Vindo do Recife, passou curta temporada no Rio de Janeiro estudando pintura. Ainda no Rio, realizou sua primeira exposição individual. Seguiu em 1937 para Paris, onde redidiu por toda a vida. Tornou-se amigo de Picasso, do poeta Paul Éluard, e entrou em contato com o Surrealismo. A partir dos anos 30, expôs com regularidade no Brasil e no exterior. Sobre seu percurso, em 1988 escreveu em Paris Roberto Pontual: "Sem dúvida, lá pelo final da década de 1920, uma certa postura surreal tinha outros pioneiros entre nós: Tarsila e Ismael Nery. O importante, porém, é que o surrealismo de Cícero veio completar, com eles, um triângulo cujas riquezas ainda estão para ser criticamente exploradas até o fundo." Em 1997, no Rio de Janeiro, a Casa França-Brasil inaugurou uma grande retrospectiva de sua obra.
De Anita ao museu (Perspectiva, 1976), de Paulo Mendes de Almeida; Vida, forma e cor (José Olympio, 1962) e Prefácios desgarrados (Cátedra, 1978, v. 1), de Gilberto Freyre; História geral da arte no Brasil (Instituto Walther Moreira Salles/Fundação Djalma Guimarães, 1983), coordenação de Walter Zanini; Seis décadas de arte moderna na coleção Roberto Marinho (Pinakotheke, 1985), texto sobre Cícero Dias de autoria de Ruy Sampaio; Arte brasileira (Colorama, 1985), de Walmir Ayala; Entre dois séculos: arte brasileira do século XX na coleção Gilberto Chateaubriand (JB, 1987), de Roberto Pontual; 150 anos de pintura no Brasil: 1820/1970 (Ilustrado pela coleção Sergio Fadel, Colorama, 1989), de Donato Mello Júnior, Ferreira Gullar e outros; Cícero Dias: anos 20 (Index, 1993), de Luis Olavo Fontes; Museus Castro Maya (Agir/Banco Boavista, 1994); Dacoleção: os caminhos da arte brasileira (Júlio Bogoricin Imóveis, 1986) e Cronologia das artes plásticas no Rio de Janeiro: 1816-1994 (Topbooks, 1995), de Frederico Morais; Cícero Dias (Icatu, 1996), de Antonio Bento e Mario Carelli; Acadêmicos e modernos: textos escolhidos III (Edusp, 1998), de Mário Pedrosa, organização de Otília Arantes; Arte construtiva no Brasil: coleção Adolpho Leirner (DBA, 1998), coordenação editorial de Aracy Amaral; Pintura brasileira do século XX: trajetórias relevantes (4 Estações, 1998), de Olívio Tavares de Araújo; Pintura latinoamericana (Fundação Finambrás, 1999), textos de Aracy Amaral, Roberto Amigo e outros; Coleção Aldo Franco (Pinakotheke, 2000), de Jacob Klintowitz; Arte brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem (A. Jakobsson, 2002), de Paulo Herkenhoff; Cícero Dias: uma vida pela pintura (Simões de Assis Galeria de Arte/Telefonica, 2002), textos de Mário Hélio Gomes de Lima; No tempo dos modernistas: D. Olivia Penteado a senhora das artes (MAB/FAAP, 2002), organização de Denise Mattar. Imagem: Cícero Dias : Décadas 20 e 30/ Maria Izabel Branco Ribeiro - São Paulo : FAAP, 2004
Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin