Na Bahia, estudou gravura com Mário Cravo Júnior e desenho com Juarez Paraíso. Participou da VI e da VII Bienal de São Paulo (1961 e 1963), e expôs regularmente sua pintura no Brasil e no exterior. Para José Roberto Teixeira Leite, José Maria "possui afinidades evidentes com outros artistas brasileiros, entre os quais Guignard, Pancetti e Djanira, para não falar em Goeldi - artista de sua obsessão. O paralelo com os três primeiros pintores não é gratuito - diz ainda o crítico - como eles é José Maria um lírico, um dos raros casos de temperamento romântico observáveis na arte moderna do Brasil; quanto à aproximação com Goeldi, justifica-se, porque existem, na arte de José Maria elementos inconfundivelmente expressionistas, grande dose de drama escondendo-se sob a aparência tão doce de seus clowns e casais de namorados."
A gravura brasileira contemporânea (Expressão e Cultura, 1966), de José Roberto Teixeira Leite; Artistas brasileiros: acervo do Grupo Sul América de Seguros (Colorama, 1975) e O Brasil por seus artistas (MEC, 1979), de Walmir Ayala; Nordeste histórico e monumental (Odebrecht, v. 4, 1991), de Clarival do Prado Valladares.
Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin