Viveu a infância entre Gênova e Roma, na Itália. Chegando ao Brasil, no Rio de Janeiro freqüentou a Escola Nacional de Belas Artes. Seguiu mais tarde para Salvador (BA), onde se fixou definitivamante a partir dos anos 50. Seu currículo inclui dezenas de individuais no Brasil e no exterior, e diversas participações em exposições coletivas. Em 1956 teve sala especial na Bienal de Veneza (Itália). Ilustrou livros de Mário de Andrade (Macunaíma, edição da Sociedade dos 100 Bibliófilos do Brasil, 1957, obra reeditada em 1979 pela Edusp, comemorativa do cinqüentenário do romance, com texto de Antonio Bento), de Rubem Braga (A borboleta amarela, 1953), de Gabriel Garcia Márquez (O enterro do diabo, 1970), de Jorge Amado (O sumiço da santa: uma história de feitiçaria, 1988) etc. Em 1996 expôs na Casa da Galícia, em Madri (Espanha) e na Galeria Debran't, em Paris (França). Carybé é um pseudônimo adotado pelo cidadão Hector Julio Paride Bernabó.
As sete portas da Bahia (Martins, 1962, 4.ª edição revista e ampliada, Record, 1976), de Carybé; Artistas brasileiros: acervo do Grupo Sul América de Seguros (Colorama, 1975), de Walmir Ayala; Carybé (Cultrix, 1961, 3. ed., 1971) e O capeta Carybé (Berlendis e Vertecchia, ?, Coleção Arte para Criança), de Jorge Amado; 100 obras Itaú (MASP, 1985); Dacoleção: os caminhos da arte brasileira (Júlio Bogoricin Imóveis, 1986), de Frederico Morais; Navegação de cabotagem (Record, 1992), de Jorge Amado; Carybé (Odebrecht, 1989), de Bruno Furrer, textos de Jorge Amado, Lídia Besouchet, José Cláudio da Silva e Carybé, pesquisa e biografia de Gardênia Melo; Museus Castro Maya (Agir/Banco Boavista, 1994); Os primórdios da arte moderna na Bahia (Museu de Arte Moderna da Bahia, 1998), de Sante Scaldaferri; O olho da consciência: juízos críticos e obras desajuizadas (Edusp, 2000), de Arnaldo Pedroso d'Horta, organização de Vera d'Horta.
Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin