Mauricio Nahas no Museu Afro Brasil

10/nov

O Museu Afro Brasil, Parque do Ibirapuera, acesso pelo porão 3, instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, recebe a exposição “D​o Pó da Terra”,​ com 50 imagens em preto e branco feitas pelo fotógrafo Mauricio Nahas no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. A mostra, que tem curadoria de Diógenes Moura, faz parte de um projeto que envolve o lançamento de um livro de fotografias e de um longa documentário, todos produzidos com um mesmo objetivo: revelar quem são e como vivem os artistas da região, em sua maioria mulheres.

 

O projeto “D​o Pó́ da Terra”,​ idealizado pelo produtor e agente fotográfico Fernando Machado, tem como objetivo lançar um novo olhar – mais verdadeiro e sensível – sobre a produção artística em cerâmica e argila dos moradores da região conhecida por sua realidade miserável. Desemprego, seca, altas taxas de mortalidade, alcoolismo, violência e o solo condenado pela monocultura do eucalipto fizeram com que o Vale do Jequitinhonha recebesse o apelido de Vale da Miséria.

 

No ano que o Museu Afro Brasil comemora 11 anos de história, seu Diretor Curador, Emanoel Araujo comenta: “Por certo a sensibilidade de Mauricio Nahas foi tocada pelas paisagens do magnífico rio Jequitinhonha e por sua gente – rostos, mãos de barro batido, sofrimento, muito sol e nuvens cortando a dureza desse mesmo sol que anuncia um céu estrelado para amenizar a noite desse lugar sagrado e profético, o palco da criação desses magníficos artistas” e complementa: “São homens e mulheres, doces criaturas do sertão, livres nas suas imaginações como o pó da terra. Vive toda essa gente a criar outras gentes, outras formas, outras cenas que muitas vezes se tornam realidade, que transcendem a realidade da própria vida, uma espécie de sonho que se realiza das mãos cheias de barro fazendo nascer as fantasias idealizadas.”

 

Em 2013, Fernando Machado e Mauricio Nahas decidiram percorrer o Vale para documentar em um filme a vida em comum entre a figura humana e a natureza das coisas. “O Vale é como uma joia rara, valiosa, que precisava ser vista, preservada e entendida como tal”, conta Fernando Machado. Foram 3.300 quilômetros rodados em sete cidades: Santana do Araçuaí́, Caraí, Minas Novas, Itinga, Coqueiro do Campo, Itaobim e Ladainha. Lá encontraram mulheres fortes, chefes de família, que convivem com alcoolismo, pobreza, falta de perspectiva e abandono dos companheiros que muitas vezes migram por conta do desemprego. Mulheres que através do trabalho artesanal encontraram a chance de sustento para a família. É o caso de dona Zezinha (Maria José Gomes da Silva), uma das artesãs mais prestigiadas da região, que já́ teve seus trabalhos expostos na sede da ONU, em Nova York, em 2013. Outra personagem marcante – e uma das pioneiras entre as artistas do Vale – é dona Izabel (Izabel Mendes da Cunha), criadora das famosas noivas de cerâmica que hoje caracterizam a arte local. Ela começou o trabalho com a argila quando criança, incentivada pelo desejo de ter uma boneca e por ver sua mãe e sua avó fazerem panelas e potes.

 

“Os artesãos do Vale do Jequitinhonha (também naïfs) se apropriam de um instante para em seguida imortalizá-lo em suas obras: o barro, a química da água, a percepção de tudo o que está entre as mãos, a vida/corpo como um filtro. Uma espécie de espelho íntimo onde estão representados os desejos e as esperanças de ir do ontem e do hoje ao muito além. Trata-se de um ato de perpetuação. Da construção de um mundo que surge do interior profundo” explica o curador, Diógenes Moura.

 

As imagens do documentário, que será́ lançado no primeiro semestre de 2016 e que tem produção da Notorious Films e direção de Mauricio Nahas, f​oram captadas em 2013. Já as fotografias que estão no livro e na exposição foram produzidas no começo de 2015 em uma segunda viagem ao Vale, com o objetivo de fotografar as paisagens e personagens mais marcantes. O livro “D​o Pó da Terra” (Edições Notorious Films/208 páginas) tem imagens de Mauricio Nahas e textos de Diógenes Moura, Emanoel Araújo e Fernando Machado, e será́ lançado no mesmo dia da abertura da mostra.

 

 

De 12 de novembro a 03 de janeiro de 2016.

 

Museu Afro Brasil celebra aniversário

20/out

O Museu Afro Brasil, Parque do Ibirapuera, São Paulo, SP, abre três novas exposições no dia 23 de outubro – comemorando seu aniversário de 11 anos: “Cartas ao Mar” – com fotografias de Eustáquio Neves, “Raízes e Fragmentos – uma viagem ao território mental” – do artista Duda Penteado e “A nossa invenção da arte” – da coleção de Ladi Biezus, que também ganha um catálogo da exposição com lançamento no mesmo dia.

 

 

Exposição “A nossa invenção da arte”

 

Esta mostra, que revela a força da arte tradicional popular, é composta por obras da coleção de Ladi Biezus, uma coleção de arte feita sem intencionalidade, ao longo de 45 anos.

 

Biezus define esta coleção como “Feita sempre de encantamentos avassaladores, sempre por obras tidas como companheiras para a vida, e, portanto, guardadas no templo destinado ao culto pessoal. A exceção à permanência em culto foram alguns presentes feitos a familiares e amigos em momentos muito especiais. Agora chegamos à época dos balanços, à época da prestação de contas a mim mesmo. É maravilhoso deter o olhar sobre uma por uma das obras, relembrar os artistas amigos e cheios de ilusões, desfrutar a inesgotável fascinação que elas ainda exercem e incorrer na tentação de lançar um olhar panorâmico” e ainda complementa “Esta coleção não pretende ser um panorama exaustivo de tudo quanto de bom a arte do povo brasileiro produziu nos últimos 50 anos. São obras que naturalmente aconteceu reunirem-se ao longo do caminho”.

 

Fazem parte desta mostra: José Antonio da Silva, Isabel de Jesus, Mirian Inês da Silva, Emygdio de Souza, Valdomiro de Deus Souza, Mestre Guarany, Mestre Dezinho, Mestre Vitalino, Mestre Nosa, Raimundo de Oliveira, Elza O S, Conceição dos Bugres, Véio (Cicero Alves dos Santos), Ivonaldo Veloso de Mello, Maria Auxiliadora e o inestimável Agnaldo Manoel dos Santos.

 

 

Sobre o Museu Afro Brasil

 

Inaugurado em 2004, a partir da coleção particular do Diretor Curador Emanoel Araujo, o Museu Afro Brasil construiu, ao longo de seus 11 anos, uma trajetória de contribuições decisivas para a valorização do universo cultural brasileiro ao revelar a inventividade e ousadia de artistas brasileiros e internacionais, desde o século XVIII até a contemporaneidade. O Museu Afro Brasil é uma instituição pública, subordinada à Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo e administrado pela Associação Museu Afro Brasil – Organização Social de Cultura. Ele conserva, em 11 mil m2 um acervo com mais de 6 mil obras, entre pinturas, esculturas, gravuras, fotografias, documentos e peças etnológicas, de autores brasileiros e estrangeiros, produzidos entre o século XVIII e os dias de hoje. O acervo abarca diversos aspectos dos universos culturais africanos e afro-brasileiros, abordando temas como a religião, o trabalho, a arte, a escravidão, entre outros temas ao registrar a trajetória histórica e as influências africanas na construção da sociedade brasileira. Em 11 anos o Museu Afro Brasil já recebeu quase 2 milhões de visitantes, em uma história marcada por exposições de grandes nomes e grandes temas que fazem parte da construção da identidade da cultura brasileira.

As Aventuras de Pierre Verger

09/out

O Museu Afro Brasil, instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, Parque do Ibirapuera, São Paulo, SP, em parceria com a Fundação Pierre Verger, inaugurou a exposição “As Aventuras de Pierre Verger”. A mostra foi elaborada para possibilitar, inclusive ao público infanto-juvenil, a apreciação da obra do etnólogo e babalaô, reconhecido como um dos maiores nomes da história da fotografia no mundo.

 

Reunindo cerca de 270 imagens registradas por Pierre Verger em diversas partes do mundo,  destacando o cruzamento da fotografia com vídeos, tecidos artesanais de diferentes países e artes sequenciais (quadrinhos), a exposição marca a finalização do projeto Memórias de Pierre Verger, patrocinado pela Petrobrás e pela Odebrecht e que, por quatro anos, encampou a tarefa de duplicar digitalmente o valoroso acervo fotográfico da Fundação e de concluir o seu acondicionamento em condições adequadas.

 

A mostra que chega ao Museu Afro Brasil já foi exibida em Salvador, no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA), de março a maio de 2015, com um grande sucesso de público, recebendo mais de 30.000 visitantes.

 

A curadoria e coordenação é de Alex Baradel, responsável pelo acervo da Fundação Pierre Verger, é uma das mais completas realizadas pela instituição criada pelo próprio fotógrafo francês na Bahia, local que escolheu para residir depois de viajar pelo mundo registrando as expressões culturais e o cotidiano de diversos povos.

 

O público é convidado a “embarcar” numa instigante viagem que retrata as experiências vividas por Pierre Verger (Paris, 1902 — Salvador, 1996), em um século marcado pelo desbravamento de fronteiras e guerras mundiais.

 

 

Fronteiras

 

A exposição está dividida em nove módulos: Paris, Viagens, Polinésia, Saara, China, Peru, África, Projeto e Educativo. São cerca de 220 imagens expostas ao longo do circuito e outras 50 que integram os vídeos que compõem a exposição. Onze ilustrações do artista visual baiano Bruno Marcello (Bua) também acompanham a mostra, retratando o personagem Verger em diversos episódios e contextos vividos por ele.

 

A exposição se destaca também por explorar o paralelo entre a obra de Verger e As Aventuras de Tintim, histórias em quadrinhos editadas entre 1929 e 1983, bastante populares e que se tornaram clássicas graças ao apuro estético dos traços e aos roteiros bem elaborados pelo autor belga Georges Prosper Reni, mais conhecido como Hergé.

 

 

Até 30 de dezembro.

Dois na Colômbia

23/set

Dando seguimento a sua agenda de feiras internacionais, a Galeria Lume, de São Paulo, SP, participa da edição 2015 da Odeón – Feria de Arte Contemporáneo, em Bogotá – Colômbia. Em seu stand, expõe obras de dois artistas brasileiros que se destacam no cenário cultural: Akira Cravo e Talita Hoffmann. A proposta curatorial é que cada um utilize sua própria linguagem para apresentar elementos e situações encontrados em grandes centros urbanos.

 

Sob o ponto de vista da comparação que faz sobre diferenças culturais entre países, Akira Cravo pode ser considerado um etnólogo. O artista encontra nas ruas e no povo da Bahia a motivação para seu trabalho. Sobre as obras do artista, o curador do Museu Afro Brasil, Emanoel Araujo, comenta: “Suas fotografias nascem em uma demanda por planos maiores, profundidade de campo, brilho, mas acima de tudo, para mostrar o teatro da natureza humana.”. Por sua vez, Talita Hoffmann leva à Odeón suas pinturas que remetem às periferias de cidades americanas arruinadas pela crise e pela falta de emprego, em sociedades capitalistas, inspirada pela obra do renomado fotógrafo americano Walter Evans.

 

Com estes dois artistas, a Galeria Lume marca sua segunda participação nesta feira que representa um importante mercado latino americano, firmando sua posição no cenário internacional e conquistando novas oportunidades para os artistas por ela representados.

 

 

 

De 02 a 05 de outubro.

Em memória de artistas plásticos brasileiros

18/ago

Grandes representantes da arte visual brasileira da segunda metade do século XX já partiram

deixando saudades, mas perpetuam-se na história através de suas criações. A exposição “Era

só saudade dos que partiram”, no Museu Afro Brasil, Parque do Ibirapuera, Portão 10, São

Paulo, SP, instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, homenageia alguns dos

artistas que fazem parte da trajetória artística do artista plástico Emanoel Araújo, fundador e

Diretor Curador da instituição.

 

A mostra é composta por aproximadamente 40 obras, entre pinturas, gravuras, esculturas e

fotografias, que revelam a diversidade de personalidades marcantes que partiram nos últimos

anos, como Antônio Henrique Amaral, Antonio Maluf, Arcangelo Ianelli, Edival Ramosa, Gilvan

Samico, Hércules Barsotti, Ivens Machado, Odetto Guersoni, Marcelo Grassmann, Maria Lidia

Magliani, Mestre Didi, Sonia Castro, Tomie Ohtake e Otávio Araújo, recém-falecido, aos 89

anos, no último dia 25 de junho de 2015.

 

Emanoel Araújo comenta: “Esta exposição é uma homenagem à memória dos artistas plásticos

brasileiros, falecidos em diferentes momentos, deixando lembranças das suas humanidades e

de suas criações.”

 

Alguns destes artistas fazem parte do Acervo do Museu Afro Brasil, como: Maria Lidia Magliani

(1946 – 2012), artista irreverente e marcante com suas pinceladas e cores; Mestre Didi (1917 –

2013) um “sacerdote-artista”, que foi um dos fundadores de uma linguagem afro-brasileira

com sua obra escultórica; Arcangelo Ianelli (1922 – 2009) que com cores fortes e uma

particular geometria, o acompanhou por toda sua vida em suas pinturas e esculturas; Edival

Ramosa (1940 – 2015), autor de pinturas, objetos, esculturas e jóias que se manteve fiel as

suas escolhas formais e cromáticas por toda sua carreira, unindo materiais naturais e

industriais e Otávio Araújo (1926 – 2015), que produziu gravuras, desenhos e pinturas

sensuais, aglutinadoras de uma poesia de mistérios e imagens e evocadoras de uma magia

atemporal.

 

 

De 18 de agosto a 18 de outubro.

Smithsonian em SP

10/ago

O Museu Afro Brasil, Parque do Ibirapuera, Portão 10, São Paulo, SP, instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, e a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil anunciam a abertura da exposição “Gullah, Bahia, África”.

 

A mostra apresentará ao público a vida e a pesquisa pioneira desenvolvida pelo primeiro linguista afro-americano, Lorenzo Dow Turner. Expoente acadêmico da comunidade negra americana nos anos 1930, Turner identificou a fala da comunidade gullah, do sul dos EUA, e rastreou seus registros na África e no Brasil, ligando, dessa forma, comunidades da diáspora africana através da linguagem. Originalmente criada e exibida em 2010 pelo Anacostia Community Museum, integrante da Smithsonian Institution, de Washington DC (EUA), a exposição tem curadoria da brasileira Alcione Meira Amos.

 

Fazem parte da mostra fotografias que registram o trabalho de campo do professor Turner; um painel comparando palavras usadas no gullah, inglês e português do candomblé, com as suas origens nas línguas da África; um raro registro da fala gullah e cinco vídeos, incluindo “Raízes da África: ligações entre as palavras”, mostrando falantes de línguas africanas, um americano, um gullah e um brasileiro, que repetem as mesmas palavras em cada uma das línguas, demonstrando suas raízes africanas.

 

 

Sobre a exposição

 

“Gullah, Bahia, África” conta três histórias em uma: a trajetória acadêmica de Lorenzo Dow Turner; sua jornada para desvendar um código linguístico e suas descobertas, que atravessaram continentes. Já nos anos 1930, a pesquisa pioneira de Turner demonstrou que, apesar da escravidão, os africanos trazidos aos EUA transmitiam sua identidade cultural a seus descendentes por meio de palavras, músicas e histórias.  Estudioso de várias línguas africanas, como twi, ewe, iorubá, bambara e wolof, além do árabe, Turner utilizou seu conhecimento para se dedicar à pesquisa da fala da comunidade gullah/geechee, da Carolina do Sul e da Geórgia, no sul dos EUA, até então desprezada como um “inglês mal falado”.  Os estudos de Turner confirmaram que, pelo contrário, o povo Gullah falava uma língua crioula, com elementos linguísticos próprios e da cultura de seus ancestrais africanos.

 

As explorações linguísticas pela diáspora africana levaram Turner até a Bahia, onde ele novamente validou sua descoberta a respeito das continuidades africanas.  Uma das seções da exposição é dedicada à pesquisa do Professor Turner sobre cultura afro-brasileira na Bahia, juntamente com algumas das mesmas línguas que influenciaram o gullah. Na Bahia, a sobrevivência da cultura africana pode ser percebida por Lorenzo Dow Turner particularmente no candomblé, quando integrantes dos terreiros reconheciam palavras em gravações que ele havia feito em outras partes do mundo.  Os muitos escritos de Turner incluem o livro “Africanismos do Dialeto Gullah” (Africanisms in the Gullah Dialect), publicado em 1949, que permanece como uma das principais referências para a pesquisa das línguas crioulas.

 

Encontro com a curadora da exposição Alcione Meira Amos: ”A Coleção Fotográfica de Lorenzo Dow Turner: Gullah Bahia África e os Retornados Afro-Brasileiros”(com visita à exposição)

 

Local: Museu Afro Brasil (Av. Pedro Álvares Cabral, s/n, Parque Ibirapuera, Portão 10, São Paulo, tel.: 11 3320-8900): 20/08, às 15h.

 

 

Sobre o Museu Afro Brasil

 

Inaugurado em 2004, a partir da coleção particular do diretor curador Emanoel Araujo, o Museu Afro Brasil construiu, ao longo de seus mais de 10 anos, uma trajetória de contribuições decisivas para a valorização do universo cultural brasileiro ao revelar a inventividade e ousadia de artistas brasileiros e internacionais, desde o século XVIII até a contemporaneidade.

 

O Museu Afro Brasil é uma instituição pública, subordinada à Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo e administrado pela Associação Museu Afro Brasil- Organização Social de Cultura. Ele conserva, em 11 mil m2 um acervo com mais de 6 mil obras, entre pinturas, esculturas, gravuras, fotografias, documentos e peças etnológicas, de autores brasileiros e estrangeiros, produzidos entre o século XVIII e os dias de hoje. O acervo abarca diversos aspectos dos universos culturais africanos e afro-brasileiros, abordando temas como a religião, o trabalho, a arte, a escravidão, entre outros temas ao registrar a trajetória histórica e as influências africanas na construção da sociedade brasileira.

 

O Museu exibe parte do seu Acervo na Exposição de Longa Duração, realiza Exposições Temporárias e dispõe de um Auditório e de uma Biblioteca especializada que complementam sua Programação Cultural ao longo do ano.

 

 

Sobre o Anacostia CommunityMuseum

 

Museu integrante da Smithsonian Institution, o Anacostia está localizado em Washington DC (EUA) e abriu suas portas em 1967, como o primeiro museu comunitário do país financiado com recursos federais.  O nome atual foi adotado em 2006, quando o museu ampliou seu foco, originalmente com uma ênfase afro-americana, para examinar o impacto de questões sociais contemporâneas em comunidades urbanas.

 

 

Até 18 de outubro.

Na Galeria Roberto Alban

18/jun

Um dos mais importantes artistas de poemas visuais do Brasil, o baiano Almandrade abre exposição na Roberto Alban Galeria, Ondina, Salvador, Bahia, com parte representativa da produção do artista, selecionada pelo curador francês Marc Pottier, integrando a mostra “Entre a Palavra e o Conceito”.

 

 

Situado entre a geometria e o conceito, entre a forma e a palavra, entre o rigor espacial e a poesia, assim caminha a obra do artista plástico Antonio Luiz Morais de Andrade, o Almandrade, expoente baiano da arte conceitual e, hoje, um dos grandes nomes das artes visuais brasileiras, com uma produção respeitada nacional e intencionalmente. Com cerca de 40 anos de atividade artística, Almandrade dispensa apresentações. Seu trabalho, iniciado em meio ao vigor criativo que marcou a produção artística da década de 1970, tem um traço muito particular: representa a própria universalidade da arte, alternando-se entre a estética construtivista européia e a arte concreta e experimental (também conhecida como neoconcretismo) que explodiu no Brasil na década de 1950, sustentada por nomes como Amilcar de Castro, Lygia Clark, Ferreira Gullar e Helio Oiticica, entre outros.

 

 

Almandrade teve o mérito reconhecido pelos próprios expoentes do movimento no Rio de Janeiro e São Paulo – Lygia Clark e Helio Oiticica, por exemplo – e conquistou o respeito crítico. Suas obras, alvo de pelo menos 30 exposições individuais, já participaram de quatro edições da Bienal de São Paulo e hoje integram importantes coleções particulares do Brasil e do exterior, além de museus como Museu de Arte Moderna da Bahia, Museu Nacional de Belas Artes (RJ),Pinacoteca Municipal de São Paulo, Museu Afro (SP) e Museu Nacional (DF), Museu de Arte do Rio Grande do Sul, entre outros.

 

 

 

Entre a Palavra e o Conceito

 

 

A mostra “Entre a Palavra e o Conceito ”ocupará as três salas expositivas da Roberto Alban Galeria ,onde poderão ser vistos os diversos suportes e linguagens utilizados pelo artista. Poemas visuais, desenhos, pinturas , projetos de instalações ,esculturas, objetos. Alguns desses trabalhos de época são documentos de uma década situada entre o AI-5, de 1968, e a abertura no início dos anos 1980. Na trajetória do artista existe a marca forte de uma produção que se reinventa,flertando com o contemporâneo, com o pensamento e com a estética universal.

 

 

 

De 18 de junho a 18 de julho.

Catálogo de Sidney Amaral

18/mar

Em cartaz no Museu Afro Brasil, Instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, Parque do Ibirapuera, São Paulo, SP, o artista plástico Sidney Amaral lança catálogo da exposição “O Banzo, o Amor, e a Cozinha de Casa” e participa do projeto “Encontro com Artista”, no próximo dia 21 de março, a partir das 14h.

 

Ao longo do encontro com o público, Sidney Amaral falará sobre sua trajetória, concepção de arte, obra e processo de trabalho, o diálogo ocorrerá no Teatro Ruth de Souza. “Quero falar um pouco sobre minha presença no mundo, como homem negro e cidadão brasileiro, mas também como busco no meu trabalho, através dos afetos, falar de amor, de frustrações e de reencontros possíveis”, afirma o artista plástico.

 

“O projeto Encontro com Artista promove uma interlocução entre os visitantes e o convidado, com o objetivo de ampliar as possibilidades de apreciação estética do participante, a partir do contato com a obra e com a história do artista”, explica Neide de Almeida, coordenadora do Núcleo de Educação do Museu Afro Brasil.

 

Logo após, Sidney Amaral lança o livro-catálogo da exposição “O Banzo, o Amor, e a Cozinha de Casa”., em cartaz no Museu Afro Brasil, da qual fazem parte cinquenta pinturas, desenhos e esculturas. O livro tem prefácio do diretor curatorial Emanoel Araújo e texto crítico do professor e artista plástico Claudinei Roberto.

 

“A grande exposição de Sidney Amaral no Museu Afro Brasil traz surpreendentes apelos “no bom sentido da palavra”, por conta dos muitos caminhos propostos por ele”, afirma Emanoel Araujo.

 

“O livro é resultado de 15 anos de meu trabalho em escultura, pintura e desenho e foi realizado com patrocínio do Prêmio Funarte de Arte Negra 2012, do qual eu fui vencedor”, explica Sidney Amaral.

 

 

A exposição permanecerá em cartaz até 26 de abril.

Mostra de Christian Cravo

06/mar

Uma África plástica. Uma África inventiva. Uma África anti-clichê. O fotógrafo Christian Cravo revela sua visão do continente africano na exposição “Luz & Sombra” no Museu Afro Brasil, Portão 10, Parque do Ibirapuera, São Paulo, SP, uma instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo. A curadoria é de Emanoel Araújo, diretor curatorial do Museu Afro Brasil. A mostra é composta por 40 fotografias em preto-e-branco, resultado de várias incursões de Christian Cravo por seis países africanos: Namíbia, Botsuana, Zâmbia, Quênia, Uganda e Tanzânia.

 
A exposição já passou por Nova York, no ano de 2012, e por Salvador, onde ficou em cartaz entre setembro e novembro do ano passado, no Palacete das Artes.

 

 
A palavra do curador

 
“Há muito tempo apreciada em São Paulo, a fotografia de Christian Cravo é marcada pelo tratamento cuidadoso da luz e pela afro-brasilidade de uma Bahia, que ele soube celebrar, até mesmo pela influência de seu pai, Mário Cravo Neto.”

 
“Da Bahia vem este espírito solar em contraponto à sua cerebral ascendência nórdica.”

 
“As fotos nos revelam, em ângulos inesperados, animais e paisagem, de maneira insólita, importante e luminosa. Uma África que ele retrata com estes dois espíritos amalgamados, o baiano e o nórdico. Luz e sombra em contrastes, pretos, brancos e cinzas.”

 

 
A palavra do artista

 
“A minha proposta é mostrar uma África diversa daquela que estamos acostumados a ver. A África não é apenas o continente negro, berço da cultura baiana, mas também é o solo que deu origem à vida.”

 

 
Sobre o artista

 
Nascido em 1974, Christian Cravo foi criado num ambiente artístico, em Salvador, BA. Ele é filho do artista Mario Cravo Neto (1947-2009) e da dinamarquesa Eva Christensen; e neto do renomado artista Mario Cravo Jr. Christian Cravo começou suas experiências com a técnica fotográfica aos onze anos, na Dinamarca, onde passou grande parte da sua adolescência. Com vinte e dois anos, voltou ao Brasil e se dedicou ao aprendizado da arte fotográfica. Nos últimos 18 anos, Christian recebeu diversos prêmios, dentre eles a bolsa Mother Jones International Fund for Documentary Photography, a bolsa de pesquisa da Fundação Vitae e a mais importante premiação de arte do mundo, o John Simon Guggenheim Fellowship para sua pesquisa sobre a fé. É autor dos livros: “Irredentos” (Aires editora, 2000); “Roma Noire, Ville Métisse” (Editora Autrement, 2005); “Nos Jardins do Éden” (TFA, 2010); e “Christian Cravo” (Cosac Naify, 2014).

 

 
De 07 de março a 10 de maio.

Homenagem a Henrique Oswald

03/mar

Nome fundamental das artes plásticas brasileiras no século XX, Henrique Oswald será homenageado com a exposição “Um Gravador, um Desenhista, um Pintor: Uma Obra em Transmutação” no Museu Afro Brasil, Parque do Ibirapuera, São Paulo, SP.  A mostra revela as múltiplas facetas do artista cujo falecimento completa 50 anos em 2015.

 
A exposição é composta por cerca de 60 pinturas, desenhos e gravuras. As obras integram os acervos particulares da família do artista e do diretor curatorial do Museu Afro Brasil, Emanoel Araújo. Ele frequentou as aulas de gravura ministradas por Henrique Oswald na Escola de Belas Artes, na Salvador dos anos 1960. “Como mestre ele era calmo e sereno. Suas palavras concentravam uma sabedoria e um conhecimento das muitas e diferentes técnicas da gravura, da xilogravura”, afirma Araújo, que atesta a forte influência de Henrique Oswald sobre os artistas locais durante o período de professorado na Bahia. “Nos desenhos e nas gravuras explodia o drama do nosso tempo, protesto contra a opressão, a guerra, a tristeza, o avassalamento do homem. Nos óleos, porém, triunfava a Bahia, o mistério dos casarões”, afirmou o escritor Jorge Amado.

 
Na opinião de Emanoel Araújo as gravuras foram realizadas com grande maestria. “As gravuras em metal correspondiam a uma fase dramática, expressionista de temas ora sacro, ora humanístico. Depois vieram as xilogravuras cheias de tons de cinza, delicadas, e contrárias a tudo que se preconizava da gravura sobre madeira, de finas texturas naquelas formas entrelaçadas de muitos pretos”, comenta.

 
A obra de Henrique Oswald é extensa: quadros abstratos, murais religiosos, pinturas (óleo sobre madeira, tela, duratex). Sobre suas pinturas o crítico de arte José Roberto Teixeira Leite apontou as seguintes características: o predomínio do tectônico; desprezo pelas leias da perspectiva aérea e linear; interesse cromático, com a obtenção de cores de valores e cromas verdadeiramente pessoais; uso de deformação expressiva; além de poder expressivo evidente, contrastando com não menos patente sensibilidade.

 
Seus desenhos também representam parte significativa no conjunto da sua obra. “A qualidade plástica e a dramaticidade quase cósmica dos últimos desenhos de Oswald lhe conferem um nível internacional de primeira ordem. Representam o ponto mais alto de sua evolução artística”, afirmou o físico e critico de arte Mário Schenberg.

 

 
Sobre o artista

 
Henrique Carlos Bicalho Oswald nasceu no Rio de Janeiro em uma família de artistas. Era filho do Carlos Oswald (1882-1971), pintor e introdutor da gravura pura no Brasil; e neto do pianista e compositor Henrique Oswald (1852-1931) de quem herdou o nome. O início da sua formação artística se dá com seu pai, a quem substitui, no ano de 1947, na cadeira de gravura no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro.

 

No ano de 1952 foi aluno do pintor francês o curso de André Lhote (1885 – 1962). Ao receber o prêmio de viagem ao exterior do Salão Nacional de Belas Artes de 1954, vive na Europa entre os anos 1955 e 1959. Nesse período estuda gravura no ateliê de Johnny Friedlaender (1912 – 1992), um dos mais influentes artistas do século passado. De volta ao Brasil, em 1959, passa a residir em Salvador e torna-se professor da Escola de Belas Artes da Universidade da Bahia. Morreu na cidade natal, em dezembro de 1965.

 

 

De 05 de março a 10 de maio.