Chegou ao Brasil em 1637, integrando a comitiva de Maurício de Nassau. Fixou-se inicialmente no Recife. Em sete anos de Brasil, pintou paisagens de Pernambuco, e possivelmente da Paraíba e de Alagoas. Alguns desses trabalhos foram executados de memória, já na Holanda, em 1644. Por iniciativa do Ministério da Educação e Cultura, em 1942 realizou-se no Rio de Janeiro uma grande exposição do artista. Na Bienal de São Paulo, sua obra integrou a sala A Paisagem Brasileira até 1900, organizada por Rodrigo Mello Franco de Andrade em 1953, e a sala dedicada aos séculos XVI, XVII e XVIII, em 1998. No Rio de Janeiro, o Museu Nacional de Belas realizou as mostras O Brasil e os Holandeses, em 2000, e A Presença Holandesa no Brasil, em 2003. "Nos quadros executados no Brasil conseguiu Frans Post traduzir todo o pitoresco, sem deixar de ser pictórico, daí o seu valor. E embora se subordinasse fielmente à realidade, soube evitar o excesso de detalhes meramente esdrúxulos, aquele acúmulo de elementos curiosos que sobrecarregariam o quadro, comprometendo-o irremediavelmente", escreveu José Roberto Teixeira Leite no livro A pintura no Brasil holandês.
Frans Post: seus quadros brasileiros (1937) e Frans Post (Civilização Brasileira, 1948), de Joaquim de Souza-Leão, filho; História da arte no Brasil (Oscar Mano & Cia, 1939), de Francisco Acquarone; Artistas pintores no Brasil (São Paulo, 1942), de Teodoro Braga; História da pintura no Brasil (Leia, 1944), de José Maria dos Reis Júnior; A cultura brasileira (3.ª ed. Melhoramentos, v. 2, 1958), de Fernando de Azevedo; A pintura no Brasil holandês (GRD, 1967), de José Roberto Teixeira Leite; Colóquio unilateralmente sentimental (Record, 1968), de Manuel Bandeira; Nordeste histórico e monumental (Odebrecht, v. 1 e 3, 1983), de Clarival do Prado Valladares; História da inteligência brasileira (Cultrix/Edusp, v. 1, 1976), de Wilson Martins; História geral da arte no Brasil (Instituto Walther Moreira Salles/Fundação Djalma Guimarães, 1983), coordenação de Walter Zanini; Um retrato do Brasil holandês do século XVII (Kosmos/Banco da Bahia, 1989), de P. J. P. Whitehead e M. Boeseman; Iconografia e paisagem: Coleção Cultura Inglesa (Pinakotheke, 1994), Carlos Roberto Maciel Levy e outros; Cronologia das artes plásticas no Rio de Janeiro: 1816-1994 (Topbooks, 1995), de Frederico Morais; O Brasil e os holandeses: 1630-1654 (Sextante, 1999), organização de Paulo Herkenhoff; O Brasil dos viajantes (Objetiva/Metalivros, 3. ed. 2000), de Ana Maria de Moraes Belluzzo; Arte no Brasil colonial (Revan, 2000), de Antonio Luiz d'Araujo.
Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin