Pela regeneração ambiental.

10/dez

O artista plástico Otávio Veiga apresenta “Formas da Consciência” na Galeria ZooFoz, a exposição reflete sobre a conexão entre humanidade e natureza por meio de esculturas tridimensionais.

A exposição “Formas da Consciência”, inaugura no dia 12 de dezembro na Galeria ZooFoz, Morumbi, em São Paulo. Otávio Veiga apresenta um conjunto de esculturas que explora a complexa relação entre a humanidade e o meio ambiente, utilizando materiais reciclados e naturais, como madeira reaproveitada, ferro, pedras e fibras. As oito obras em exibição, representando figuras como tamanduás, árvores, peixes e elefantes, convidam o público a refletir sobre os impactos do consumo humano e a importância da regeneração ambiental.

A exposição “Formas da Consciência” integra a programação inaugural da Galeria ZooFoz, que se apresenta como um novo espaço dedicado à arte contemporânea e à reflexão ambiental. Além da exposição de Otávio Veiga, o evento traz a mostra “Justine e Outras Aves”, de Rafael Vogt Maia Rosa, e celebra a abertura do espaço. Parte da renda obtida será revertida para a Associação ZooFoz, que realiza ações voltadas à conscientização ambiental e social.

Sobre o artista

Otávio Veiga nasceu em São Paulo, 1973, iniciou sua trajetória artística utilizando a escultura como um canal para abordar questões contemporâneas como sustentabilidade e renovação. Seus trabalhos transformam resíduos descartados em objetos de grande significado visual e conceitual, evidenciando a beleza em materiais negligenciados. Explorando a relação entre o mecanicismo do mundo moderno e a organicidade da natureza, o artista cria obras que ressoam tanto por sua forma quanto por sua mensagem, estabelecendo um diálogo direto com o público sobre temas como regeneração e ressignificação.

A voz indígena de Vinícius Vaz.

09/dez

O artista plástico indígena Vinícius Vaz apresenta exposição individual intitulada de A História que o Brasil não Conta. A mostra reúne 16 pinturas impactantes sob a curadoria de Antonio Aversa. Vinícius Vaz, do povo Xakriabá, apresentou sua primeira exposição individual na galeria Mercato + Antiguidade + Design, no Conic, Brasília, DF.

O trabalho de Vinícius Vaz busca dar voz a personagens e temas frequentemente ignorados pelos livros de história. O trabalho de Vinícius Vaz busca dar voz a personagens e temas frequentemente ignorados pelos livros de história. Uma das obras que se destacam é Guernica Tupiniquim, que retrata o assassinato do indígena Galdino, queimado enquanto dormia em um ponto de ônibus na 703 Sul, em Brasília. O episódio ainda ecoa como um símbolo da violência contra os povos originários.. O episódio ainda ecoa como um símbolo da violência contra os povos originários.

Fonte: Metrópoles.

Esculturas de Flávio Cerqueira.

“Eu penso a escultura como o instante pausado de um filme”, explica Flávio Cerqueira ao comentar sua carreira, que chega à marca de 15 anos com uma retrospectiva individual inédita no CCBB São Paulo, com curadoria de Lilia Schwarcz, historiadora, antropóloga e imortal da Academia Brasileira de Letras.

A declaração do artista joga luz sobre o forte teor de narrativa que imprime em suas obras, com esculturas figurativas em bronze que convidam o público a completar as histórias contidas em cada detalhe de personagens tipicamente brasileiros.

“Muito vinculada a uma certa história ocidental, a escultura em bronze celebrava o privilégio de homens brancos. Insurgindo-se contra essa narrativa, Flávio Cerqueira seleciona pessoas que observa no dia a dia, imersas em seu próprio cotidiano, e as eleva no bronze. São personagens representados de maneira altiva, com respeito, quase de maneira filosófica”, comenta a curadora.

Reconhecidas pela originalidade e riqueza de detalhes, as esculturas de Cerqueira ocupam todos os andares e o subsolo do prédio histórico do CCBB no centro da capital paulista – no térreo, os visitantes vão encontrar “O jardim das utopias”, uma seleção de trabalhos pensados para áreas abertas, que exploram a temática das fontes ornamentais e esculturas instaladas em praças públicas. “A busca por uma mudança do eu e o desejo de criar um lugar imaginário norteiam essa ilha de possibilidades, muitas vezes utópicas, mas que trazem leveza ao cotidiano caótico da existência”, afirma o artista sobre as obras que vão dar as boas-vindas aos visitante.

“Meu fazer artístico é o processo de transformação pelo qual passa cada material até se tornar uma escultura: a cera de abelha misturada com óleos e um pó de barro peneirado que transformo em platina e que, modelada por minhas mãos, se torna uma figura. As misturas das ligas metálicas como cobre, estanho, chumbo, zinco, ferro e fósforo derretidos a mais de mil graus centígrados que, despejadas em um bloco de areia com dióxido de carbono, eternizam essas formas modeladas em um dos mais nobres materiais da escultura, o bronze”.

Sobre o artista

Flávio Cerqueira nasceu em São Paulo, em 1983, onde vive e trabalha. Sua graduação em artes plásticas o introduziu na linguagem escultórica, pesquisa que aprofundou no mestrado e doutorado na Universidade Estadual Paulista. Em sua prática, especializou-se nos processos tradicionais de fundição em bronze. Por meio dessas técnicas milenares, o artista captura momentos singulares de situações cotidianas e os transforma em questões centrais de sua poética.

Até 17 de fevereiro de 2025.

Raul Mourão em Salvador.

O artista carioca inaugura sua terceira exposição individual na Alban Galeria, Ondina, Salvador, BA, nesta quinta-feira, 12 de dezembro, com um conjunto inédito de esculturas, pinturas e desenhos.

Conhecido por sua produção multimídia, Raul Mourão constrói suas obras a partir da observação da paisagem urbana e das relações entre indivíduo e coletividade. Desta vez, o artista elege elementos arquitetônicos de Salvador – como grades e janelas ornamentadas – como ponto de partida para refletir poeticamente sobre a cidade. A exposição poderá ser visitada até 08 de fevereiro.       

A exposição é acompanhada de uma entrevista do curador e crítico de arte Pablo León de la Barra, que conversou com Mourão sobre sua trajetória e a conexão do artista com a capital baiana, entre outros assuntos.  Volume Vivo começou começou a ser pensada em janeiro de 2023 em parceria com Cristina Alban, diretora da galeria, falecida recentemente, a quem Mourão dedica a mostra. Complementa a exposição um vídeo de 20 minutos em parceria com o jovem filmmaker e fotógrafo carioca Tchaca.

Sobre o artista

Raul Mourão nasceu no Rio de Janeiro, em 1967, onde vive e trabalha. Entre suas principais exposições individuais e projetos solo recentes, destacam-se: Cage Head, Americas Society for Arts (2023), Nova York, Estados Unidos; Empty Head, Galeria Nara Roesler (2021), Nova York, Estados Unidos; Fora/Dentro, Museu da República (2018), Rio de Janeiro, Brasil; Você está aqui, Museu Brasileiro de Ecologia e Escultura (MuBE) (2016), São Paulo, Brasil; Please Touch, Bronx Museum (2015), Nova York, Estados Unidos; Tração animal, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-Rio) (2012), Rio de Janeiro, Brasil; Toque devagar, Praça Tiradentes (2012), Rio de Janeiro, Brasil. Entre as coletivas recentes: Utopias e distopias, Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA) (2022), Salvador, Brazil; Coleções no MuBE: Dulce e João Carlos de Figueiredo Ferraz – Construções e geometrias, Museu de Ecologia e Escultura (MuBE) (2019), São Paulo, Brasil; Modos de ver o Brasil: Itaú Cultural 30 anos, Oca (2017), São Paulo, Brasil; Mana Seven, Mana Contemporary (2016), Miami, Estados Unidos; Brasil, Beleza?! Contemporary Brazilian Sculpture, Museum Beelden Aan Zee (2016), Haia, Países Baixos; Bienal de Vancouver 2014-2016, Vancouver, Canadá (2014). Seus trabalhos figuram em coleções de importantes instituições, tais como: ASU Art Museum, Tempe, Estados Unidos; Instituto Itaú Cultural, São Paulo, Brasil; Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC-Niterói), Niterói, Brasil; Museu de Arte do Rio (MAR), Rio de Janeiro, Brasil; e Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio), Rio de Janeiro, Brasil.

Até 08 de fevereiro de 2025.

Projetos sustentáveis na Japan House.

De 03 de dezembro de 2024 a 04 de maio de 2025, a mostra inédita apresenta 16 projetos sustentáveis criados no Japão, como novos materiais desenvolvidos a partir de resíduos de papel, tecido, conchas e restos alimentares. Soluções criativas, novos materiais e propostas para minimizar o desperdício são destaque na exposição “Princípios japoneses: design e recursos” na Japan House Avenida Paulista, São Paulo.

Com entrada gratuita, reúne 16 projetos de 14 criadores que apostam em formas de aproveitamento máximo e minimização de desperdícios dos recursos e materiais, além de iniciativas para valorização de recursos e técnicas tradicionais japonesas. Com muitas possibilidades, a exposição apresenta iniciativas em áreas como arquitetura, design, artesanato tradicional, têxteis, itens de esporte e instrumentos musicais.

A exposição surge a partir de um princípio milenar japonês, como comenta Natasha Barzaghi Geenen, diretora cultural da Japan House São Paulo e curadora da exposição. A inspiração para a mostra nasceu da longa tradição do “não desperdício”, parte da filosofia japonesa mottainai – junção do vocábulo de origem budista “mottai”, que se refere à essência das coisas, com a partícula “nai”, que indica negação na língua japonesa. “

O designer Kosuke Araki criou banquetas feitas de arroz, serragem e juta, chamadas “RRR”, sigla para Rice-Reinforced Roll (ou rolo de arroz reforçado, em tradução livre). Também serão expostos outros projetos do designer: Agar Plasticity, que explora a estrutura porosa, macia e leve do ágar-ágar (gelatina vegetal feita a base de algas marinhas) como uma alternativa aos plásticos sintéticos usados em embalagens de proteção; e Anima, louças desenvolvidas a partir de restos de alimentos desidratados combinados com urushi, a laca japonesa, tornando os utensílios impermeáveis e duráveis.

Os nomes do fim.

No domingo, 08 de dezembro, o Ateliê397 realiza Os nomes do fim, exposição pop-up que marca o encerramento do segundo semestre do Clínica Geral, programa de acompanhamento de pesquisas artísticas. O evento acontece das 14h às 18h na galeria Vermelho, Higienópolis, São Paulo, SP, que abrigou os encontros ao longo do semestre e a curadoria é de Bruna Fernanda, Lucas Goulart e Thais Rivitti, mediadores da turma.

Além de compartilharem reflexões sobre suas práticas, os artistas se encontram ao enfrentar o esgotamento de sentido diante das condições ético, político e ambientais dominantes e ao repensar nossa relação com a matéria, a imagem, a biologia, a paisagem e o próprio objeto de arte. Nesse rumor, despontam diferentes exercícios para contornar as mortes, pequenas e retumbantes, que fazem o cotidiano.

Os Nomes do Fim

Artistas participantes: Andrea Brazil, Bruno Fonseca, Corina Ishikura, David Caicedo, Duda Camargo, Edilaine Brum, Felipe Corcione, Fernanda Pompermayer, Isabela Hirata, Latife Hasbani, Leticia Morgan, Maltichique, Meia, Sergio Magno, Sindy Palloma, Tara Perstephonie, Thiá Sguoti, Uma Moric e Zizi Pedrossa.

Apoio: Estúdio Motriz e galeria Vermelho.

  

O livro da loucura.

04/dez

Lançamento do livro “Do asilo ao museu – Nise da Silveira e as coleções da loucura”, ocorreu na Pinakotheke Cultural, Botafogo, Rio de Janeiro, RJ.

O livro “Do asilo ao museu – Nise da Silveira e as coleções da loucura” (2024, Hólos Consultoria e Assessoria), de Eurípedes Gomes Cruz Jr., que trabalhou por 25 anos junto com a Dra. Nise da Silveira (1905-1999), analisa a relação entre as obras produzidas por pacientes psiquiátricos e os museus, nos últimos cem anos. Músico e museólogo, Eurípedes Gomes Cruz Jr., aborda coleções da loucura existentes na França, Alemanha e Itália, entre outros países, e o pioneirismo do Museu de Imagens do Inconsciente, no Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro, criado em 1952 pela grande psiquiatra Nise da Silveira, e dono do maior acervo desse gênero no mundo, com mais de 400 mil obras. Fartamente ilustrado, o livro editado pela Hólos Consultoria e Assessoria, tem 432 páginas, com 26,5 cm x 19cm, apresentação de Luiz Carlos Mello, diretor do MII, contracapa de Marcos Luchesi – ex-presidente da Academia Brasileira de Letras e presidente da Sociedade de Amigos do Museu de Imagens do Inconsciente – e prefácio de Kaira M. Cabañas, diretora associada para Programas Acadêmicos e Publicações no Center for Advanced Study in the Visual Arts (The Center), na National Gallery of Art, em Washington, DC.

A publicação, com linguagem acessível, contém uma cronologia de fatos relevantes, minibios dos artistas revelados pelos Ateliês da Dra. Nise, e a importância da chancela de grandes pensadores, como o psiquiatra Carl Jung (1875-1961) e o filósofo Jacques Derrida (1930-2004), para a “arte da loucura”. O livro poderá ser encontrado em livrarias físicas e digitais, e foi lançado na Pinakotheke Cultural, no Rio de Janeiro.

“Do asilo ao museu – Nise da Silveira e as coleções da loucura” é o resultado de 19 anos de pesquisas, que incluíram a tese “O Museu de Imagens do Inconsciente: das coleções da loucura aos desafios contemporâneos” – no Programa de Pós-Graduação em Museologia e Patrimônio da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, que recebeu Menção Honrosa no Prêmio Capes de Tese 2016 – e sua formatação para chegar ao público em forma de livro.

Moda brasileira no Itaú Cultural.

03/dez

Artistas do vestir: uma costura dos afetos é a mostra que encerra o calendário de grandes exposições do Itaú Cultural, São Paulo, SP. Com curadoria de Carol Barreto e Hanayrá Negreiros, “Artistas do vestir” perpassa grupos diversos do pensar e fazer moda brasileira – com foco em artistas que trabalham com temáticas e grupos ancestrais, em um amplo leque como as Bordadeiras do Curtume do Vale do Jequitinhonha, Ekedy Sinha, Fernanda Yamamoto e Lino Villaventura. Além de obras que abordam temáticas contemporâneas ligadas a questões políticas, de gênero, raciais e performáticas, em uma mescla de nomes da moda brasileira – entre eles, Alexandre Herchcovitch, Dudu Bertholini, Fause Haten, Jal Vieira, João Pimenta, Lab Fantasma, Maxwell Alexandre, Sioduhi e Vicenta Perrota. E por fim, a mostra também apresenta desenhos e costuras contínuas de um ateliê de moda; um espaço que também irá acolher performances, esculturas têxteis e oficinas.

Em cartaz até 23 de fevereiro de 2025.

Monumento de Siron Franco.

Monumento aos Voluntários Anônimos: Homenagem aos Heróis de Porto Alegre nas Enchentes. Heróis anônimos: Porto Alegre ganha monumento em homenagem aos voluntários das enchentes. A estrutura tem 27 metros de comprimento e dois metros de altura. Projeto foi idealizado pelo Instituto de Estudos Empresariais (IEE) e assinado pelo artista goiano Siron Franco.

De mãos dadas, 30 silhuetas de homens e mulheres, moldadas em perfis de cem quilos cada uma, carregam o peso simbólico do heroísmo e do altruísmo. Juntas, elas representam centenas de pessoas que atuaram na histórica enchente que atingiu o Rio Grande do Sul em maio deste ano. O Monumento aos Voluntários Anônimos foi inaugurado no Parque do Pontal, em Porto Alegre.

A escolha de Siron Franco, como criador da obra também simboliza a solidariedade que o estado recebeu de outras partes do Brasil, por meio de doações e também voluntários que ajudaram na tragédia, segundo o Instituto.

“Há 50 anos realizei minhas primeiras exposições em Porto Alegre. Eu era muito jovem, e fui muito bem recebido por artistas mais velhos, como os mestres Ado Malagoli, Xico Stockinger e Vasco Prado. Com Iberê Camargo estive muitas vezes, ainda no Rio. Sempre tive muito carinho por essa terra, tendo participado de diversas exposições individuais e coletivas”, relata Siron Franco.

O Pontal, onde a obra está localizada, foi escolhido como ponto de instalação do monumento por sua relevância durante as enchentes. O local serviu como base para salvamentos e atendimento emergencial às vítimas. Posicionado próximo à entrada do parque, o monumento convida os visitantes a refletirem sobre o legado deixado pelos voluntários.

“Nos sentimos imensamente honrados por poder ajudar a contar essa história de bravura e solidariedade do povo gaúcho”, diz Angelo Boff, diretor Corporativo da SVB, empresa proprietária do complexo.

Foto: Foto: Renan Mattos/Agência RBS.

Exibição com sala interativa.

02/dez

A Casa Roberto Marinho, Cosme Velho, Rio de Janeiro, exibe a exposição inédita “Geometria inquieta”, na qual reuniu mais de cem obras do artista Ascânio MMM, de 83 anos, e conta com a curadoria de Lauro Cavalcanti. A mostra abrange trabalhos que se estendem por seis décadas da carreira do artista.

Entre as atrações, haverá uma reprodução do ateliê de Ascânio MMM, localizado no bairro do Estácio, e uma sala interativa onde o público poderá manipular algumas obras. Além disso, esculturas do artista estarão expostas nos jardins do casarão, que foram originalmente projetados por Roberto Burle Marx.

A exposição promete uma experiência única, permitindo que os visitantes não apenas apreciem as obras, mas também interajam com elas. A iniciativa visa destacar a trajetória e a versatilidade de Ascânio MMM, um dos nomes importantes da arte contemporânea brasileira.

A Casa Roberto Marinho, conhecida por promover a cultura e as artes, se torna mais uma vez um espaço de relevância para a difusão da arte, ao abrir suas portas para esta significativa mostra.