RUBENS FORTES BUSTAMANTE SÁ (1907, Rio de Janeiro, RJ - 1988, Rio de Janeiro, RJ)

BIOGRAFIA:

Pintor, exerceu também o magistério de arte. Estudou na Escola Nacional de Belas Artes, onde foi aluno de Amoedo e Rodolfo Chambelland. Em 1931, integrou o grupo fundador do Núcleo Bernardelli, em cujo aprendizado teve orientação de Manoel Santiago. No Salão Nacional de Belas Artes, conquistou, entre outros prêmios, o de viagem ao país em 1938 e o de viagem ao estrangeiro em 1949 (este na Divisão Moderna). Com o prêmio de viagem, estudou em Paris na Academia Julian, de 1950 a 1952. Integrou o júri do Salão Nacional de Arte Moderna nos anos 60, e realizou individuais em galerias do Rio de Janeiro e de São Paulo. Entre 1976 e 1977, expôs na Venezuela, na Grécia, no Canadá e nos Estados Unidos. A MCR Galeria de Arte, de Salvador, realizou mostra póstuma do artista em 1995. Em 1983, Walmir Ayala escreveu a seu respeito: "Instintivo e sensorial, com todos os gostos aguçados para os prazeres legítimos da vida, Bustamante transmite na pintura este sentir orgânico. Não sensualiza propriamente as atitudes, mesmo quando se trata de um nu, mas infiltra a cor, a luz e a sombra, de um prazer visual que se revela na calidez da pintura celada, no ouro da terra, no mistério dos verdes. Nesta clave foi nitidamente original, timbrando de imediatismo e passionalidade o espaço de suas projeções. Livrou-se, assim, sabiamente, das influências impressionistas de Manoel Santiago, enveredando por uma pintura menos clínica e mais transpirada."

REFERÊNCIA:

O Brasil por seus artistas (MEC, 1979) e Arte brasileira (Colorama, 1985), de Walmir Ayala; 100 obras Itaú (MASP, 1985); A pintura de Bustamante Sá (Cabicieri, 1986), de Quirino Campofiorito; 150 anos de pintura no Brasil: 1820/1970 (Ilustrado pela coleção Sergio Fadel, Colorama, 1989), de Donato Mello Júnior, Ferreira Gullar e outros; Núcleo Bernardelli: arte brasileira nos anos 30 e 40 (Pinakotheke, 1982) e Cronologia das artes plásticas no Rio de Janeiro 1816-1994 (Topbooks, 1995), de Frederico Morais.

Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin