Pintor e etnógrafo. Destacou-se como paisagista e marinhista, discípulo de Filippo Carcano. Conquistou em Milão o prêmio Príncipe Humberto (1883). Como naturalista, empreendeu viagens pela América do Sul, chegando em 1892 ao Brasil, onde permaneceu cerca de dois meses entre os índios Caduveos, no sul do Mato Grosso. Publicou em Roma o resultado de suas pesquisas em livro de viagem com ilustrações de sua autoria, hoje um clássico de nossa etnografia: Viaggi d'un artista nell'America Meridionale (1895). É autor de vários outros livros e suas paisagens realizadas na América foram expostas em Roma (1894) e Turim (1898). No Rio de Janeiro, integra o acervo do Museu Nacional de Belas Artes.
Os Caduveos (Itatiaia, 1975), de Guido Boggiani; Mestiço é que é bom (Revan, 1996), de Darcy Ribeiro.
Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin