Fixou residência no Rio de Janeiro a partir de 1954, tendo vivido em São Paulo de 1943 a 1954. Inicialmente dedicou-se ao artesanato de jóias, trabalhos com que participou pela primeira vez da Bienal de São Paulo (1963). A partir de 1964 passou a se dedicar ao desenho e à pintura sob a orientação de Iberê Camargo. Foi ativo participante da vanguarda dos anos 60 e 70. Entre outros prêmios, obteve certificado de isenção de júri em 1966 no Salão Nacional de Arte Moderna e aquisição na Bienal de São Paulo de 1967. Esteve presente na Bienal de Veneza em 1980. Realizou diversas individuais de âmbito nacional e mesmo internacional, com destaque para as mostras: 1999, Viajantes, Paço Imperial, Rio de Janeiro; 2003, Carlos Vergara Viajante, Santander Cultural, Porto Alegre. Dedicou-se também à cenografia e à arte gráfica - é de sua autoria a ilustração de capa do romance Sempreviva (Nova Fronteira, 1981), de Antonio Callado. A seu respeito, escreveu Ronaldo Brito em 1983: “A premência e a urgência da pintura, da vontade de pintura, se tornam flagrantes pela falta de qualquer mediação entre o próprio ato de pintar e a coisa pintada. A trama é exatamente o que se trama, tudo o que se trama. (...) A tela pronta se busca ainda, pulsa inquieta e escapa a seu método.” Art in Brazil (1950-2011), Europalia, Centre for Fine Arts, Brussels, 2011/2012.
Carlos Vergara (Funarte, 1978), de Hélio Oiticica; História geral da arte no Brasil (Instituto Walther Moreira Salles/Fundação Djalma Guimarães, 1983), coordenação de Walter Zanini; Arte brasileira (Colorama, 1985), de Walmir Ayala; Entre dois séculos: arte brasileira do século XX na coleção Gilberto Chateaubriand (JB, 1987), de Roberto Pontual; Artistas brasileiros na 20.ª Bienal de São Paulo (Marca D’água, 1989), organização de Stella Teixeira de Barros; Dacoleção: os caminhos da arte brasileira (Júlio Bogoricin Imóveis, 1986) e Cronologia das artes plásticas no Rio de Janeiro: 1816-1994 (Topbooks, 1995), de Frederico Morais; Dicionário de artes plásticas no Rio Grande do Sul (UFRGS, 1997), de Renato Rosa e Decio Presser; Anos 60: transformações da arte no Brasil (Campos Gerais, 1998) e Carlos Vergara (Santander Cultural, 2003), de Paulo Sergio Duarte. Cat. Art in Brazil (1950-2011), Europalia, Centre for Fine Arts, Brussels, 2011/2012.
Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin