AGOSTINHO JOSÉ DA MOTA (1824, Rio de Janeiro, RJ - 1878, Rio de Janeiro, RJ)

BIOGRAFIA:

Matriculou-se em 1837 na Academia Imperial de Belas Artes, onde foi aluno de Debret, Félix Émile Taunay e Manuel de Araújo Porto-Alegre, entre outros. Em 1959, tornou-se professor de desenho e paisagem na mesma Academia. Lecionou ainda no Liceu de Artes e Ofícios a partir de 1858. Em 1851 aperfeiçoou-se em pintura em Roma orientado por Bénouville. Voltou ao Brasil em 1857, quando participou da fundação da Sociedade Propagadora das Belas Artes do Rio de Janeiro. Foram seus alunos Rodolfo Amoedo, Antônio Firmino Monteiro e Henrique Bernardelli. Na Academia conquistou várias medalhas de ouro e prêmio de viagem à Europa (1850). Segundo Gonzaga Duque, "a natureza não foi o primeiro cuidado de Agostinho da Mota. Muitas vezes ele a desprezou para criar, combinar, harmonizar linhas que podem dar conta da fina delicadeza de seu gosto, porém nunca da sinceridade da sua comoção, e da espontaneidade das suas impressões." Em 1992, uma paisagem de sua autoria integrou a mostra Natureza: Quatro Séculos de Arte no Brasil, no Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro.

REFERÊNCIA:

A arte brasileira (Lombaerts, 1888, 2. ed. 1995, introdução e notas de Tadeu Chiarelli), de Gonzaga Duque; O Brasil por seus artistas (MEC, 1979), de Walmir Ayala; 150 anos de pintura no Brasil: 1820/1970 (Ilustrado pela coleção Sergio Fadel, Colorama, 1989), de Donato Mello Júnior, Ferreira Gullar e outros; Pinturas & pintores do Rio Antigo (Ilustrado pela coleção Sergio Fadel, 1990), textos de Paulo Berger, Herculano Gomes Mathias e Donato Mello Júnior; Cronologia das artes plásticas no Rio de Janeiro: 1816-1994 (Topbooks, 1995), de Frederico Morais; Arte na América Latina (Cosac & Naify, 1997), de Dawn Ades; Biblioteca Nacional: a história de uma coleção (Salamandra, 1997), de Paulo Herkenhoff; Revelando um acervo: coleção brasiliana (Bei Comunicação, 2000), organização de Carlos Martins; O Brasil do século XIX na coleção Fadel (Fadel, 2004), de Alexei Bueno.

Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin