Partindo da Itália, chegou a Montevidéu em 1864 e depois de conhecer as Malvinas e o Pacífico, aportou em terras brasileiras em 1868. Ex-tenente da marinha italiana, aperfeiçoou-se na pintura de marinhas e cenas navais. Incumbido de pintar episódios da Guerra do Paraguai, acompanhou as batalhas de Curupaiti, Humaitá e Riachuelo. Deixou uma das mais vastas e ricas documentações de nossa pintura naval. Voltou para a Europa em 1875, fixando-se na Inglaterra, onde foi nomeado pintor da Corte. No Brasil, participou da Exposição Geral de Belas Artes a partir de 1870. O poeta e historiador de arte Athos Damasceno Ferreira, em livro abaixo referido, relata diversas histórias de sua passagem pelo Rio Grande do Sul (Porto Alegre e Rio Grande). Em 1982, integrou a mostra 150 Anos de Pintura de Marinha na História da Arte Brasileira, no Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro. Possuem obras suas os acervos do Museu Nacional de Belas Artes, do Museu Naval e Oceanográfico e do Museu Histórico.
A arte brasileira (Lombaerts, 1888, 2. ed. Mercado de Letras, 1995, introdução e notas de Tadeu Chiarelli), de Gonzaga Duque; Artistas pintores no Brasil (São Paulo, 1942), de Teodoro Braga; História da pintura no Brasil (Leia, 1944), de José Maria dos Reis Júnior; Artes plásticas no Rio Grande do Sul (Globo, 1971), de Athos Damasceno; Rio neoclássico (Bloch, 1978), de Clarival do Prado Valladares; 150 anos de pintura no Brasil: 1820/1970 (Ilustrado pela coleção Sergio Fadel, Colorama, 1989), de Donato Mello Júnior, Ferreira Gullar e outros; Pinturas & pintores do Rio Antigo (Ilustrado pela coleção Sergio Fadel, 1990), textos de Paulo Berger, Herculano Gomes Mathias e Donato Mello Júnior; Um passeio pela cidade do Rio de Janeiro (Garnier, 4. ed. 1991), de Joaquim Manuel de Macedo; O Brasil dos viajantes (Objetiva/Metalivros, 3. ed. 2000), de Ana Maria de Moraes Belluzzo; Revelando um acervo: coleção brasiliana (Bei Comunicação, 2000), organização de Carlos Martins.
Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin