Tendo chegado ao Rio de Janeiro em 1958, fez seus primeiros estudos com Oswaldo Goeldi na Escola Nacional de Belas Artes. Realizou exposição na Galeria Relevo em 1964, ano em que conquistou isenção de júri no Salão Nacional de Arte Moderna. Artista de vanguarda, marcou seu espaço em nível internacional como um dos nomes mais importantes de sua geração. A partir dos anos 60, passou a alternar seu tempo entre o Brasil e a Europa, onde também expõe regularmente sua obra. Entre suas exposições mais recentes, merecem destaque: em 1999, Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian (retrospectiva), Lisboa, e Galerie Walter Storms, Munique; em 2000, Museu de Arte Moderna da Bahia e Museu de Arte Contemporânea de Curitiba (PR); em 2001, Museu de Arte Moderna de São Paulo. Sua participação é intensa em coletivas e bienais (da Bienal de São Paulo participou várias vezes a partir de 1981). Em 1987 Roberto Pontual escreveu a seu respeito: "Sua obra alarga-se com ações de pensar, oriundas somente de indicações, disparos em todos os sentidos. Nenhuma direção única diante das telas negras ou dos espaços vertiginosos de poeira cósmica. (...) A adaga da ambigüidade corta a vida em mil pedaços para transformá-los em mil pedaços de arte."
Antônio Dias (Funarte, 1979), de Paulo Sérgio Duarte; Arte como medida (Perspectiva, 1982), de Sheila Leirner; Antônio Dias (ed. part., 1984), de Ronaldo Brito; Entre dois séculos: arte brasileira do século XX na coleção Gilberto Chateaubriand (JB, 1987), de Roberto Pontual; Acervo Banco Chase Manhattan (Index, 1989), texto de Pietro Maria Bardi; Dacoleção: os caminhos da arte brasileira (Júlio Bogoricin Imóveis, 1986), Crônicas de amor à arte (Revan, 1995) e Cronologia das artes plásticas no Rio de Janeiro: 1816-1994 (Topbooks, 1995), de Frederico Morais; Acadêmicos e modernos: textos escolhidos III (Edusp, 1998), de Mário Pedrosa, organização de Otília Arantes; Anos 60: transformações da arte no Brasil (Campos Gerais, 1998), de Paulo Sergio Duarte; Em busca do povo brasileiro: artistas da revolução, do CPC à era da tv (Record, 2000), de Marcelo Ridenti; Antônio Dias: o país inventado (A.M.L. Dias, 2001), texto de Sônia Salzstein; Marcantonio Vilaça (Cosac & Naify, 2001); Antônio Dias (Cosac & Naify, 2000) e Arte brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem (A. Jakobsson, 2002), de Paulo Herkenhoff. Jessica Morgan and Flavia Frigeri, The ey Exhibition - "The World Goes POP", Tate Publishing, London, England, 2015
Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin