Após ter abandonado a Faculdade de Direito, em 1896 matriculou-se na Escola Nacional de Belas Artes, onde foi aluno de Zeferino da Costa, Rodolfo Amoedo, Daniel Bérard e Henrique Bernardelli. Estreou no Salão Nacional de 1902, no qual conquistou menção honrosa de primeiro grau. Cinco anos depois, obteve medalha de prata e, em 1912 e 1916, pequena e grande medalhas de ouro. Já casado com a pintora Georgina de Albuquerque, em 1906 conquistou o prêmio de viagem à Europa. Em Paris, foi aluno de Jean Paul Laurens na Academia Julian. Voltou ao Brasil em 1911, quando assumiu o cargo de professor extraordinário de Desenho Figurado na Escola Nacional de Belas Artes, na qual tornou-se catedrático em 1916. Nomeado diretor da Escola em janeiro de 1937, permaneceu cerca de um ano no cargo, tendo se afastado por motivo de saúde. Destacou-se sobretudo como paisagista, realizou diversas individuais e participou de coletivas no Brasil e no exterior. Em 1989, o Museu do Ingá, em Niterói, inaugurou uma retrospectiva de sua obra.
Um século de pintura (Röhe, 1916), de Laudelino Freire; A inquietação das abelhas (Pimenta de Mello, 1927), de Angyone Costa; Contemporâneos: pintores e escultores (Benedicto de Souza, 1929), de Gonzaga Duque; Artistas pintores no Brasil (São Paulo, 1942), de Teodoro Braga; História da pintura no Brasil (Leia, 1944), de José Maria dos Reis Júnior; O Brasil por seus artistas (MEC, 1979), de Walmir Ayala; Nordeste histórico e monumental (Odebrecht, v. 4, 1991), de Clarival do Prado Valladares; Cronologia das artes plásticas no Rio de Janeiro: 1816-1994 (Topbooks, 1995), de Frederico Morais.
Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin