RIO+20: SIRON FRANCO NO MAM RIO

12/jun

A exposição  “Brasil Cerrado”, de Siron Franco, que integra o hall de atividades culturais da Rio+20, foi criada especialmente para o evento, através de convite pessoal feito pela ministra do  Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Trata-se de uma videoinstalação multissensorial gratuita no MAM, Praia do Flamengo, Rio de Janeiro, RJ.

 

A exposição ocupa mais de 600m2 de área montada do salão principal do museu, distribuídas em quatro salas e dois mega painéis. A mostra conta com sonorização dos espaços, aplicação de essências, presença de elementos sensoriais como água e calor nos ambientes e foi concebida para aproximar o visitante das belezas do cerrado e explicitar a urgência de sua preservação. De forma criativa e lúdica, o artista apresenta um novo e belo mundo ao visitante: insetos, flores, pássaros, animais, texturas, cores e odores do cerrado apresentados em grandes projeções com alta definição, esculturas, fotos e textos que conduzem a um passeio profundo por um universo onde a natureza é soberana. A destruição que assola o cerrado dá a tônica da segunda parte da instalação.  A sensação de perda e de urgência fica clara e o visitante passa a entender as necessidades imperativas das ações de proteção ambiental do bioma do Cerrado, o segundo maior do país. “A intenção é provocar conforto e desconforto. Apresento o acolhimento que a natureza nos proporciona e também a destruição que o homem vem causando”, afirma Siron Franco. Ao fim da visita, o público pode ver mapas da degradação, em tempo real, via satélite, diretamente do site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, INPE.

 

Siron Franco é pintor, desenhista e escultor e nasceu em Goiás Velho, GO, passou sua infância e adolescência em Goiânia. Desde cedo, o cerrado tornou-se uma de suas paixões, marcando forte presença em seu trabalho. Dono de uma técnica impecável, Siron possui mais de 3.000 obras criadas, além de instalações e interferências, representadas nos mais importantes salões e bienais internacionais.  As serigrafias foram criadas pela Lithos, Rio de Janeiro.

 

De 12 a 23 de junho.

RANULPHO 44 ANOS

26/abr

 

A galeria Ranulpho, Bairro do Recife, Recife, PE, completou 44 anos de atividades profissionais. Mariana Albuquerque, neta do fundador da casa, doutoranda em Comunicação e Semiótica, aponta no catálogo comemorativo: “Ser um marchand vai muito além de vender e/ou comprar obras de arte. Vai muito além de ser um negociante. Ser um marchand é ter uma vida dedicada às artes, vida essa que  perpassa oitenta anos. É saber lidar com o sensível e com o inteligível juntos, e às vezes separados. Ser um marchand é acreditar no poder das artes plásticas, mesmo quando muitos o consideram um visionário. Ser um marchand é fazer da experiência da vida um percurso de cores mil. Há 44 anos. E nessa data comemorativa, a Galeria Ranulpho nos presenteia com uma exposição, como nunca dantes feita, cujo acervo contempla 44 obras de arte. Para cada ano de vida da Galeria Ranulpho, uma obra de arte. Nada mais justo. E se a “história da arte se mistura à história do homem”, a sua história certamente se mistura à um capítulo da arte brasileira. Face a efemeridade da vida, que se faça eterno o seu legado. Que venham mais anos. Ganho eu, ganha a cidade”. Para comemorar e assinalar a data, foram reunidos importantes nomes da pintura brasileira em mostra coletiva. A mostra, denominada “Exposição 44″, apresenta 44 obras de artistas tradicionais na história da galeria, entre eles: Scliar, Rebolo, Juarez Machado, josé Paulo, Siron Franco e os pernambucanos: Reynaldo Fonseca, João Câmara, Lula Cardoso Ayres, Virgolino, os irmãos Fédora e Vicente do Rego Monteiro, Brennand, Zuleno, Mário Nunes, Anete Cunha e Alcides Santos.

Até 18 de maio.