Estudou na Itália e, de volta a Noruega, freqüentou o ateliê de Wilhelm Krogh na Academia Christiania (atual Oslo), supõe-se que entre os anos de 1874 e 1877. Inicialmente, trabalhou como decorador, cenógrafo e pintor de terracota. De 1878 a 1883 estudou na Academia Real de Belas Artes de Copenhague (Dinamarca). Realizou suas primeiras exposições em Oslo (de 1884 a 1891) e em Copenhague (1888). Na qualidade de crítico de arte, em 1889 viajou para Paris, onde logo se tornou um dos artistas mais destacados da época. A partir de 1891, viajou pela Europa, Estados Unidos, África, Índia, México e América do Sul. Chegou ao Brasil pela cidade paraibana de Cabedelo, tendo fixado o Porto de Cabedelo numa marinha de 1892. Posteriormente, em nova viagem, partiu da Inglaterra com destino a Buenos Aires num navio capitaneado pelo pai. Abandonou-o no porto de Paranaguá, onde morou aproximadamente dez anos, antes de se transferir definitivamente para Curitiba. Fundador de uma escola particular de desenho e pintura, em Curitiba foi ainda professor da Escola Alemã, do Colégio Paranaense e da Escola de Artes e Indústrias. Exposições de sua obra foram realizadas em Curitiba, São Paulo (Pinacoteca do Estado, 1981) e Rio de Janeiro (MNBA, 1984). Em 1994, em Curitiba, o museu que leva seu nome realizou a mostra Andersen Retrata Nossa História. São fonte obrigatória de consulta sobre o artista as pesquisas realizadas pela historiadora Adalice Araújo, a maior parte delas reproduzidas em catálogos e revistas.
Andersen: pai da pintura paranaense (Genauro de Carvalho, 1939), de Carlos Rubens; O acontecimento Andersen (Mundial, 1960), de Valfrido Piloto; Textura: Alfredo Andersen (Curitiba, 1980); História geral da arte no Brasil (Instituto Walther Moreira Salles/Fundação Djalma Guimarães, 1983), coordenação de Walter Zanini; 100 obras Itaú (MASP, 1985); Alfredo Andersen: caderno de artes plásticas n. 1 (Secretaria de Estado da Cultura do Paraná, 1988); 150 anos de pintura no Brasil: 1820/1970 (Ilustrado pela coleção Sergio Fadel, Colorama, 1989), de Donato Mello Júnior, Ferreira Gullar e outros; 50 anos do Salão Paranaense de Belas Artes (Secretaria de Estado da Cultura/Museu de Arte Contemporânea do Paraná, 1995), de Maria José Justino.
Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin