Transferiu-se para o Brasil em 1959, fixando residência no Rio de Janeiro, onde, em 1963, iniciou seus estudos na Escola Nacional de Belas Artes. Dois anos depois, matriculou-se na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da antiga Universidade do Brasil. Inaugurou sua primeira individual na Galeria Celina, em 1969. Entre suas exposições mais recentes, merecem destaque: Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (1994), Museu de Arte de São Paulo (1996), Galeria do Poste, Niterói (2001), Casa de Arte e Cultura Julieta de Serpa, Rio de Janeiro, e Dan Galeria, São Paulo (2005). Detentor de diversos prêmios, Ascânio tem expressiva participação em salões e bienais, tais como o Salão Nacional de Arte Moderna (1966, isenção de júri em 1968, prêmio de aquisição em 1970), posterior Salão Nacional de Artes Plásticas (prêmio de viagem ao exterior em 1978), a Bienal de São Paulo (1967 e 1979) e a Bienal de Paris (1969) etc. Para Roberto Pontual, trata-se de um artista que “trabalha com movimentos contínuos, exteriorizados, envolventes”. Cultor do relevo em madeira, na linha de Sergio Camargo e Joaquim Tenreiro, suas esculturas ocupam lugares públicos de diversas capitais no Brasil e em Portugal. Em 1976 abandonou a arquitetura para se dedicar exclusivamente às artes plásticas. Também desenvolveu intenso trabalho como galerista, muitas vezes em parceria com Ronaldo do Rego Macedo, com o qual idealizou exposições importantes de artistas brasileiros, a exemplo de Joaquim Tenreiro: Madeira/arte e design, para o Centro Empresarial Rio, em 1985.
Um século de escultura no Brasil (MASP, 1982), textos de P. M. Bardi e Jacob Klintowitz; Entre dois séculos: arte brasileira do século XX na coleção Gilberto Chateaubriand (JB, 1987), de Roberto Pontual; Cronologia das artes plásticas no Rio de Janeiro: 1816-1994 (Topbooks, 1995) e Monumentos urbanos: obras de arte na cidade do Rio de Janeiro (Prêmio, 1999), de Frederico Morais; Tridimensionalidade: arte brasileira do século XX (2. ed. revista e ampliada Itaú Cultural/Cosac & Naify, 1999), de Annateresa Fabris, Fernando Cocchiarale e outros; Ascânio MMM (Andrea Jakobsson, 2005).
Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin