EMILIANO AUGUSTO CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE (1897, Rio de Janeiro, RJ - 1976, Rio de Janeiro, RJ)

BIOGRAFIA:

Pintor, desenhista, ilustrador, poeta.

Em 1917 transferiu-se para São Paulo, onde realizou sua primeira individual e frequentou o curso de Direito iniciado no Rio de Janeiro. Trabalhou intensamente na imprensa paulista dos anos 1920, tendo participado da Semana de Arte Moderna, em 1922. Ainda na década de 20, viajou pela Europa, principalmente Paris, onde se fixou de 1935 a 1940. Mais tarde decidiu morar definitivamente no Rio de Janeiro, firmando-se como um dos paradigmas da pintura moderna no Brasil. Realizou numerosas exposições no Brasil e no exterior. A seu respeito, escreveu Frederico Morais em 1976: “Não se pode dizer que a pintura de Di Cavalcanti seja exótica - pelo desejo de ser exótica. Muito menos folclórica. Brasileira ela é, sem dúvida. (...) Di Cavalcanti descobriu o Brasil na capital francesa. Melhor, redescobriu. Ali, acima das circunstâncias, de pressão do regional e do folclórico, em contato com a obra de grandes artistas do passado remoto ou próximo, soube descobrir o que se escondia bem abaixo da superfície, (...) um Brasil lusitano, africano, indígena, mosarábico.” No ano de seu centenário, em 1997, foram inauguradas exposições de sua obra no Rio de Janeiro (Centro Cultural Banco do Brasil, Museu de Arte Moderna e Museu Nacional de Belas Artes) e em São Paulo (Dan Galeria). 

REFERÊNCIA:

Viagem de minha vida: o testamento da alvorada (Civilização Brasileira, 1955) e Reminiscências líricas de um perfeito carioca (Civilização Brasileira, 1964), de Emiliano Di Cavalcanti; Emiliano Di Cavalcanti(Brunner, 1976), de Luís Martins, legendas de Paulo Mendes de Almeida; Seis décadas de arte moderna na coleção Roberto Marinho (Pinakotheke, 1985), texto sobre Di Cavalcanti de autoria de Maria Elizabete Santos Peixoto; Desenhos de Di Cavalcanti na coleção do MAC (MAC, 1985), coordenação de Aracy Amaral; Di Cavalcanti: cartas de amor à Divina (5.ª Cor, 1987). Di Cavalcanti um perfeito carioca, 

Texto: André Seffrin/Renato Rosa/Bolsa de Arte