Em 1945, com Arpad Szenes, Axel Leskoschek e Henrique Boese, iniciou seus estudos de arte. Ainda em fins dos anos 40 entrou em contato com Mário Pedrosa, que o influenciou profundamente.Do contato com a psiquiatra Nise da Silveira - fundadora da seção de terapeutica ocupacional do Centro Psiquiátrico D. pedro II,- resultou o primeiro ateliê de pintura e modelagem do Engenho de Dentro,do qual Mavignier foi monitor, onde trabalhou de 1946 até novembro de 1951.Foi lá que Mavignier descobriu os artistas:Raphael Domingues, Emygdio de Barros, Carlos Pertuis, Adelina Gomes e Artur Amora entre outros pacientes de vários médicos dos hospitais do centro.Com bolsa do governo francês transferiu-se, em novembro de 1951, para Paris. De 1953 até 1958 transferiu-se para Ulm, Alemanha, estudando Comunicação Visual na Hochschule für gestaltung, onde passou a desenvolver seus trabalhos de pintura e artes gráficas. Tomou então contato com o pensamento de Max Bill e Albers.Em 1961, em Zagreb, Iugoslávia, Mavignier tornou-se fundador da série de mostras, por ele denominadas de "Novas Tendências" (Op Art). Foi um dos pioneiros do abstracionismo no Brasil e especializou-se na criação de cartazes, tendo nessa área conquistado premiações na Alemanha. Participou várias vezes da Bienal Internacional de São Paulo (1951, 1961, 1969, 1975 etc), marcando presença também na Documenta de Kassel (1964), na Bienal de Veneza (1964, 1986) e na Bienal de Gravura de Tóquio (premiado em 1968). Entre 1965,- quando foi convidado -, e até 1990, atuou como Professor catedrático de Pintura, na Hochschule für Bildende Künste (Escola de Belas Artes) de Hamburgo, Alemanha. Realizou várias individuais em espaços consagrados na Europa e no Brasil; sendo as mais recentes realizadas na Dan galeria, São Paulo, SP, 2008, exposição denominada "Momentos de luz", com cartaz e catálogo e premiada pela A.P.C.A. (Associação paulista de Críticos de Arte), como a Melhor Exposição do Ano; e "Docugrafias"/"Águas", Almir e Delmar Mavignier, no Museu Afro-Brasil, São Paulo, SP, com cartazes e catálogos.
História geral da arte no Brasil (Instituto Walther Moreira Salles/Fundação Djalma Guimarães, 1983), coordenação de Walter Zanini; Entre dois séculos: arte brasileira do século XX na coleção Gilberto Chateaubriand (JB, 1987), de Roberto Pontual; Arte moderna (Companhia das Letras, 1992), de Giulio Carlo Argan; Cronologia das artes plásticas no Rio de Janeiro: 1816-1994 (Topbooks, 1995), de Frederico Morais; Reviravoltas na arte do século XX (Eduff, 1995), de Alair Gomes; Arte construtiva no Brasil: coleção Adolpho Leirner (DBA, 1998), coordenação editorial de Aracy Amaral; Arte brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem (A. Jakobsson, 2002), de Paulo Herkenhoff; Memórias: de Corumbá a Berlim (Record, 2003, p. 273-276), de Mário Calábria.
Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin