Prêmio Marcantonio Vilaça

08/jun

O “Prêmio CNI SESI SENAI Marcantonio Vilaça para as Artes Plásticas” terá edição especial em comemoração a seus dez anos. O lançamento da iniciativa será realizado no próximo dia 12 de junho em cerimônia no Museu Histórico Nacional, Centro, Rio de Janeiro, RJ, o mesmo local que sediará a exposição de 2014. A noite também contará com apresentações dos músicos Leo Gandelman, João Donato e Celso Fonseca.

 

 

Será montada, entre os dias 27 de maio e 29 de julho de 2014, uma exposição com obras dos 90 artistas que venceram as quatro edições do prêmio e também de artistas que ganharam notoriedade internacional a partir do trabalho de Marcantonio Vilaça. Entre esses últimos estão Adriana Varejão, Vik Muniz, Nuno Ramos e Beatriz Milhazes.

 

 

Criado em 2003 pelo Sistema Indústria, o Prêmio Marcantonio Vilaça se destaca no circuito das artes plásticas pelo amplo raio de alcance. Ao longo de sua trajetória, contou com 2.532 inscrições de todos os estados da federação, a mobilização de mais de 25 curadores nacionais e internacionais, a realização de 27 mostras itinerantes em 17 estados e no Distrito Federal, visitadas por público de mais de 300.000 pessoas em todas as regiões do país e com a participação de mais de 85.300 alunos em oficinas de arte-educação. Além disso, mais de 24.974 professores foram capacitados no projeto educativo que é oferecido por ocasião de cada mostra itinerante. Foram ainda realizadas palestras, oficinas educativas para alunos e professores de todos os locais onde as exposições foram realizadas, aproximando a arte da educação. Ao final de cada edição, foram doadas para museus públicos obras de cada um dos artistas vencedores.

 

O artista plástico Abraham Palatinik (foto), considerado um dos pioneiros e referência em arte cinética do Brasil, ofereceu uma de suas obras para compor a identidade visual dessa edição especial. Ele explora as relações entre movimento, luz e tempo, associando processos e materiais de origem industrial às questões referentes à sensibilidade e a criatividade artística.

 

 

 

Marcantonio Vilaça

 

 

 

O prêmio presta uma homenagem ao marchand e colecionador brasileiro Marcantonio Vilaça (1962-2000), responsável pela projeção da arte contemporânea brasileira dos anos 1990 no exterior. Com seu espírito empreendedor, contribuiu de forma marcante e decisiva para a cultura nacional, não só por meio de incentivo aos novos talentos como também pela abertura de novos espaços para a projeção da arte brasileira no mercado internacional.

Reabertura no MNBA

10/jan

 

Depois de passar por reformas estruturais em meados deste ano, reabre uma das principais mostras permanentes do Museu Nacional de Belas Artes, Centro, Rio de Janeiro, RJ. Situada no 3º Piso a Galeria de Arte Brasileira Moderna e Contemporânea do MNBA abriga uma das raras mostras no Brasil onde se pode descortinar, num mesmo espaço, todo um percurso artístico que vai do inicio do século XX até o contemporâneo.

 

Na nova exposição da Galeria de Arte Brasileira Moderna e Contemporânea foram incluídas obras, a maior parte doações, como “Retrato de Yedda Schmidt” (esposa do falecido empresário Augusto Frederico Schmidt, poeta e dono do supermercado Disco, ghost-writter de Juscelino Kubitchek, etc), de Candido Portinari; telas de Willys de Castro, Décio Vieira, João Fahrion, Timóteo da Costa, Alex Flemming, gravuras de Maria Bonomi, Fayga Ostrower, e Gilvan Samico; e esculturas de Celso Antonio, entre vários outros.

 

Superando a mostra anterior, antes o espaço abrigava 180 trabalhos, agora serão 205 obras em exposição. Possuindo 1.800 metros quadrados, divididos em dois andares, a Galeria de Arte Brasileira Moderna e Contemporânea apresentará no primeiro andar o movimento da “Abstração na gravura”, com destaque para obras de Fayga Ostrower, Anna Bella Geiger, Rossini Perez, Artur Luiz Piza, Dora Basílio, Edith Behring, Anna Letycia, entre outros. No segundo andar artistas como Gilvan Samico, Maria Bonomi, Leonilson, Carlos Martins, Adir Botelho, Rubem Grilo, Claudio Mubarac e Fernando Vilela, se reunirão aos outros artistas representando a importância da gravura na produção artística brasileira das décadas de 1980 a contemporaneidade.
Na tocante às esculturas, novas peças também serão apresentadas, de artistas como Farnese de Andrade, Celso Antonio, Rubens Gerchman, Zelia Salgado, Abraham Palatnik e um bronze de Paulo Mazzucchelli.

 

Os novos trabalhos completam a coleção anterior que volta a exibir autores como: Manabu Mabe, Iberê Camargo, Beatriz Milhazes, Eliseu Visconti, Di Cavalcanti, Jorge Guinle Filho, Tarsila do Amaral, Carlos Oswald, Gonçalo Ivo, Mauricio Bentes, Amílcar de Castro, Pancetti, Guignard, Tomie Ohtake, Marcos Coelho Benjamin e Antonio Henrique Amaral.

 

A partir de 10 de janeiro (em exibição permanente).

Exposição-Homenagem

17/dez

A conhecida arquiteta, artista e galerista cariosa Anna Maria Niemeyer, falecida em junho deste ano, ganha exposição-homenagem, no Paço Imperial, Centro, Rio de Janeiro, RJ, sob curadoria de Lauro Cavalcanti, diretor do Paço.

 

A exposição “Anna Maria Niemeyer, um caminho” ocupa dois andares inteiros do prédio, onde estarão cerca de 300 ítens, entre obras de quase 60 artistas, documentos e projeções. A seleção do curador procurou ser abrangente, elegendo alguns artistas para salas individuais, como Jorge Guinle, lançado por AMN em junho de 1980, Victor Arruda, Beatriz Milhazes, Eliane Duarte, Efrain Almeida, Jorge Duarte e o pai da homenageada, Oscar Niemeyer. Esses artistas foram os que mais expuseram na galeria da Gávea e|ou os que tiveram contato mais estreito com Anna Maria.

 

Os trabalhos reunidos nessa exposição pertenceram, em sua maioria, à coleção pessoal da galerista, outros tiveram sua compra intermediada por ela e alguns foram cedidos pelos próprios artistas. Esta é a única oportunidade de apreciar o caminho visual de AMN em um mesmo local, já que sua coleção tomará destinos diversos.

 

Em 35 anos, sua galeria exibiu 240 artistas em 365 mostras. Por limites de tempo e espaço, nem todos foram contemplados com obras em exposição, mas estarão presentes em projeções. Há também uma sala destinada a ítens documentais da história da galerista.

 

Obras de Oscar Niemeyer (falecido em 06 de dezembro) abrem o segundo andar, que termina com a instalação de Fatima Villarin. Esse trabalho teria sido exibido, caso o funcionamento da galeria não tivesse sido interrompido.

 

Sobre Anna Maria Niemeyer

 

Como conselheira de programação do Paço, Anna Maria Niemeyer concebeu e realizou a mostra  “A caminho de Niterói”, da coleção João Sattamini, com curadoria de Victor Arruda. A exposição foi essencial na mudança de patamar do centro cultural no início dos anos noventa, e para alavancar o processo de construção do MAC-Niterói, através da demonstração da importância daquele conjunto de arte, até então desconhecido do público.

 

Entre outros projetos realizados, está o de consolidar Oscar Niemeyer também como artista plástico: Anna Maria editou séries de serigrafias, desenvolveu e mostrou suas peças de mobiliário, algumas assinadas por pai e filha, e também realizou os projetos e exibição de esculturas e de desenhos não arquitetônicos de ON. Junto com a filha mais velha, Ana Lucia Niemeyer, a galerista criou a Fundação Oscar Niemeyer para preservar obra e pensamentos do arquiteto.

 

Autores de obras da exposição: Ana Elisa Niemeyer, Anna Maria Maiolino, Anna Maria Niemeyer, Beatriz Milhazes, Bet Katona, Caetano de Almeida, Camille Kachani, Carlos Scliar, Carlos Zilio, Chico Cunha, Cristina Canale, Cristina Salgado, Delson Uchôa, Deneir, Edmilson Nunes, Efrain Almeida, Eliane Duarte, Evany Fanzeres, Farnese de Andrade, Fatima Villarin, Firmino Saldanha, Francisco Galeno, Gastão Manoel Henrique, Iclea Goldberg, Iole de Freitas, Ione Saldanha, Ivens Machado, Jadir Freire, Jeannette Priolli, João Carlos Goldberg, João Magalhães, Jorge Duarte, Jorge Guinle, José Patrício, Katie Van Scherpenberg, Luciano Figueiredo, Luiz Alphonsus, Luiz Ernesto, Luiz Pizarro, Luiz Zerbini, Manfredo de Souzanetto, Marcos Cardoso, Marcos Coelho Benjamin, Mario Azevedo, Mario Cravo, Mauricio Bentes, Monica Barki, Mônica Sartori, Nelson Leirner, Niura Bellavinha, Oscar Niemeyer, Paulo Pasta, Quirino Campofiorito, Ricardo Ventura, Rodrigo Andrade, Rosa Oliveira, Sante Scaldaferri, Toyota e Victor Arruda.

 

O curador contou com a consultoria de Helio Portocarrero e Leonor Azevedo, assessora de longa data da galerista, para este evento.

 

Até 17 de fevereiro de 2013.

Milhazes na Argentina

09/out

Love

Chama-se “Panamericano” a exposição que Beatriz Milhazes realiza na Sala 5 do Malba – Fundación Costantini, Buenos Aires, Argentina. A mostra faz parte do “Mês do Brasil na Argentina”, organizada pela Embaixada do Brasil em Buenos Aires. A curadoria é de Frédéric Paul, e apresenta uma seleção de cerca de 30 pinturas da produção recente da artista. Trata-se da primeira exposição individual que Beatriz Milhazes realiza – fora de seu país – em uma instituição da América Latina. A mostra foi produzida integralmente pelo Malba que apresenta uma intervenção cenográfica desenhada especialmente para esta ocasião.

 

A mostra concentra-se nos últimos dez anos da produção pictórica da artista e reúne peças provenientes, em sua maioria, de coleções públicas e privadas do Brasil e Estados Unidos. Entre elas encontram-se obras emprestadas pela primeira vez pelos museus Guggenheim, de Nova Iorque e Museu de Arte Moderna de São Paulo. A destacar nesse contexto, duas obras importantes da coleção particular de Eduardo F. Costantini: “O mágico”, de 2001, e “Pierrot e Colombina”, de 2009-10, trabalhos que abrem e encerram uma década notável da carreira de Beatriz Milhazes.

 

O Malba editou um catálogo bilíngue, espanhol-inglês, com 124 páginas, sendo esta a primeira publicação de referência em espanhol sobre uma exposição antológica da artista. O livro inclui o ensaio “Beatriz Milhazes, o la ventaja de no salir nunca del laberinto en pintura”, do curador Frédéric Paul; e a reedição e primeira tradução para o espanhol de textos importantes sobre a artista como: “Beatriz Milhazes. El baúl brasilero”, do crítico e curador Paulo Herkenhoff; e uma entrevista com o designer de moda Christian Lacroix, originalmente publicada em “Beatriz Milhazez/Avenida Brasil”, Frédéric Paul ed., Domaine de Kerguéhennecc, Centre d’art contemporain, 2004. O catálogo também inclui uma seção completa com a reprodução (em cores) das obras em exposição.

 

A exibição conta com a colaboração das galerias Fortes Vilaça, São Paulo; James Cohan, Nova Iorque; Stephen Friedman, Londres e Max Hetzler, Berlim.

 

Sobre a artista

 

Suas obras integram coleções de importantes museus internacionais como o Museum of Modern Art (MoMA), Solomon R. Guggenheim Museum e The Metropolitan Museum of Art (Met), ambos em Nova Iorque, e o Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía, Madrid, Espanha, entre outros. Colabora desde 1996 com a Durham Press (serigrafías) e a partir de 1994, cria cenografias para a Companhia de Danças de Márcia Milhazes, Rio de Janeiro.

 

Até 19 de novembro.

Milhazes encontra o público

19/set

Cabeça De Mulher

No próximo sábado, 22 de setembro, às 16h, Beatriz Milhazes, uma das mais importantes e valorizadas artistas brasileiras contemporâneas, participa, na CAIXA Cultural Rio de Janeiro, Centro, Rio de Janeiro, RJ, de um bate-papo com Carlos Martins, curador do departamento de gravuras da Pinacoteca do Estado de São Paulo, e com o público carioca, sobre sua produção, técnicas que utiliza e suas influências.

 

A palestra é uma oportunidade única de conhecer de perto um dos expoentes da arte contemporânea. O encontro terá entrada gratuita, com distribuição de senhas a partir das 13h.

 

Beatriz Milhazes está em cartaz na CAIXA Cultural com uma mostra de 17 gravuras de grandes dimensões pertencentes ao acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo. .

 

A exposição “Beatriz Milhazes: Gravuras” fica em cartaz na Galeria 1 da CAIXA Cultural RJ, até 30 de setembro.

 

Sobre a artista

 

A pintora, gravadora, ilustradora e professora, Beatriz Ferreira Milhazes nasceu em 1960, no Rio de Janeiro, RJ. Formou-se em Comunicação Social, em 1981, pela Faculdade Hélio Alonso. Iniciou-se em artes plásticas ao ingressar na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, em 1980, onde mais tarde veio a lecionar e coordenar atividades culturais. Além da pintura, dedicou-se também à gravura e à ilustração. De 1995 a 1996, cursou gravura em metal e linóleo no Atelier 78, com Solange Oliveira e Valério Rodrigues.

 

Beatriz Milhazes participou das exposições que caracterizavam a Geração 80 – grupo de artistas que buscavam retomar a pintura em contraposição à vertente conceitual dos anos de 1970, e teve por característica a pesquisa de novas técnicas e materiais. Sua obra faz referências ao barroco, à obra de Tarsila do Amaral e Burle Marx, a padrões ornamentais e à art déco. Entre 1997 e 1998, foi artista visitante em universidades dos Estados Unidos. A partir dos anos 1990, destacou-se em mostras internacionais, nos Estados Unidos e Europa, e integra acervos de museus como o Museum of Modern Art – MoMa, Solomon R. Guggenheim Museum e The Metropolitan Musem of Art, em Nova Iorque.

CAIXA CULTURAL MOSTRA BEATRIZ MILHAZES

11/ago

Uma das mais importantes e valorizadas artistas brasileiras contemporâneas retorna ao Rio de Janeiro após 10 anos sem uma exposição individual na cidade. “Beatriz Milhazes: Gravuras” é o nome da mostra que a Caixa Cultural, Centro, Rio de Janeiro, RJ, exibe em sua Galeria 1, ao público carioca. A coleção de gravuras apresentadas é uma coleção pertencente ao acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo.

 

Estarão expostas 17 gravuras de grandes dimensões doadas à Pinacoteca do Estado de São Paulo, em 2008, pela artista e pela Durham Press, da Pensilvânia, EUA, onde, desde 1996, Beatriz Milhazes tem estado em residências regulares, para o planejamento e desenvolvimento desse magnífico conjunto de trabalhos. As gravuras que compõem a mostra não devem ser consideradas apenas como uma analogia de suas pinturas. A exposição foi produzida pela Tisara Artes.

 

Para o diretor-técnico da Pinacoteca do Estado de São Paulo, Ivo Mesquita, o trabalho de Beatriz Milhazes “…está entre os mais conhecidos e originais no panorama internacional da visualidade contemporânea, tendo criado um vocabulário plástico próprio, com densas superfícies pictóricas, compostas por planos e formas coloridas, vibrantes e evocativas”.

 

“Elas são também uma investigação em torno das possibilidades do meio: a serigrafia oferece cores sólidas, não moduladas, cortes precisos, opacidade, enquanto o bloco de xilogravura possibilita a textura e certo imediatismo. A gravura é um método e processo que nos últimos dez anos, certamente, colabora na estruturação, ampliação e adensamento da pintura e da colagem de Milhazes, assim como na expansão de sua prática em projetos de intervenções na arquitetura de diferentes edifícios”, afirma Ivo Mesquita.

 

 

De 13 de agosto a 30 de setembro.