de sua carreira. O lançamento do livro acontece no dia 18 de dezembro, na Livraria Argumento, no Rio de Janeiro, com a presença da artista.

 

Com 244 páginas coloridas, a edição debruça-se sobre a incansável e minuciosa pesquisa de Valéria sobre dobras, vincos e seus desdobramentos em diferentes suportes e mídias, considerando conceitos sobre continuidade, movimento, tempo e simultaneidade. Além de Luiza Interlenghi, que também responde pela organização do livro, assinam os textos críticos: Paulo Sergio Duarte, Adolfo Montejo Navas, Mauricio Lissovsky, Marcia Mello, Masé Lemos e Denise Carvalho. O livro traz, ainda, uma pequena entrevista com Paulo Herkenfoff e uma poesia inédita de Tunga. A publicação, com a coordenação editorial de Nelson Ricardo Martins, tem o selo da Editora Fase 10 – Ação Contemporânea.

 

Desde sua primeira mostra individual em1991, na Galeria Millan (SP), Valéria Costa Pinto expôs em instituições como Casa França Brasil, Brazilian American Cultural Institute, Washington (EUA), Galeria Debret, Paris (França), Culturgest, Lisboa (Portugal), Centro Cultural da Light (RJ), Paço Imperial (RJ), Caixa Cultural (Brasília), além de diversas galerias de arte. Foi ganhadora do primeiro Prêmio Icatu de Arte e do Prêmio Honra ao Mérito Arte e Patrimônio, Paço Imperial. Atualmente, é representada no Rio de Janeiro pela Galeria Gaby Indio da Costa Arte Contemporânea e, em São Paulo, pela Galeria Arte Formatto.

 

 

Sobre a artista

 

Formada em design e pós-graduada em História da Arte e da Arquitetura no Brasil, Valéria vem trabalhando com arte desde 1983. Seu trabalho artístico transita entre a escultura, o objeto, a fotografia, o vídeo e o desenho, misturando os diversos meios. Em 1991 realizou sua primeira exposição individual na Galeria Millan, SP, e, em 1993, no Centro Cultural, SP. No Rio, expôs individualmente na Fundação Casa França Brasil, em 1994, e, no ano seguinte, no Palácio das Artes, BH, e, no Brazilian American Cultural Institute, Washington, EUA. Em 1996 ganhou o primeiro Prêmio Icatu de Arte, indo viver em Paris. Expôs na Galeria Debret, Paris, FR, e na Culturgest, Lisboa, PT. Realizou inúmeras exposições no Rio e em São Paulo, como na Galeria Cândido Mendes, Galeria Silvia Cintra, Galeria Marcia Barrozo do Amaral, Galeria Tempo, RJ, e na Galeria Rosa Barbosa, SP, e em instituições culturais como Centro Cultural da Light, RJ, Paço Imperial, RJ, e Caixa Cultural, Brasília. Participou de inúmeras exposições coletivas, como no Centro Cultural da Justiça Federal, RJ, Instituto Tomie Ohtake, SP, entre outros. Em 2014 foi uma das vencedoras do Prêmio Honra ao Mérito Arte e Patrimônio, realizando exposição no Paço Imperial, RJ. Atualmente, é representada no Rio de Janeiro pela Galeria Gaby Indio da Costa Arte Contemporânea e, em São Paulo, pela Galeria Arte Formatto.

 

 

Sinopse

 

O livro de Valéria Costa Pinto aborda sua trajetória artística nos 25 anos de sua carreira, desde 1991 até 2016. Reúne um texto inédito de Luiza Interlenghi abordando todo o período citado e uma compilação de textos de época realizados por diversos autores durante seu percurso: Paulo Sergio Duarte, Adolfo Montejo Navas, Mauricio Lissovsky, Marcia Mello, Masé Lemos, Denise Carvalho, entrevista com Paulo Herkenfoff e uma poesia inédita de Tunga. Com tiragem limitada de 230 exemplares, a publicação tem o selo da Editora Fase 10 – Ação Contemporânea.

 

 

Ficha técnica

 

Livro: Valéria Costa Pinto

Textos: Percursos da dobra – Luiza Interlenghi e coletânea de textos de época de diversos autores
Organização editorial: Luiza Interlenghi

Coordenação editorial: Nelson Ricardo Martins
Tradução: Alexandra Joy Forman, Ben Kohn
Editora Fase 10 – Ação Contemporânea
Tiragem 230 exemplares
Preço: R$ 120
Número de páginas: 244
Ano: 2018

Claudia Andujar no IMS SP

11/dez

A retrospectiva da obra de Claudia Andujar dedicada aos Yanomami, povo indígena ameaçado de extinção, ocupa dois andares do IMS Paulista, São Paulo, SP, com aproximadamente 300 imagens e uma instalação da fotógrafa e ativista, além de livros e documentos sobre a trajetória da tribo em busca de sobrevivência. O conjunto traça um amplo panorama do longo trabalho de Andujar junto aos Yanomami, retomando aspectos pouco conhecidos da luta da fotógrafa pela demarcação de terras indígenas, militância que a levou a unir sua arte à política. A seleção do material exposto é resultado da pesquisa de muitos anos realizada pelo curador Thyago Nogueira, coordenador da área de fotografia contemporânea do IMS, no acervo de mais de 40 mil imagens da artista.

 

Na abertura, dia 15 de dezembro, às 11h, Claudia Andujar participa de uma conversa no auditório do IMS Paulista com o curador da exposição e com o líder indígena Davi Kopenawa. Na ocasião será lançado o catálogo com mais de 300 imagens, acompanhadas de textos de Thyago Nogueira, de Andujar e do antropólogo Bruce Albert, que se aliou a ela na luta pela preservação dos Yanomami. Dia seguinte,conduzido por Kopenawa. A partir de janeiro de 2019 estão previstos novos eventos relacionados à exposição, entre seminários, conversas e visitas.

 

“Claudia Andujar – A luta Yanomami” foi realizada com apoio e consultoria do Instituto Socioambiental (ISA), e colaboração da Hutukara Associação Yanomani (HAY).

 

 

Sobre a artista

 

Claudia Andujar nasceu na Suíça, em 1931, e em seguida mudou-se para Oradea, na fronteira entre a Romênia e a Hungria, onde vivia sua família paterna, de origem judaica. Em 1944, com a perseguição aos judeus durante a Segunda Guerra Mundial, fugiu com a mãe para a Suíça, e depois emigrou para os Estados Unidos, onde foi morar com um tio. Em Nova York, desenvolveu interesse pela pintura e trabalhou como guia na Organização das Nações Unidas. Em 1955, veio ao Brasil para reencontrar a mãe, e decidiu estabelecer-se no país, onde deu início à carreira de fotógrafa.

 

Sem falar português, Claudia transformou a fotografia em instrumento de trabalho e de contato com o país. Ao longo das décadas seguintes, percorreu o Brasil e colaborou com revistas nacionais e internacionais, como LifeApertureLookCláudiaQuatro Rodas e Setenta.

 

A partir de 1966, começou a trabalhar como freelancer para a revista Realidade. Recebeu bolsa da Fundação Guggenheim (1971 e 1977) e participou de inúmeras exposições no Brasil e no exterior, com destaque para a 27ª Bienal de São Paulo e para a exposição Yanomami, na Fundação Cartier de Arte Contemporânea (Paris, 2002). Em 2015, a exposição “No lugar do outro”, IMS Rio, apresentou a primeira parte da carreira da fotógrafa. A segunda parte da carreira, dedicada aos Yanomami, será apresentada na retrospectiva Claudia Andujar: A luta Yanomami.

 

 

Até 07 de abril de 2019.

Visita mediada 

10/dez

No próximo dia 15 (sábado), às 11h, a Simone Cadinelli Arte Contemporânea, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ, promoverá uma visita mediada na exposição “Baixa dos Sapateiros” com o artista Tiago Sant’Ana e a curadora Clarissa Diniz. Esta exposição individual, trata da imagem histórica dos sapatos como símbolo de libertação pós-abolição negra no Brasil. Essa abolição, oficiosa e sem reparação, era simbolizada pelo gesto de pessoas negras poderem calçar sapatos – tal qual a população branca. O título, “Baixa dos sapateiros”, remete a uma região de mesmo nome em Salvador, na Bahia, local em que muitas pessoas negras recorriam para confeccionar seus sapatos. “O nome surge com essa proposta de falar de um lugar em que muitas pessoas iam desejando essa representação da liberdade, que eram os sapatos”, informa o artista. “Era uma geografia que simbolicamente envolvia uma expectativa por essa promessa de cidadania para as pessoas negras, que nunca chegou completamente até hoje”, completa. Considerado um dos pontos altos da exposição, as esculturas com sapatos de açúcar cristal estabelecem um paralelo com o complexo sistema de exploração da cana-de-açúcar e a chegada de muitos engenhos na região do Recôncavo. Clarissa Diniz é responsável pela curadoria da exposição, que conta com vídeo, fotografias, objetos e instalações em torno do tema.

 

 

Sobre o artista

 

Tiago Sant’Ana nasceu em Santo Antônio de Jesus, em 1990. É artista da performance, doutorando em Cultura e Sociedade pela Universidade Federal da Bahia. Desenvolve pesquisas em performance e seus possíveis desdobramentos desde 2009. Seus trabalhos como artista imergem nas tensões e representações das identidades afro-brasileiras – tendo influência das perspectivas de coloniais.  Foi um dos artistas indicados ao Prêmio PIPA 2018. Realizou recentemente a exposição solo “Casa de purgar” (2018), no Museu de Arte da Bahia e no Paço Imperial, no Rio de Janeiro. Participou de festivais e exposições nacionais e internacionais como “Histórias Afro-atlânticas” (2018), no MASP e no Instituto Tomie Ohtake, São Paulo,. SP, “Axé Bahia: The power of art in an afro-brazilian metropolis” (2017-2018), no Fowler Museum at UCLA, “Negros indícios” (2017), na Caixa Cultural São Paulo, “Reply All” (2016), na Grosvenor Gallery, e “Orixás” (2016), na Casa França-Brasil. Foi professor substituto do Bacharelado Interdisciplinar em Artes na Universidade Federal da Bahia entre 2016 e 2017.

 

 

Sobre a curadoria

 

Clarissa Diniz é curadora e escritora em arte. Graduada em Licenciatura e Educação Artística/Artes Plásticas pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Artes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Foi gerente de conteúdo do Museu de Arte do Rio – MAR entre 2013 e 2018, onde desenvolveu também projetos curatoriais. Publicou os livros “Crachá – aspectos da legitimação artística”, “Gilberto Freyre” – em coautoria com Gleyce Heitor -; “Montez Magno”, em coautoria com Paulo Herkenhoff e Luiz Carlos Monteiro; e “Crítica de arte em Pernambuco: escritos do século XX” (coautoria com Gleyce Heitor e Paulo Marcondes Soares), dentre outros. De curadorias desenvolvidas, destacam-se “O abrigo e o terreno” (cocuradoria com Paulo Herkenhoff. Museu de Arte do Rio – MAR, 2013), “Ambiguações” (Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro, 2013), “Pernambuco Experimental” (Museu de Arte do Rio – MAR, Rio de Janeiro, 2013), “Do Valongo à Favela: imaginário e periferia” (cocuradoria com Rafael Cardoso, Museu de Arte do Rio – MAR, 2014), entre outras.

LEILÃO BENEFICENTE  MOBILIZA ARTISTAS NO PARQUE LAGE 

07/dez

Renomados artistas doam obras para tratamento de saúde de Michel Groisman, diagnosticado com doença neurodegenerativa.

Evento acontece no dia 18 de dezembro, na Escola de Artes Visuais.

 

Conhecido internacionalmente por suas performances de controle corporal, o premiado artista brasileiro Michel Groisman vem se deparando com a difícil condição de perder o controle sobre o próprio corpo. Groisman foi diagnosticado com uma doença neurodegenerativa que paulatinamente vem limitando seus movimentos. Sensibilizados com sua situação, um grupo de mais de 70 artistas vem doando obras para a realização de um leilão beneficente. O valor arrecadado custeará o tratamento de Groisman num hospital especializado, nos EUA. O leilão reúne trabalhos de Adriana Varejão, Arnaldo Antunes, Barrão, Cabelo, Cildo Meireles, Ernesto Neto, Jose Damasceno, entre outros renomados artistas. O evento acontece no dia 18 de dezembro, às 19h, no Parque Lage.

 

Ao longo dos últimos 20 anos Michel Groisman se apresentou em inúmeros centros culturais ao redor do mundo e consagrou-se por suas inusitadas performances de controle corporal com equipamentos agregados ao corpo. Nos últimos anos, no entanto, ele se vê atrelado à execução de uma performance involuntária dentro do seu próprio cotidiano, a de simplesmente tentar levantar-se, andar, mover-se. Uma no-stop performance, na qual o artista precisa de todo seu esforço e concentração para se deslocar dentro de casa e ir de um cômodo a outro. Um ensaio diário, circunscrito ao âmbito privado, do que pode vir a ser a sua última performance.

 

O leilão que custeará as despesas de seu tratamento médico acontecerá no Salão Nobre da EAV Parque Lage, escola que já abrigou tantas vezes as performances de Groisman ao longo dos anos. As obras à venda podem ser visualizadas a partir do dia 5 de dezembro e os interessados podem  dar lances iniciais diretamente no site http://michelgroisman.com/leilao.No dia do leilão, as obras estarão em exposição na galeria do subsolo, das 9h às 19h.

 

 

Artistas participantes

 

Adriana Tabalipa, Adriana Varejão, Adriano Motta, Afonso Tostes, Alexandre Vogler, Amador Perez, André Alvim, Angelo Venosa, Arnaldo Antunes, Arjan Martins, Barrão, Beatriz Berman, Bob N, Cabelo, Cadu, Carla Zaccagnnini, Carolina Ponte, Carlos Bevilacqua, Celina Portela, Cildo Meireles, Claudia Hersz, Chiara Banfi, Chelpa Ferro, Daniel Murgel, Ducha, Eduardo Berliner, Elvis Almeida Oliveira, Enrica Bernardeli, Ernesto Neto, Felipe Barbosa, Fernanda Gomes, Fernando de la Roque, Franklin Cassaro, Gê Orthof, Gisele Camargo, Guga Ferraz,Guilherme Teixeira,Gustavo Speridião, Jarbas Lopes, Joao Modé, José Bechara, José Damasceno, Laura Eber, Laura Lima, Lucia Koch, Lucia Laguna, Luiza Marcier, Luiza Baldan, Luiz Zerbini, Marcela Tibone, Marcius Galan, Marco Veloso, Marcos Chaves, Maria Nepomuceno, Mariana Manhães, Martha Niklaus, Matheus Rocha Pitta, Mauro Espindola, Michel Groisman, Miguel Rio Branco, Nadam Guerra, Noni Ostrower, Opavivará/Domingos Guimarães, Paulo Vivacqua, Pedro Varela, Pedro Paulo Domingues, Raul Mourão, Ricardo Basbaum, Ricardo Ventura, Romano, Rodrigo Andrade, Stela Barbieri, Suzana Queiroga, Tatiana Grinberg, Thereza Salazar, Valeria Scornaienchi, Vicente de Mello, Vivian Cacuri.

 

 

Quem é Michel Groisman

 

Michel começou a desenvolver equipamentos corporais quando frequentava a faculdade de música, onde se formou como professor. Nessa época descobriu que podia inventar seus próprios instrumentos, e que estes não precisavam ser musicais, podiam ser instrumentos de todo tipo, desde que servissem para uma auto-investigação e para a interação com o outro. Em seu processo de criação, Michel Groismanintegra diferentes campos: artes visuais, dança, jogos, arte interativa, engenharia, relações interpessoais etc. Foi contemplado com bolsas e prêmios: Rioarte (2004), Vitae (2002) e Uniarte da Faperj (2000), Programa Rumos Artes Visuais (1999), Rumos Dança (2009) e Rumos 2018; Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2014, 8o Salão da Bahia (2001) e Prêmio “O Artista Pesquisador” do MAC de Niterói (2001), entre outros. Seu trabalho vem sendo mostrado em museus e festivais ao redor do mundo: MoMA (Nova York, 2014); Worlds Together Conference, Tate Modern (Londres, 2012); Festival Temps D’Image (Paris, 2012); Lig Art Hall (Coreia do Sul, 2012); PS 122 (Nova York, 2011); 29a Bienal de São Paulo (2010); Centro de Arte Reina Sofia (Madri, 2008); Festival In Transit the Berlim Lab (Alemanha, 2001 e 2006); Don’t Call It Performance, El Museo Del Barrio (New York, 2004); “Tempo”, MOMA (Nova York, 2001); Festival de La Batiê (Geneva, 2002); II Bienal de Lima (Peru, 2000); e Encontros Acarte (Lisboa, 2000), entre outros.

 

 

PERFOMANCES DO ARTISTA

 

Em “Transferência”, que teve sua estreia na EAV, em 1999, o artista utilizava velas acopladas ao seu corpo e executava uma série de movimentos para passar o fogo de uma vela para outra. Já em “Criaturas”, Groisman e sua parceira utilizavam equipamentos conectados a eletricidade, de modo que quando encostavam um no outro faziam as lâmpadas acenderem. Junto com seu trabalho de performance, o artista também passou a criar obras de arte de engajamento coletivo, dizendo que as relações interpessoais era o que havia de mais revelador. Dentre as suas obras-jogo coletivas estão: Polvo, Máquina de Desenhar, Sirva-se, Risco etc. Uma dessas obras foi premiada pelo programa Rumos 2018, do Itaú Cultural, a Risco#32, que o artista intenta ter condições de realizar no ano que vem. Trata-se de uma máquina de grande dimensões a ser manipulada por 32 pessoas simultaneamente, com o propósito de fazerem juntas um simples desenho num papel. Seria apenas uma coincidência que, assim como o lápis da obra Risco precisa de 32 participantes para riscar um desenho sobre o papel, agora a própria salvação de Groisman dependa também de uma união e engajamento coletivo?

 

 

 

LEILÃO MICHEL GROISMAN
Dia: 18 de dezembro de 2018 (terça-feira)
Horário: 19h às 21h
Local: Salão Nobre da Escola de Artes Visuais do Parque Lage
End.: Rua Jardim Botânico, 414, Jardim Botânico, Rio de Janeiro
As obras estarão em exposição na galeria do subsolo no próprio dia do leilão, das 9h às 19h.

 

SITE DO LEILÃO: http://michelgroisman.com/leilao

Adriana Varejão no MAR

Encerrando o ciclo de comemorações pelos cinco anos do Museu de Arte do Rio, Centro, Rio de janeiro, RJ, todos sob a gestão do Instituto Odeon, uma bandeira de Adriana Varejão será hasteada na instituição no próximo sábado, 08 de dezembro, às 17h.

 

Com o intuito de aumentar a visibilidade do MAR na Praça Mauá e marcar o museu como a embaixada da arte no Rio, a diretora executiva da instituição, Eleonora Santa Rosa, convidou a artista para criar uma bandeira de quase 20 metros para reativar o mastro do prédio, nunca antes utilizado desde a sua inauguração, em 2013.

 

A experiência é nova para Adriana Varejão. “Essa é minha primeira bandeira. Minhas inspirações foram a Pequena África, região do MAR, e o corpo da mulher. Por isso, uso um búzio que remete a casa e ao universo feminino, além de ter uma forte relação com o mar lembrando a chegada dos Africanos à região”, explica.  A bandeira tomou forma através das mãos de uma costureira que atende ao lado do museu.

 

Adriana é carioca e uma das artistas brasileiras de mais destaque na cena contemporânea, no Brasil e no exterior. Realiza exposições individuas desde 1988, sendo a última este ano na Victoria Miro Gallery, em Veneza, Itália.

 

Na exposição Mulheres na Coleção MAR, aberta ao público em 16 de novembro no Museu de Arte do Rio, a artista participa com cinco obras: as pinturas “Monocromo “Jiaguwen” (2011) e “Polvo Portraits – Amazônia” (2014), as fotografias “Mêlée de Guerriers Nus – Redux” (2005) e “Contingente” (2000), e “Tintas Polvo” (2013), uma caixa de madeira com tampa de acrílico, contendo tubos de tinta a óleo em bisnagas de alumínio.

 

 

Sobre o Museu de Arte do Rio – MAR

 

Uma iniciativa da Prefeitura do Rio em parceria com a Fundação Roberto Marinho, o MAR tem atividades que envolvem coleta, registro, pesquisa, preservação e devolução à comunidade de bens culturais. Espaço proativo de apoio à educação e à cultura, o museu já nasceu com uma escola – a Escola do Olhar -, cuja proposta museológica é inovadora: propiciar o desenvolvimento de um programa educativo de referência para ações no Brasil e no exterior, conjugando arte e educação com base no programa curatorial que norteia a instituição. O MAR é gerido pelo Instituto Odeon, uma organização social da Cultura, selecionada pela Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro por edital público. O museu tem o Grupo Globo como mantenedor.

 

A Escola do Olhar conta com patrocínio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Rio de Janeiro, da Dataprev e One Health via Lei Municipal de Incentivo à Cultura. A Aliansce apoia as visitas educativas – Partiu MAR via Lei Rouanet. A Verde apoia o programa de Formação com Professores da Escola do Olhar via Lei Rouanet. A Vivo patrocina o programa de cultura MAR de Música 2018 através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura. O MAR conta também com o apoio do Governo do Estado do Rio de Janeiro, e realização do Ministério da Cultura e do Governo Federal do Brasil por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

 

 

Serviço

 

Entrada: R$ 20 I R$ 10 (meia-entrada) – para pessoas com até 21 anos, estudantes de escolas particulares, universitários, pessoas com deficiência e servidores públicos da cidade do Rio de Janeiro. O MAR faz parte do Programa Carioca Paga Meia, que oferece meia-entrada aos cariocas e aos moradores da cidade do Rio de Janeiro em todas as instituições culturais vinculadas à Prefeitura. Apresente um documento comprobatório (identidade, comprovante de residência, contas de água, luz, telefone pagas com, no máximo, três meses de emissão) e retire o seu ingresso na bilheteria. Pagamento em dinheiro ou cartão (Visa ou Mastercard).

 

Bilhete Único: R$ 32 – R$ 16 (meia-entrada) para cariocas e residentes no Rio de Janeiro, mediante apresentação de documentação ou comprovante de residência. Serão considerados documentos comprobatórios aqueles que contenham o local de nascimento, tais como RG, carteira de habilitação, carteira de trabalho, passaporte etc.  Serão considerados comprovantes de residência os títulos de cobrança com no máximo 3 (três) meses de emissão, como serviços de água, luz, telefone fixo ou gás natural, devidamente acompanhado de documento oficial de identificação com foto (RG, carteira de habilitação, carteira de trabalho, passaporte etc.) do usuário.

 

Política de gratuidade: Não pagam entrada – mediante a apresentação de documentação comprobatória – alunos da rede pública (ensinos fundamental e médio), crianças com até 5 anos ou pessoas a partir de 60, professores da rede pública, funcionários de museus, grupos em situação de vulnerabilidade social em visita educativa, Vizinhos do MAR e guias de turismo. Às terças-feiras a entrada é gratuita para o público geral.

 

Terça a domingo, das 10h às 17h. Às segundas o museu fecha para o público.

Novo livro de Beatriz Milhazes

05/dez

A Carpintaria, Jardim Botânico, Rio de Janeiro, RJ, lança o livro “Beatriz Milhazes Colagens”, pela Editora Cobogó. Durante o evento – 05 de dezembro – 19hs – , uma conversa entre a artista e a curadora Luiza Interlenghi. É a primeira monografia dedicada às colagens da artista. A edição conta com organização e ensaio crítico de Frédéric Paul, curador do Centre George Pompidou, e entrevista realizada por Richard Armstrong, diretor do Guggenheim Museum de Nova York.

 

Durante uma residência na Bretanha, em 2003, Beatriz Milhazes ofereceu chocolates e doces para a equipe do centro de arte, pedindo que cada um lhe devolvesse os papéis das embalagens depois de comerem. Em sua mala, ela já havia trazido do Brasil toda uma seleção de embalagens. Foi desse modo que a artista iniciou um novo projeto: o de colagens.

 

Até então, a colagem era, para Beatriz, uma atividade secundária, uma espécie de rascunho das pinturas. “Ajudou a desenvolver minha linguagem sobre pintura apenas com tinta, desenhos originais criados por mim mesma, mantendo a intensidade, a lealdade das cores. Eu podia justapor e conferir as imagens antes de colá-las na tela, e também a textura da superfície era lisa”, relembra Milhazes.

 

Com o tempo, a técnica das colagens foi ganhando um rumo próprio e destaque dentro do atelier de Milhazes. “Existe uma troca muito interessante entre minhas colagens em papel e minha pintura. Cada processo tem seu próprio tempo e suas necessidades. Só precisamos ouvir”, explica a artista em entrevista dada a Richard Armstrong publicada no livro.

 

“As colagens têm uma espécie de diálogo com um diário imaginário. Os papéis colecionados vêm de uma variedade de interesses: às vezes é uma atração estética, em outras são parte de uma rotina, como embalagens de chocolate ou recortes que sobraram de impressões existentes. Por isso a construção da composição da colagem cria um diálogo que só existe na colagem”, afirma a artista.

 

Para o organizador do livro, o curador do departamento de arte contemporânea do Centre George Pompidou, Frédéric Paul, ao utilizar ingredientes descartáveis para suas colagens, Milhazes enfatiza a aceleração dos ciclos do gosto artístico. “A futilidade da guloseima e das compras são a expressão da fútil versatilidade dos indicadores de tendências. São também, seguramente, a expressão da presumida futilidade decorativa. A obra de Milhazes possui a extraordinária complexidade das coisas simples, e nos coloca diante de uma estonteante evidência plástica”, conclui Paul.

 

 

Beatriz Milhazes, Colagens
Editora Cobogó 2018
Organização: Frédéric Paul
Textos: Frédéric Paul e Richard Armstrong
Português/Inglês Capa dura
240 páginas 20 x 24 cm
ISBN: 978-85-5591-064-7
Preço de capa: R$ 125,00

Sete fotógrafos no Museu Afro Brasil

O Museu Afro Brasil, promove no próximo dia 08 de dezembro, às 12h, a abertura da exposição coletiva “Olhares Revelados”. Como sugere o nome da mostra, “Olhares Revelados” pretende desnudar aos olhos do espectador a arte da constante busca pelo sentido da imagem no fazer fotográfico. A curadoria da exposição é de Silvio Pinhatti.

 

Nos últimos anos, temos experimentado a cada instante um imenso crescimento da produção de imagens por multidões de celular em punho e redes sociais como o Instagram e o Facebook. Como é possível, num cenário como esse, valorizar a produção fotográfica e ressignificar o ofício do fotógrafo? Se hoje um senso comum afirma que ‘qualquer um’ pode produzir imagens – que vão se perder nas redes sociais num movimento praticamente sem autoria – como cristalizar a arte fotográfica com o cuidado, a atenção e o labor que ela merece? Como estender uma linha do tempo que faça jus a artistas tão fundamentais, que nos ensinaram que a fotografia é uma arte narrativa, memorável, imprescindível? Se tem se tornado tão banal a produção de imagens prolixas, é possível observar nelas uma frouxidão de sentido que sem dúvida não faz parte da fotografia como surgiu e se encorpou ao longo do século XX. Desse modo, é preciso que estejamos atentos aos artistas-fotógrafos que continuam zelando por essa arte”, afirma Pinhatti.

 

“Olhares Revelados” reúne 87 fotografias de sete fotógrafos brasileiros: Andrea Fiamenghi, Eidi Feldon, Gil Rennó, Lucila de Avila Castilho, Paulo Behar, Pedro Sampaio e Tuca Reinés. Para além do ofício que une os sete profissionais, os artistas selecionados possuem em comum o afeto e a celebração do fazer fotográfico tal qual o mesmo se popularizou no século 20, buscando por meio da fotografia a beleza, a comunicação e a impressão de sentido à imagem.

 

 

 

Sobre os artistas

 

Andrea Fiamenghi
Nascida em São Paulo, Andrea Fiamenghi vive em Salvador, na Bahia, desde os quatro anos idade. Sua paixão pela fotografia a fez encontrar-se com a obra de Pierre Verger, grande fotógrafo e antropólogo francês, residente em Salvador. Do encontro com a obra e sob a influência do mestre, começa a retratar o povo nas ruas de Salvador e a desenvolver pesquisas. Na mostra “Olhares Revelados”, Andrea apresenta imagens da Cerimônia Águas de Oxalá e as festas do calendário religioso do Terreiro Iiê Axé Opô Aganju.

 
Eidi Feldon
Designer e fotógrafa, Eidi Feldon fez orientação de fotografia com Claudia Andujar nos anos 1970, e desde então sempre esteve de máquina em punho. Em “Olhares Revelados”, Feldon mostra registros da série “Thesaurus – O Lugar da Observância”, que reúne fotos que nos falam de um vestígio de tempo passado, mas também de um conjunto de circunstâncias do presente, que antevê os aspectos disruptivos de uma civilização que atravessa o seu momento mais pungente de deterioração ecológica.

 

Gil Rennó
Há quinze anos vivendo na Serra da Mantiqueira, Gil Rennó vem fotografando a fauna e a flora locais, sua gente, seu comércio e seus hábitos. Na exposição “Olhares Revelados” o artista apresenta fotografias de duas manifestações da cultura popular local cruciais para a população da Serra da Mantiqueira. São elas as comemorações da Festa de Treze de Maio no bairro do Quilombo em São Bento do Sapucaí, e a Via Sacra no município de Gonçalves (MG), em que a população faz uma peregrinação em volta da pedra do Cruzeiro.

 
Lucila de Avila Castilho
Nascida em São Paulo, em 1957, a artista é especialista em fotografia de viagem. Segundo o fotógrafo André Douek: “Na fotografia de Lucila identificamos os elementos, as estações e as criaturas. Estamos diante das cenas da gênesis”. Na exposição “Olhares Revelados”, Lucila apresenta imagens da Escócia, Chile, Itália e Islândia.

 

Paulo Behar
Com diversas fotos publicadas pela National Geographic e BBC Brasil, Paulo Behar procura registrar as belezas da natureza e vida selvagem, com um olhar que busque impactar e emocionar o espectador. Na mostra “Olhares Revelados”, o artista mostra fotografias da natureza selvagem encontradas em lugares como Chile, Cananéia (SP), Cubatão (SP), Pantanal do Rio Negro (MS), Poconé (MT), Barão de Melgaço (MT), Jardim (MS), Miranda (MS), Porto Jofre (MT).

 

Pedro Sampaio
Paulistano de 27 anos, acostumado à vida da metrópole e com formação multidisciplinar, Pedro Sampaio fotografa a resistência cultural dos que vivem à margem da globalização nos centros urbanos. Em suas viagens para Cuba, Irã, Líbano, países desacreditados pela imagem dos noticiários ou comunidades brasileiras isoladas da grande mídia, a fotografia lhe permitiu registrar aquilo que testemunhava.

 

Tuca Reinés
O premiado fotógrafo Tuca Reinés exibe retratos feitos na aldeia de Jerusalém, província de Laikipia, centro do Quênia, África. Com cerca de 300 habitantes, a aldeia congrega três das principais etnias do norte do país: Samburu, Turkana e Borana.

 

 

Até 13 de janeiro de 2019.

 

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