Arquiteto formado em 1931 pela antiga Escola Nacional de Belas Artes, dedicou-se paralelamente ao desenho e à pintura. Em 1937, integrou a equipe que projetou o edifício do Ministério da Educação e Saúde, hoje Palácio da Cultura, no Rio de Janeiro. O projeto fora idealizado por Le Corbusier e nele trabalharam lado a lado Lúcio Costa, Afonso Eduardo Reidy, Jorge Machado Moreira, Oscar Niemeyer, Ernani Vasconcelos e Carlos Leão. Expôs seus desenhos e pinturas em inúmeras individuais no Rio de Janeiro e em São Paulo. Registram-se ainda individuais suas em Brasília, Belo Horizonte e Fortaleza. Em 1973, participou da XII Bienal de São Paulo. Num tratamento deliberadamente lírico, tomou o corpo nu de mulher como seu tema por excelência. Sua fortuna crítica é rica: Carlos Drummond de Andrade, Vinicius de Moraes, Clarival do Prado Valladares, José Roberto Teixeira Leite e Walmir Ayala, entre outros, escreveram a respeito de sua obra.
Modern architeture in Brazil (Reinhold Publishing Corporation, 1956) e Arquitetura moderna no Brasil (Aeroplano, 1999, tradução de Paulo Pedreira), de Henrique E. Mindlin; O poder ultra-jovem (José Olympio, 1972) e Corpo (Record, 1984), de Carlos Drummond de Andrade; História geral da arte no Brasil (Instituto Walther Moreira Salles/Fundação Djalma Guimarães, 1983), coordenação de Walter Zanini; Entre dois séculos: arte brasileira do século XX na coleção Gilberto Chateaubriand (JB, 1987), de Roberto Pontual; Cronologia das artes plásticas no Rio de Janeiro: 1816-1994 (Topbooks, 1995), de Frederico Morais.
Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin