Fotógrafo. O artista vive e trabalha em São Fidélis, RJ e foi indicado, em 2016, ao Prêmio PIPA. Ao dedicar-se tanto à recriação de obras preexistentes quanto a representações sem referencial fixo de figuras que compõem o imaginário cultural - o trabalho de Alexandre Mury dialoga, ao mesmo tempo estreito e libérrimo, com a história da arte. Dominando todo o processo de elaboração: do figurino, à cenografia aos modos de incidência da câmera, ele alcança a sua própria maneira de inserção na cena contemporânea, em especial entre os artistas que tomam a própria imagem como elemento maior de criação. Sua obra faz parte de importantes coleções, como as de Gilberto Chateaubriand e Joaquim Paiva. Márcio C. Campos manifestou-se sobre seu trabalho da seguinte forma: “... a exposição O catador na floresta de signos, que mostra fotografias elaboradas pelo artista Alexandre Mury tendo os orixás como tema central, reúne um conjunto de imagens cujo rigor estético permite uma continuidade no enfrentamento de questões que perpassam a sua obra, como a autonomia da imagem e a tensão entre repetição e diferença. A obra de Mury faz vibrar a inquietação muito contemporânea do desequilíbrio em favor da mensagem e em detrimento do meio: fruto da cultura compartilhável, da intercambialidade de formatos, o conteúdo parecia retomar fôlego depois de décadas de primazia da forma”. O artista realizou exposições individuais em 2011, “Auto-retratos”, na Galeria Laura Marsiaj, Rio de Janeiro, RJ, 2013, “Fricções Históricas”, Caixa Cultural, Rio de Janeiro, RJ; 2014, “Eu sou a pintura”, Athena Contemporânea Galeria de Arte, Rio de Janeiro, RJ; 2015, “O Catador na Floresta de Signos”, Galeria Roberto Alban, Salvador, BA e “Fricções Históricas”, Centro Cultural SESC Glória, Vitória, ES. Participou de importantes exibições coletivas como “Novas aquisições da Coleção Gilberto Chateaubriand – 2007/2010″, MAM-Rio, Rio de Janeiro, RJ, 2010; “Espelho Refletido - O Surrealismo e a Arte Contemporânea Brasileira”, Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica, Rio de Janeiro, RJ; “Foto Síntese 2012″, Athena Galeria de Arte, Rio de Janeiro, RJ; “Novas Aquisições 2010/2012 - Coleção Gilberto Chateaubriand”, MAM-Rio, Rio de Janeiro, RJ; “Genealogias do Contemporâneo” - Coleção Gilberto Chateaubriand”, MAM-Rio, Rio de Janeiro, RJ; “Retratos Performáticos”, SESC Vila Mariana - São Paulo, SP, 2012; “Virei Viral”, CCBB - Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro, RJ, “Rio de Imagens: Mostra Cristo Redentor”, Museu de Arte do Rio, Rio de Janeiro, RJ, “Entrecruzamentos”, Athena Contemporânea, Rio de Janeiro, RJ, “Aproximações Contemporâneas”, Roberto Alban Galeria de Arte, Salvador, BA, 2013; “Novas Aquisições 2012/2014 - Coleção Gilberto Chateaubriand”, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, MAM-Rio, Rio de Janeiro, RJ, 2014, “Novos Talentos: Fotografia Contemporânea no Brasil”, Caixa Cultural, Brasília, DF, “Aproximações Pictóricas”, Athena Contemporânea Galeria de Arte, Rio de Janeiro, RJ, “África Aqui Agora”, SESC Quitandinha, Petrópolis, RJ, “Novos Talentos: Fotografia Contemporânea no Brasil”, Caixa Cultural, Rio de Janeiro, RJ, “Ver e ser visto”, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, MAM-Rio, Rio de Janeiro, RJ, 2015; “Ao Amor do Público I”, Museu de Arte do Rio (MAR), Rio de Janeiro, RJ, 2015.
Gutman, Guilherme. “Mury através do espelho”. Santa art Magazine, junho de 2012;
Texto: Renato Rosa/Bolsa de Arte/ Internet.