ELISEU D´ANGELO VISCONTI (1866, Vila de Santa Caterina, Salerno, Itália - 1944, Rio de Janeiro, RJ)

BIOGRAFIA:

Chegou ao Rio de Janeiro com menos de um ano de idade. Em 1884, ingressou no Liceu de Artes e Ofícios, onde foi aluno de Vitor Meireles. Em 1885, matriculou-se na Academia Imperial de Belas Artes, onde estudou desenho com José Maria de Medeiros e pintura com Henrique Bernardelli, Rodolfo Amoedo e também Vitor Meireles. Em 1892, conquistou o prêmio de viagem à Europa e, no ano seguinte, seguiu para Paris. Em Paris, freqüentou a Escola de Artes Decorativas, dirigida por Grasset. Voltou ao Rio de Janeiro em 1903, para nova viagem à Europa no ano seguinte. Em 1907, ocupou o cargo de professor da antiga Escola Nacional de Belas Artes (até 1913), mas só em 1918 voltou definitivamente para o Brasil. Pintou paisagens, retratos e grandes painéis decorativos, realizando individuais em São Paulo e Rio de Janeiro. Participou diversas vezes do Salão da Academia Imperial de Belas Artes, onde em 1889 recebeu grande medalha de ouro em modelo-vivo. Teve sala especial na II Bienal de São Paulo, em 1953. Mário Barata escreveu sobre o artista: "Visconti foi o mais importante artista do primeiro terço do século no país, não só porque sabia pintar, mas porque pintava, apesar de tudo, uma coisa nova."

REFERÊNCIA:

A inquietação das abelhas (Pimenta de Mello, 1927), de Angyone Costa; Contemporâneos: pintores e escultores (Benedicto de Souza, 1929), de Gonzaga Duque; Eliseu Visconti e seu tempo (Zélio Valverde, 1944), de Frederico Barata; Fala, amendoeira (José Olympio, 4. ed. 1970, p. 130-32), de Carlos Drummond de Andrade; História geral da arte no Brasil (Instituto Walther Moreira Salles/Fundação Djalma Guimarães, 1983), coordenação de Walter Zanini; Visconti e as artes decorativas (PUC, 1983), organização de Irma Arestizabal; História da pintura brasileira no século XIX (Pinakotheke, 1983), de Quirino Campofiorito; Arte brasileira (Colorama, 1985), de Walmir Ayala; Academismo (Funarte/Instituto Nacional de Artes Plásticas, 1986, Projeto Arte Brasileira); 150 anos de pintura no Brasil: 1820/1970 (Ilustrado pela coleção Sergio Fadel, Colorama, 1989), de Donato Mello Júnior, Ferreira Gullar e outros; Pinturas & pintores do Rio Antigo (Ilustrado pela coleção Sergio Fadel, 1990), textos de Paulo Berger, Herculano Gomes Mathias e Donato Mello Júnior; Museus Castro Maya (Agir/Banco Boavista, 1994); 50 anos do Salão Paranaense de Belas Artes (Secretaria do Estado da Cultura/Museu de Arte Contemporânea do Paraná, 1995), de Maria José Justino; Cronologia das artes plásticas no Rio de Janeiro: 1816-1994 (Topbooks, 1995), de Frederico Morais; Biblioteca Nacional: a história de uma coleção (Salamandra, 1997), de Paulo Herkenhoff; Acadêmicos e modernos: textos escolhidos III (Edusp, 1998), de Mário Pedrosa, organização de Otília Arantes; Pintura brasileira do século XX: trajetórias relevantes (4 Estações, 1998), de Olívio Tavares de Araújo; Coleção Aldo Franco (Pinakotheke, 2000), de Jacob Klintowitz; Arte brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem (A. Jakobsson, 2002), de Paulo Herkenhoff;  O Brasil do século XIX na coleção Fadel (Fadel, 2004), de Alexei Bueno.

Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin