AMÉLIA AMORIM TOLEDO (São Paulo, SP, 1926 - São Paulo, SP, 2017)

foto do artista

Texto: Internet/Divulgação

BIOGRAFIA:

Escultora, pintora, desenhista, designer. Frequentou o ateliê de Anita Malfatti, em São Paulo, no fim dos anos 1930. Entre 1943 e 1947 estuda com Yoshiya Takaoka e em 1948, com Waldemar da Costa, mesmo que passa a trabalhar com desenho de projetos no escritório do arquiteto Vilanova Artigas. Em 1958, frequentou a London County Council Central School of Arts and Crafts, em Londres. Dois anos depois retorna ao Brasil e em 1960, estuda gravura em metal com João Luís Oliveira Chaves no Estúdio/Gravura. Obtém, em 1964, o título de mestre pela Universidade de Brasília. Desde a metade dos anos 1960, leciona na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Mackenzie e na Fundação Armando Álvares Penteado - FAAP -, em São Paulo, e na Escola Superior de Desenho Industrial - Esdi -, no Rio de Janeiro. Dedica-se também à pintura a óleo e aquarela e ao design de joias. Realizou obras para espaços públicos, como o projeto cromático, 1996/1998, para a estação Arcoverde do Metrô do Rio de Janeiro. Em 1999, realizou exposição retrospectiva de sua obra na Galeria do Sesi, em São Paulo, e, em 2004, é publicado o livro “Amélia Toledo: As Naturezas do Artifício”, de Agnaldo Farias. Amélia Toledo apresenta, desde a década de 1970, uma produção baseada nas formas da natureza. Recolhe e coleciona materiais, sobre os quais age minimamente. A paisagem também é uma constante, exemplificada em obras como Fatias de Horizonte (1996), na qual anteparos com chapas de aço recriam a ilusão visual da linha do horizonte, envolvendo questões como continuidade e descontinuidade. O caráter experimental, a utilização de uma extensa gama de materiais - da natureza e industriais - e o interesse em recriar a paisagem são, portanto, recorrentes na obra da artista. Na vertente construtiva da arte contemporânea a obra de Amélia Toledo destaca os materiais e fenômenos de forma original; a artista cria um sentido próprio para o conceito de "arte concreta", através de uma obra em que a matéria, concretamente, se faz representar em forma de joias, objetos, pinturas, esculturas e instalações; fenômenos como reflexo, transparência, peso, medida, densidade... protagonistas de uma obra multifacetada que tem a simplicidade no seu cerne. Em 2010, aos 83 anos de idade, Amélia Toledo participou como artista convidada na 20ª Bienal Internacional de São Paulo. Também no ano de 2010 a artista recebeu o Prêmio Governador do Estado, em São Paulo, onde vive e trabalha."(...) fazia pequenos objetos cinéticos, em que eu trabalhava com reflexos de formação minerais refletidos num espaço mais ou menos geométrico. Era uma geometria que eu criava para situar esse mundo do mineral (...) acho que eu estava dando um mergulho dentro desse espaço infinito contido nessas coisas pequenas. Em 1966, trabalhei com peças de metal. Eram pequenos objetos que ocupavam mais o espaço (...), eram placas que a gente ia montando. As peças não eram preconcebidas, eram derivadas do processo construtivo (...) e, nesse processo de crescer no espaço, eu fui criando esses espaços prismáticos e outros espaços também derivados da reflexão na superfície curva do metal (...)". Possui obras em importantes entidades culturais como no Acervo Banco Itaú S.A, São Paulo, SP; Coleção Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, MAC/USP, São Paulo, SP; Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro; Centro Cultural São Paulo, São Paulo, SP; Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Portugal; Fundação Padre Anchieta, São Paulo, SP; Itaú Cultural, São Paulo, SP; Museu de Arte de Santa Catarina, Florianópolis, SC; Museu de Arte Contemporânea de Campinas, Campinas, SP; Museu de Arte Contemporânea - Centro Dragão do Mar, Fortaleza, CE; Museu de Arte Moderna de São Paulo, MAM-SP; Museu de Arte Moderna de São Paulo - Jardim de Esculturas, São Paulo, SP; Museu Oscar Niemeyer, MON, Curitiba, PR; Museu de Arte de São Paulo, MASP, São Paulo, SP; Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, SP.

REFERÊNCIA:

TOLEDO, Amélia. Amélia Toledo. In: ALVARADO, Daisy Valle Machado Peccinini de (Coord.). Objeto na arte: Brasil anos 60. São Paulo: FAAP, 1978. p. 217

Texto: Wikpédia/Bolsa de Arte/ Renato Rosa