Em 1913 residiu em Genebra (Suíça), onde freqüentou a Escola de Belas Artes (1915-1918). Posteriormente, esteve na Espanha e em Portugal, fixando-se alguns anos em Paris, onde trabalhou em cenografia cinematográfica e técnica do afresco, e manteve forte contato com o Cubismo. De volta ao Brasil no final da década de 20, ligou-se ao movimento modernista e em 1932 esteve entre os fundadores da Sociedade Pró-Arte Moderna e do Clube dos Artistas Modernos (SP). Foram realizadas várias exposições de sua obra em São Paulo, destaque para a retrospectiva no Museu de Arte Contemporânea da USP, em 1968. Participou do Salão dos Independentes, Paris (França), em 1920. Entre as mais recentes participações coletivas em que sua obra este presente, vale destacar, em 1982, a mostra 150 Anos de Pintura de Marinha na História da Arte Brasileira, no Museu Nacional de Belas Artes, e em 1985, a mostra 100 Obras Itaú, no Museu de Arte de São Paulo. Walter Zanini, em texto de 1968, escreveu: "O que se torna necessário agora é compreendê-lo na perspectiva de suas diferentes fases possibilitada pelo recuo do tempo, dando atenção às notáveis qualidades que o tornam um de nossos artistas essenciais dos anos 20 e mesmo da década de 30, cumprindo ainda analisar com todo o respeito os índices poéticos da contribuição posterior."
De Anita ao museu (Perspectiva, 1976), de Paulo Mendes de Almeida; História geral da arte no Brasil (Instituto Walther Moreira Salles/Fundação Djalma Guimarães, 1983), coordenação de Walter Zanini; Entre dois séculos: arte brasileira do século XX na coleção Gilberto Chateaubriand (JB, 1987), de Roberto Pontual; Gomide (MWM/USP, 1989), de Elvira Vernaschi; A arte no Brasil nas décadas de 1930-40: o Grupo Santa Helena (Nobel/Edusp, 1991), de Walter Zanini; Cronologia das artes plásticas no Rio de Janeiro: 1816-1994 (Topbooks, 1995), de Frederico Morais; Arte construtiva no Brasil: coleção Adolpho Leirner (DBA, 1998), coordenação editorial de Aracy Amaral; Pintura latinoamericana (Fundação Finambrás, 1999), textos de Aracy Amaral, Roberto Amigo e outros; Coleção Aldo Franco (Pinakotheke, 2000), de Jacob Klintowitz; Arte brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem (A. Jakobsson, 2002), de Paulo Herkenhoff; No tempo dos modernistas: D. Olivia Penteado a senhora das artes (MAB/FAAP, 2002), organização de Denise Mattar.
Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin