IONE SALDANHA (1919, Alegrete, RS - 2001, Rio de Janeiro, RJ)

BIOGRAFIA:

Transferiu-se com a família para o Rio de Janeiro, onde foi orientada por Pedro Correia de Araújo. Nos anos 50, estudou técnica do afresco em Paris e Florença. Participou diversas vezes da Bienal de São Paulo (com prêmio de aquisição em 1967 e sala especial em 1979) e realizou numerosas individuais, com destaque para duas retrospectivas no Rio de Janeiro: em 1988, o Resumo de 45 Anos de Pintura nas galerias Anna Maria Niemeyer, Paulo Klabin e Saramenha; e em 1996, no Paço Imperial. A seu respeito, escreveu Roberto Pontual em 1987: "O que logo impressiona no desdobramento da pintura de Ione Saldanha, a partir da segunda metade dos anos 40, é a coerência interna do percurso, o rumo ordenado e lógico que a tem feito deslocar-se de um a outro ponto sem abandonar a concentração do interesse em alguns poucos problemas básicos. (...) Uma pintura ao mesmo tempo sensível e vibrante, silenciosa e carregada de ruídos, de cores firmes e transparências, de introspecção e alegria comunitária."

REFERÊNCIA:

A criação plástica em questão (Vozes, 1970) e O Brasil por seus artistas (MEC, 1979), de Walmir Ayala; Xurrita (Record, 1974), estória e figuras de Ione Saldanha; Entre dois séculos: arte brasileira do século XX na coleção Gilberto Chateaubriand (JB, 1987), de Roberto Pontual; Chorei em Bruges (Avenir, 1983) e Cronologia das artes plásticas no Rio de Janeiro: 1816-1994 (Topbooks, 1995), de Frederico Morais; Arte construtiva no Brasil: coleção Adolpho Leirner (DBA, 1998), coordenação editorial de Aracy Amaral; Tridimensionalidade: arte brasileira do século XX (2. ed. revista e ampliada Itaú Cultural/Cosac & Naify, 1999), de Annateresa Fabris, Fernando Cocchiarale e outros; Marcantonio Vilaça (Cosac & Naify, 2001).

Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin