Rodrigo Andrade na Pina Estação

18/dez

A Pinacoteca de São Paulo, instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, inaugurou a exposição retrospectiva da obra de Rodrigo Andrade no quarto andar da Pina Estação. A Pina Estação fica próxima à estação Luz da CPTM, vizinha à Sala São Paulo. Com curadoria de Taisa Palhares e patrocínio do Banco Credit Suisse, “Rodrigo Andrade: Pintura e matéria (1983-2014)” reúne pela primeira vez um conjunto de mais de 100 trabalhos, apresentando uma visão abrangente de sua carreira, desde 1983 até os últimos cinco anos de sua produção. Entre os trabalhos apresentados destacam-se as obras de sua fase abstrata, quando Andrade começa a usar o estêncil, além de pinturas da série “Matéria noturna”, expostas na 29ª Bienal. A exposição vem dar continuidade às mostras de revisão de carreira de artistas que emergiram no cenário brasileiro durante a década de 1980, que a Pinacoteca realiza há mais de dez anos. Vale lembrar que entre as obras apresentadas, está uma instalação criada exclusivamente para o prédio da Pina Estação, seguindo a produção de intervenções pictóricas realizadas pelo artista nos anos 2000 em espaços públicos, como “Lanches Alvorada”, “Paredes da Caixa” e “Óleo sobre”. Um catálogo da exposição será publicado com reproduções de obras, um ensaio da curadora e um texto de Michael Asbury, autor convidado.

 

 

Sobre o artista

 

Andrade é um pintor paulistano, nascido em 1962, que iniciou sua trajetória artística em 1977, período em que estudou gravura com Sergio Fingermann. Na década de 1980 formou o grupo conhecido como Casa 7, que incluía Nuno Ramos, Fabio Miguez, Carlito Carvalhosa e Paulo Monteiro. Sua produção inicial foi marcada pela observação dos comics norte-americanos e de pintores como o canadense Philip Guston. Em seguida, sua pintura passa a se identificar com uma produção então chamada de “matérica”, por valorizar o acúmulo de tinta e de outros elementos no suporte (papelão, madeira, etc), bem como a gestualidade ao preencher a superfície da pintura.

 

Até 12 de março de 2018.

Prova de Artista/Fortes D’Aloia & Gabriel

Já está aberta ao público a exposição “Prova de Artista” que encerra a programação 2017 da Fortes D’Aloia & Gabriel. A mostra permanecerá em cartaz até 24 de fevereiro na Galeria, Vila Madalena, São Paulo, SP. “Prova de artista” traz obras assinadas por Cabelo, Cristiano Lenhardt, Jac Leirner, Leda Catunda, Lucia Laguna, Luiz Zerbini, Mauro Restiffe, Odires Mlászho, Pedro França, Rodrigo Cass, Rodrigo Matheus e Sara Ramo.

 

Prova de Artista toma o título de empréstimo do termo originário da gravura – as provas de artista são as cópias que o autor reserva para si, à parte da edição final de uma obra – para investigar a relação de intimidade que o artista mantém com o próprio trabalho. Concebida e organizada pela equipe da Fortes D’Aloia & Gabriel, a coletiva reflete o desejo de desvelar questões próprias do fazer artístico que muitas vezes ficam restritas aos bastidores da produção.

 

Ao debruçar-se sobre as decisões que levam o artista a reconhecer a obra já em seu estado final ou compreendê-la como experimento de sua vivência no ateliê, a exposição promove a redescoberta de obras como Retalhos de Plástico (1996) de Leda Catunda. Tido pela artista como um estudo, o trabalho permanecia inédito e “esquecido” até então, podendo agora adentrar novos territórios semânticos. Rodrigo Cass exibe, em sequência, quatro vídeos realizados entre 2006 e 2007. São seus primeiros flertes com essa mídia, cuja mise-en-scène caseira revela um vínculo íntimo e afetivo. Contents (2017), uma pintura de concreto sobre linho, também desenvolve essa noção ao reinterpretar a pauta de seu caderno de anotações com alguns conceitos-chave que norteiam sua pesquisa.

 

Em conjunto, os trinta desenhos Sem título (2017) de Cabelo denotam um ritmo intenso de produção, excerto de uma série de 140 estudos a óleo realizada em apenas três dias. Antes de ganharem painéis, telas e murais de maior escala, seus seres híbridos convivem com anotações processuais, onde o próprio artista assinala a intensidade de sua práxis ao afirmar em um dos desenhos: “não paro”. A palavra também é explorada nas Cartas para Poemas Automáticos (2012) de Odires Mlászho, nas quais fragmentos de clichês tipográficos se mesclam ao fundo reticulado para dar origem a composições abstratas.

 

Retrato (2008) de Luiz Zerbini representa um ponto de virada em sua carreira e exemplifica sua diversificada investigação pictórica. Exibida originalmente como parte de uma instalação no Centro Universitário Maria Antonia (São Paulo, 2008), a obra é uma grande tela negra que vai à divisa da problemática da representação na pintura: sua superfície reflexiva é preenchida por vultos do entorno.

 

Jac Leirner apresenta duas obras que demonstram um contínuo compromisso de explorar os materiais até o limite. Osso 008 (40 Desenhos) (2008) é concebida a partir dos estudos de sua série com sacolas de plástico, enquanto Timeline (2008-2014) é feita com aparas de papel de outra obra, elegidas e agrupadas por inscrições das datas. De maneira análoga, os Desenhos (2016) de Lucia Laguna ganham forma a partir das sobras materiais de sua atividade: são colagens com as fitas utilizadas nas suas telas que traduzem de forma autônoma a abstração desenvolvida nas pinturas. Sara Ramo, por sua vez, cria esculturas de gesso pedra em Matriz e a Perversão da Forma (2015) a partir das máscaras de papel presentes em seu vídeo Os Ajudantes (2015).

 

O Radiador Bruto 5 (2017) de Cristiano Lenhardt é parte de um série iniciada em 2014. Retiradas do mundo em seu estado cru, a obra revela uma curiosa abstração espontânea, cuja geometria flerta com o aspecto randômico de outros trabalhos do artista. Em processo similar, Rodrigo Matheus instala a carcaça de um aparelho antigo de ar-condicionado no canto superior de uma das paredes da Galeria. Potencializado pela ambiguidade permissiva do teste, o corpo estranho adere ao espaço e instaura-se entre a dúvida e a possibilidade do pertencimento real.

 

A série Vermeer (1997-2002) de Mauro Restiffe esgarça os limites da metalinguagem ao explorar as possibilidades de presença de uma mesma fotografia em diferentes contextos. Se Vermeer (1997) apresentava uma pintura entrecortada de Johannes Vermeer no museu, Wrapped Vermeer (1999) é a foto da foto de 1997 embrulhada em plástico bolha, enquanto em Hanging Vermeer (2002) a mesma reaparece pendurada no laboratório fotográfico. Essa última, editada pela primeira vez especialmente para esta exposição, é apresentada com uma sequência de folhas de contato fotográficas que explicitam diferentes momentos da série e o processo de escolhas do artista.

 

Com Environ (2017), Pedro França ocupa o segundo andar da Galeria criando um ambiente distópico em tons verdes e azuis de chroma key. As peças são ambivalentes e podem ser lidas tanto como esculturas autônomas quanto como objetos de cena cuja presença converge no trabalho em vídeo que completa a instalação. Usando as superfícies de chroma key para inserir efeitos visuais, o artista continuará editando o vídeo ao longo da mostra, oferecendo uma obra em mutação que se coloca incessantemente à prova.

 

 

A galeria cumprirá o recesso de fim de ano: fechada entre 22 Dezembro 2017 e 07 Janeiro de 2018. No Carnaval: fechada entre 10 e 14 Fevereiro de 2018.

Sued: em obras inéditas

Celebrando 7 anos de atividades, a Mul.ti.plo Espaço Arte, Leblon, Rio de Janeiro, RJ, exibe até 20 de janeiro de 2018, exposição de telas, objetos e um múltiplo inéditos de um dos mais importantes artistas contemporâneos brasileiros, Eduardo Sued. Conhecido como um dos maiores coloristas da arte brasileira, prestes a completar 93 anos, Eduardo Sued se renova, lançando obras inéditas e cheias de vigor, nas quais a profusão de cores, uma característica de seu trabalho, é reduzida e o cinza e o preto se destacam.

 

 

Sobre o artista

 

Eduardo Sued. Rio de Janeiro, 1925. O primeiro contato de Eduardo Sued com a cor foi através de aquarelas, em 1948, quando estudou com Henrique Boese, herdeiro do expressionismo europeu. De 1951 a 1953 viveu em Paris. Frequentou a Académie Julien e a Académie de la Grande Chaumière, onde fazia desenhos de modelos vivos. Durante a estada na França entra em contato direto com as obras da École de Paris, de Pablo Picasso, Miró, Matisse e Georges Braque. De volta ao Brasil, passa a trabalhar com gravura em metal, sendo aluno de Iberê Camargo – e a figuração das gravuras já se revelava moderna, com certa fragmentação. O interesse por grandes áreas cromáticas e a busca por mais plasticidade levam o artista a se dedicar de forma cada vez mais intensa à pintura, em meados dos anos 1960. Em sua primeira individual, de pinturas, guaches e aquarelas na Galeria Bonino em 1968, os críticos já chamavam a atenção para a fusão da geometria com a figura, como Walmir Ayala, que descrevia o trabalho como uma “conjugação da abstração geométrica com a livre distribuição de formas do subconsciente, criando uma caligrafia do espiritual”. Sued nunca participou ativamente de nenhum movimento, se mantendo distante das disputas entre concretos e neoconcretos nos anos 1950 e das discussões sobre a nova figuração dos 1960. Vai formando sua poética abstrata pouco a pouco; após um breve período de produção figurativa, conquista já no início dos anos 1970 o domínio seguro da linguagem construtiva. Em meados dos anos 1990, introduz elementos novos em seu trabalho, como a tinta de alumínio e pinceladas espessas e descontínuas de modo que a superfície pareça ‘quase esculpida’, além de retornar à colagem, presente nos anos 1960 e 1970.

Obras de Rossini Perez

O Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli, Porto Alegre, RS, exibe a exposição “Caminhos de Rossini Perez”, em parceria com o Museu Nacional de Belas Artes/Ibram/MinC. A mostra, com curadoria de Claudia Regina Alves da Rocha, está em cartaz nas galerias João Fahrion, Pedro Weingartner e Ângelo Guido do MARGS. A curadora e chefe da Divisão Técnica do Museu Nacional de Belas Artes, Cláudia Rocha, falou – na abertura  – sobre a exposição. O evento foi organizado pela Associação dos Amigos do Museu de Artes do Rio Grande do Sul Ado Malagoli (AAMARGS). A coleção de obras de arte do artista Rossini Perez no Museu Nacional de Belas Artes/Ibram/MinC é composta de mais de 200 trabalhos, entre gravuras, pinturas e desenhos. O MARGS apresenta um recorte da coleção do museu carioca e do artista que apresenta sua trajetória entre os anos de 1950 e 1970.

 

 

A palavra da curadora sobre a trajetória do artista

 

Rossini Perez iniciou-se artisticamente no Rio de Janeiro entre os anos de 1945 e 1949, quando foi aluno de Luiz Almeida Junior que orientava um curso de pintura ao ar livre denominado Grupo Colméia. O artista aprendeu a misturar as tintas e, sobretudo, a realizar pinturas de paisagens da cidade. A partir de 1951, passou a frequentar a Associação Brasileira de Desenho e a ser aluno de Ado Malagoli iniciando efetivamente a sua trajetória artística. A década de 1950 foi um período marcado pelo avanço de processos de industrialização e desenvolvimento econômico brasileiro. O lema da campanha “50 anos em 5”, do Presidente da República Juscelino Kubitschek, estava embuído de um grande otimismo que caracterizou o final da década como um momento significativo em termos de mudanças de costumes com acessos a bens produzidos a partir dos setores automobilístico, de plásticos, borracha e vidro. No campo das artes, os chamados Anos Dourados foram marcados pela Bienal de São Paulo, Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), Companhia Cinematográfica Vera Cruz e a Bossa Nova.

 

Nesta época, Rossini Perez visitou as primeiras Bienais de São Paulo e conheceu as gravuras de Edward Munch que o fizeram escolher essa expressão como caminho. Frequentou os ateliês de Oswaldo Goeldi, Iberê Camargo e Fayga Ostrower. Em 1951 também participou da primeira Exposição de Arte Abstrata, realizada no Sesc Quitandinha em Petrópolis, e de diversas exposições nacionais e internacionais nesta época. O cenário brasileiro tanto para a arte contemporânea quanto para a gravura ainda era inicial. A cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, não dispunha de uma galeria de arte. Mas foi nesta década que se iniciou um mercado de arte principalmente com a criação da Petite Gallerie na Copacabana de 1954.

 

Os materiais ainda não especializados permitiram ao artista criar suas gravuras iniciais dentro das temáticas “favela”, “morro”, “barcos” e “cais”. Usando tintas não específicas para gravura e matrizes de latão e de placas de linóleo, suas criações eram impressas também sobre papel não especial, o chamado papel Fabriano. Em 1959 era assistente de Johnny Friedlaender no Atelier de gravura do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, aonde permaneceu até 1961. A década de 1960 trouxe mudanças significativas para sua arte pois tornou-se bolsista da Rijksakademie em Amsterdã aperfeiçoando-se na litografia. Com acesso a materiais especializados desenvolveu grande domínio das técnicas de gravura. Neste período suas obras tendiam para as composições abstratas e em meados dessa época surgiram as composições em relevo criadas em matrizes de cobre e zinco, iniciando também composições a partir de mais de uma matriz.

 

O uso de matrizes de cobre e zinco proporcionou uma nova interação com os materiais aonde o inesperado produzido pelas reações químicas produzia novos efeitos que se coadunavam com a expectativa do artista. Morou dez anos em Paris e percorreu diversos países europeus incorporando suas influências em suas obras de arte. Na década de 1970 colaborou na implantação de oficina de gravura em metal na Ecole Nationale des Beaux-Arts de Dacar, Senegal. Suas gravuras são fortemente influenciadas por formas de elementos do cotidiano africanos como trouxas, cintas, novelos e sinuosidades. Elas tornam-se mais complexas ao criar imagens a partir de matrizes compostas por várias partes. No final dos anos de 1970, voltou para o Brasil aonde lecionou em Brasília e, finalmente, no Atelier de Gravura do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.

 

 

Até 28 de janeiro de 2018.

40 anos da geração 80 no Ingá

15/dez

A exposição “Experimentação e Método” comemora os 40 anos da Oficina de Gravura do Ingá e resgata a memória de sua importância em um momento de redemocratização do Brasil e de grande efervescência cultural em Niterói, RJ. Significa, sobretudo, uma homenagem à sua idealizadora, a artista Anna Letycia, que implantou uma coordenação inovadora preocupando-se em não alijar a gravura dos debates contemporâneos e interseções com outras linguagens. Com esse intuito, atraiu inúmeros professores de diferentes suportes das artes visuais, como Alair Gomes, Aluísio Carvão, Newton Cavalcanti, Rubem Grilo, Carlos Martins, Ronaldo do Rego Macedo, José Lima, entre outros. A oficina para Anna Letycia é um “…local de trabalho, um campo de pesquisa, troca de informações e experiências”. Esse pensamento de experimentação, mas também de rigor e método, priorizado pela artista tornou a Oficina do Ingá um polo central para a cena artística de Niterói e do Rio de Janeiro. “As oficinas do Ingá foram um dos berços artísticos dos anos 80. Uma geração que nasceu em ateliês, que não frequentou “aulas formais” ou universidades. Nesse sentido, o Parque Lage, o Museu do Ingá e o MAM representaram locais de formação artística prática”, afirma Marcus Lontra que assina a curadoria da exposição junto com Viviane Matesco.

 

“’Experimentação e Método” será o fio condutor da mostra que conta com obras da própria Anna Letycia, de seus professores Oswaldo Goeldi, Iberê Camargo e Darel Valença Lins, além de seus colaboradores e alguns dos seus ex-alunos que se destacam na arte contemporânea, como Analu Cunha, Marcus André, Felipe Barbosa, Rosana Ricalde, Ana Miguel, Fernando Lopes, Chang Chi Chai, Beatriz Pimenta, Armando Mattos, entre vários outros que produziram obras exclusivas para a exposição. Como uma comemoração do contexto artístico de Niterói, a exposição inclui também jovens artistas que nasceram ou atuam na cidade revelando seu vigor cultural.  “Essa exposição homenageia Anna Letycia e consolida a importância da gravura não só pelo papel da Oficina, mas também pela coleção do Museu, referencia em Goeldi e tantos outros gravadores consagrados”, complementa a curadora Viviane Matesco.

 

 

As oficinas do Ingá foram um dos berços artísticos dos anos 80

 

A exposição “Experimentação e Método” amplia a gravura em um campo híbrido contemporâneo. A discussão da reprodutibilidade de imagens com múltiplos processos e tecnologias inovadoras será um caminho para explicitar a gravura numa concepção ampliada e experimental. O deslocamento da gravura em direção a outras linguagens enfatiza os procedimentos de impressão na gravura. Essas questões perpassam os trabalhos de artistas contemporâneos presentes nesta mostra que certamente marcará o olhar de quem a visitar. Sob o comando da museóloga Mariana Varzea, o projeto educativo da exposição terá oficinas e atividades de arte-educação sobre as técnicas da gravura, para todas as idades realizadas de quarta a domingo, durante o horário de funcionamento do Museu.

 

 

A oficina criada por Anna Letycia

 

A oficina de Gravura do Museu do Ingá, espaço da Secretaria de Estado de Cultura/Funarj, iniciou atividades em caráter experimental em agosto de 1977, embora a inauguração oficial tenha ocorrido apenas em 14 de dezembro de 1977. Oferecia cursos de desenho (Aluísio Carvão) e diversas modalidades da gravura pela própria Anna Letycia, José Assumpção Souza e José Lima, Mario Doglio (ex-diretor de Gravura da Casa da Moeda), Isa Aderne e Newton Cavalcanti (xilogravura), Carlos Martins e Solange Oliveira (em 1978), e Edith Behring (em 1982). No ano seguinte, Anna Letycia recebe o prêmio estadual Golfinho de Ouro pela criação da oficina. A subsequente inauguração da oficina de escultura sob a coordenação de Haroldo Barroso imprimiu um clima efervescente ao Museu do Ingá, que se tornou polo de experimentação e contemporaneidade na cidade de Niterói. É importante destacar a participação de Rossini Perez, renomado gravador, que em meados da década de 1980 substitui a coordenação da oficina por alguns meses, período no qual Anna Letycia se afasta para organizar mostra de seu trabalho. Também é fundamental mencionar a participação de Ricardo Queiroz como principal colaborador, que continua até hoje o trabalho iniciado por Anna Letycia.

 

 

Sobre Anna Letycia

 

Anna Letycia Quadros nasceu em Teresópolis, Rio de Janeiro, 1929. Gravadora. Inicia estudos de desenho e pintura com Bustamante Sá, na Associação Brasileira de Desenho, no Rio de Janeiro. Na década de 1950, no Rio, frequenta o curso de André Lhote, estuda gravura com Darel, na Escola Nacional de Belas Artes (Enba), e com Iberê Camargo, no Instituto Municipal de Belas Artes. Realiza curso de xilogravura com Oswaldo Goeldi, na Escolinha de Arte do Brasil, e de pintura com Ivan Serpa, com quem participa da criação do Grupo Frente. Em 1959, frequenta o ateliê do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ), coordenado por Edith Behring. É convidada a lecionar gravura no ateliê desse museu, atividade que exerce entre 1960 e 1966. Dá aulas de gravura em Santiago, onde recebe o título de professor honoris causa da Pontifícia Universidade Católica do Chile, em 1961. Em 1977, instala em Niterói a Oficina de Gravura no Museu do Ingá, que coordena até 1998. Desenvolve ainda atividades de cenógrafa e figurinista, e atua principalmente em parceria com Maria Clara Machado. Em 1998, é publicado o livro Anna Letycia, de Angela Ancora da Luz, pela Editora da Universidade de São Paulo.

 

 

Sobre os curadores

 

Formado em Comunicação Social pela PUC-Rio, Marcus Lontra é crítico de arte e curador independente.  Curador da mostra “Como vai você, Geração 80”, assume em 1983, a diretoria da Escola de Artes Visuais do Parque Lage até 1987.  Antes, de 1975 a 1983, foi editor da revista Módulo, fundada por  Oscar Niemeyer,  em 1955. Crítico de arte dos Jornais O Globo (1983-1984), Tribuna da Imprensa (1986-1987) e Isto É (1986 -1987). Entre 1987 e 1989 foi assessor do Ministério da Cultura. Dirigiu os Museus de Arte Moderna, de Brasília (1989), do Rio de Janeiro (1990 -1997) e de Recife (1998 – 2001). Foi curador de diversas importantes exposições, entre elas: “Como vai você, geração 80?” (1984, junto com Sandra Magger e Paulo Roberto Leal); “Infância perversa”, no MAM- RJ (1995); “Onde está você geração 80?”, no CCBB, em 2004. É curador do prêmio CNI Sesi Senai Marcantonio Vilaça. Desde 1998 é diretor da Lontra Produções Culturais.

 

Viviane Matesco é Doutora em Artes Visuais (UFRJ), crítica e curadora, foi professora de História da Arte na Escola de Artes Visuais/Parque Lage (1998 a 2008) e atualmente leciona na Universidade Federal Fluminense (UFF) em Niterói. Trabalhou na Funarte, no Museu de Arte Moderna e no Projeto Rumos Visuais/Itaú Cultural.  Realizou diversas curadorias entre elas “Sala Especial de Amilcar de Castro” (Funarte), “Tehching Hsieh” no Centro Helio OIticica  e  “Corpo na Arte Brasileira” (junto com Fernando Cocchiarale no Itaú Cultural/SP). Publicou os livros “Corpo, Imagem e Representação” (Zahar, 2009), “Em torno do Corpo” (UFF, 2016).  Como curadora do Museu do Ingá (2009 – 10) realizou a exposição “A Paisagem no Acervo Banerj” e publicou o livro “Uma coleção em estudo – Acervo Banerj”.

 

 

 

Até 27 de maio de 2018.

Julio Le Parc: da Forma à Ação

13/dez

O Instituto Tomie Ohtake, Pinheiros, São Paulo, SP, apresenta adaptada para seu espaço, a grande retrospectiva de Julio Le Parc, realizada em 2016 no Pérez Art Museum Miami (PAMM). Com a mesma curadoria de Estrellita B. Brodsky e consultoria artística de Yamil Le Parc, a mostra em São Paulo, com patrocínio do Bradesco, apresenta mais de 100 obras que trazem uma centelha de experiências físicas e visuais do consagrado artista. Ao incluir as principais instalações e trabalhos raramente vistos em papel e materiais de arquivo, “Julio Le Parc: da Forma à Ação” é uma exploração da figura central de Le Parc na História da Arte do Século XX.

 

“As investigações de Julio Le Parc sobre as maneiras de engajar e empoderar o público redefiniram e reinterpretaram a experiencia da arte”, afirma a curadora Estrellita B. Brodsky. “Movido por um sólido ethos utópico, Le Parc continua a olhar a arte como um laboratório social, capaz de produzir situações imprevisíveis e de ludicamente engajar o espectador de novas maneiras. Seu posicionamento radical continua cada vez mais relevante após seis décadas”.

 

O artista argentino logo após mudar-se para Paris, tornou-se, em 1960, membro fundador do coletivo de artistas Grupo de Pesquisa de Artes Visuais (GRAV). Ao enfatizar o poder social de objetos e situações de arte não mediados e desorientadores, Le Parc buscou limpar as estruturas e sistemas que separam espectador de obra. Sua inovação no campo da luz, movimento e percepção foi central para os movimentos da arte cinética e ótica da época, servindo suas teorias como veículo de mudança social e política, que continuaram a integrar a vanguarda parisiense de 1960 adiante.

 

Esse espírito da arte como ímpeto social move-se pela mostra em três secções temáticas. A primeira, “Da superfície ao objeto”, reúne trabalhos iniciais em papel e pinturas que mostram o uso de cor como meio de desestabilizar a superfície bidimensional. Estão expostas obras de 1958, com estudos do bidimensional com tinta e guache em papel, assim como pinturas de 1959 até hoje. Também consta nesse segmento, o monumental “A Longa Marcha”, um grupo de 10 pinturas vibrantes que flutuam ao redor de uma parede arredondada.

 

Em “Deslocamento”; “Contorções”; “Relevos”, estão os revolucionários labirintos-instalação, de Le Parc exibidos pela primeira vez como parte da participação da GRAV na Bienal de Paris de 1963, as caixas de luz e obras de contorção. A sequência de três cômodos imbuídos de luz oferece aos espectadores uma experiência sensorial poderosamente desorientadora.

 

Por fim, “Jogo & Política de participação” dissolve os muros físicos e ideológicos que separam espectador, obra de arte e instituição. Precursor do movimento de estética relacional, esse período da carreira de Le Parc considera como a arte pode encorajar uma nova consciência sobre o espaço social do indivíduo.

 

“Acredito que a exposição de Julio Le Parc despertará o mesmo interesse e encantamento do público causado pela mostra de Yayoi Kusama, que realizamos em 2014, por também provocar singular experiência sensorial aos espectadores”, diz Ricardo Ohtake, presidente do Instituto Tomie Ohtake.

 

O trabalho desenvolvido pela curadora Estrellita B. Brodsky é uma pesquisa retrospectiva da abrangente prática de Le Parc e uma análise de seu impacto tanto em seus contemporâneos na América Latina quanto na Europa vanguardista do pós-Guerra e subsequentes gerações de artistas. Apesar do âmbito histórico, a exposição conversa com força com o presente, demandando presença física e perceptiva do público. “Julio Le Parc: da Forma à Ação” apresenta o artista à nova geração, permitindo que cada visitante reaja de forma direta e pessoalmente ao trabalho.

 

 

Até 25 de fevereiro de 2018.

Fuga : Verve e Mezanino juntas

A Verve Galeria, Jardim Paulista, São paulo, SP, em parceria inédita com a Galeria Mezanino, exibe a coletiva “Fuga”. Sob curadoria de Ian Duarte Lucas e Renato de Cara, são propostos 3 diálogos entre 6 artistas de ambas as galerias: Luisa Malzoni e Emídio Contente; Vladimila Veiga e Leo Sombra; e Luciano Zanette e Sergio Niculitcheff. Composta por 25 obras, a expografia pensada para a mostra coloca os trabalhos em contraponto, do qual emergem inúmeras possibilidades de associação. Da música erudita foi emprestado o título da exposição, que investiga processos de espelhamento, modulação, expansão e síntese entre as obras.

 

Assim como nas outras artes, a música possui a capacidade de nos transportar de um lugar a outro num deslocamento, ainda que temporário, da realidade. Palavra do latim que tem o duplo significado de fugir (fugire) e caçar (fugare), a “fuga” é um estilo de composição contrapontística com origem na música barroca, em que as vozes ecoam, uma após a outra, o tema principal, em operações de repetição e contraposição – importante ressaltar que todas as vozes com a mesma importância na composição.

 

Com esta inspiração, a coletiva “Fuga” apresenta diversas linguagens e conceitos, em obras que passam pelas técnicas de escultura, fotografia, gravura e pintura, sempre no intuito de revelar paralelos e correlações entre o trabalho dos artistas.

 

“Pela contraposição, fica evidente a complementaridade entre os processos poéticos de cada um, pois afinal é do encontro que se traça o devir de todo artista”, concluem os curadores Ian Duarte Lucas e Renato de Cara. A coordenação é de Allan Seabra.

 

De 14 de dezembro de 2017 a 20 de janeiro de 2018.

Folia de Reis em 2018

 

A exposição “Folia de Reis: Mensageiros dos Reis Magos”, que se realizará no Centro Cultural Light no Rio de Janeiro, de 05 de janeiro a 02 de fevereiro de 2018, apresenta uma coletiva de artistas – que reúne cerca de 70 obras, entre trabalhos inéditos de pintura, cerâmica, aquarelas e desenhos dos Ateliês Oruniyá e Escola Casa Amarela, além de fotografias do designer e curador Guilherme Lopes Moura, objetos utilizados pelos foliões: como instrumentos, roupas, bandeiras e adereços, e de gravações dos cantos dos grupos de Folia de Reis. Na abertura da exposição, acontecerá uma apresentação de Folia de Reis. Também está programada uma oficina de confecção de bandeiras e estandarte ministrada pelo mestre folião João da Rocha e uma roda de conversa com os artistas plásticos dos ateliês envolvidos no projeto.

 

 

Sobre a Folia de Reis 

 

A Folia de Reis está em processo de tombamento como patrimônio imaterial brasileiro pelo IPHAN, tendo em vista a sua importância cultural ao longo da história do Brasil. A Folia de Reis é praticada desde o século XVI, quando os jesuítas pretendiam catequizar os índios e negros na então colônia portuguesa.

 

 

Atividades paralelas 

 

· Apresentação de Folia de Reis: durante a abertura da exposição, no dia 5 de janeiro, às 19h, o grupo de Folia de Reis Penitentes do Santa Marta irá fazer uma apresentação, abrindo as atividades do projeto.

 

· Oficina de bandeiras e estandartes: Nos dias 18 de janeiro, às 16h (para adultos), e 19 de janeiro, às 14h (para crianças), o mestre de Folia de Reis João da Rocha ministrará uma oficina de confecção de bandeiras e estandartes, o objeto mais sagrado na Folia de Reis e também presente em diversos folguedos brasileiros.

 

· Roda de conversa com os artistas plásticos: no dia 25 de janeiro, às 17h, os artistas conversarão com o público sobre o processo criativo das pinturas, discutindo questões práticas e teóricas do tema. Entre esses artistas, estarão os professores Nelson Macedo, Ana Moura e Renato Alvim, todos professores de artes plásticas da UFRJ e UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro).

 

 

Atelier Oruniyá

 

O Atelier Oruniyá reúne cinco artistas – Ana Moura, Gilliatt Moraes, Lucas Moura, Nelson Macedo e Renato Alvim – que têm como propósito comum o processo de produção da imagem, investigando a construção do sentido abstrato e poético da forma visual e, a exemplo de tantos artistas que nos precederam, entendem que não há outro caminho senão o comprometimento com o legado da tradição.

 

 

Atelier Escola Casa Amarela

 

Grupo de Artistas e Artesãos oriundos do Espaço Atelier Escola, que buscam uma identidade Nacional, regional e local para sua produção artística e que tem na Arte Nacional e na Cultura do Médio Paraíba sua fonte de inspiração e pesquisa. Tem como objetivo criar um núcleo de Arte no interior do Estado do Rio de janeiro, criar uma pedagogia para criação de grupos artísticos para alavancar a fruição e o comércio das Artes e artesanato, constituir espaços de propagação da arte e do artista local/regional, tornar sustentável espaços culturais que não tem apelo massivos. Formado pelos artistas Francis Moraes Marques, Andreia Lima, Paulo Valério, Silas Almeida, Gerson Santos e Thaisa Moura.

 

 

Sobre o curador

 

Guilherme Lopes Moura é formado em Comunicação Visual – Design na UFRJ. É fotógrafo e pesquisador da cultura popular brasileira, autor do livro Folia de Reis na Serra Fluminense, que se encontra em fase de finalização. As fotografias utilizadas nesta exposição são parte do registro desenvolvido para este livro. Desde 2009 já desenvolveu identidade visual de mais de 60 projetos, entre mostras de cinema e peças de teatro. Entre as mostras: El Deseo – O Apaixonante Cinema de Pedro Almodóvar; A Luz (Imagem) de Walter Carvalho; Os Melhores Filmes do Ano – ACCRJ; José Wilker – 50 anos de cinema; O maior ator do Brasil – 100 anos de Grande Otelo. Entre os espetáculos teatrais: O Pastor; Agnaldo Rayol – A Alma do Brasil; Chica da Silva – O Musical; e Nordestinos.

 

 

Programação: 

 

 

05 de janeiro – 19h Abertura da exposição com a apresentação da Folia de Reis Penitentes do Santa Marta.

 

18 de janeiro – 16h “Oficina de bandeiras e estandartes de Folia de Reis” para adultos, com João da Rocha, mestre da Folia de Reis Bandeira Estrela da Luz do Dia. A oficina será gratuita. As informações sobre inscrição serão divulgadas na página de facebook da exposição.

 

19 de janeiro – 14h Oficina infantil “Estandartes de Folia de Reis com o mestre João da Rocha, da Folia de Reis Bandeira Estrela da Luz do Dia. A oficina será gratuita.

 

25 de janeiro – 17h Roda de conversa sobre o processo criativo das pinturas presentes na exposição com os artistas do Atelier Oruniyá, Nelson Macedo, Ana Moura, Renato Alvim, Gilliatt Moraes e Lucas Moura. Entrada franca.

 

Obra 7 Noites, 365 Dias

11/dez

  1. Pavel Herrera, artista cubano que vive em São Paulo-SP, é representado pela Galeria Sancovsky, Jardim Paulistano, São Paulo, SP. Até o dia 22 de dezembro o público terá a oportunidade de visitar sua primeira exibição individual – “Ponto de Fuga” – na qual apresenta obras desenvolvidas, uma parte em Havana, Cuba, outra em São Paulo. J. Pavel Herrera exibe trabalhos em pintura e desenho, tendo a paisagem como temática que dialoga sobre o fenómeno da insularidade e que traduz o olhar de uma pessoa que nasceu numa ilha.

 

 

Sobre a galeria

 

Localizada na Praça Benedito Calixto em São Paulo sob a direção de Marcos Sancovsky, a galeria tem como objetivo apresentar uma significativa produção de artistas jovens e de artistas já consolidados, que trabalham com diferentes linguagens como pintura, vídeo, escultura, performance, entre outras. Sua programação contempla desde exposições individuais dos artistas representados a coletivas de curadores convidados.

Vik Muniz em Ipanema

 

A Galeria Nara Roesler, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ, traz para a sua sede carioca “Handmade”, exposição de Vik Muniz, cuja primeira versão foi apresentada em seu espaço paulistano em 2016. A série Handmade chega ao Rio com obras inéditas nas quais Vik renova caminhos e procedimentos presentes em sua produção, ao investigar a tênue fronteira entre realidade e representação, entre o objeto original e sua cópia. Sem recurso narrativo, as obras revelam explicitamente o processo do trabalho, ao mesmo tempo em que brinca com as certezas do espectador.

 

Segundo o artista, o que você espera ser uma foto não é, e o que você espera que seja um objeto é uma imagem fotográfica. “Em uma época em que tudo é reprodutível, a diferença entre a obra e a imagem da obra quase não existe”, diz. Em seu texto sobre a série, Luisa Duarte aponta a dificuldade de se distinguir onde termina a cópia e onde começa a intervenção manual do artista. “É nesse limbo das certezas que o artista deseja nos inserir”.

 

Duarte ressalta que, em Handmade, diferentemente de suas obras realizadas a partir de imagens conhecidas e referências a materiais mundanos, “Vik alude à vasta tradição da arte abstrata, destilando para isso suas fórmulas básicas na criação de maneiras inusitadas de meditar sobre a imagem e o objeto, sobre a ambiguidade dos sentidos e a importância da ilusão”. Em seu texto, Luisa Duarte conclui: “Handmade traça a constante preocupação do artista em transcender as dimensões simbólicas da imagem”.

 

Além da paradoxal relação entre imagem e objeto e do recorrente uso de estratégias ilusionistas – “A ilusão é um requisito fundamental de todo tipo de linguagem”, diz -, esses trabalhos flertam com a arte conceitual e estabelecem um intenso diálogo com a arte abstrata, cinética e concreta. Sobretudo, segundo Vik, pelo interesse comum em relação às teorias da Gestalt, mais especificamente nos campos da psicologia e da ciência.

 

 

Sobre o artista

 

Vik Muniz nasceu em 1961, São Paulo, Brasil. O artista vive  e trabalha entre Rio de Janeiro e Nova York)  e destaca-se como um dos artistas mais inovadores e criativos do século 21. Conhecido por criar o que ele descreve como ilusões fotográficas, Muniz trabalha com uma vasta gama de materiais não convencionais – incluindo açúcar, diamantes, recortes de revista, calda de chocolate, poeira e lixo – para meticulosamente criar imagens antes de registrá-las com sua câmera. Suas fotografias muitas vezes citam imagens icônicas da cultura popular e da história da arte, desafiando a fácil classificação e a percepção do espectador. Sua produção mais recente propõe um desafio ao público ao apresentar trabalhos que colocam o espectador constantemente em xeque sobre os limites entre realidade e representação, como atesta a obra Two Nails (1987/2016), cuja primeira versão pertence ao MoMA de Nova York. Vik Muniz iniciou sua carreira artística ao chegar em Nova York em 1984, realizando sua primeira exposição individual em 1988. Desde então, vem conquistando enorme reconhecimento, expondo em prestigiadas instituições em todo o mundo. Podemos destacar entre elas: Vik Muniz: Handmade (Nichido Contemporary Art, NCA, Tóquio, Japão, 2017); Afterglow: Pictures of Ruins (Palazzo Cini, Veneza, Itália, 2017); Vik Muniz (Museo de Arte Contemporáneo, Monterrei , México, 2017); Vik Muniz: A Retrospective (Eskenazi Museum of Art, Bloomington, EUA, 2017); Vik Muniz (High Museum of Art, Atlanta, EUA, 2016); Vik Muniz: Verso (Mauritshuis, The Hage, Holanda, 2016); Lampedusa, 56a Bienal de Veneza (Naval Environment of Venice, Itália, 2015); Vik Muniz: Poetics of Perceptions (Lowe Art Museum, Miami, EUA, 2015); edição de 2000 da Bienal de Whitney (Whitney Museum of American Art); 46ª Exposição Bienal Media/Metaphor (Corcoran Gallery of Art, Washington, EUA, 2000); e da 24ª Bienal Internacional de São Paulo (1998). Seus trabalhos fazem parte de importantes coleções públicas como a do Museum of Modern Art, Nova York; Guggenheim Museum, Nova York; Metropolitan Museum of Art, Nova York; Los Angeles Museum of Contemporary Art, Los Angeles; Tate Gallery, Londres; Museum of Contemporary Art, Tóquio; Centre Georges Pompidou, Paris; Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia, Madri, entre várias outras no Brasil e no exterior. Em 2001, Muniz representou o Brasil na 49a Bienal de Veneza. Muniz também é tema do filme Waste Land, indicado ao Oscar de melhor documentário em 2010, e em 2011, foi nomeado Embaixador da Boa Vontade da UNESCO.

 

 

Até 07 de fevereiro de 2018