DÉCIO RODRIGUES VILLARES (1851, Rio de Janeiro, RJ - 1931, Rio de Janeiro, RJ)

BIOGRAFIA:

Pintor, escultor e caricaturista. Matriculou-se em 1868 na Academia Imperial de Belas Artes e, quatro anos depois, viajou para a Europa, onde residiu cerca de dez anos. Estudou em Florença com Pedro Américo e em Paris com Alexandre Cabanel. Nessa última cidade, participou do Salão de 1874 e acabou por converter-se ao Positivismo. De volta ao Brasil, com a República, coube-lhe executar o novo desenho da bandeira nacional, nela imprimindo o lema "Ordem e Progresso" e a constelação do Cruzeiro do Sul. Realizou monumentos públicos para várias cidades brasileiras, entre as quais contam-se Rio de Janeiro (a Benjamin Constant) e Porto Alegre (a Júlio de Castilhos). O Museu Nacional de Belas Artes incluiu-o nas mostras Exposição Retrospectiva da Pintura no Brasil (1948), Escultura no Brasil (1950) e Um século de Pintura Brasileira (1952). O mesmo museu organizou ainda, em 1951, a exposição retrospectiva do centenário de seu nascimento. Grande parte de sua obra encontra-se no acervo do MNBA, uma vez que, em 1931, depois do seu falecimento, a viúva pôs fogo no ateliê.

REFERÊNCIA:

A arte brasileira (Lombaerts, 1888, 2. ed. Mercado de Letras, 1995, introdução e notas de Tadeu Chiarelli), de Gonzaga Duque; Um século de pintura (Röhe, 1916), de Laudelino Freire; Artistas pintores no Brasil (São Paulo, 1942), de Teodoro Braga; História da pintura no Brasil (Leia, 1944), de José Maria dos Reis Júnior; História da caricatura no Brasil (José Olympio, 1963), de Herman Lima; História dos monumentos do Rio de Janeiro (1963), de Afonso Fontainha; Rio neoclássico (Bloch, 1978), de Clarival do Prado Valladares; História da pintura brasileira no século XIX (Pinakotheke, 1983), de Quirino Campofiorito; Impressões de um amador: textos esparsos de crítica 1882-1909 (Fundação Casa de Rui Barbosa/UFMG, 2001), de Gonzaga Duque, organização de Júlio Castañon Guimarães e Vera Lins.

Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin