Pintor, escultor, crítico e historiador de arte, destacou-se também como professor. Chegou ao Brasil com dois anos de idade. Realizou seus primeiros estudos de arte em São Paulo, inicialmente com o tio Aurelio Gnocchi e mais tarde no Liceu de Artes e Ofícios. Estudou ainda com Alexandre César Formenti e com o decorador Adolfo Fonzari. Na companhia do tio, viajou para Salvador, onde recebeu convite do historiador Teodoro Sampaio para decorar o salão nobre do Instituto Histórico e Geográfico da Bahia, em 1912. Em 1914, fixou-se em Santos (SP), onde expôs com Benedito Calixto (em 1922) e passou a colaborar como crítico de arte na Tribuna de Santos. Depois de muitas viagens pelo país, em 1925 fixou-se em Porto Alegre (RS). Na capital gaúcha, em 1928 passou a assinar a coluna de crítica de arte do Diário de Notícias. De 1930 a 1940, participou do Salão Nacional de Belas Artes. Nomeado professor da cadeira de História da Arte em 1936, na então recém criada Escola de Artes da Universidade do Rio Grande do Sul (em substituição ao antigo Instituto de Belas Artes), foi diretor da mesma de 1959 a 1962. Entre 1925 e 1950 realizou individuais em diversas capitais do país. Publicou extensa obra ensaística: No reino das mulheres sem lei (1937), sobre a mitologia amazônica; Forma e expressão na história da arte (1938), tese de concurso; Pedro Weingärtner (1956), ensaio biográfico; Símbolos e mitos na pintura de Leonardo da Vinci (1968) etc.
Ilusão (Instituto Escolástica Rosa, 1922), de Angelo Guido; Vozes de Ariel (Globo, 1938), de Manoelito de Ornellas; Artistas pintores no Brasil (São Paulo, 1942), de Teodoro Braga; História da pintura no Brasil (Leia, 1944), de José Maria dos Reis Júnior; Artes plásticas no Rio Grande do Sul (Globo, 1971), de Athos Damasceno; Dicionário de Artes Plásticas no Rio Grande do Sul (Editora da Universidade, 1ª ed. 1997, 2ª ed. 2000), de Renato Rosa e Decio Presser.
Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin