Autodidata. Pintor, artista visual, ilustrador e cartazista, inicia carreira aos 20 anos, através de diversas coletivas na Itália. Trabalhou durante anos em Viareggio na confecção de carros alegóricos para o Carnaval, fato que corrobora com sua afirmativa de que, mais adiante, essa experiência passada, ajudou-lhe na criação de trabalhos de fatura cinética. Integra, na Segunda Guerra Mundial, o Grupo de Artistas Italianos em Armas e, com eles, ilustra episódios da guerra na Albânia, Grécia e Iugoslávia. Sua pintura no período é figurativa, e entre os temas que explora fora do grupo predominam marinhas, naturezas-mortas e retratos. Chega ao Brasil em 1946, fixando-se em São Paulo, e durante quatro anos dedica-se à atividades publicitárias. Em 1951, participa da I Bienal Internacional de São Paulo e conquista o Prêmio Nacional de Pintura, com o quadro "Limões". Motivado a trazer artistas do pós-guerra europeu ao Brasil, ele teria sugerido a Ciccillo Matarazzo a idéia de uma bienal nos moldes da realizada em Veneza. O artista não é citado por Yolanda Penteado, esposa de Matarazzo, em suas memórias, nem por Antonio Bivar, seu biógrafo, mas é consenso que ele atua no planejamento da exposição. Participa de outras doze edições da Bienal Internacional de São Paulo, e na 8ª edição, 1965, volta a receber o Prêmio Nacional de Pintura. Participou de importantes salões e certames internacionais como o Salão Nacional de Arte Moderna, Rio de Janeiro, RJ, 1952; no mesmo ano esteve no Salão de Maio, Paris; XXVI e XXX Bienais de Veneza, em 1952 e 1960; I Bienal Panamericana, Córdoba, Argentina, 1962; e a mostra itinerante Arte Atual Brasileira que percorreu diversos países europeus. Di Prete é um dos nomes capitais da arte cinética no Brasil.
Luiz Ernesto Kawal. Artes:Reportagem, São Paulo, 1972; Roberto Pontual. Dicionário das Artes Plásticas no Brasil, Editora Civilização Brasileira, 1969; José Roberto Teixeira Leite. Dicionário Crítico da Pintura no Brasil, Editora ARTLIVRE Ltda, 1988; Frederico Morais. Cronologia das Artes Plásticas no Rio de Janeiro - Da Missão Artística Francesa à Geração 90 - 1816-1994; Editora Topbooks, 1995; www.itaucultural.org.br
Texto: Bolsa de Arte/Renato Rosa