Pintor, dedicou-se também ao magistério. De 1879 a 1887, freqüentou a Academia Imperial de Belas Artes, onde foi aluno de Zeferino da Costa. Em 1887, transferiu-se para Salvador, onde, durante dois anos, lecionou no Liceu de Artes e Ofícios. De volta a Niterói, tentou sem sucesso criar uma Escola de Belas Artes local. Participou diversas vezes da Exposição Geral de Belas Artes, tendo conquistado diversos prêmios, entre eles o Imperatriz do Brasil, em 1885. Apesar de não ter sido aluno de Georg Grimm, é considerado um seguidor do realismo paisagístico do mestre. Suicidou-se nas águas da Baía de Guanabara a 16 de agosto de 1896. Em 1953, no Museu Antônio Parreiras, em Niterói, organizou-se uma exposição retrospectiva de sua obra. Integrou as seguintes mostras coletivas: Exposição Retrospectiva da Pintura no Brasil (1948) e 150 Anos de Pintura de Marinha na História da Arte Brasileira (1982), ambas no Museu Nacional de Belas Artes, e a sala especial A Paisagem Brasileira até 1900, organizada por Rodrigo M. F. de Andrade para a Bienal de São Paulo de 1953. Integra os acervos do Museu Nacional de Belas Artes e do Museu Antônio Parreiras.
Artistas pintores no Brasil (São Paulo, 1942), de Teodoro Braga; História da pintura no Brasil (Leia, 1944), de José Maria dos Reis Júnior; 150 anos de pintura no Brasil: 1820/1970 (Ilustrado pela coleção Sergio Fadel, Colorama, 1989), de Donato Mello Júnior, Ferreira Gullar e outros; Iconografia do Rio de Janeiro 1530-1890: catálogo analítico (Casa Jorge Editorial, 2000), de Gilberto Ferrez; Impressões de um amador: textos esparsos de crítica 1882-1909 (Fundação Casa de Rui Barbosa/UFMG, 2001, organização de Júlio Castañon Guimarães e Vera Lins), de Gonzaga Duque.
Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin