Primeiros estudos de pintura no Círculo de Belas Artes, Montevidéu, 1921. Trabalhou como publicitário e artista gráfico de 1929 a 1946, passando logo ems eguida a se dedicar à pintura em tempo integral. Ao lado da mulher, a também pintora Maria Freire, foi um dos iniciadores da arte concreta uruguaia. Residiu na Europa de 1957 a 1959 e realizou várias exposições no Uruguai e na Argentina. No Brasil, expôs no Museu de Arte Moderna de São Paulo, 1956, e em 1957 no Museu de Arte Moderna, Rio. Com intensa participação em salões de arte, participou ainda da Bienal Internacional de São paulo, 1953, 1955, 1957 e 1961, e da Bienal de Veneza, 1966. Ao estudar a pintura uruguaia, Frederico Morais escreveu a respeito de Costigliolo em Artes plásticas na América Latina: do transe ao transitório, Editora Civilização Brasileira, 1979: "Acompanhado de perto por Maria Freire, passou a realizar, a partir de 1955, pinturas definitivamente concretas, cujos antecedentes estão no exame do Construtivismo russo e do Neoplasticismo holandês. Na obra de Malevitch, por exemplo, há uma espécie de força magnética que parece atrair para dentro do espaço as formas-bólidos que cortam a superfície do quadro, deixando como rastro uma aura: a supremacia da pura sensibilidade sobre o pppróprio objeto. Em Costigliolo, a partir dos anos 60, da mesma maneira, a superfície da tela parece imantada, criando pontos de de maior tensão ou campos de enrgia visual que atraem centenas de pequenos quadrados e retângulos, fromando áreas compactas, ao mesmo tempo em que, ao seu redor, tudo o que foi excluído do núcleo central se agita, num processo de atração e repulsão que, vez por outra, resulta em movimentos concêntricos, tendendo a formar novos núcleos, ou excêntricos, fragmentando a forma em choques contínuos. Nos sucessivos choques, retângulos e quadrados se subdividem até cobrir a totalidade do espaço disponível. De qualquer maneira, a movimentação é incessante e apesar dos elementos ortogonais empregados, o repouso nunca existe. Neste caso, Costigliolo estaria mais próximo da dissidência elementarista de van Doesburg dentro do Neoplasticismo."
Frederico Morais. Artes plásticas na América Latina: do transe ao transitório, Editora Civilização Brasileira, 1979; André Seffrin, Catálogo Bolsa de Arte, abril, 2006.
Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin