Transferiu-se em 1906 para Berlim, onde cursou a Academia de Belas Artes de 1907 a 1909. Desligando-se da Academia, em 1909 integrou o movimento Sezession. Seguiu então para Dresden, passando a freqüentar a Academia de Belas Artes, e em 1910 realizou sua primeira individual, na Galeria Gurlitt. Depois de larga atuação no mundo europeu, com diversas individuais e participações em exposições, chegou ao Brasil pela segunda vez em 1923 (a primeira fora em 1913), naturalizando-se brasileiro e fixando residência em São Paulo. Participou da Bienal de São Paulo (sala especial em 1955) e do Salão Nacional de Arte Moderna. O Museu de Arte Moderna de São Paulo realizou uma retrospectiva de sua obra em 1951, e em 1961 o Museu Nacional de Belas Artes, com o apoio do Museu de Arte de São Paulo, organizou uma grande exposição em sua homenagem. Em 1967 sua casa e ateliê em São Paulo foi transformada no Museu Lasar Segall, onde podemos encontrar grande parte de sua obra e uma rica documentação sobre sua vida e seu trabalho. Em 1971, no Museu de Arte de São Paulo, inaugurou-se a exposição Cem Pinturas de Lasar Segall. Em comemoração ao centenário do artista, em 1991, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro inaugurou a exposição Segall e o Rio de Janeiro, e o Museu da Chácara do Céu expôs 38 esculturas suas datadas de 1929 a 1954. Entre as exposições mais recentes da obra do artista, devemos citar ainda: 1993, Museu Lasar Segall, O Tempo em Segall, em São Paulo; 1996, Centro Cultural Banco do Brasil, Lasar Segall Cenógrafo, no Rio de Janeiro; 2000, Musée d'Art et d'Histoire du Judaisme de Paris, Exposição Lasar Segall: Nouveuax Mondes (retrospectiva apresentada antes em Chicago e Nova York em 1997 e 1998), em Paris; 2002, Museu de Arte Brasileira da Fundação Armando Álvares Penteado, com Otto Dix e Lasar Segall: Imagens da Guerra, e Museu Lasar Segall, com Lasar Segall e Otto Dix: Diálogos Gráficos, ambas em São Paulo.
Pintores e pinturas (Martins, 1940), Pintura quase sempre (Globo, 1944) e O sal da heresia: novos ensaios de literatura e arte (São Paulo: Departamento de Cultura, 1941), de Sergio Milliet; Lasar Segall (Milione, 1959, 2. ed. Instituto Lina Bo e P. M. Bardi/Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2001), de Pietro Maria Bardi; A gravura brasileira contemporânea (Expressão e Cultura, 1966), de José Roberto Teixeira Leite; Retrospectiva (Cultrix/Edusp, 1975), de Geraldo Ferraz; A arte maior da gravura (Espade, 1976), de Orlando Dasilva; De Anita ao museu (Perspectiva, 1976), de Paulo Mendes de Almeida; Um século de escultura no Brasil (MASP, 1982), textos de Pietro Maria Bardi e Jacob Klintowitz; Lasar Segall (Funarte, 1982), organização de Paulo Sérgio Duarte; Arte como medida (Perspectiva, 1982), de Sheila Leirner; História geral da arte no Brasil (Instituto Moreira Salles, 1983, 2 v.), coordenação de Walter Zanini; Aspectos das artes plásticas no Brasil (Itatiaia, 3.ª edição, 1984), de Mário de Andrade; Lasar Segall e o modernismo paulista (Brasiliense, 1984), de Vera d'Horta Beccari; Arte brasileira (Colorama, 1985), de Walmir Ayala; Seis décadas de arte moderna na coleção Roberto Marinho (Pinakotheke, 1985), texto sobre Segall de autoria de Ruy Sampaio; Entre dois séculos: arte brasileira do século XX na coleção Gilberto Chateaubriand (JB, 1987), de Roberto Pontual; 150 anos de pintura no Brasil: 1820/1970 (Ilustrado pela coleção Sergio Fadel, Colorama, 1989), de Donato Mello Júnior, Ferreira Gullar e outros; Lasar Segall, textos, depoimentos e exposições (Museu Lasar Segall/Biblioteca Jenny Klabin Segall, 1993); Museus Castro Maya (Agir/Banco Boavista, 1994); Lasar Segall e o Rio de Janeiro (MAM-RJ/Museu Lasar Segall, 1991) e Cronologia das artes plásticas no Rio de Janeiro: 1816-1994 (Topbooks, 1995), de Frederico Morais; Lasar Segall (Edusp, 1997), de Cláudia Valladão de Mattos; Arte na América Latina (Cosac & Naify, 1997), de Dawn Ades; Biblioteca Nacional: a história de uma coleção (Salamandra, 1997), de Paulo Herkenhoff; Acadêmicos e modernos: textos escolhidos III (Edusp, 1998), de Mário Pedrosa, organização de Otília Arantes; Pintura brasileira do século XX: trajetórias relevantes (4 Estações, 1998), de Olívio Tavares de Araújo; Lasar Segall (Fundação Finambrás, 1999), de Vera d'Horta; Pintura latinoamericana (Fundação Finambrás, 1999), textos de Aracy Amaral, Roberto Amigo e outros; Exposição Segall: Nouveaux Mondes (Musée d'Art et d'Histoire du Judaisme de Paris, 2000), organização de Stephanie D'Alessandro; O olho da consciência: juízos críticos e obras desajuizadas (Edusp, 2000), de Arnaldo Pedroso d'Horta, organização de Vera d'Horta; Gravura: arte brasileira do século XX (Itaú Cultural/Cosac & Naify, 2000), de Leon Kossovitch, Mayra Laudanna e Ricardo Resende; Coleção Aldo Franco (Pinakotheke, 2000), de Jacob Klintowitz; Arte brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem (A. Jakobsson, 2002), de Paulo Herkenhoff; No tempo dos modernistas: D. Olivia Penteado a senhora das artes (MAB/FAAP, 2002), organização de Denise Mattar.
Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin