Em 1904 seguiu com a família para Belo Horizonte, onde se diplomou em Engenharia e Agronomia (1920). Em 1921, já no Rio de Janeiro, matriculou-se na antiga Escola Nacional de Belas Artes, como aluno de Modesto Brocos. Ao lado de Tenreiro, Dacosta e outros, integrou o Núcleo Bernardelli, criado em 1931. No ano seguinte, formou-se em Arquitetura pela ENBA. Com grande domínio técnico, transitou do óleo à encáustica, da gravura (ponta-seca) à têmpera, destacando-se como muralista. No Salão Nacional de Belas Artes conquistou medalha de bronze em 1936 e de prata em 1942 (esta última na Divisão Moderna). Participou da I Bienal de São Paulo, em 1951. Em 1972 realizou-se no Rio de Janeiro uma retrospectiva de sua obra (Galeria da Praça). José Roberto Teixeira Leite destacou sua importância na pintura brasileira do século XX: "Essencialmente pintor de temas sociais, dos quais empresta por vezes uma emoção e uma grandeza excepcionais, Eugênio de Proença Sigaud é também um dos artistas brasileiros mais fundamente tocados pelo impacto do elemento religioso, não sendo assim de admirar que suas pinturas de inspiração sacra, especialmente elaboradas para igrejas, revistam-se de uma profundidade e de uma gravidade raramente atingíveis entre nós."
Sigaud: o pintor dos operários (1981), de Luís Felipe Gonçalves; O Brasil por seus artistas (MEC, 1979) e Arte brasileira (Colorama, 1985), de Walmir Ayala; História geral da arte no Brasil (Instituto Walther Moreira Salles/Fundação Djalma Guimarães, 1983), coordenação de Walter Zanini; Entre dois séculos: arte brasileira do século XX na coleção Gilberto Chateaubriand (JB, 1987), de Roberto Pontual; 150 anos de pintura no Brasil: 1820/1970 (Ilustrado pela coleção Sergio Fadel, Colorama, 1989), de Donato Mello Júnior, Ferreira Gullar e outros; Núcleo Bernardelli: arte brasileira nos anos 30 e 40 (Pinakotheke, 1982), Dacoleção: os caminhos da arte brasileira (Júlio Bogoricin Imóveis, 1986) e Cronologia das artes plásticas no Rio de Janeiro: 1816-1994 (Topbooks, 1995), de Frederico Morais; Arte na América Latina (Cosac & Naify, 1997), de Dawn Ades; Arte brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem (A. Jakobsson, 2002), de Paulo Herkenhoff.
Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin