Ainda no Ceará, participou da fundação do Centro Cultural Cearense de Artes Plásticas (1940). Em 1945 transferiu-se para o Rio de Janeiro em companhia de Jean-Pierre Chabloz, Raimundo Feitosa e Inimá de Paula, e com eles expôs na Galeria Askanasy. Em 1946 seguiu para Paris, dando início a uma brilhante carreira com exposições pelo Brasil, pela Europa e pelos Estados Unidos. Em Paris, tornou-se amigo de Wols, amizade que, segundo depoimento do próprio Bandeira, teria sido fundamental para seu desenvolvimento artístico. Segundo Flávio de Aquino, é na "abstração informal, lírica, livre, sábia mas sem cálculos geométricos, que nasce o verdadeiro talento de Bandeira". Em 1995, o Museu de Arte de São Paulo e o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro inauguraram mostra retrospectiva de sua obra sob curadoria de Vera Novis.
História geral da arte no Brasil (Instituto Walther Moreira Salles/Fundação Djalma Guimarães, 1983), coordenação de Walter Zanini; Arte brasileira (Colorama, 1985), de Walmir Ayala; Seis décadas de arte moderna na coleção Roberto Marinho (Pinakotheke, 1985), texto sobre Bandeira de autoria de Carlos Roberto Maciel Levy; Entre dois séculos: arte brasileira do século XX na coleção Gilberto Chateaubriand (JB, 1987), de Roberto Pontual; Uma visão da arte no Ceará (Galeria Ignez Fiuza, 1987), de Roberto Galvão; Brasil-França: cinco séculos de sedução (Espaço e Tempo, 1989), texto de Mario Carelli, fotografia de Ivan Lima; 150 anos de pintura no Brasil: 1820/1970 (Ilustrado pela coleção Sergio Fadel, Colorama, 1989), de Donato Mello Júnior, Ferreira Gullar e outros; Dacoleção: os caminhos da arte brasileira (Júlio Bogoricin Imóveis, 1986) e Cronologia das artes plásticas no Rio de Janeiro: 1816-1994 (Topbooks, 1995), de Frederico Morais; Museus Castro Maya (Agir/Banco Boavista, 1994); Antonio Bandeira: um raro (Salamandra, 1996), de Vera Novis; Pintura brasileira do século XX: trajetórias relevantes (4 Estações, 1998), de Olívio Tavares de Araújo; Coleção Aldo Franco (Pinakotheke, 2000), de Jacob Klintowitz; Arte brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem (A. Jakobsson, 2002), de Paulo Herkenhoff.
Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin