Estudou na Academia de Belas Artes de Veneza com os pintores Villa e Franco Dall'Andrea, em 1882 e 1883. Estreou na Exposição Nacional de Veneza de 1887. Por motivos de saúde, transferiu-se em 1890 para o Rio de Janeiro, onde primeiramente trabalhou como chargista e ilustrador no jornal Vida Fluminense. Na Exposição Geral de Belas Artes, conquistou medalha de prata de segunda classe em 1901 e grande medalha de prata em 1913. Sua obra figurou nas exposições organizadas pelo Museu Nacional de Belas Artes: Auto-Retratos (1944), Retrospectiva da Pintura no Brasil (1948) e 150 Anos de Pintura de Marinha na História da Arte Brasileira (1982). Em 1992, uma paisagem de sua autoria (óleo s/ tela, 1914) integrou a mostra Natureza: Quatro Séculos de Arte no Brasil, no Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro. Sobre a vida do pintor no Rio de Janeiro escreveu Raul Pederneiras: "Gustavo Dall'Ara, veneziano aqui ficou revelado como pintor da cidade, que ele interpretou com maestria, apreciando e sentindo as águas, os montes e o casario de uma forma encantadora."
Um século de pintura (Röhe, 1916), de Laudelino Freire; Contemporâneos: pintores e escultores (Benedicto de Souza, 1929), de Gonzaga Duque; Pequena história das artes plásticas no Brasil (Nacional, 1941), de Carlos Rubens; História da pintura no Brasil (Leia, 1944), de José Maria dos Reis Júnior; História da caricatura no Brasil (José Olympio, 1963), de Herman Lima; O Brasil por seus artistas (MEC, 1979), de Walmir Ayala; Gustavo Dall'Ara (Livraria Winston, 1986), de Ronaldo do Valle Simões, Sandra Quintella e Umberto Consentino; 150 anos de pintura no Brasil: 1820/1970 (Ilustrado pela coleção Sergio Fadel, Colorama, 1989), de Donato Mello Júnior, Ferreira Gullar e outros; Pinturas & pintores do Rio Antigo (Ilustrado pela coleção Sergio Fadel, 1990), textos de Paulo Berger, Herculano Gomes Mathias e Donato Mello Júnior; Cronologia das artes plásticas no Rio de Janeiro: 1816-1994 (Topbooks, 1995), de Frederico Morais; Arte brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem (A. Jakobsson, 2002), de Paulo Herkenhoff.
Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin