MARCELO GRASSMANN (1925, São Simão, SP )

BIOGRAFIA:

Autodidata, interessou-se inicialmente pela escultura, passando a dedicar-se, em 1943, à xilogravura. Em 1951 obteve medalha de ouro no Salão Nacional de Arte Moderna. Em 1952 e 1954 conquistou o prêmio de viagem à Europa no mesmo Salão. Participou da Bienal de Veneza (1950 e 1961) e da Bienal de São Paulo (a partir de 1951). Entre 1969 e 1970, os Museus de Arte Moderna de São Paulo e do Rio de Janeiro inauguraram retrospectiva de seus 25 anos de gravura. Seu percurso expositivo estendeu-se do Brasil para o exterior, tendo realizado diversas individuais - entre as mais recentes, podemos citar as realizadas no Espaço Augusta e em Nóbrega Antiquário e Galeria de Arte, ambas em São Paulo, 2002. Nesse mesmo ano, recebeu o Prêmio IBEU de Artes Plásticas. Geraldo Ferraz escreveu sobre Grassmann em 1975: "Adstrito aos temas que se desdobraram na fidelidade de sua visão adstringentemente original, entre o visionário e o fantástico, Grassmann paira acima de qualquer discussão. Ele pertence à arte maior." José Roberto Teixeira Leite, com muita propriedade, acentuou que "Grassmann é deliberadamente arcaico, seu mundo é o de um faizeur de diables, flor perdida no tempo e no espaço do gótico fantástico".

REFERÊNCIA:

A gravura brasileira contemporânea (Expressão e Cultura, 1966), de José Roberto Teixeira Leite; A arte maior da gravura (Espade, 1976), de Orlando Dasilva; De Anita ao museu (Perspectiva, 1976), de Paulo Mendes de Almeida; História geral da arte no Brasil (Instituto Walther Moreira Salles/Fundação Djalma Guimarães, 1983), coordenação de Walter Zanini; Marcelo Grassmann (Art, 1984), texto de Pedro Manuel; Entre dois séculos: arte brasileira do século XX na coleção Gilberto Chateaubriand (JB, 1987), de Roberto Pontual; Museus Castro Maya (Agir/Banco Boavista, 1994); Dacoleção: os caminhos da arte brasileira (Júlio Bogoricin Imóveis, 1986) e Cronologia das artes plásticas no Rio de Janeiro: 1816-1994 (Topbooks, 1995), de Frederico Morais; O olho da consciência: juízos críticos e obras desajuizadas (Edusp, 2000), de Arnaldo Pedroso d'Horta, organização de Vera d'Horta; Gravura: arte brasileira do século XX (Itaú Cultural/Cosac & Naify, 2000), de Leon Kossovitch, Mayra Laudanna e Ricardo Resende; Gravura em metal (Edusp/Imprensa Oficial SP, 2002), organização de Marco Buti e Anna Letycia; Relâmpagos: dizer o ver (Cosac & Naify, 2003), de Ferreira Gullar.

Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin