Nasceu numa família de samurais e estudou na Escola de Belas Artes de Tóquio. Em 1913 viajou para Paris, onde se familiarizou com a pintura moderna (Modigliani, Kisling, entre outros). Lá expôs pela primeira vez, na Galerie Chéron, em 1917. Realizou diversas individuais nas grandes cidades européias e também em Nova York. Em viagem pela América do Sul, passou um tempo no Brasil, onde montou exposição no Palace Hotel, no Rio de Janeiro, e participou da Exposição de Arte Moderna organizada pela Sociedade Pró-Arte Moderna, em São Paulo. Depois de muitas viagens, estabeleceu-se novamente em Tóquio (1940), retornando a Paris depois da guerra, em 1950, quando se naturalizou francês e se converteu ao catolicismo. Diversos trabalhos seus integram grandes museus europeus e americanos. Uma de suas obras mais conhecidas, O retrato do artista por ele mesmo, de 1928, integra o Museu de Arte Moderna de Paris. A seu respeito, escreveu Flexa Ribeiro em 1968: "...é um impressionante desenhista. E também possuidor de dons bizarros nas cores fluidas, impalpáveis, no emprego dos verdes, dos cinzas e das opalas. Nos nus, retratos de crianças, na mestria como penetra no sentido curioso da expressão dos galos, nas bonecas que parecem sorrir, Foujita ficará como um estro singular, fora da pátria."
Ecole de Paris (New York Graphic Society, 1960), de Raymond Nacenta; História crítica da arte (Fundo de Cultura, 1968), de Flexa Ribeiro; História geral da arte no Brasil (Instituto Walther Moreira Salles/Fundação Djalma Guimarães, 1983), coordenação de Walter Zanini; 150 anos de pintura no Brasil: 1820/1970 (Ilustrado pela coleção Sergio Fadel, Colorama, 1989), de Donato Mello Júnior, Ferreira Gullar e outros; No tempo dos modernistas: D. Olivia Penteado a senhora das artes (MAB/FAAP, 2002), organização de Denise Mattar.
Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin