Chegou ainda criança ao Brasil, tendo vivido em São Paulo, Minas Gerais e entre os índios Carajás, na Ilha do Bananal. Fixou-se mais tarde em Goiânia. Do artesanato da cerâmica (uma imposição do pai) surgiu a alcunha de Poteiro. Dos potes para as esculturas em cerâmica foi um passo. Depois, por influência de Siron Franco e do contista e crítico de arte Miguel Jorge, iniciou-se na pintura. Participou duas vezes da Bienal de São Paulo (1981 e 1991) e realizou individuais no Brasil (Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Rio de Janeiro, Goiânia, Brasília, Porto Alegre, São Paulo, João Pessoa etc) e no exterior (Washington, Quito, Cuenca e Guayaquil). Para Walmir Ayala, "trata-se de um puro criador de imagens primitivas, com o senso de humor e a sabedoria intuitiva da composição e da cor".
Aspectos da pintura primitiva brasileira (Spala, 1978), de Flávio de Aquino; História geral da arte no Brasil (Instituto Walther Moreira Salles/Fundação Djalma Guimarães, 1983), coordenação de Walter Zanini; As imagens do povo e o espaço vazio da arte/educação: um estudo sobre Antônio Poteiro (Senado Federal, 1984), de Ilka Canabrava; Dacoleção: os caminhos da arte brasileira (Júlio Bogoricin Imóveis, 1986), de Frederico Morais; Brasília: patrimônio cultural da humanidade (Spala, 1988), de Walmir Ayala; O olhar amoroso (Momesso, 2002), de Olívio Tavares de Araújo.
Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin