Estudou com Axel Leskoschek. Participou diversas vezes da Bienal de São Paulo (com os prêmios de jovem pintor nacional em 1951 e de aquisição em 1961, entre outros). Em 1952 iniciou-se como professor de pintura para adultos e crianças no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, atividade que manteve até o final de sua vida. No Salão Nacional de Arte Moderna conquistou o prêmio de viagem à Europa em 1957 e o de viagem ao país em 1962. Participou da Bienal de Veneza e de várias outras mostras internacionais. Foi um dos criadores do Grupo Frente (1952 a 1956), juntamente com Lygia Clark, Aluísio Carvão, Hélio Oiticica e outros. Em 1993, o Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro, inaugurou uma grande retrospectiva de sua obra. Em 1996, a Galeria de Arte da Universidade Federal Fluminense, em Niterói, organizou uma nova exposição de sua obra. Considerado um dos maiores pintores do século XX brasileiro, destacou-se também como professor de arte. Sobre seu trabalho escreveu Hélio Pellegrino: "A pintura de Ivan Serpa, através de suas várias fases, representa um esforço acuradíssimo de meditação criadora sobre os problemas do mundo e, em particular sobre os problemas brasileiros. Sua arte não representa, evidentemente, uma transcrição simplista da realidade. Ela visa ao essencial, àquilo que, em alto nível de abstração criativa, exprime o avanço do homem brasileiro e universal no sentido de sua liberdade e do progressivo florescimento de seus valores humanos."
História geral da arte no Brasil (Instituto Walther Moreira Salles/Fundação Djalma Guimarães, 1983), coordenação de Walter Zanini; Arte brasileira (Colorama, 1985), de Walmir Ayala; Etapas da arte contemporânea (Nobel, 1985), de Ferreira Gullar; Entre dois séculos: arte brasileira do século XX na coleção Gilberto Chateaubriand (JB, 1987), de Roberto Pontual; Acervo Banco Chase Manhattan (Index, 1989), texto de Pietro Maria Bardi; Ivan Serpa (CCBB, 1993), texto de Reynaldo Roels Jr.; Museus Castro Maya (Agir/Banco Boavista, 1994); Dacoleção: os caminhos da arte brasileira (Júlio Bogoricin Imóveis, 1986) e Cronologia das artes plásticas no Rio de Janeiro: 1816-1994 (Topbooks, 1995), de Frederico Morais; Ivan Serpa: o expressionista concreto (Eduff, 1996), de Hélio Márcio Dias Ferreira; Acadêmicos e modernos: textos escolhidos III (Edusp, 1998), de Mário Pedrosa, organização de Otília Arantes; Arte construtiva no Brasil: coleção Adolpho Leirner (DBA, 1998), coordenação editorial de Aracy Amaral; Anos 60: transformações da arte no Brasil (Campos Gerais, 1998), de Paulo Sergio Duarte; Arte brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem (A. Jakobsson, 2002), de Paulo Herkenhoff; Ivan Serpa (Silvia Roesler/Instituto Cultural The Axis, 2003), de Fabiana Werneck Barcinski, Vera Beatriz Siqueira e Hélio Márcio Dias Ferreira; Ivan Serpa: coleção Fala do Artista (Funarte, 2004), org. Hélio Márcio Dias Ferreira. Imagem : Catálogo Ivan Serpa/Retrospectiva CCBB/1993
Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin