FRANCSICO BRENNAND (1927, Recife, PE )

BIOGRAFIA:

Pintor e ceramista, estudou com Álvaro Amorim, no Recife, e com André Lhote e Fernand Léger em Paris, onde permaneceu de 1949 a 1952. Em 1970, passou a recuperar a antiga Cerâmica São João da Várzea, de seu pai, às margens do Rio Capiberibe, hoje Oficina Cerâmica Francisco Brennand. Fez do lugar de mais de dez mil metros quadrados um misto de morada, ateliê e fábrica, atualmente um ponto turístico da cidade do Recife. Expôs em diversas capitais brasileiras (São Paulo, Salvador, Olinda, Recife, Rio de Janeiro, entre outras) e no exterior, onde inaugurou sua primeira mostra em 1976, na Association of The Inter-American Development Bank, em Washington (EUA). Em 1989, expôs no The South Bark Center Gallery, em Londres (Inglaterra). Entre suas exposições mais recentes, merecem destaque as retrospectivas no Museu Staaliche Hunsthalle, Berlim (Alemanha, 1993), na Pinacoteca do Estado de São Paulo (1998), e na Casa França-Brasil, Rio de Janeiro (2000). Participou de diversas exposições coletivas nacionais e internacionais, bem como da Bienal de São Paulo (1959, 1971, 1985 e 1989) e da Bienal de Veneza (Itália, 1990). Realizou diversas obras para o espaço público, no Brasil e no exterior. Em texto de apresentação para o catálogo da mostra do artista na Petite Galerie, Rio de Janeiro, 1969, Ariano Suassuna escreveu: "Brennand pertence, como eu, a um grupo de artistas e escritores brasileiros que acreditam no Brasil, na grandeza do seu povo - essa 'onça castanha' para a qual tende a nossa raça. Por isso, e também pelas dimensões do Brasil e do nosso povo, procuramos o épico, um certo romantismo heróico que, a nosso ver, o Brasil está nos pedindo e que não deve excluir as denúncias do realismo clássico - numa união, aliás, barroca e brasileira."

REFERÊNCIA:

Vida, forma e cor (José Olympio, 1962) e Obra escolhida (Nova Aguilar, 1977), de Gilberto Freyre;, de Gilberto Freyre; Arte/Brasil/Hoje: 50 anos depois (Collectio, 1973) e Entre dois séculos: arte brasileira do século XX na coleção Gilberto Chateaubriand (JB, 1987), de Roberto Pontual; História geral da arte no Brasil (Instituto Walther Moreira Salles/Fundação Djalma Guimarães, 1983), coordenação de Walter Zanini; Brennand (Spala, 1987), texto de Fernando Monteiro, fotos de Tadeu Lubambo; Diálogos do paraíso perdido (Prefeitura da Cidade do Recife, 1990), de Francisco Brennand; Brennand (Métron, 1997), textos de Olívio Tavares de Araújo e Weydson Barros Leal; O quinto naipe do baralho (Artelivro, 2002), de Carlos Newton Júnior; O olhar amoroso (Momesso, 2002), de Olívio Tavares de Araújo; O Recife revisitado (Edufrn, 2002), de Edson Nery da Fonseca.  

Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin