Irmão caçula de Rodolfo e Henrique Bernardelli, o escultor e o pintor, Félix, nas palavras da crítica (Walmir Ayala, José Roberto Teixeira Leite, entre outros), cultivou um academismo eclético, tendo se destacado como paisagista e pintor de figuras. No Rio de Janeiro, em 1877 matriculou-se na Academia Imperial de Belas Artes. Viajou logo depois para a Europa, estudando música e pintura em Roma (Itália). De volta ao Brasil, no Rio participou quatro vezes da Exposição Geral de Belas Artes: 1894 (medalha de ouro de terceira classe), 1896, 1897 e 1898. Transferiu-se mais tarde para o México, onde veio a falecer. Consta que expôs com sucesso em Nova York, em 1896, informação que nos dá Athos Damasceno em livro hoje clássico sobre as artes plásticas no Rio Grande do Sul. Sua obra integra, entre outros acervos, o do Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, e o da Pinacoteca do Estado, em São Paulo.
Primores da pintura no Brasil (1941), de Francisco Acquarone e A. de Queirós Vieira; Artistas pintores no Brasil (São Paulo, 1942), de Teodoro Braga; Artes plásticas no Rio Grande do Sul (Globo, 1971), de Athos Damasceno.
Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin