No final dos anos 20 matriculou-se na Escola Nacional de Belas Artes. Trabalhou na construção de barcos em estaleiro de Niterói, fato que terá definido o seu grande tema como pintor: marinhas com barcos. Foi orientado em pintura por Marques Junior, Augusto Bracet e Rodolfo Chambelland. Logo desligou-se da escola por não se adaptar ao ensino acadêmico. Funcionário público, para sobreviver também fazia decorações para festas e assim pôde construir uma obra livre das injunções da moda e do mercado. Em 1980 conheceu o escultor Evandro Carneiro, que montou uma individual sua no Museu Nacional de Belas Artes. Walmir Ayala situou sua obra: "Trata-se de um artista estruturado nos moldes do bom academismo, mas com a intuição perfeita de quem entendeu a urgência de levar avante as lições recebidas. Assim se denota a cadência abstratizante de grande parte de sua produção, exatamente a que mais nos agrada. É quando a mancha surge nervosa e sensível 'marcando' situações da figura, sem se escravizar ao episódico." Realizou individuais no Rio de Janeiro e em Niterói. Participou de diversos salões nacionais, conquistando muitas medalhas e o prêmio de viagem ao país no Salão Nacional de Belas Artes. Referências: Cronologia das artes plásticas no Rio de Janeiro: 1816-1994 (Topbooks, 1995), de Frederico Morais.
Cronologia das artes plásticas no Rio de Janeiro: 1816-1994 (Topbooks, 1995), de Frederico Morais.
Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin