Estudou na Escola Nacional de Belas Artes de 1892 a 1896, tendo sido orientado por Henrique Bernardelli. Em 1897 viajou para a Europa, onde estudou em Munique com Franz von Stuck. Estudou também em Paris com Jean Paul Laurens. Além de pintor, foi caricaturista e desenhista de humor. Participou diversas vezes do Salão Nacional de Belas Artes a partir de 1902, nele conquistando prêmio de viagem à Europa (1903), medalha de ouro (1908) e medalha de honra (1951). Frederico Morais disse a seu respeito: "Seelinger é um pintor estranho, autor de uma obra de difícil aceitação, pelo menos num primeiro momento, pelo caráter insólito de suas composições, pelas atmosferas carregadas que criava em seus quadros, um misto de morbidez e sensualismo, pelas deformações muito acentuadas de suas figuras, beirando a caricatura, enfim pela maneira tão peculiar e algo exótica com que trabalhava temas perfeitamente banais ou populares."
A inquietação das abelhas (Pimenta de Mello, 1927), de Angyone Costa; Contemporâneos: pintores e escultores (Benedicto de Souza, 1929), de Gonzaga Duque; História geral da arte no Brasil (Instituto Walther Moreira Salles/Fundação Djalma Guimarães, 1983), coordenação de Walter Zanini; Arte brasileira (Colorama, 1985), de Walmir Ayala; Entre dois séculos: arte brasileira do século XX na coleção Gilberto Chateaubriand (JB, 1987), de Roberto Pontual; 150 anos de pintura no Brasil: 1820/1970 (Ilustrado pela coleção Sergio Fadel, Colorama, 1989), de Donato Mello Júnior, Ferreira Gullar e outros; Cronologia das artes plásticas no Rio de Janeiro: 1816-1994 (Topbooks, 1995), de Frederico Morais.
Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin