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AGENDA CULTURAL

Tinho e os brinquedos na Movimento

27/nov

Colorida, lúdica e ao mesmo tempo reflexiva, a nova exposição de Tinho – um dos grandes nomes da arte urbana no Brasil – faz uma homenagem à infância. Estes instigantes trabalhos aprofundam as ideias contidas na obra “Mar de Brinquedos” – tela que compõe a série “Sete Mares” – na qual o artista explora suas referências oriundas da moda, discos, livros, shapes, filmes e obras de artes.

 

Com curadoria de Marcus de Lontra Costa, “Quem me navega é o mar” apresenta pinturas a óleo em que os brinquedos são o fio condutor para uma viagem pela subjetividade infantil. Tinho expõe estes novos trabalhos na Galeria Movimento, Copacabana, Rio de Janeiro, RJ, entre os dias 29 de novembro e 05 de janeiro de 2019.

 

“Escolhi o Mar de Brinquedos para ser o primeiro desdobramento das sete telas que compõem a série porque uma das minhas pesquisas é a respeito da formação do ser humano no ambiente metropolitano. É com os brinquedos que a criança faz experimentos de coisas que ela observa no mundo real em um ambiente imaginário”, explica o artista.

 

As 16 obras revelam o imaginário infantil por meio de diversos símbolos das primeiras idades, como o velocípede, o cavalo de pau e o carrossel, entre outros. A navegação segue na companhia de um dos ícones da obra do artista – o “Boneco de Pano”. Representado de várias formas, ele provoca a imaginação do público em 16 versões espalhadas pela galeria. Shapes de skates também ganham destaque entre as peças.

 

“O Boneco de Pano também é um brinquedo artesanal, feito em casa. Na exposição, quando eu falo de brinquedos, não estou me referindo somente aos industrializados. Em algumas obras mostro brinquedos em que as crianças criam com a sua própria imaginação. Um exemplo é quando a criança pega uma caixa de papelão e imagina uma casa, um carro ou até mesmo um avião”, revela Tinho.

 

Ao abordar este âmbito onírico, o artista convida o público adulto à reflexão Ele acredita que por meio da fantasia e dos mitos, as pessoas transformam suas realidades para lidar melhor com suas questões internas e problemas.

 

Pai de um menino de nove anos e uma menina de sete meses, o artista se inspirou menos em sua infância e mais na de seus filhos. “Minha inspiração vem mais da tentativa de entender o funcionamento da cabeça deles do que a da minha própria infância, já que as minhas lembranças já são mais escassas”, conta o artista.

 

O público é convidado a interagir com a exposição por meio da doação de brinquedos. O artista vai criar uma instalação no átrio do prédio Cassino Atlântico, em Copacabana, onde está localizada a Galeria Movimento. Os objetos doados farão parte de uma grande obra social. Após o término da exposição, todos os brinquedos arrecadados serão entregues ao Instituto da Criança e distribuídos para crianças carentes.

 

 

Sobre o artista

 

“Tinho, que elabora trabalhos de forte impacto visual associando com precisão informações diretas oriundas da pop art com cenários impactantes, metáforas de mundo no qual convivem o fantástico, o onírico, o real e a técnica impecável.  A obra de Tinho é esse caldeirão de informações: Japão e América Latina, centro e periferia, mangás, comics que abraçam vigorosamente referências artísticas e eruditas”, afirma o curador Marcus de Lontra Costa.

 

Finalista do Prêmio Investidor Profissional da Arte (PIPA Online), em 2012, Tinho realizou diversas exposições individuais na Galeria Movimento, no Rio de Janeiro, em São Paulo e Brasília. No exterior expôs em Londres e em diversas cidades da França.  Desde 1994, o artista participou de muitas exposições coletivas e festivais no Brasil e no mundo, como o Outdoor Festival em (Roma, Itália), no ano de 2015; Graffiti Fine Arts (Los Angeles, EUA), em 2013; Bienal de Havana (Havana, Cuba), em 2009, entre outros.

 

 

Sobre a série “Sete Mares”

 

É composta por diferentes temas. Suas referências partem de livros, discos, brinquedos, obras de arte, moda, filmes e a cultura do skate. Os mares propostos por Tinho não são mares externos. São internos, que fazem referência às suas vivências, aos seus repertórios imagéticos. São mares de inspiração. As sete obras desta série serão apresentadas juntas no Museu Paço Imperial, no segundo semestre de 2019.

 

As pinturas, que para o artista é a realização de um sonho, constituem‐se como uma forma de agradecimento e homenagem a todos aqueles que alimentaram e continuam alimentando seu imaginário. É o seu próprio fascínio diante de tais imagens. Os mares latentes em Tinho se apresentam como um convite ao expectador para adentrar em seu universo e entender como cada objeto influenciou sua formação pessoal, profissional e artística. Conhecer os Sete Mares aqui, é conhecer o mundo do artista.

Bechara em Lisboa/Pintura e instalação

26/nov

A galeria Carlos Carvalho Arte Contemporânea, Lisboa, Portugal, inaugurou a exposição individual Um raio todos os dias do artista José Bechara. A exposição reúne trabalhos produzidos a partir de 2017 e 2018 e inclui alguns inéditos. O conjunto é formado por cerca de 20 pinturas de grande, médio e pequenos formatos, muitas das quais produzidas com recurso ao processo habitual do artista: a intervenção de acrílico e oxidação de emulsões metálicas sobre lona usada de caminhão.

 

Nesta nova fase de trabalhos, José Bechara alarga o campo de pesquisa sobre o desenho, a pintura, a escultura e a instalação ao construir obras quase imersivas e expansivas que estendem a linha, a superfície, o plano a outras possibilidades, reconfigurando o espaço expositivo da galeria.

 

A exposição apresenta uma instalação inédita de grande escala, produzido a partir da ordenação no espaço arquitetônico de vidros planos e uma variedade de objetos em madeira, papel cartão, outros elementos metálicos e eventualmente mármore. O uso desta multiplicidade de materiais propõe uma discussão sobre fronteiras e gêneros das linguagens visuais fazendo colidir práticas oriundas das experiências escultórica, pictórica e gráfica. Situar o trabalho entre fronteiras, chamar atenção para uma permanente oscilação entregêneros constitui matéria fundamental nas investigações de Bechara. É esta impertinência e transitoriedade do seu trabalho que o artista transpõe para a própria existência.

 

A palavra do artista

 

Tudo é frágil em meu trabalho que contém esforço e dificuldades para emergir, assim como nós, indivíduos humanos. Embora possam parecer nascer de operações brutais os trabalhos podem quebrar-se, despencar de diferentes alturas, desfazer-se por uma perturbação inesperada do espaço ao redor. Minha geometria hesita. Ora aparece, ora desaparece. Falha, portanto, como falhamos. Esforça-se, como nos esforçamos para existir.

 

 

Sobre o artista

 

José Bechara nasceu no Rio de Janeiro em 1957, onde trabalha e reside. Estudou na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV), localizada na mesma cidade. Participou da 25ª Bienal Internacional de São Paulo; 29ª Panorama da Arte Brasileira; 5ª Bienal Internacional do MERCOSUL; Trienal de Arquitetura de Lisboa de 2011; 1ª Bienalsur – Buenos Aires; 7ª Bienal de Arte Internacional de Beijing e das mostras “Caminhos do Contemporâneo” e “Os 90” no Paço Imperial – RJ. Realizou exposições individuais e coletivas em instituições como MAM Rio de Janeiro – BR; Culturgest – PT; Ludwig Museum (Koblenz) – DE; Instituto Figueiredo Ferraz – BR; Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre, BR; Fundação Calouste Gulbenkian – PT; MEIAC – ES; Instituto Valenciano de Arte Moderna – ES; MAC Paraná – BR; MAM Bahia -BR; MAC Niterói – BR; Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, SP, – BR; Museu Vale – BR; Haus der Kilturen der Welt – DE; Ludwig Forum Fur Intl Kunst – DE; Kunst Museum – DE; Museu Brasileiro da Escultura (MuBE) – BR; Centro Cultural São Paulo – BR; ASU Art Museum – USA; Museo Patio Herreriano (Museo de Arte Contemporáneo Español) – ES; MARCO de Vigo – ES; Es Baluard Museu d’Art Modern i Contemporani de Palma – ES; Carpe Diem Arte e Pesquisa – PT; CAAA – PT; Musee Bozar – BE; Museu Casa das Onze Janelas – BR; Casa de Vidro/Instituto Lina Bo e P.M. Bardi – BR; Museu Oscar Niemeyer – BR; Centro de Arte Contemporáneo de Málaga (CAC Málaga) – ES; Museu Casal Solleric – ES; Fundação Eva Klabin – BR; entre outras. Possui obras integrando coleções públicas e privadas, a exemplo de Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – BR; Centre Pompidou – FR; Pinacoteca do Estado de São Paulo – BR; Ludwig Museum (Koblenz) – DE; ASU Art Museum USA; Museu Oscar Niemeyer – BR; Es Baluard Museu d’Art Modern i Contemporani de Palma – ES; Coleção Gilberto Chateaubriand/MAM RIO -BR; Coleção Dulce e João Carlos Figueiredo Ferraz/Instituto Figueiredo Ferraz – BR; Coleção João Sattamini/MAC Niterói – BR; Instituto Itaú Cultural -BR; MAM Bahia – BR; MAC Paraná – BR; Culturgest -PT; Benetton Foundation-IT/CAC Málaga – ES; MOLAA – USA; Ella Fontanal Cisneros – USA; Universidade Cândido Mendes – BR; MARCO de Vigo – ES; Brasilea Stiftung – CH; Fundo BGA – BR, entre outras.

 

 

Até 12 de janeiro de 2019.

Na FACE Gabinete de Arte

Martin Brausewetter apresenta pinturas e impressões inéditas na mostra “No Fluxo Subterrâneo” na FACE Gabinete de Arte, Pinheiros, São Paulo, SP. Martin revela uma série de pinturas (têmpera ovo e acrílica sobre tela), uma combinação de impressões e cascas de eucalipto (recobertas do mesmo azul da Prússia das pinturas). Todos os trabalhos são inéditos. A mostra tem texto crítico da curadora Ana Avelar (professora de Teoria, Crítica e História da Arte na Universidade de Brasília -UnB).

 

 

Diferentemente da sua última exibição em São Paulo, “Descontruções em tempos líquidos” (Galeria Mezanino, em 2015), o artista agrupa obras de naturezas distintas e usa elementos naturais, numa espécie de site specific, criando um diálogo pertinente com as pinturas, que sugerem paisagens, topografias, arquiteturas em ruínas e crostas terrestres.

 

“Martin Brausewetter movimenta tempos e lugares da pintura contemporânea, manejando habilmente prováveis anacronismos, por meio de manchas, campos de cor, linhas e texturas”, diz Ana Avelar, que também apresentou o texto da última mostra individual do artista e foi finalista do Prêmio Marcantonio Vilaça e membro do comitê de seleção do Programa Rumos Itaú Cultural, em 2017.

 

 

Sobre o artista

 

Martin Brausewetternasceu em Viena, Áustria, em 1960. Formou-se na Hochschule für angewandte Kunst (Universidade de Artes Aplicadas de Viena), em 1987. Vive e trabalha entre São Paulo e Viena. Seu trabalho funda-se na confrontação de dois elementos essenciais: a técnica por ele adotada e os motivos sugeridos pelas composições de formas abstratas. No caso da pintura (meio de onde parte toda a poética do artista) e das obras sobre papel, utiliza a têmpera de ovo, técnica que permite ao artista se beneficiar de longos intervalos de tempo, em que vai sobrepondo diversas camadas de cor, as quais são desfeitas à medida que remove partes da superfície com gilete. O azul da Prússia, de aspecto aveludado, uma vez que não lhe é aplicado nenhum verniz, cumpre um papel vital na composição das telas, apresentando a dualidade do cheio/vazio e da constituição da matéria.
Sua obra está presente em diversas coleções particulares, no Brasil e Áustria, além de importantes coleções públicas: Sammlung Vienna Insurance Group (Viena), MA7 Kulturabteilung der Stadt Wien (Acervo Público da Cidade de Viena) e Arthotek des Bundes (Acervo Público do Ministério de Cultura da Áustria, Viena). Em 2010, Brausewetter recebeu o prêmio Kapsch Art Award.
Desde 1986, o artista integrou diversas exposições, individuais e coletivas, principalmente no Brasil e na Áustria. Realizou individuais ‘Descontruções em tempos líquidos’, Galeria Mezanino, São Paulo (2015), ‘Tsespmilap – die Umkehr des Gewesenen’, Lukas Feichtner Galerie, Viena, Áustria (2014), ‘Otsespmilap’, Espaço Contraponto 55, São Paulo (2013), Haus Wittgenstein, Viena, Áustria (2013), Galeria Vertente, São Paulo (2011) e Haus aus der Kultur, Sammlung Thomastik, Infeld, Halbturn Haus Wittgenstein, Vienna (2008), além das coletivas: ‘Abstrakt und Konkret’, Altes Mesnerhaus, Himmelberg, Áustria (2012), ‘15 x 15 – 15 Jahre Kunstforum Unterland’, Neumarkt, Itália (2012), “Ringturm, Sammlung Vienna Insurance Group”, Leopold Museum, Viena (2011), Kapsch Art Award “changing views”, Künstlerhaus Wien, Viena (2010) e Kapsch Art Award “changing views”, São Paulo/Viena (2009).

 

 

Sobre a galeria
Com um ano e meio de funcionamento, o espaço é dirigido pelo colecionador Francisco de Assis Cutrim Esmeraldo [ex-sócio da Galeria Mezanino) e pela historiadora Eugênia Gorini Esmeraldo (ex-coordenadora de Intercâmbio do MASP e mestra em História pela Universidade Estadual de Campinas) e tem como foco a difusão de artistas brasileiros modernos e arte popular.

 

 

Até 23 de fevereiro de 2019.

Art Basel Miami Beach 2018

23/nov

A Bergamin & Gomide tem o prazer de anunciar a sua 5ª participação na Art Basel Miami Beach! Este ano a feira contará com mais de 200 galerias e vai acontecer no Convention Center de Miami.

 

Para essa edição, vamos apresentar um projeto curatorial que propõe um diálogo entre artistas internacionais e obras históricas brasileiras, tendo como recorte principal a produção artística de 1970 a 1990. Com destaque para Mira Schendel, Ivan Serpa, Antoni Tàpies, Tunga, Fabio Mauri. Também participaremos do projeto Kabinett, com obras do carioca Paulo Roberto Leal.

 

Nesta obra sem título da década de 1980, José Resende valoriza muito a escolha dos materiais, que possuem uma qualidade expressiva. A cera se solidifica facilmente, permitindo que o gesto do artista seja cristalizado na obra. As potencialidades expressivas dos materiais utilizados também estão em ressonância com as investigações da Arte Povera e do Pós-Minimalismo Americano.

 

Esperamos sua visita no estande D4!

 

 

 

5 a 9 de Dezembro [December 5th – 9th]
Estande D4. Convention Center, Miami Beach

José Resende

Fundação Iberê Camargo/jantar e leilão

Evento que acontece no dia 27 de novembro, em Porto Alegre, dá início a um programa anual, nos moldes aplicados por grandes instituições internacionais, através de obras doadas por artistas referenciais da arte brasileira e colecionadores que irão a leilão. Os artistas Vik Muniz, Nuno Ramos, José Bechara, Daniel Senise, Artur Lescher, Iole de Freitas, Karin Lambrecht e Maria Tomaselli estarão presentes no jantar. Na ocasião, a instituição lança o Clube Iberê

 

No dia 27 de novembro, terça-feira, a Fundação Iberê Camargo promove o primeiro grande jantar com leilão de obras de arte, dando início a um programa que será realizado anualmente, nos modelos praticados por grandes instituições culturais do mundo. O evento será realizado na Casa NTX. A Fundação espera receber cerca de 800 pessoas, que serão recepcionadas com uma apresentação da Orquestra Jovem do Rio Grande do Sul e menu especialmente preparado pelo Chef Lucio. Os convites ainda podem ser adquiridos telefone 51 3247.8000 ou pelo e-mail contato@iberecamargo.org.br.

 

Além de Vik Muniz e dos membros da Diretoria e Conselho da Instituição, autoridades e convidados, confirmaram presença no jantar os artistas Nuno Ramos, José Bechara, Iole de Freitas, Daniel Senise, Artur Lescher, Karin Lambrecht e Maria Tomaselli. O leilão será comandado pelo empresário Nelson Sirotsky, Vik Muniz e o marchand Jones Bergamin.

 

 

 

O leilão vai oferecer 13 obras de importantes artistas do cenário da arte brasileira, como José Bechara, Daniel Senise, Nuno Ramos, Vik Muniz, Cildo Meireles, Artur Lescher, Iole de Freitas, Siron Franco, Karin Lambrecht e Maria Tomaselli, além de três obras de Iberê Camargo. As obras foram doadas pelos próprios artistas – com exceção das obras de Karin Lambrecht, Siron Franco e de Iberê Camargo, que foram doadas por colecionadores. O valor arrecadado no evento vai contribuir para a realização das atividades da Fundação em 2019. Os interessados em dar lances no leilão e adquirir as obras, poderão conhecer as peças ao vivo, em um preview que será realizado na instituição até 25 de novembro. As visitas devem ser agendadas pelo telefone 51 3247.8000 ou pelo e-mail contato@iberecamargo.org.br.

 

Uma comissão liderada pela Cônsul honorária da Holanda, Ingrid de Kroes, está mobilizando a sociedade gaúcha para o jantar. Juntas, já comercializaram cerca de 600 convites. São elas: Fernanda Maisonnave, Adriane Kiperman, Ana Espíndola, Ana Logemann, Anna Paula Ribeiro, Anik Suzuki, Audrey Randon, Bruna Stern, Bettina Becker, Carol Logemann, Caroline Kreling, Cecilia Schiavon, Claudia Bartelle, Claudia Wolf Ling, Clenir Wengenovicz, Dulce Helene Goettems, Elisabete Brochmann, Giovana Stefanini, Goia Cairoli, Glaucia Stifelman, Jaqueline Testa, Josiane Castro, Karla Johannpeter, Laura Malcon, Laura Ormazabal Moura, Livia Bortoncello, Maria Elena Johannpeter, Marina Sirotsky, Mauren Motta, Nara Sirotsky, Olga Velho, Paula Weber Rosito, Priscilla Nunes, Renata Weisheimer Rohde, Sandra Echeverria, Sandra Ling e Silvana Zanon.

 

Para viabilizar o jantar e o leilão, a Fundação Iberê Camargo contou com o patrocínio das seguintes empresas: Dufrio (patrocinador Master), Meta, Somma Investimentos, Carpena Advogados, Urban Advisors e Pestana Leilões. Estas empresas assumiram todos os custos para a realização do evento.

 

Na ocasião, também será lançado o Clube Iberê – um projeto que tem como objetivo a criação de um sistema de governança sustentável para a FIC, entregando para seus associados uma série de experiências culturais exclusivas. Com o intuito de fortalecer o movimento cultural e criar espaços para reflexão a partir da arte e suas relações, o Clube Iberê possibilitará aos seus associados a oportunidade de fazer parte da história da Fundação, contribuindo para a construção de um ambiente cultural cada vez mais diverso, inclusivo e transformador e potencializando o acesso à programação cultural.

 

Serviço – Jantar Clube Iberê

Dia 27 de novembro, terça-feira, a partir das 20h

Leilão de obras de arte | lançamento do Clube Iberê | apresentação da Orquestra Jovem do Rio Grande do Sul

Local: Casa NTX | Av. das Indústrias, 1395 – Anchieta, Porto Alegre – RS (em frente ao Aeroporto Internacional Salgado Filho). Convites a R$ 500,00 por pessoa. Informações pelo telefone 51 3247.8000 ou pelo e-mail contato@iberecamargo.org.br.

 

 

Até 25 de novembro – Preview das obras leiloadas

Local: Fundação Iberê Camargo – Avenida Padre Cacique, 2000

Agendamento de visitas pelo telefone 51 3247.8000 ou pelo e-mail contato@iberecamargo.org.br.

 

 

Sobre a Fundação Iberê Camargo

 

A Fundação Iberê Camargo é uma instituição privada sem fins lucrativos, criada em 1995, a partir de um desejo do próprio artista e sua esposa, Maria Coussirat Camargo, e com o apoio de amigos e empresários de Porto Alegre.

 

Há 22 anos, a Fundação desenvolve ações culturais e educativas com a missão de preservar o acervo, promover o estudo, a divulgação da obra de Iberê Camargo e estimular a interação de seu público com arte, cultura e educação, por meio de programas interdisciplinares. Seu acervo é formado por um núcleo documental, composto de documentos e imagens relacionadas à vida e à obra do artista, e um núcleo com a coleção Maria Coussirat Camargo, que inclui pinturas, gravuras, guaches, desenhos e estudos de Iberê Camargo, obras que o casal acumulou durante a vida.

 

A Fundação Iberê Camargo tem o patrocínio de  Itaú, Grupo GPS, IBM, Oleoplan, Agibank, BTG Pactual, Banrisul e apoio SLC Agrícola, Sulgás e DLL Group, com realização e financiamento do Ministério da Cultura / Governo Federal. Hotel oficial: Ibis Styles Porto Alegre. Serviços de tradução: Traduzca. Patrocinador do projeto Iberê nas Praças: Corsan – Companhia Riograndense de Saneamento. Apoiador da exposição Subversão da Forma: Unisinos.

 

 

Sobre Iberê Camargo

 

Restinga Seca, 1914 – Porto Alegre, 1994 – Iberê Camargo é um dos grandes nomes da arte brasileira do século 20. Autor de uma extensa obra, que inclui pinturas, desenhos, guaches e gravuras, Iberê nunca se filiou a correntes ou movimentos, mas exerceu forte liderança no meio artístico e intelectual brasileiro. Dentre as diferentes facetas de sua vasta produção, o artista desenvolveu as conhecidas séries Carretéis, Ciclistas e As idiotas, que marcaram sua trajetória. Grande parte de sua produção, estimada em mais de sete mil obras, compõe hoje o acervo da Fundação Iberê Camargo.

 

 

Karin Lambrecht no Instituto Tomie Ohtake

Com a exibição de “Entre nós uma passagem”, de Karin Lambrecht, o Instituto Tomie Ohtake, Pinheiros, São Paulo, SP, dá prosseguimento ao projeto “Nossas Artistas”, uma sequência de mostras individuais dedicadas a mulheres que fizeram e fazem a história da arte brasileira. Iniciado em 2016, com “I love you baby”, de Leda Catunda, vencedora do Prêmio Bravo de melhor exposição individual do ano, agora o programa contempla a obra da pintora gaúcha, também egressa da geração 80.

 

Com curadoria de Paulo Miyada, a mostra reúne obras de diferentes momentos da carreira de Karin Lambrecht: desde alguns desenhos realizados do início dos anos 1990 até pinturas mais recentes, que constituem a maior parte da seleção. “Trata-se de uma oportunidade para gradualmente imergir no universo visual e reflexivo de uma artista singular na nossa arte, cuja obra oferece uma densa alternativa ao frenesi do consumo de imagens descartáveis que caracteriza os tempos vigentes”, comenta o curador.

 

As telas da artista sugerem particular interesse pelo transcendental, pelo espiritual e pelas religiões a partir de uma paleta obstinada em auscultar a natureza da linguagem dos mais diversos materiais. Além das tintas, outros substratos pictóricos ocupam a superfície de suas pinturas, como ouro, mel, lona, cera de abelha, terra, grafite, linho, pigmento e pastel.  Segundo Miyada, a simples ampliação de recursos para além da trivial “tinta a óleo sobre tela” não seria digna de nota não fosse pela clareza e pelo escrúpulo com que cada matéria atua no campo pictórico. “Mesmo que não seja sempre óbvio qual o material utilizado pela artista, é sempre possível distinguir quais signos, texturas, cores e formas correspondem a recursos distintos, manipulados com uma gestualidade adequada a sua dureza, peso e maleabilidade. O princípio de acumulação dessas substâncias não é, portanto, o da mistura indiferenciada, mas sim o da articulação de órgãos em um organismo visual”.

 

A exposição constrói propositalmente um percurso. O primeiro núcleo de trabalhos é constituído por sete pinturas realizadas entre 1990 e 2013 dispostas sob visibilidade tênue, resultante praticamente dos rebatimentos da luz. Ao ultrapassar este ambiente, o visitante adentra uma clareira como uma ampla nave de fundo semicircular, onde a iluminação é projetada de tal forma que a resplandecência parece nascer das 17 pinturas suspensas, concebidas de 1990 a 2018. “No vértice entre o desejo de saber e a necessidade de crer, alguém imagina uma clareira de silêncio”, escreve Miyada.

 

Na sessão final da exposição, ao atravessar uma cortina de voil, o espectador depara-se com um ambiente claro e branco ocupado por cadernos, desenhos e pequenas pinturas da artista.  Um conjunto de temas, palavras e símbolos que refletem a escala íntima do contato com as obras.

 

“As próprias pinturas, desenhos e cadernos de Karin Lambrecht almejam ser laço e passagem. Presenças imanentes, quer dizer, materialidades que se inserem na experiência possível e compartilhável. Evocações suprassensíveis, ou seja, chamados à contemplação de aspectos invisíveis da existência humana”, conclui o curador.

 

 

Sobre a artista

 

Karin Lambrecht nasceu em 1957, em Porto Alegre, RS, cidade onde vive e trabalha. Graduou-se em desenho e gravura na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, mudando-se logo em seguida para a Alemanha, onde realizou parte significativa de sua formação como pintora. No retorno ao Brasil, participou das ações desenvolvidas no Espaço N.O., comandado por Vera Chaves Barcellos; integrou a importante exposição “Como vai você, Geração 80?” (Parque Lage, 1984) e dedicou sua produção a realizar uma pintura que borra as fronteiras entre a colagem, o trabalho escultórico e a performance. De caráter sentimental e espiritual, sua produção lida com questões de espiritualidade, acerca da vida e da morte, aplicando textos de maneira simbólica.

 

 

Até 10 de fevereiro de 2019.

Centenário de Athos Bulcão

22/nov

O CCBB Rio, exibe mostra retrospectiva de Athos Bulcão. A exposição celebra o centenário de Athos Bulcão, conhecido pela diversidade de sua obra e inegável importância histórica e cultural. A mostra apresenta mais de 300 obras, incluindo trabalhos inéditos, que tornam possível visualizar seu caminho no Brasil e exterior, desde sua inspiração inicial pela azulejaria portuguesa, seu aprendizado sobre utilização das cores de quando foi assistente de Portinari, até as duradouras e geniais parcerias com Niemeyer e João Filgueiras Lima.

 

Seus famosos painéis coloridos de azulejos estão no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, na Igreja Nossa Senhora de Fátima e no Congresso Nacional. Ele também foi assistente de Cândido Portinari na construção do painel de São Francisco de Assis na Igreja da Pampulha, em BH.

 

A mostra contempla a produção de Athos entre 1940 e 2005, além de trabalhos inéditos de jovens artistas inspirados por sua produção. A exposição investiga o trabalho do artista além da azulejaria, dividida em oito núcleos, como seu uso de cor e da poesia, destaca sua relação com a pintura figurativa, trabalho gráfico e até figurino. A curadoria é de Marília Panitz e André Severo.

 

 

Até 25 de janeiro de 2019.

Exposição de Fernando Vilela

Nova série de trabalhos em pinturas e desenhos de Fernando Vilela será o próximo cartaz da Biblioteca Mario de Andrade, República, São Paulo, SP. A exibição recebeu o curioso título de “Enquanto isso”.

 

 

 

A palavra de Rodrigo Villela – Curador e Gestor Cultural

 

Os desenhos e pinturas de Fernando Vilela apresentam narrativas que se acumulam, se sobrepõem e gritam. Permeados de acontecimentos e memórias, os fragmentos embaralhados de histórias cotidianas, atravessados pela violência, trazem a síntese de um pensamento gráfico, no qual a cidade, o convívio, a agressividade e a crueza da vida se dão em desenhos (à carvão, nanquim e óleo – Enquanto isso), em instalação (Coleção 1968-1973) e em objetos (Arsenal). Com densidade, antagonismos e complementos explícitos – como guerra e paz, silêncio e explosão – esses trabalhos dão forma a complexos mundos internos, do prosaico ao sublime. As perguntas de Vilela se movem em direções variadas, repletas de indignação. A assertividade livre no uso das linguagens faz com que cada assunto se desdobre para além dos suportes utilizados. O imaginário do artista, forjado na belicosidade da ditadura, encontra ecos no mundo do pré-guerra com as touradas de Lorca ou as urgentes questões do mundo contemporâneo – dos conflitos, passando por Alepo, Síria ou Turquia – no entanto, nenhum desses fatores históricos contextualizam seu trabalho. Eles representam, na verdade, um chamamento de fúria e de desejo – de atenção e de movimento em direção ao desconhecido.

 

 

Sobre o artista

 

Fernando Vilela nasceu em 1973, em São Paulo, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo. Artista, autor e ilustrador de livros. Utiliza diversas linguagens, como gravura, desenho, colagem, escultura, instalação e fotografia. Realizou exposições na Pinacoteca do Estado de São Paulo, Centro Cultural São Paulo, e foi contemplado pelo Prêmio Funarte de Arte Contemporânea. No exterior, expôs na Bélgica, França, Espanha, Portugal, Estados Unidos e México. Possui obras nas coleções do MoMA, Museu de Arte Contemporânea de São Paulo, Museu de Arte Moderna de São Paulo e na Pinacoteca do Estado de São Paulo. Como autor e ilustrador, já publicou em oito países. Por seus livros ilustrados recebeu cinco prêmios Jabuti e a Menção Honrosa Novos Horizontes do Prêmio Internacional Bologna Ragazzi Award.

 

 

De 27 de novembro a 24 de fevereiro de 2019.

Hiper-realismo no CCBB/SP

21/nov

Trabalhos ligados ao hiper-realismo são o ponto de partida da nova exposição no CCBB, São Paulo, SP, “50 Anos de Realismo – Do Fotorrealismo à Realidade Virtual”. O público encontrará em exibição cerca de 90 obras, entre pinturas, esculturas, vídeos e instalações interativas, feitas por 30 artistas de vários lugares do mundo. Um dos destaques é o trabalho hiper-realista de Giovani Caramello. Tereza de Arruda responde pela curadoria. Há obras de que participaram da Documenta de Kassel em 1972, pioneira em dar visibilidade a essa tendência no campo internacional.

 

Um dos destaques é o inglês John Salt, que mudando-se para os Estados Unidos na década de 1960, passou a registrar em suas pinturas as paisagens suburbanas ou parcialmente rurais do país, como carros abandonados e trailers dilapidados. Neste setor também estão as obras a óleo e aquarelas do norte-americano Ralph Goings (1928 – 2016), que retratam caminhonetes, restaurantes populares e naturezas-mortas de produtos triviais, como embalagens de ketchup e mostarda.

 

No 2º e no 3º andares, os trabalhos foram divididos em quatro temas: paisagem e paisagem urbana, retrato e natureza-morta, onde encontram-se pinturas em grandes dimensões baseadas em espaços arquitetônicos e urbanos do britânico Ben Johnson, as paisagens naturais da inglesa Raphaella Spence e as representações geométricas inspiradas em fachadas de prédios modernistas do brasileiro Hildebrando de Castro.

 

Neste espaço há também obras tridimensionais de escultores do hiper-realismo que mostram representações do corpo humano. Além do trabalho de Caramello, – único brasileiro na exposição dedicado a este estilo -, há esculturas do dinamarquês Peter Land.

 

No 1º andar e no subsolo estão as artes que exploram a realidade virtual. Neste setor, destacam-se o japonês Akihiko Taniguchi, que desenvolve modelos detalhados em 3-D de espaços do cotidiano e os insere na realidade virtual de sua obra; e a brasileira Regina Silveira, que explora mídias distintas em uma mesma obra, sendo precursora em trabalhos com vídeo, fotografia, colagem, xerox e postais. Na exposição, apresenta uma animação digital.

 

Desde a abertura, o CCBB São Paulo já realizou um bate-papo gratuito sobre realismo na contemporaneidade aberto ao público. Participaram Tereza de Arruda (curadora), Bianca Kennedy, Fiona Valentine Thomann, Hildebrando de Castro, Rafael Carneiro, Regina Silveira, Ricardo Cinalli, The Swan Collective (artistas) e Maggie Bollaert (consultora).

 

Até 14 de janeiro de 2019.

Rubem Valentim no MASP

A exposição “Rubem Valentim : Construções afro-atlânticas” reúne no MASP 90 obras do pintor, escultor e gravador Rubem Valentim (Salvador, 1922 – São Paulo, 1991), figura fundamental da arte brasileira e das histórias afro-atlânticas no século 20.
A partir dos anos 1950, Valentim se apropria da linguagem da abstração geométrica para construir complexas composições que redesenham e reconfiguram símbolos, emblemas e referências afro-atlânticos. Nesse processo, ele transforma linguagens artísticas de origem europeia que dominaram boa parte da produção de arte no Brasil e no mundo, nos anos 1950 e 1960 (a abstração geométrica, o construtivismo, o concretismo), submetendo-as a referências africanas, sobretudo através dos desenhos e diagramas que representam os orixás das religiões afro-brasileiras – como o machado duplo de Xangô, a flecha de Oxóssi e as hastes de Ossaim.

 

Apesar de sua importância, Valentim ainda não obteve o devido reconhecimento, e essa exposição e o catálogo que a acompanha buscam reposicionar o artista na história da arte brasileira e internacional. O enfoque busca uma abordagem mais ampla de sua obra, sublinhando seus aspectos políticos, religiosos e sobretudo afro-brasileiros, para além das abstrações, construtivismos e geometrias.

 

O período coberto pela mostra vai desde 1955, quando, ainda em Salvador, Valentim assumiu decididamente suas referências do candomblé e da cultura afro-brasileira, até 1978, quando se encerra seu período mais fértil. A exposição atravessa cronologicamente as diferentes fases e locais onde o artista trabalhou: Bahia (1949-1956), Rio de Janeiro (1957-1963), Roma (1964-1966) e Brasília (1967-1978). O conjunto inclui agrupamentos  fundamentais, como a série Emblemas logotipos poéticos da cultura afro-brasileira, exposta na Bienal Nacional de São Paulo de 1976, e os Relevos emblemas de 1977-1978.

 

Em seu Manifesto Antropofágico, de 1928, um texto primordial do modernismo brasileiro, Oswald de Andrade (1890-1954) propunha de forma poética um verdadeiro programa para o intelectual e o artista nativo: o de deglutir o legado cultural europeu para digeri-lo e construir, de maneira antropofágica, uma obra própria, híbrida, brasileira, mesclando referências indígenas, africanas e europeias. Valentim é um dos artistas que, de maneira mais completa e ambiciosa, levou a cabo o projeto antropofágico. Nesse processo, ele realizou uma das mais radicais operações na história da arte brasileira, submetendo um idioma europeu a uma linguagem afro-brasileira, numa contribuição efetivamente singular e potente, descolonizadora e antropofágica.

 

O catálogo “Rubem Valentim: Construções afro-atlânticas”, com organização editorial de Adriano Pedrosa e Fernando Oliva, com edições separadas em português e inglês, inclui reproduções de 99 trabalhos do artista; textos de autores convidados a produzir novas reflexões sobre a obra de Valentim, caso de Abigail Lapin Dardashti, Adriano Pedrosa, Artur Santoro, Fernando Oliva, Lilia Schwarcz e Helio Menezes, Lisette Lagnado, Marcelo Mendes Chaves, Marta Mestre, Renata Bittencourt e Roberto Conduru; e republicações de textos históricos, de Clarival do Prado Valadares, Frederico Morais, Giulio Carlo Argan, José Guilherme Merquior, Mário Pedrosa, Roberto Pontual e Bené Fonteles. A publicação traz ainda reproduções inéditas dos cadernos de Rubem Valentim da década de 1960, material raro que virá a público pela primeira vez, trazendo croquis, projetos para obras, anotações e pensamentos do artista.
A curadoria é de Fernando Oliva, curador do MASP.

 

 

 

Até 10 de março de 2019.

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